Vai La com ele Entao
Mas pra que se aproximar de uma pessoa, se você não quer mantê-la por perto? Pra que iludir a mesma, se a intenção não é se apaixonar por ela? Pra que tratar bem, com tanto carinho, se a intenção é esquecê-la?
As últimas palavras de Thomas Edison foram: " É muito bonito lá ". Eu não sei onde isso é, mas eu acredito que é em algum lugar, e eu conto que seja bonito.
Não vou perder meu tempo, minha dignidade e nem a minha paz. Simplesmente vou deixar para lá. Fruta podre cai sozinha.
Lá na infância
Qualquer pessoa que já tenha se separado e tenha filhos sabe como a gente se preocupa com a reação deles e procura amenizar qualquer estrago provocado por essa desestruturação. É preciso munir-se de muito respeito, delicadeza e amor para que essa ruptura seja bem assimilada e não produza traumas e inseguranças.
Muito do que somos hoje, do que sofremos e do que superamos, tem a ver com aquele lugar chamado "infância", que nem sempre é um paraíso. Por mais que tenhamos brincado e recebido afeto, é lá na infância que começamos a nos formar e a nos deformar através de medos, dúvidas, sensações de abandono e, principalmente, através da busca de identidade.
Por tudo isso, estou até agora encantada com a leitura de Marcas de Nascença, fenomenal livro da canadense Nancy Huston e que deixo como dica antes de sair de férias. O livro é narrado por quatro crianças de uma mesma família, em épocas diferentes, todas quando tinham seis anos: primeiro, um garotinho totalmente presunçoso, morador da Califórnia, em 2004. Depois, o relato do pai dele, quando este também tinha seis anos, em 1982. A seguir, a avó, em 1962, e por fim a bisavó, em 1944. Ou seja, é um romance genealogicamente invertido, começando logo após o 11 de Setembro e terminando durante a Segunda Guerra Mundial, mas é também um romance psicanalítico, e é aí que se torna genial: relata com bom humor e sem sentimentalismo todo o caldeirão de emoções da infância, mostrando como nossas feridas infantis seguem abertas a longo prazo, como as fendas familiares determinam nossos futuros ódios e preconceitos e como somos "construídos" a partir das nossas dores e das nossas ilusões. Mas tudo isso numa narrativa sem ranço, absolutamente cativante, diria até alegre, mesmo diante dessas pequenas tragédias íntimas.
A autora é bastante conhecida fora do Brasil e ela própria, aos seis anos, foi abandonada pela mãe, o que explica muito do seu fascínio sobre as marcas que a infância nos impõe vida afora. É incrível como ela consegue traduzir os pensamentos infantis (que muitas vezes são adultos demais para a idade dos personagens, mas tudo bem), demonstrando que toda criança é uma observadora perspicaz do universo e que não despreza nada do que capta: toda informação e todo sentimento será transformado em traço de personalidade.
Comecei falando de separação, que é o fantasma familiar mais comum, mas há diversas outras questões que são consideradas "linhas de falha" pela autora e que são transmitidas de geração para geração. Permissividade demais gerando criaturinhas manipuladoras, mudanças constantes de endereço e de cidade provocando um desenraizamento perturbador, o testemunho constante de brigas entre pessoas que se dizem amar, promessas não-cumpridas, pais que trabalham excessivamente, a religião despertando culpas, a política induzindo a discordâncias e exílios, até mesmo uma boneca muito desejada que nunca chegou às nossas mãos: tudo o que nos aconteceu na infância ou o que não nos aconteceu acaba deixando marcas para sempre. Fazer o quê? Em vez de tentar escapar de certas lembranças, o melhor é mergulhar nelas e voltar à tona com menos desespero e mais sabedoria. Todos temos nossas dores de estimação. O que nos diferencia uns dos outros é a capacidade de conviver amigavelmente com elas.
Seja inteligente para tratar as pessoas com gentileza, e seja muitíssimo inteligente para tratá-las com tolerância e educação quando elas te tratarem com arrogância.
Ninguém que é honesto tem uma vida fácil. E a única coisa que pode se desencadear ao desejá-la é dor.
(James Kidd)
Onde fores, irei;
Onde morreres, morrerei, e lá serei enterrado:
Que o Anjo o faça por mim, e ainda mais,
se qualquer coisa além da morte nos separar.
- Juramento Parabatai
Nunca teria se permitido, nem em um milhão de anos, escolhê-la como esposa. Ela era perigosa demais para sua paz de espírito.
A Deus pertencem o levante e o poente. Para onde quer que vos tornardes, lá encontrareis o semblante de Deus.
[Livro 'A cidade do Sol']
Já viu um elefante esperando do lado de fora da tenda de um circo? Ele fica lá parado, pacientemente, preso apenas por uma corda junto a uma estaca no chão. Por que o elefante simplesmente não puxa fora a estaca e parte para a liberdade? Com certeza tem força de sobra para isso.
Quanto o elefante é ainda jovem, a estaca dá conta dele. Na verdade, o animal usa todo o seu vigor para tentar se libertar, friccionando e ferindo a sua perna nessa processo. Logo ele se habitua a não tentar mais puxar a estaca, e passa a acreditar para sempre que não consegue. Não somos muito parecidos com o elefante? Não existem coisas em sua vida que o impedem, e que na verdade não te o poder para tanto?
Limites são colocados sobre nós todos os dias. Dia após dia podemos escolher aceita-los ou rejeita-los.
Creio que todos nós fomos feitos de propósito, e para um propósito. E para alcançar tal propósito precisamos “arrancar a estaca fora” e correr.
O bom da vida é saber vivê-la.
Um cantinho para si.
Amigos pra conversar.
Violão.
Um grande amor.
O bom da vida é saber vê-la.
Observar.
Saltar obstáculos.
Construir seu próprio castelo.
O bom da vida é saber salvá-la.
Conciencia.
Paciencia.
Determinação.
O bom da vida é poesia.
É alegria.
É fantasia.
O bom da vida é sonhar.
Analizar.
Realizar.
O bom da vida é ser.
Como quem é sempre ser, sendo.
A si.
Alí.
A vida.
Vivida.
Sim, eu tenho medo quando você fica chateada.
Sim, eu tenho medo quando você não está ao meu lado.
Sim, eu tenho medo quando você vai embora.
Mas, felizmente me sinto seguro e confortável quando esta comigo.
Vida
A vida é um prestígio que Deus nos deu,
saiba usá-la, plante sua árvore da vida,
e viverá eternamente.
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- Talvez quando você precisar de mim eu não esteja mais lá
- Fábulas de Jean de La Fontaine
