Vem
Entre o tempo que vem e o que se faz,
Jaz uma escolha, sutil traço de paz.
Não é o relógio que mede afeição,
Mas quem faz da hora sagrado chão.
Quem se entrega no limite do escasso,
Guarda no peito o peso do cansaço.
A troca justa, balança do sentir,
É arte rara, é dom de equilibrar.
Sabedoria não é só acumular,
Mas entre erros e acertos navegar.
A boa vida é tecida em comunhão,
De saberes, sentimentos, coração.
Inteligência é o leme neste mar,
Administrar emoção, não naufragar.
Mas quem ao passado só olha, sem perdoar,
Esquece que à frente está o lugar de amar.
Assim caminho, assim procuro estar,
No dar e receber, no eterno ensinar.
E nessa dança que é viver e priorizar,
Há quem faça do seu tempo um lugar.
MATINAR
Sempre que há disposição, também vêm as coisas que não podem ser ignoradas.
Isso não se consegue deixar nem por um dia. Porque nas madrugadas, de um dia para o outro, surge um acúmulo de ideias. Isso se torna um desejo, algo habitual.
Sempre que vem a sensação de sossego, não é difícil também sentir alguns lapsos. Não nego que a concentração de tantas ideias traz também prejuízos. É imersivo. Nesse tempo chega a saudade, e não sei se sentir saudade é bom ou ruim, duvido que você saiba dizer.
Também lembro de tempos ruins que foram vencidos, enquanto imagino que estamos acordados em busca de novas ideias, o que pode facilitar a noção de ruim ou bom. Todo mundo foi essa pessoa que mudou de ideia exatamente por causa desse espaço de tempo.
Acho que isso não tem limite, idealizar tanto para que não se consiga mais.
Aí parece que o silêncio grita e diz que isso deve ser aproveitado enquanto ele continua gritando. Percebo que é possível dizer muitas coisas no silêncio, assim como ver outras no escuro.
Concluo que em momentos diferentes, isso não seria possível, mas só nas madrugadas.
Madrugadas habituais.
O vento que leva pra longe o que está com voce, tbm traz de longe o que é seu.
Antes do vento, vem a brisa e avisa.
Calma. Confie. Respire.
Um dia o Senhor Jesus falou para uns de seus discípulos, "vem e segui-me", se não é fácil seguir suas pegadas, porque eu deverei de seguir à muitos quem nem sabem para aonde estão indo.
A maior cobrança por resultados vem de nós mesmos. Sejamos gentis e compassivos com nossas limitações.
Ah! o amor
Vem em forma de:
Bicho
Gente
Flor
E quando
não cabe
mais no peito
torna-se
Abraço
beijo
poesia e canção
Jesus está voltando.Sim, Ele vem.
Mas não sabemos o dia...
Então, prepare-se, não para a morte, porque morrer em Cristo é viver.
Mas, prepare-se para envelhecer.
Cuide de sua saúde.Beba água.
Poupe. Sorria.
Para quando chegar a ser velho, você tenha uma vida tranquila, com esperança.
Porque, o dia que perder a esperança, perde-se tudo!
Da série:
"Li e a Estrada"
A inspiração é como um raio.
Vem e vai embora com a mesma rapidez.
Daí você tem que parar naquela hora, naquele minuto, exatamente naquele segundo, e em se tratando de inspiração para escrever, você tem que anotar o flash imediatamente.
No meu caso, eu paro.
Paro porque isso acontece, invariavelmente, em vários quilômetros da estrada.
Todos os outros passam por mim, e eu continuo à frente deles, mesmo assim.
É a estrada.
É aqui que eu paro, e continuo a voar.
Se você vem às vinte horas, desde às sete da manhã eu começarei a ser feliz. Se você não chega às vinte horas e cinco minutos, encontre-me se você já tiver tido a brilhante idéia de implantar um localizador em mim!
"Toda a beleza e significado da vida vêm do fato de que um dia ela acabará.
É com isso em mente que devemos fazer bom uso dela.
