Vc e meu Remedio
Entre o fogo do Diabo e a luz do Anjo,
meu peito arde, perdido no teu encanto.
És tentação e salvação no mesmo arranjo,
maldito desejo que me faz santo
Elas me cercam, sussurram promessas vazias,
mas meu coração insiste na proibição.
Desejo a que brilha onde não posso tocar,
prisão dourada, delírio sem perdão.
Sou rei de escolhas que não me satisfazem,
servo da única que nunca será minha.
Pax animae
Para o Infinito
Escrevo, pois sinto.
E se sinto, é porque vivo.
Sinto meu coração pulsar
enquanto minha mente se projeta no infinito —
lá, onde as palavras não bastam,
onde me recuso a ser limitado.
Vou além,
tocando a beira do universo.
Sou um instante,
um sopro breve,
que, em certos momentos,
se ilude com a eternidade.
Ignorância minha.
Nada sou além de um simples ser humano:
respiro, sinto, falho.
Sinto demais.
Sinto que, por instantes,
o mundo ainda é um lugar bom.
Falho em acreditar que realmente seja.
Respiro…
e ergo meus olhos ao céu,
atento aos detalhes secretos,
às minúcias mágicas
que o universo me entrega.
Como uma orquestra,
tudo pulsa em harmonia,
tudo ocupa o seu lugar.
Ouso dizer que sou privilegiado:
pois não prendo meu olhar ao chão,
mas o lanço ao infinito.
Perdoe esse meu vício de linguagem,
Minha língua,
Sempre interrompendo a sua.
Sem meias palavras,
Te ganhando no beijo.
Filosofia, meu fí, é coisa de bacana, dúvida que nunca se engana
Pergunta que o universo emana
Não importa se é leite ou cana
Tomar as dores do tempo
E pendurar lá em torno
Do meio do céu
A Infâmia do destino mal consturado
Meu silêncio não é fraqueza, é dignidade.
Enquanto você preserva sua imagem, sou eu quem guarda verdades que poderiam destruí-la.
Não me provoque: meu calar é o favor que você nunca reconhecerá.
"Sim, meu amor, eu estou bem, à exceção daquela saudade, minha eterna crise.
Estou bem, até onde a sua ausência me permite.
Sem ti, o bem estar e o estar bem, não existem.
Sem o brilho dos teus olhos, todo fim de tarde é triste.
Os raios do Sol me esfriam, minh'alma congela, meu eu não resiste.
Em teu âmago, o que reside?
A bruma da manhã, sobre mim incide.
Me trazem lembranças doces de gosto amargo, fazendo que da minha sanidade eu duvide.
Quando éramos dois, parecíamos dois corpos celestiais viajando a inenarrável velocidade e que de súbito, no espaço cósmico do amor e do prazer, colidem.
Sim, meu amor, estou bem, vá em paz, não vai ter revide.
Já marquei o enterro da nossa paixão, espero que tenha recebido o convite.
Obrigado por não se preocupar, meu amor, obrigado por ser tão medíocre.
Eu estou bem, até onde a sua ausência me permite..."
"E a cada laço.
Encontrado.
Nos escombros do meu quarto.
Onde amei, fui amado.
Onde o corpo quente suava gelado.
Nas lembranças, me entrelaço.
Nas memórias me apego, do afeto não me desfaço.
O nó não desato.
Morro, choro, tento, mas não renasço.
Vermelho, branco, preto ainda guardo.
Cada laço..."
Quando a ansiedade bate.
O meu coração acelera.
Me sinto como uma gota de água no mar.
A mesma gota que cai dos meus olhos.
É bom lembrar.
Não lembrei. Esquecimento.
Esqueci, do meu chinelo.
Esqueci, a minha bota.
Pedi para uma pessoa,
da minha família pegar.
Vi você partir,
e o mundo desabou em silêncio.
Cada passo seu afastando-se
era uma lâmina no meu peito,
cada suspiro deixado para trás
uma dor que se instalava devagar.
E mesmo sem você,
aprendi a caminhar sozinho,
com a memória do que vivemos
como guia na estrada do que virá.
K.B
Quando eu vejo aquele sorriso,
Distante, num retrato,
Meu coração aperta,
Calado.
Eu começo a chorar,
Molhando o meu sorriso,
E num suspiro,
Eu me perco no que é amar.
Por ser perfeito, quando eu penso nele, eu sinto amor que não cabe em mim.
Pela quarta vez você se foi..e eu não entendo o porque, a sua amizade foi meu porto seguro em momentos ruins..eu sei o quanto você ama ele, mas você não imagina o quanto eu te amo.
Até algum dia Isa.
