Uma Verdade Inconveniente
Guardar-te-ei em uma caixinha, com seus sorrisos de olhos, sua pele de nuvens e seus cachos de cetim para que seu primeiro beijo seja eternamente meu
Ninguém entra no mesmo rio uma segunda vez, pois quando isto acontece já não se é mais o mesmo. Assim como as águas que já serão outras.
O que os olhos não vêem
Havia uma vez um rei
num reino muito distante,
que vivia em seu palácio
com toda a corte reinante.
Reinar pra ele era fácil,
ele gostava bastante.
Mas um dia, coisa estranha!
Como foi que aconteceu?
Com tristeza do seu povo
nosso rei adoeceu.
De uma doença esquisita,
toda gente, muito aflita,
de repente percebeu...
Pessoas grandes e fortes
o rei enxergava bem.
Mas se fossem pequeninas,
e se falassem baixinho,
o rei não via ninguém.
Por isso, seus funcionários
tinham de ser escolhidos
entre os grandes e falantes,
sempre muito bem nutridos.
Que tivessem muita força,
e que fossem bem nascidos.
E assim, quem fosse pequeno,
da voz fraca, mal vestido,
não conseguia ser visto.
E nunca, nunca era ouvido.
O rei não fazia nada
contra tal situação;
pois nem mesmo acreditava
nessa modificação.
E se não via os pequenos
e sua voz não escutava,
por mais que eles reclamassem
o rei nem mesmo notava.
E o pior é que a doença
num instante se espalhou.
Quem vivia junto ao rei
logo a doença pegou.
E os ministros e os soldados,
funcionários e agregados,
toda essa gente cegou.
De uma cegueira terrível,
que até parecia incrível
de um vivente acreditar,
que os mesmos olhos que viam
pessoas grandes e fortes,
as pessoas pequeninas
não podiam enxergar.
E se, no meio do povo,
nascia algum grandalhão,
era logo convidado
para ser o assistente
de algum grande figurão.
Ou senão, pra ter patente
de tenente ou capitão.
E logo que ele chegava,
no palácio se instalava;
e a doença, bem depressa,
no tal grandalhão pegava.
Todas aquelas pessoas,
com quem ele convivia,
que ele tão bem enxergava,
cuja voz tão bem ouvia,
como num encantamento,
ele agora não tomava
o menor conhecimento...
Seria até engraçado
se não fosse muito triste;
como tanta coisa estranha
que por esse mundo existe.
E o povo foi desprezado,
pouco a pouco, lentamente.
Enquanto que próprio rei
vivia muito contente;
pois o que os olhos não vêem,
nosso coração não sente.
E o povo foi percebendo
que estava sendo esquecido;
que trabalhava bastante,
mas que nunca era atendido;
que por mais que se esforçasse
não era reconhecido.
Cada pessoa do povo
foi chegando á convicção,
que eles mesmos é que tinham
que encontrar a solução
pra terminar a tragédia.
Pois quem monta na garupa
não pega nunca na rédea!
Eles então se juntaram,
Discutiram, pelejaram,
E chegaram à conclusão
Que, se a voz de um era fraca,
Juntando as vozes de todos
Mais parecia um trovão.
E se todos, tão pequenos,
Fizessem pernas de pau,
Então ficariam grandes,
E no palácio real
Seriam logo avistados,
Ouviriam os seus brados,
Seria como um sinal.
E todos juntos, unidos,
fazendo muito alarido
seguiram pra capital.
Agora, todos bem altos
nas suas pernas de pau.
Enquanto isso, nosso rei
continuava contente.
Pois o que os olhos não vêem
nosso coração não sente...
Mas de repente, que coisa!
Que ruído tão possante!
Uma voz tão alta assim
só pode ser um gigante!
- Vamos olhar na muralha.
- Ai, São Sinfrônio, me valha
neste momento terrível!
Que coisa tão grande é esta
que parece uma floresta?
Mas que multidão incrível!
E os barões e os cavaleiros,
ministros e camareiros,
damas, valetes e o rei
tremiam como geléia,
daquela grande assembléia,
como eu nunca imaginei!
E os grandões, antes tão fortes,
que pareciam suportes
da própria casa real;
agora tinham xiliques
e cheios de tremeliques
fugiam da capital.
O povo estava espantado
pois nunca tinha pensado
em causar tal confusão,
só queriam ser ouvidos,
ser vistos e recebidos
sem maior complicação.
E agora os nobres fugiam,
apavorados corriam
de medo daquela gente.
E o rei corria na frente,
dizendo que desistia
de seus poderes reais.
Se governar era aquilo
ele não queria mais!
