Vc Nao sabe o quanto eu te Considero

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De certa forma,
eu sempre me senti
completa e serena
nos lugares onde eu pude
ver as Árvores e o Mar...


Afinal...
A minh'alma
tem as cores e os olores
da Mata Atlântica
e do Oceano Atlântico...


E o meu Lar
é a Região Oceânica de Niterói...


✍©️@MiriamDaCosta
@miriamdacostamiry

Oceano Atlântico


Oh! Atlântico!
Eu sonhei em ser uma das suas ondas
em todas aquelas tardes
em que a minha existência
pousava nos braços da profundidade
que acolhia a minh'alma...


Oh! Oceano!
Em todos os meus dias
eu sempre sonhei
em ser como o Senhor...


Uma única lágrima minha
poderá um dia
ser acolhida
entre as suas ondas?...


✍©️@MiriamDaCosta

– Às vezes, eu sinto algo muito estranho…
algo que, ao mesmo tempo, me perturba e me aquieta.


"– Explica-me melhor esse “algo estranho”
que te cria controvérsias no estado d’alma…"
(disse o Tempo)


– Eu queria voltar no tempo…
naquele tempo em que eu nada sabia,
nada entendia…


"– E por que isso agora?"
(perguntou o Tempo)


– Porque eu sinto saudades daquele tempo.
Às vezes, chego a acreditar que não saber do mundo e não compreender nada dele
é uma forma de paz.
Eu não consigo entender
como é possível viver em paz
com tudo isso que acontece…
com tudo isso que os humanos fazem.
O Senhor me entende?


"– Claro que te entendo!
E é por te entender
que dialogo contigo.
O Tempo é mestre.
E você está sendo uma boa aprendiz,
com suas inquietações e interrogações...
(respondeu o Tempo)


✍©️@MiriamDaCosta
( Em "Diálogos com o Tempo")

Eu amo o tipo de cansaço
que sinto depois de horas
cuidando das plantas no quintal...


pele suada pelo mormaço,
corpo aquecido pelo sol,
mãos com perfume de terra,
cabelos com vestígios de galhos,
flores e folhas,
pulmões cheios de ar fresco
e o coração pulsando versos...
✍©️@MiriamDaCosta

Eu respirei o hálito das nuvens
que passeavam nas trilhas do céu...


aguardavo a inspiração no sussurro
dos raios prateados da lua...


e já sentia sobre a epiderme d'alma
as gotas de suor das estrelas...
✍©️@MiriamDaCosta

Por onde eu for
quero ser
pétalas de poesia...
✍©️@Miriam Da Costa

Quando chorei
e pedi ajuda
eu fui forte...


quando em silêncio
ajudei
eu fui grande...
✍©️@MiriamDaCosta

Entre vulgares provocações,
sarcasmos,
ironias e até desaforos…
eu escolho a classe e a elegância
do sábio silêncio....


Entre a vulgaridade
das provocações baratas,
dos sarcasmos ácidos,
das ironias afiadas
e dos desaforos rasgando o ar...
eu me ergo inteira,
vestida com a armadura
serena do silêncio....
nada fere quem tem a classe
e a elegância de não revidar...


Entre vozes que tentam ferir
com palavras sem flores,
eu escolho o silêncio,
(o jardim secreto onde repousa
a minha dignidade)...
Ali, a elegância d'alma
não precisa se explicar,
apenas floresce...


✍©️@MiriamDaCosta

* A Poesia do Viver *


Por onde eu vou, sempre há algo
que desperta um sorriso no meu olhar
e uma espécie de gratidão-felicidade
no meu ser...


uma flor,
um pássaro,
uma planta,
uma paisagem,
uma criança,
um casal (de adolescentes ou idosos)
entre tantas outras coisas...


tudo me inspira
a pureza
e a beleza
da poesia de viver...


por onde eu passo,
a vida me toca;
um lampejo, um gesto,
um respiro de beleza
se infiltra no instante,
como se o universo me sussurrasse:
- “Vê? Ainda há poesia no caos.”


uma flor rasgando o asfalto,
um pássaro que canta
apesar do ruído do mundo,
uma criança que corre sem medo,
um casal que se ama
com o tempo nas mãos...


tudo me atravessa,
me sacode,
me lembra que existir
é um dom indomável...


A poesia de viver
não se lê e não se escreve,
ela pulsa em mim! ...


