Versos de Amor Autor Desconhecido

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Toda serenidade, paz
e leveza, repousam sob
as asas do silêncio.
A alma então, sem
palavra alguma,
perde-se em sabedoria.

AH!
Que graça teria o desvendar dos mistérios da mulher?
Tão misteriosa graça que nem mesmo ela sabe o que é!
Prefiro o universo feminino incompreendido.
Tamanho o fascínio sobre mim exerce o mundo perdido.

CUMPLICIDADE

Entro e saio,
A casa parece ter crescido,
Deito e levanto,
A cama causa espanto,
Leio e releio,
Não entendo nada,
Tento não averiguar,
Impossível...
É mais forte do que eu,
O celular tornou-se alimento,
O final de semana teima em demorar,
Insuportável situação,
Faz uma enorme confusão,
Minha mente transforma-se em redemoinho,
E nesse caminho,
Aumenta as forças,
Quase meio louca,
De anseio por te...
Reparo o dia esperando o anoitecer,
Cadê você?
É cruel demais...
Sem esquecer sua fala,
De conforto, exata,
Reforça a sua amada,
Torna-me muito mais tua,
Amplia o horizonte,
Branda o coração,
Crendo na "tranquilidade",
Na nossa cúmplice idade,
Na alegria e intensidade,
Da companheira frugalidade,
Porque tudo que é simples,
Cria um laço de verdade.

"(...) é preciso sabedoria para que não sejamos estrangulados pelo peso do desencontro. É compreensível. São três tempos disputando o espaço de um só coração. O passado, com sua facilidade de nos imputar culpas, tornando nossa vida um eterno tribunal, cujo julgamento nunca poderá nos conceder uma sentença satisfatória. O presente, com suas pressões que nos cegam, com urgências que nos privam de saborear as escolhas. E o futuro, esse senhor misterioso tecido de névoas, esperanças e incertezas."
- Prefácio do Livro Kairós, escrito por Padre Fábio de Melo.

Todo ser humano julga antes de conhecer alguém.

Julgar é uma palavra pesada.
A maioria diz ’’a primeira impressão é a que vale’’, mas está frase não em meu vocabulário. Quando você perceber ou apenas conhecer melhor essa pessoa, você verá que ela tem milhares de sonhos, desejos, momentos iguais ou totalmente diferentes do seu.
Não critique ninguém sem ao menos saber sobre ela.
Quando isso acontece, você percebe que estava totalmente errado.
Maravilho é ver que você se enganava, pois é melhor ainda quando se descobre a verdade.

Está cheio de brasileiros que infelizmente acreditaram que são vítimas da sociedade, coitados supostamente dentro de uma condição irreversível e que por isso, não sairão do lugar. Infelizmente...
Eu sou primeiro a dizer que a sociedade é hipócrita e nojenta. Mas sou o primeiro a rejeitar veementemente o coitadismo que invadiu o país.
Pense fora da caixinha!
Não siga a boiada!
Não se intimide com o desprezo da sociedade!
Trabalhe, lute, acredite nos seus sonhos e projetos.
Verás que mais tarde essa mesma sociedade que te despreza, vai vir te dar uns tapinhas nas costas!

Amauricio Ochôa de Borba

Nota: Adaptação de texto publicado por Flávio Augusto no "Canal Geração de Valor"

Foi-se a Copa? Não faz mal.
Adeus chutes e sistemas.
A gente pode, afinal,
cuidar de nossos problemas.

Faltou inflação de pontos?
Perdura a inflação de fato.
Deixaremos de ser tontos
se chutarmos no alvo exato.

O povo, noutro torneio,
havendo tenacidade,
ganhará, rijo, e de cheio,
A Copa da Liberdade.

Sorrisos são como flores...
Carregam na essência,
o perfume da vida.

Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado,
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh se quisera Deus que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote!

