Vergonha
O meu amor pela minha Nação é maior do que qualquer vergonha, tristeza ou devastação. Eu amo o meu país com um amor indestrutível!
Eu jamais terei vergonha de ser brasileira porque não tenho vergonha de ter sido assaltada. A vergonha pertence ao delinquente, e não a vítima.
Passar vergonha já virou hábito e rotina aqui no Brasil. Superar isso tudo vai depender da lucidez cultivada por cada um.
Sem ter vergonha
nenhuma e como
quem arranca
as pétalas de uma
rosa com a boca:
Nos lábios teus
os meus arrancam
os teus beijos,
Porque por ti sou
perdidamente louca.
Com a companhia
da Lua amável
e você no coração,
esta cena me vem
quase todo dia:
No transe da ambição
que sacode deste
corpo o pó da rotina,
Porque és encanto
e luxuosa perdição.
Uma inspiração
travessa que dança
nos campos meridionais
fazendo com que
não desista do nosso
encontro jamais.
Chega de pouca
vergonha de quem
diz que não
pode pedir
antecedentes
de quem
pede pedir
para tirar foto,
Quase acreditei
também nisso.
Não se faça
de desentendido:
O povo deve
ser respeitado,
E você sabe
muito bem disso.
As Mães de
Tumeremo
andam com
medo dele,
e não deve
ser à toa;
Uma cidade
está vem
sendo destruída:
deve ser
tudo farinha
do mesmo saco.
Estão levando
o quê há
de melhor para
sempre embora,
Alguém tem
que parar
com isso agora.
Há queixas que
ele anda
intimidando
e tirando o ouro
todos os dias,
A gente está
sofrendo todos
os despojos;
Há quem dê
ouvidos cegos
ao autoproclamado
e os seus
'Los Rastrojos'.
Uma tropa que
deveria estar
em liberdade
e contendo
tudo isso,
Ela segue
um calvário
crescente
e um lento martírio.
O nome do General
que dizem
que o acusaram
injustamente
de rebelião
está sendo usado
para causar
inferno político,
E ele não tem
nada a ver com isso.
Uma vergonha
Que na vida
Não passarei:
É a de prestar
Continência
À bandeira
Do Império
Porque nasci
Descalça,
Brasileira
E ao poder
Não me
Agarrarei,
Na minha
Áurea tenho
O hemisfério.
Não repito
Lema do
Passado,
Não aplaudo
Quem entoa
Tão pesado
Fardo exaurido:
'Brasil ame-o
ou deixei-o',
Na minha
Alma tenho
O indígeno
E o mistério.
No meu peito
Está escrito
Com o brilho
Das estrelas
Do céu da Pátria,
Com o verde
Das matas,
Com o amarelo
Das nossas
Riquezas,
E com o
Amazônico
Azul do mar
Que com toda
A mística
Consigno:
Brasil ame-o
ou ame-o.
Ninguém deve ter vergonha da própria idade. Só sei que forçar a barra para tentar aparentar a idade que não tem envelhece ainda mais, embora a natureza seja inevitável. O quê engrandece o ser humano não é aparência física, e sim como ele se porta diante da vida e o amor que transmite ao próximo.
Líderes que demonstram uma atitude drástica não têm mais vergonha de disfarçar a culpa e o autoritarismo.
Poeta sem vergonha
Disseram-me que eu deveria
ter vergonha de escrever poesia
porque a minha escrita é comum,
Graças ao meu bom Deus
que muitos dizem me entender, diferentemente da tal
pessoa que disse não gostar
e desconfio que ela não sabe ler.
Ler não é o ato isolado de ler,
existe gente que só de escutar
ou até simplesmente tatear
sabe com maestria entender,
Na vida só se pode dizer
que sabe ler só se você
de fato consegue entender.
A tal infeliz ainda ratifica que
eu deveria ter vergonha do que
escrevo e de ser chamada de poeta,
Vergonha mesmo eu não tenho,
porque ser poeta sem vergonha
é só para quem nasceu com talento.
RECADO AO PENSADOR:
Que triste! Que vergonha vai ao Brasil da censura ainda no poder, senhores do PENSADOR! Coitados, já nem pensam! Que dó, que nojo vocês (censura do site) me metem!) Tenham verguenza! Que palavra ou palavras impróprias para a vossa "pureza tipo iurdiana" eu empreguei hoje, no meu tão singelo e despretensioso poema , sem maldades, nem palavras de ofensa para ninguém? Vá, digam-me a mim e ao mundo!!!!!!!!!!!!! que o vai ler!!!!!!!!!
Porque não publicam a imagem do meu poema "Olhos Sem Lágrimas" !?...