Por onde sigo,
o mundo me sorri,
há sempre um brilho,
uma cor,
um pequeno milagre
a despertar ternura em meu olhar...


uma flor se abre para mim,
um pássaro me oferece canção,
uma criança me devolve inocência,
e um casal idoso, de mãos dadas,
me ensina o amor paciente....


Tudo é prece suave,
um murmúrio de gratidão
que se aninha no meu peito...


Ah!!! Viver
é ser tocada pela poesia
que habita o simples...
✍©️@MiriamDaCosta

- Desculpa ter que interromper a nossa conversa, mas... eu tenho que ir...


- "Ir para onde?"
( perguntou o Tempo)


- Para o Mar!


- "Para o Mar?!
Mas está frio e chuviscando! "


- Sim, o Mar !!!
Tenho que ir para o Mar
em todas as estações
da minha vida,
lá, eu volto para mim...
Me entende?


-" Sim que entendo.
Você pode até ficar distante do Mar...
mas Ele nunca vai sair do seu âmago. "
✍©️@MiriamDaCosta
(Em "Diálogos com o Tempo")

Um círculo vital
exala a energia
de emoções coloridas
em mim...


E eu,
arqueira de versos
absorvo o arco-íris
e lanço palavras
matizadas com a poesia...
✍©️@MiriamDaCosta

Ode aos dias nublados☁️


Eu gosto dos dias cinéreos,
eles me impulsionam à introspecção,
a caminhar com passos lentos
mas decisos nas trilhas d’alma...


Nos dias nublados,
a natureza parece acalmar
os ânimos dos seus elementos ...
as aves se recolhem, a praia se aquieta
e as árvores cochicham em murmúrio baixo...


É como se o mundo inteiro
suspendesse o fôlego
para escutar o próprio silêncio...


E eu,
me deixo envolver por essa pausa,
por essa ternura velada do céu,
onde o cinza não é ausência,
mas presença suave do mistério...


Desde sempre,
há em mim uma reverência silenciosa
por esses dias cinéreos,
eles me distanciam, me protegem
de toda essa superficialidade do mundo
e me guiam à profundeza branda do ser...


Nos dias nublados,
o mundo parece conter o grito,
as cores se retraem,
e o ar, espesso e morno,
me obriga a sentir o peso leve do tempo...


Caminho por dentro,
com passos encharcados de memória,
ouvindo o eco de tudo o que ainda pulsa
sob a penumbra do meu próprio peito...


O céu, coberto,
me lembra que a luz também se recolhe
para curar as feridas da claridade...


Eu gosto dos dias nublados,
eles falam baixo,
como quem entende o silêncio d'alma...


Neles, o tempo desacelera,
as cores se tornam pensamento,
e o céu veste seu manto silente...


Há uma ternura no cinza
que o azul jamais soube expressar...
uma quietude morna,
um convite a repousar
o coração que pensa
e a cabeça que sente...


Nos dias nublados,
eu também me torno bruma,
flutuo entre lembranças e versos,
e encontro abrigo
no colo invisível da terna melancolia
que me acolhe em poesia...
✍©️@MiriamDaCosta

Eu IA acreditar em alguns vídeos e imagens que circulam nas redes sociais...
mas, o meu QI, naturalmente, não permite.
✍©️@MiriamDaCosta

.
Façam o destino ficar ciente
que eu ainda
estou em pé,
e que, se ele quiser obstinar-se
em pôr-me à prova,
há de perceber, cedo ou tarde,
que sou mais obstinada do que ele...


Avisem o destino,
gritem se for preciso,
que ainda respiro, inteira,
mesmo quando ele me joga ao chão...


Que, se insistir
em medir forças comigo,
há de sangrar primeiro,
porque a minha teimosia
nasceu da dor,
e a dor é mais antiga
que o próprio destino...


Sussurrem ao destino
que eu ainda floresço,
mesmo após tantos invernos...


Que, se ele quiser provar-me,
vai descobrir em mim
uma obstinação mansa,
feita de fé própria e resistência,
um coração que insiste,
mesmo quando tudo cansa...


E esse tudo, por sua vez,
acaba cansando-se...


Lembro-me bem
quando tinha 8 anos,
enquanto minh'alma sangrava,
proferi que o mundo
poderia desmoronar sobre mim...
que eu restaria em pé,
firme e forte,
pronta para mais uma das suas...


Hoje, com quase 59 anos ,
ainda estou aqui
em pé
firme
forte
inteira
intensa
e plena de poesia.


✍©️@MiriamDaCosta

Um dia,
eu sussurrei à brisa
que queria escrever uma poesia...
Logo depois,
ela voltou para me arrastar
num vendaval de versos...