No final, o que torna a vida tão especial é a própria morte."
- Tia, seu horóscopo disse que no ano que vem você vai ter muita sorte no amor – peraí – no jogo também! Mas como assim, é possível ter sorte nos dois?
Todos os dias, durante uma semana em que estivemos juntas, por alguma razão que algum dia eu ainda espero entender, ela insistia em ler o meu horóscopo.´
- Deixa pra lá, bebê! E viagens? Fala alguma coisa?
- Nadinha, tia, mas no natal…
- O que fala do natal, viagens?
- Não tia, mas fala que touro é o signo que menos gosta do natal…
Não tive como ludibriar aqueles olhinhos brilhantes, curiosos para saber porquê a tia, do signo de touro, não apreciava tanto assim o natal…
- Áh, bebê! É que essa data transformou-se num evento comercial. Tem-se a obrigação de se estar bem, generoso, comprar presentes, e você sabe que a tia não lida muito bem com “obrigações”, né? Mas eu gosto de estradas, vamos?
- Sei sim...Tem fone de ouvido aqui, tia?
- Tem sim! Prá que?
- Áh, não quero ficar ouvindo suas músicas no carro “mon chouchou”, “mon bijoux” e “uuuuuu”!
- Oui, mademoiselle! Comme tu veux!
- O que?
- Entra no carro!
E viemos.
Eu no meu mundo, e ela no mundo dela, sem sair do meu, nem eu do dela.
- Nossa, nessa época eu sinto uma falta imensa dos meus filhos – resmungou meu parceiro no plantão, Arion (talvez algum dia eu escreva sobre ele, uma trilogia, talvez! Rsrs)
- Por que nessa época, Arion?
- Sei lá...Fico triste sem eles…
- Tá vendo por que não gosto de natal? Até obrigação de se estar junto as pessoas sentem…
- Deixa eu te falar - começou ele, com o jeito tão peculiar de Arion, que foi impossível não deixá-lo desenvolver o assunto.
- Eu tenho um amigo – continuou ele – e sempre que eu o chamava para fazer alguma coisa aos domingos, ele dizia que era o dia de estar com a sua família, e que não poderia ir. Um dia o questionei sobre isso e ele me respondeu que a gente negligencia tanto quem realmente importa e que amamos, que ele achava muito bom o fato de “ter que estar” com a família todos os domingos, e que talvez se não fosse isso se veriam muito pouco, conversariam muito pouco, participariam muito pouco ou quase nada da vida uns dos outros.
Engoli seco e pensei em como realmente era bom estarmos em família, inclusive no natal e sobretudo quando a minha avó ainda estava entre nós.
Pensei nos abraços, nas risadas, na brincadeira do amigo secreto, no porco da Tia Mariquinha com a maçã na boca, mas diga-se, muito gostoso, nas orações em volta daquela mesa farta, toda a família de mãos dadas, e depois a musiquinha da Tia Rosa, “Tenho minhas mãos cheias de ricas bênçãos...”, em como era bom jogar essas bençãos uns nos outros, e como nossa família tenta se reunir nessa data, ainda que agora sem a presença do motivo dos natais cheios por mais de trinta anos, minha amada Vó Maria.
- E se não houvesse o natal? - perguntou-me ele, cortando meus pensamentos, e meu olhar contrariado pelo fato de ter dito à minha sobrinha que não gostava tanto assim do natal…
- Karol?
- Que foi, tia?
- É que a tia mudou de ideia. A tia ama natal…
- Éh, eu vi no seu horóscopo hoje que você mudaria algumas ideias!
- Éh mesmo, bebê? E de viagens, fala?
Brincadeiras à parte, obrigada Natal por ser o “motivo” pelo qual escolhemos e fazemos questão em estarmos juntos de quem realmente amamos.
Obrigada, Arion, pelo jeito “Arion” de me fazer entender que por mais que transformem essa data em um evento comercial, não há preço que pague estarmos em família!
Depois eu falo Feliz Natal!
É que eu só queria contar isso hoje.
Foi importante pra mim...
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