Valente
O Perdão é um santo remédio e o mais favorecido é quem aprende a reconhecer seus erros , dialogar e não ignorar o que fez ,tem pessoas que ofendem ,agridem e depois de um tempo vem falar com a outra pessoa como se nada tivesse acontecido e não pedem perdão, tem vergonha talvez,não tenha vergonha de pedir perdão, perdoe e Deus vai abrir seus caminhos e melhorar mais ainda seu coração
Não deixe que a decepção tire seu chão
Mine sua compreensão e acabe com seu coração,
bons sentimentos
Antes de tudo lembre de Deus !
Corre vai e faz uma boa oração !
Se um dia fui domada pela paixão que arrasa, é por amor que hoje vou pra casa , onde sem pressa quero descansar.
Marcia Cardoso da Silva Valente
(mon Gloss)
Sinto com fidúcia a tristeza do quase, mas mesmo quando não vejo, o sol continua lá, irei morrer e estarei aqui, irei correr e estarei aqui, o vento irá passar e estarei aqui, as águas passarão e estarei aqui, vocês irão e eu estarei aqui, enquanto durar o sol, estarei por aqui.
E se eu porventura me perder me acharei aqui.
Quero contar uma história diferente,
quero contar uma história sorridente,
uma história que ocorresse com a gente.
Mas acho que ocorreu a muito tempo daqui,
numa cabeça muito diferente dessa aqui,
se não me engano numa Terra logo ali,
mas que de tão perto era como se não existisse.
As lembranças que jorravam me escondiam ali,
e de tantas tristezas as alegrias é que me levava
e levaria também a todos que fugiam de si.
Quero contar essa história como se fosse contos-de-fadas,
mas se fingir tanto assim a história logo acaba,
e de tanto sucesso seria como outrora, pirateada.
Mas essa história vem de uma época dourada,
vem de um tempo antigo que creio ser infinito,
contém mazelas pintadas em tons de destino,
possui nessa história muitas comédias,
delas fugir é impossível e ser feliz imprescindível.
Aqueles que fugiram não saíram do lugar,
aqueles que ficaram souberam bem aproveitar.
Mas penso que longe vou para perto me encontrar
e em um daqueles aproveitadores (da vida) me tornar.
Quero cantar uma história com tom de sinfonia,
quem essa música escutar ficará anestesiado,
por muitas razões os ouvintes sonharão,
por muitas razões os ouvintes viverão,
e nessa canção se identificarão,
e o sol no céu verão bilhar,
e uns aos outros amarão.
Quero contar uma história que não tem começo,
quero contar uma história que não se findará,
quero contar uma história.
Ivalente
Embú-guaçu SP Agosto/2006.
No fio da faca eu afio meus medos
Enfio estacas, alicerço os segredos
Construo muros de seda tal qual camisola
E nos teus dedos minha alma rebola
Se sou brinquedo me guarda direito
Os meus defeitos, não conte a ninguém
Meu corpo suado,teu nome tatuado
Teu cheiro cravado no meu misturado
São teus por direito,não dou a ninguém
E se por ventura, faltar a candura
Duvidar da pureza que em mim você tem
Procura ai dentro, meu nome gravado
Com o fio da faca , com o lado do corte
Antes da nossa morte,por acaso, por um triz
Você vai me achar inteira, como ferida curada
Em forma de cicatriz.
DOIS CAMINHOS, UM ATALHO E NENHUM DESTINO.
Ele tomava sempre duas direções. A cada lugar que tentava ir encontrava uma bifurcação. Por vezes usava atalhos, pensando ter encontrado o caminho mais rápido . As vezes caminhava ao mesmo tempo por duas vias. Por vezes tomava o caminho mais longo, por ser o mais bonito, cheio de árvores frondosas, por onde o sol escapava e riscava no chão um traçado brilhante. Por vezes escolhia o caminho mais curto, sombrio e esquecia que atalhos na maioria das vezes são perigosos. Dizia que não se preocupava com o destino e sim com o caminho. Mas quem anda, anda sempre visando chegar...se não há destino escolhido, não há porque caminhar .. a não ser que seja so por admirar a paisagem escolhida. Contemplar os campos, assuntar os cheiros,se emocionar com texturas e cores. Há caminhos e caminhos e há que se ter cuidado porque existem caminhos sem volta. Tantas vezes seguimos o arco-íris que se faz desenhar no firmamento. Tantas vezes tomamos estradas só porque avistamos nela casinhas mal pintadas, com jeitinho simples , aroma de café fresco e tão acolhedoras. Ele nunca escolhe as rodovias de acesso rápido,seguras,que cobram tributos em forma de pedágio, mas que certamente sabem onde nos levam...Ele preferia não ter destino...andar a esmo, se embrenhar por vielas e caminhs escusos.
Mas ela não. Ela gostava de mapas...do certo, e, decerto, atalho não era.
Eram dois caminhos... e nenhum destino.
