Verso de Declaração de Amor

⁠O que eu verdadeiramente falo apenas se pode sentir, não ouvir.
É necessário estar dentro de alguém para ouvi-lo bem.

⁠Acabou, acabou.
Mas repare: nunca antes havia começado.

A dor escorreu, mole e malemolente, pela rachadura que eu pensava ser invisível. Não era.
Na verdade era uma falésia de frente para o mar, e eu me via afogar...

⁠Cansei.
Que energia se vai no simular alegria e contentamento, e todo mundo acreditar, que deselegância...

⁠Só por hoje, vou fazer o mesmo de ontem e de tantos dias antes de ontem.
Só por hoje, só por agora, só por essa dor que não se deixa tocar e não passa...

⁠Um grito de horror ou de alegria?
A verdade pode ser ambígua.

⁠Eu não aceito não entender.
Por isso o mundo me desagrada, e desagrado às pessoas por estar triste.

⁠Não pense que não acredito no retorno da alegria.
Mas quantas vezes ela me acena de longe triste, cansada e indecisa...

⁠Talvez eu sempre tenha desejado mais do que me estava prescrito.
Ou talvez então - quem sabe! - eu esteja seguindo meu alegre e improvável destino!

⁠Alcance-me toda, se prometer não fugir.
Mas quem poderia?

⁠Eu mesma já tentei me alcançar e quase não voltei.
Por isso entendo as distâncias necessárias.

⁠O que você me ensinou não se ensina de propósito.
É sem querer, só por saber amar.

⁠Não que eu saiba amar alguém.
Ainda estou terminando de saber me gostar um pouco mais.

O que será de nós?
O que será do caos, do mundo, do amor?
⁠E a única resposta quem tem, e não quer revelar, é o silêncio.

⁠Às vezes, quando teu olhar se demora sobre mim, sinto que vês tudo: minha alma, meu coração, o amor que sinto por ti e o quão confusa estou.
Então, sinto-me abençoada, pois isso não te afasta.
Obrigado por ser amor!
❤️

⁠No teu tempo de bonança, planta e rega o amor,
a frondosa árvore da eternidade.
Em seu tronco te agarrarás, no teu tempo de tempestade.

OUTUBRO


Outubro chegou trazendo lembranças de você
Nunca foi fácil tentar ou simplesmente
Te esquecer

⁠As folhas de Outono
Me lembram seus olhos
A brisa do Vento
Me lembra sua voz
Nomearia o céu estrelado luar com
Seu nome

Quando fecho os olhos
É o teu abraço que eu procuro
Decoro cada traço do seu rosto
Pra te encontrar nos meus doces sonhos

Eu dançaria com o seu fantasma na chuva
Beijaria as gotas pensando na sua boca.

⁠Coleciono sonhos, amores, cicatrizes.
Toda e qualquer variação do que fui ainda reside em mim.
As decepções e dores passadas, não foram compensadas pelas alegrias de agora. Talvez, nunca serão.
Entretanto, sinto que as primeiras vão perdendo sua força, pouco a pouco, e já não incomodam tanto.
Já as alegrias, essas parecem iluminar mais forte a minha alma, como se eu pudesse percebê-las com novos sentidos.
Descubro em cada caminho novidades e destinos. Existem coleções inéditas a serem formadas.

Meu amor
Seja tu o meu salvador
Beije-me com teu calor
Proteja-me do rancor

Ame com intensidade
Se aprofunde em minha verdade
Quero que de mim, você faça parte
Eu sou seu último pedaço de liberdade

Se apodere de tudo o que eu chamo de meu
Faça parte do meu novo eu
Tome para você o que jamais me pertenceu
Enalteça tudo aquilo que se perdeu

Me invada por dentro
Seja meu unguento
Não me traga arrependimentos
Você é o meu sentimento

Me coma
Me invada
Se aprecie
Se sacie

Me faça teu último ato de pecado
Por mim, você jamais será largado⁠

Na balsa navegante dos sonhos, encontrei o jardim onde poderia colher as lindas rosas silvestres sem espinhos.
Pode ser ironia!
Más, sem espinhos!
Sem espinhos, a rosa eu arranquei e logo todas as pétalas caíram ao chão.
Aos prantos a roseira se derramou.
Hoje no vasto jardim de dores a roseira silvestre de espinhos eu encontrei.
A rosa não arranquei, o espinho se mostrou!
A linda rosa não chorou, abandonou meus sonhos, com gentileza desabrochou!