Certa vez,
eu confessei à brisa,
quase em segredo,
meu ( constante) desejo inquieto
de parir uma poesia...
Mal terminei o sussurro
e ela voltou feroz, decisa,
me puxando pelos pulsos,
me lançando inteira
num vendaval de palavras
que me cortavam e me curavam
ao mesmo tempo...


Um dia,
eu murmurei à brisa
que meu coração ansiava
por escrever poesia...
Ela ouviu.
E, suave como quem conduz um destino,
voltou para me tomar pela mão,
erguendo-me delicadamente
num bailado de versos,
onde cada sopro
era um convite para sentir
e cada palavra
um abraço do vento...
✍©️@MiriamDaCosta

Antes
eu tinha um certo receio
diante do avanço
da Inteligência Artificial...


Agora
eu tenho verdadeiras fobias
diante da propagação
da parvoíce humana generalizada...
✍©️@MiriamDaCosta

Eu gostaria que nas praças
de todas as cidades do mundo
houvesse altares e monumentos
ao artista e ao poeta desconhecido,
e não ao soldado desconhecido...


Eu desejaria ver, nas praças do mundo,
não a glória fria dos soldados anônimos,
mas altares acesos em honra
dos artistas que salvaram nossas almas
e dos poetas que suturaram
as feridas invisíveis da humanidade...


Que cada cidade erguesse monumentos
a esses seres que não matam,
mas devolvem fôlego, sentido
e luz...


Eu gostaria que, nas praças do mundo,
houvesse um altar quieto
para o artista desconhecido,
um monumento doce
para o poeta que escreveu e viveu
no escuro dos palcos
das bibliotecas e livrarias
e nunca foi aplaudido...


E que, no lugar do soldado sem nome,
cabesse a memória daqueles
que sustentam a vida
com beleza, palavra,
silêncio, alma e coração...
✍©️@MiriamDaCosta

Eu defino esse mundo de "ILHA" :
estamos cercados de golpes e fraudes
por todos os lados.
✍©️@MiriamDaCosta

Lírio da Caatinga
explode em flor,
E eu quero levar
você para onde for.

Manifesto do Insubmisso

​Eu escrevo a história dos ninguéns, dos que sofrem o horror da perversidade do sistema.
Eu pinto a tela social dos mais atormentados pela exclusão de um sistema estúpido que é vendido como progresso, mas que atua como máquina de fazer embutidos.

​Eu sou a pena que sangra nos cadernos rasgados dos que não têm nome nos registros da glória. Eu fotografo com palavras as cicatrizes deixadas pela engrenagem que tritura a dignidade e cospe o resto. Este progresso não é a luz, mas sim a sombra densa onde a esperança é esmagada sob o peso de um capital que se alimenta da miséria e da obediência cega.

​Eles nos querem quietos, padronizados, meros ingredientes no produto final do lucro. Mas eu não me calo. Minhas linhas são o grito sufocado que ecoa dos cortiços, das esquinas frias, dos campos varridos pela ganância. Eu sou o memorialista da resistência silenciosa, e minha arte é o espelho que estilhaça a ilusão: o sistema não falhou; ele está funcionando exatamente como foi projetado. E meu trabalho é garantir que o horror não seja esquecido nem perdoado.

​Sou a vela vermelha dos Exus das encruzilhadas, sou o terreiro inteiro se mudando de lugar.
Sou a tenda resistindo à estupidez da hipocrisia religiosa.

Sou o Cristo do crucifixo morto – porque a vida pulsa onde a opressão o mata.

Sou a rua, a esquina, a Banda de esquerda, o armário vermelho amarelo.

Sou o furacão que arrasta o ego e o joga no paredão do terreiro das entidades mais intensas.

​Eu sou a contradição que liberta. A liturgia profana que desfaz os dogmas e veste o corpo nu da verdade. Não aceito o céu prometido em troca do silêncio na terra.

Sou a Pomba Gira que dança sobre os contratos sociais não cumpridos. Sou o Zé Pilintra que bebe a indiferença e cospe a revolta, dando dignidade aos que o sistema chama de marginais.

​Eu sou o ruído necessário que quebra a missa silenciosa da conformidade. Eu sou o verbo encarnado na pele dos marginalizados, o ponto cantado que ninguém pode abafar.

Minha escrita é a macumba social, feita para desmanchar as armadilhas do "progresso" e invocar a justiça sob a luz da Lua e o cheiro de pólvora da insubmissão.

Pedro Alexandre