Eu vou parar por aqui
a história a que estou contando.
O que se seguiu depois
cada um vá inventando.
Se apareceu novo rei
ou se o povo está mandando,
na verdade não faz mal.
Que todos naquele reino
guardam muito bem guardadas
as suas pernas de pau.
Pois temem que seu governo
possa cegar de repente.
E eles sabem muito bem
que quando os olhos não vêem
nosso coração não sente.
Joseph Conrad uma vez escreveu: "Quem sabe o que felicidade verdadeira é? Não no sentido convencional, mas no terror puro. Para os solitarios ela usa uma máscara. O indigente mais miseravel abraça alguma memoria ou um pouco de ilusão".
Não julgues nada pela pequenez dos começos. Uma vez fizeram-me notar que não se
distinguem pelo tamanho as sementes que darão ervas anuais das que vão produzir
árvores centenárias.
"Atualmente, o maior risco de uma catástrofe global está em um vírus altamente infeccioso, não uma guerra. Se algo matar 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, serão micróbios e não mísseis".
[ Frasedita em 2015 ].
As nossas escolhas significam criar uma possibilidade para nossa vida, abrir uma porta para novas consequências que determinarão novas escolhas, no entanto, nosso coração só tem uma escolha: o amor.
E sofremos quando fazemos escolhas que nos afastarão daquilo que verdadeiramente deseja nosso coração.
Fica uma dor contida dentro de nós.
Sentimos o pulsar do nosso coração como se sinalizasse em qual direção deveríamos ter seguido.
E então vivemos fugindo de nós mesmos, porque em nós está o sofrimento por não ter vivido aquilo que nos tornaria uma pessoa feliz, que nos tornaria amantes da vida, das nossas escolhas.
Deixando-me Ir
Estou me deixando aos poucos,
como quem deixa rastros no caminho,
sinais de uma despedida silenciosa,
sem palavras,
mas com a marca de cada passo dado.
Estou me permitindo, lentamente,
mergulhar no vazio e no silêncio,
como quem vai,
se entregando ao fluxo da vida,
sem resistência,
apenas deixando o que vem me conduzir.
O Amor Como Se Revela Para Mim
O amor, para mim, é uma dança silenciosa entre duas almas, onde cada movimento é uma entrega, um entendimento que não precisa de palavras. Ele é um espaço de acolhimento, onde podemos ser inteiros e, ao mesmo tempo, aprender a nos desintegrar nas pequenas partes que nos fazem humanos. É aquele laço invisível que une, mas não aprisiona. É a liberdade de ser, com a segurança de pertencer.
Amar é estar. É cuidar. É perceber o outro nos gestos mais sutis e, ainda assim, enxergar grandeza neles. Porque o amor se revela naquilo que muitos poderiam considerar pequeno, mas que, para mim, são declarações inteiras:
"Deixa que eu resolvo."
"Eu cuido."
"Tô indo aí."
O amor também precisa ser dito. Ele se manifesta no toque, no olhar que sustenta, mas também na palavra que acolhe. Há amor no que é sussurrado ao vento, no que se ecoa no silêncio, no que se escreve para que permaneça. Mas o amor não se limita ao que se fala, ele vive no que se faz. Está no ato de estar perto sem necessidade de presença constante, no tempo dedicado sem ser cobrado, no abraço que cura sem que precise ser pedido.
O amor não pede mudança, mas naturalmente nos ajustamos ao outro porque queremos caber ali, porque o pertencimento não é imposição, mas um desejo que brota de dentro. E, assim, sem que haja perda, há encontro. Um encontro onde cada um pode ser por inteiro, mas também se permitir ser moldado pelo outro, não por necessidade, mas por vontade de caminhar junto.
E o amor, quando é genuíno, não exige. Ele é. Ele transborda sem esforço, se reflete nas ações e nas palavras, no que se doa e no que se recebe. O amor é esse cuidado que não pesa, essa presença que não sufoca, esse elo que não prende, mas sustenta.
Porque o amor, para mim, é isso: um sentir que não se mede, mas que se reconhece em cada detalhe.
O amor, um encontro de presença, cuidado e pertencimento.
Ser de esquerda é, como ser de direita, uma infinidade de maneiras que o homem pode escolher de ser um imbecil: ambas, com efeito, são formas de paralisia moral.
Se alguém te traiu uma vez, a culpa é dele;
Se alguém te trai duas vezes, a culpa é sua.
Quem perde dinheiro, perde muito,
Quem perde um amigo, perde mais.
Quem perde a fé, perde tudo.
Jovens bonitos são acidentes da natureza:
Velhos bonitos são obras de arte.