Porque é que, por exemplo: a poesia "desabrida e de palavras ditas pecaminosas" de Charles Bukowski e seus pensamentos, têm assento no PENSADOR? Mais há centenas de outros/as autores que vocês têm no vosso rol, cujos textos "abertos" já não são atentatórios contra a moral e a religião, no vosso pobre e alienado conceito, pois não!?...
Mas isso, aí pelo Brasil, não muda nunca, não!?...
Pobre país, de tantos cérebros bons, dominados por uma censura atroz!
Carlos De Castro, in No Brasil Há Censura, Aqui Não, em 05-12-2022
A preguiça é uma praga. Ela devora o que há de melhor na sociedade: A vergonha de ser miserável, parasita ou bandido.
CRONIQUINHA SEM VERGONHA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Entre o safado e o sem vergonha existe uma diferença considerável. O safado é um sem vergonha com intenções ocultas ou escusas. A sua sem-vergonhice tem alvo externo; quer sempre algo de alguém.
Já o sem vergonha é um safado sem malícia. Ele apenas não tem vergonha; sua safadeza é natural. Não estabelece alvo, resposta nem projeto externos, quando a exterioriza.
É meio louco escrever isto. Quem leu esta insanidade poderá desler, para se despir do risco de já ter gostado. Quanto ao mais, perdoe este sem vergonha pela safadeza de ocupar seu tempo com esta croniquinha.
VIRTUDEZINHA
Demétrio Sena - Magé
É possível me qualificar como pessoa profundamente sem vergonha, por várias razões. Mas acredito que a maior prova disso está na minha insistência em gostar de pessoas que há muito me deram um gelo. Não insisto em procurar, ficar perto nem conviver, necessariamente, ao notar que deixei de ser interessante. Mas por dentro, não consigo vencer a psicopatia do não deixar de gostar, e quando as vejo, puxar inadvertidamente um assunto qualquer.
Aí tenho de volta um monossílabo, aquele olhar enviesado e o sorriso sépia, como quem ganha um presente ou recupera o tesouro perdido. Em meu lugar, muitos diriam: "Meu maior defeito é não deixar de gostar de quem não tá nem aí pra mim.". Mas me permitam dizer que isso, mesmo sendo meu, é uma pequena virtude; não é? Tenho muitos defeitos, entre eles outras sem-vergonhices, que são sem-vergonhices mesmo, mas tenho essa virtudezinha, para salvaguardar minha natureza.
PRA QUEM É MAU
Demétrio Sena - Magé
Meu país anda muito cabisbaixo;
tem vergonha, tristeza e frustração;
há um facho de luz buscando ar,
mas a mão da esperança está fechada...
Quem sonhava o país da liberdade;
já sentia o frescor da própria vez,
se desfez do sorriso que aflorava,
pra chorar em um beco sem saída...
O momento está bom pra quem é mau
e pra quem é feliz na escravidão
ou na sua ilusão de capanguismo...
Mas é triste o poder imaginário
sobre um povo que não nutre poder;
só se tem a perder neste conflito...
Amor moderno: onde sentir virou vergonha e fugir, regra.
Parece que a gente aprendeu a fugir antes de tentar.
A evitar sentir, como se emoção fosse fraqueza.
Todo mundo com medo de demonstrar, de se entregar, de errar.
Como se amar fosse sinônimo de perder.
Hoje, ninguém olha nos olhos por tempo demais.
Beijar virou passatempo.
Dizer “eu te amo” é piada.
Demonstrar interesse? Humilhação.
Responder rápido? Desespero.
E aí a gente finge desinteresse para manter alguém que também está fingindo.
Troca profundidade por distração.
Conexão por validação.
Carinho por curtida.
E chama isso de relacionamento.
No fundo, está todo mundo carente.
Querendo colo, presença, verdade.
Mas se escondendo atrás de filtros, frases prontas e joguinhos.
Achando que isso protege quando, na verdade, só afasta.
O amor moderno virou medo.
Medo de parecer fraco.
Medo de sentir demais.
Medo de se entregar e não ser correspondido.
Mas amar, de verdade, sempre vai ser um risco.
A diferença é que, quem se permite, também se cura.
Porque tem coisa que só o amor real consegue tocar.
Não sinto vergonha de deixar rastros do meu amor por você em toda parte, porque a lembrança é mais perpétua do que a saudade, e na minha ausência, estarás envolta da minha essência.
Eu não tenho nenhuma dignidade. Eu quero ser a única pessoa que não morreu com dignidade. Eu vivi a minha vida inteira com vergonha. Por que eu deveria morrer com dignidade?
(George Costanza)