Lugar sem comportamento é o coração.
Ando em vias de ser compartilhado.
Ajeito as nuvens no olho.
A luz das horas me desproporciona.
Sou qualquer coisa judiada de ventos.
Meu fanal é um poente com andorinhas.
Desenvolvo meu ser até encostar na pedra.
Repousa uma garoa sobre a noite.
Aceito no meu fado o escurecer.
No fim da treva uma coruja entrava.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

As pedras pelo caminho ?
Não me importo, continuo
caminhando ... Sorrindo, vou
renovando o contrato
com a vida "

MUNDO
VASTO MUNDO
SE EU ME CHAMASSE RAIMUNDO
SERIA UMA RIMA
NÃO UMA SOLUÇÃO.

Carta

Há muito tempo, sim, que não te escrevo.
Ficaram velhas todas as noticias.
Eu mesmo envelheci: Olha, em relevo, estes sinais em mim, não das carícias (tão leves) que fazias no meu rosto: são galopes, são espinhos, são lembranças da vida a teu menino, que ao sol-posto perde a sabedoria das crianças.
A falta que me fazes não é tanto à hora de dormir, quando dizias "Deus te abençoe", e a noite abria em sonho.
É quando, ao desperta, revejo a um conto a noite acumulada de meus dias, e sinto que estou vivo, e que não sonho.
(Lições de coisas)

Há alguns anos perdi o maior
homem da minha vida,
não teve seu nome impresso em livros,
nunca subiu ao pódio,
nem, tampouco, foi um nome famoso.
Não deixou patrimônios, nem riquezas,
mas deixou o maior tesouro para os seus queridos:
a dignidade. Para esses ele foi um herói.
Jogou no time da honestidade,
fidelidade, justiça, do amor e do trabalho.
Ensinou às pessoas, a quem Deus lhe confiou,
o caminho da verdade, com sabedoria.
Para mim, foi o maior exemplo de amor pela vida.
Saudades de você, meu pai!
O tempo passa, a gente acostuma, mas a dor...

Segredos naturais

Que segredo esconde
A mãe-natureza?
Com tanta beleza
E tanta riqueza

Que segredo revela
O sol na janela?
Essa coisa singela
E tão bela

Que verdade há
Por trás desse ar?
Que embrenha na alma
E te faz respirar

E o que diz da chuva
Que veio pra molhar?
Essa terra fértil
O que faz pra plantar?

E do barulho do mar
O que tem pra contar?
Que mistério tem o vento,
Que inventou o ventar?
E o tempo quem inventou passar?

De onde vem toda essa magia?
Quem explica toda essa alegria
Contida com essa harmonia
Nas flores desse jardim?
Fazendo todo universo
Alegre, fiel e sem fim.

O medroso

A assombração apagou a candeia
Depois no escuro veio com a mão
Pertinho dele
Ver se o coração ainda batia.

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Fim e começo

A noite caiu com licença da Câmara
Se a noite não caíse
Que seriam dos lampiões?

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Poema da cachoeira

É a mesma estação rente do trem
Toda de pedra furadinha
Meu pai morou alguns anos aqui
Trabalhando
Um dia liquidou
Ativo passivo
Cinco galinhas
E deram-lhe uma passagem de presente
Para que eu nascesse em São Paulo
Como não houvesse estrada de rodagem
Ele foi na de ferro
Comprando frutas pelo caminho

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Digestão

A couve mineira tem gosto de bife inglês
Depois do café e da pinga
O gozo de acender a palha
Enrolando o fumo
De Barbacena ou de Goiás
Cigarro cavado
Conversa sentada

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

CUIDADO!

Ó namorados que passais, sonhando,
quando bóia, no céu, a lua cheia!
Que andais traçando corações na areia
e corações nos peitos apagando!

Desperta os ninhos vosso passo… E quando
pelas bocas em flor o amor chilreia,
nem sei se é o vosso beijo que gorjeia,
se são as aves que se estão beijando…

Mais cuidado! Não vá vossa alegria
afligir tanta gente que seria
feliz sem nunca ouvir nem ver!

Poupai a ingenuidade delicada
dos que amaram sem nunca dizer nada,
dos que foram amados sem saber!

Guilherme de Almeida
DE ALMEIDA, G. Messidor. São Paulo: O Livro, 1919.

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