Porque é sempre no escuro da madrugada que as coisas se fazem claras.É quando se precisa de alento, quando se conta só com o vento, que podemos ver bem claramente, tudo que o outro "não" sente. Não vem do que se diz, vem do que se faz, a resposta. E eu, mera aprendiz na arte de entender mensagens subliminares, fico a deriva. Não sei ainda me doar sem pensar no retorno, no em torno. Não sei viver so de mim. Ainda. De verdade? Nem sei se quero aprender. Gosto muito da troca, do vai-e-vem, da generosidade não generosa. Escapo do rosa e viro roxa. Calo todos os meus "ais"...sei que mereço algo mais!
Márcia
Eu juro que velo meus medos
Lambo teus dedos
Não revelo os segredos
Jamais
Prometo que guardo latente
Minha língua fluente
Te marco com os dentes
Demais
Garanto , eu te faço feliz
Empresto ao teu nariz
o meu cheiro de flôr e de anis
Nada mais
Se você não rasgar meu retrato
Me deixar de quatro
Me tratar que nem gato
Ai!!!!
A cada palavra dita suspirei
Pari cada desejo
Cada beijo
E me deti
No teu silêncio como resposta
Vou enterrar aqui
O toque de veludo das tuas mãos
O cheiro forte do teu corpo vivo
As mentiras ditas em favor do amor
E os enfeites usados nas palavras do poeta
Quando quer fingir
Se todo poeta é um fingidor
Finjo que era amor
O que entreguei a ti
E a dor do"meu" poeta que deveras sente
Deixa na alma da mulher sempre donzela
Que pintou um arco-íris em aquarela
Imaginando que seria dela
Um homem tolo,poeta falso
Macho que mente.
Era só virar de lado
Pra eu te sentir plugado
Em mim
Tinha só que ter cuidado
Se manter amparado
Assim
Faz?
Entra na contramão
Assim de sopetão
E se apossa de tudo
vem?
Me faz refém do olhar
Que ao me fazer calar
Te deixa mudo
Era só me dar tua mão
Que vinha um coração
De brinde....
Você me empurra
Me põe de lado
Me faz de burra
Fica afastado
Me deixa doida
Me pega forte
Me mostra o norte
Depois me invade
Você me assusta
Me pisa toda
Me dá na cara
Depois me beija
Morreremos assim?
Que assim seja!!!!
VEM
Deita teus olhos em mim
Faz da dor pungente de calar, a lira
respeitosa espada que sangrando
Avista a derradeira morada
Deita teu corpo assim
Faz do teu grito errante
O delirar do amante
Deita tuas mãos espalmadas
Nas curvas quentes da lua
Olha de longe, eu sou tua!!!!
O que eu quero com você?
Eu quero o paradoxo, do paradigma. Paranóia?Quero também.Só não quero parar.Faz mais que tá bom demais.Quero doenças agudas e estados gripais.Chuvinhas miúdas e grandes temporais.Quero quando você me desnuda com os olhos, quero também teu ar blasé.talvez a gente nem se case, mas tem coisa mais gostosa e kamicase que me entregar escondidinho pra você?O que eu quero? Eu não quero nem saber....
VEM PRA MIM
Mesmo na tua ausência eu enlouqueço
É quando imagino teu corpo no meu que me esqueço
Da precisão do toque no ato
Sinto teu cheiro, aguço o olfato
Te beijo no espelho
Te lambo inteiro no porta-retrato
Te viro do avesso e te chamo de meu
E no fim
Eu me deito a teu lado,momento de estio
Pra de novo te amar e qual fêmea no cio
Me entregar pra você quantas vezes quiser
Vem pra mim
Me leva contigo pra longe de tudo
Quantas vezes gritei pra você com som mudo
Quantas vezes brinquei
E voei no teu céu...
Levo minh'alma pra dançar contigo
Cada vez que te imagino puro
Que te quero duro
Recostado na maciez do meu sorriso enebriado
Depois
Banho meu corpo com muito cuidado
Pra não apagar as marcas que tu imprimes em mim
Ao me afagar de longe
Esquece
Tua face pálida, tua melancolia cálida
E dança comigo?
Teus dias mal passados
Teus poucos momentos alados
e dança comigo?
Esquece
tua aflição e dor
Agonia e solidão
Pega na minha mão
Dança comigo?
VERMELHO
No vermelho complexo das tuas rimas
Desbravei mares
Conheci lares, escalei montes
Dancei nos teus versos, sorvi tua fonte
Arrepiei o plexo e me prendi a ti.
Me cortou com a faca
Mostrou que o amor do poeta fecunda com sangue
Teu poema vermelho me fez concordar...
É...
Um barco grande, deslizando com força
Também faz carinho no mar.
ESPIRAIS
Somos dois espirais
Que se formaram já faz tempo
Vamos rodando, desprezando fragmentos
Do que deveríamos ser e não somos.
Quando giramos
Gira junto o universo
Cíclico,cínico, submerso
Na imensidão do que fomos
Roda pra esquerda
Que eu me defendo e rodo em sentido contrário
Lutando contra as fagulhas
Que desprendo quando encosto em você.
Rodo um "eu" híbrido
Metade focada na lua
Metade jogando na rua
Pedaços de mim que você nunca crê.
Na insensatez despida dos poetas
No desequilibrio tolo dos sensíveis
Te encontrei
Me encantei por teus anseios híbridos
Me alimentei dos teus olhinhos tímidos
E gritei
Gritei calada em cada verso que escrevi
Loucura vã...
De me fazer ouvir.
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