Quando não cabe no peito, vira verso. De todos o mais franco, sucinto, intenso. Saudade é isso, olhar para trás e saber que não importa quantas vezes se feche os olhos, a dor continua ali, castigando, sufocando, nada volta a ser do jeito que era, a falta não se cala, não se farta de o sono tirar. Saudade faz sentido na figuração, e só.
Tem dias em que só a música sabe conversar com o meu coração. Num verso escrito por um estranho, eu vejo o sorriso que dei, a vontade que tenho, o sonho que alimento, o silêncio que preciso.