Aprenda também com o erro dos outros,
você não vive tempo suficiente para cometer
todos os erros.
Terrível coisa para uma pessoa é ouvir uma mentira religiosa, dada por uma autoridade religiosa. Então quando alguém vem mais tarde e tenta pregar o evangelho para esta pessoa, ela não vai querer escutar, porque uma mentira religiosa tem muito poder.
Ontem, ouvi o mundo desabar e você estava nele. Magnífica, imensamente magnífica, feito uma águia que cruza pela primeira vez a primavera dos céus de Paris. Exuberante, imensamente exuberante. E esperançosa. Sim, imensamente esperançosa. Quem ama (ou voa) sempre encontra uma sobra de esperança que cobra nossas atitudes e cobre os nossos medos com lençóis abençoados de coragem.
Eu ainda espero as suas sobras de esperança e coragem.
Somos imbecis, meu amor. Dois belíssimos imbecis vagando por este mundo que desaba, interpretando os sinais vitais e os eteceteras e tais que a vida nos dá: o amor, por exemplo.
Nos escombros, seus ombros feridos ainda me dão aquela esperança. Sim, aquela magnífica e corajosa esperança.
Paris, em ruínas, continua iluminada.
Às vezes, o destino dá um nó(s). É aí que os nossos caminhos se cruzam.
Moça e a Canção
Ela sorri ao ouvir os primeiros acordes. A melodia não é apenas uma música—é um espelho. Um retrato dela, pintado pelas palavras de alguém que a enxerga como ninguém.
— "Moça do cabelo bonito, da boca gostosa, da pele cheirosa..."
Ela ri, meio sem graça, meio encantada. Já ouviu elogios antes, mas ali, naquela canção, eles ganham outro peso. Não são apenas palavras soltas, são pedaços de sentimento embalados em ritmo.
— "Seu beijo é mais gostoso que pudim com leite moça."
— “Você exagera…” — diz ela, sem esconder o brilho nos olhos. Mas no fundo, sabe que ali não há exagero, apenas verdade.
Ele canta para ela, com a voz leve de quem se entrega sem medo. E ela, por mais que tente manter a compostura, já está entregue faz tempo.
— “Juro por Deus, eu não queria me envolver, mas já tô envolvido…”
Ela desvia o olhar por um instante. Também não planejou se perder naquele amor, mas agora, como sair? Como devolver o que já é dele, se no primeiro beijo seu coração foi morar com ele?
Suspira, balança a cabeça, finge não se importar. Mas ele percebe. Sempre percebe.
— "Moça, cê bagunçou com o meu juízo."
Ela cruza os braços e sorri de canto.
— "E o que eu faço com isso?" — provoca.
Ele não responde. Apenas puxa sua mão, aproximando-a no ritmo da música. Porque algumas respostas não precisam de palavras. E naquele instante, tudo que importa é que a canção os envolva, como se fosse feita apenas para eles.
Moça, você é a razão de tantas músicas na minha cabeça e um sorriso no meu rosto. Desde o primeiro olhar, algo mudou em mim. Seu cabelo, sua pele, seu cheiro... tudo em você me leva a um paraíso que eu nunca soube que existia. Teu beijo? Ah, teu beijo é como o pudim mais doce, que me faz perder a noção do tempo e me deixa querendo mais. Não sei como, mas você entrou na minha vida de uma forma tão intensa, e agora não há mais volta. De alguma forma, você transformou meu mundo, e agora, toda vez que penso em você, é como se o paraíso fosse meu lugar de novo. Moça, você fez mais do que me seduzir... me fez acreditar no poder de um amor simples, mas infinito.
Eu tenho um coração que quase me engole, uma mania absurda de tentar fazer tudo acontecer no MEU tempo. Tenho sonhos, vivo com os pés bem longe do chão e tenho preguiça de gente vazia. Não gosto de meio termos, de coisa morna, de gente sem graça. Eu gosto de aventuras, de tudo que me faz sorrir, de tudo que faz os meus olhos brilharem e me dão certeza de que escolhi viver a vida da melhor maneira possível. Não gosto de fórmulas nem tão pouco de migalhas, eu quero tudo por inteiro. Não sei viver de faz de conta, nem tão pouco com os pés fincados no chão. Eu quero uma verdade inventada por mim, entende? Quero aproveitar os meus dias para construir o meu MUNDO de verdade. Errar? Acertar? Ter medo? Tudo isso vem com o pacote, mas nada disso nunca me impediu de tentar ser o meu melhor. Eu posso ser um furacão, viver mil fases em um só dia, ter um humor volúvel e tudo mais, mas o riso no rosto e a vontade de ser feliz... NADA ME TIRA!
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