Uma Menina Simplesmente Apaixonada
Felicidade é apenas uma ideia que se concretiza por intermédio da realização de desejos, logo ela é efêmera e não eterna, então, não podemos dizer que somos felizes, mas que estamos ou não felizes.
A felicidade no mundo globalizado é uma ideia construída na comparação entre uma forma ou outra de viver. Sendo assim, quem é mais feliz? Uma pessoa que vive submersa às diversidades sufocantes de uma metrópole ou outra que encara as limitações de um lugarejo, sem perspectivas de progresso? A dificuldade em responder a referida pergunta está na complexidade em definir felicidade, pois sendo um sentimento, logo é singular, portanto, imaginá-lo dentro de um padrão é um erro e esse erro aumenta quando teorizamos a possibilidade de alguém ser feliz, porque isso é impossível, justamente, por sermos portadores de uma falibilidade que não nos permite sermos perfeitos, pois somente com a perfeição poderíamos dizer: somos felizes.
Em um mundo capitalista é hipocrisia dizer que o estar feliz é uma questão de opção, pois como imaginar a felicidade em um ambiente onde suas necessidades básicas não são atendidas? Como encontrar prazer em um mundo de privações? O discurso dos insensíveis a essa realidade é que a felicidade está atrelada ao aceitar a sua situação, como se o fato de se acomodar com as suas limitações fosse a solução para a sua vida desprovida de prazeres.
Vivemos uma realidade no século XXI, na qual o estar feliz não se concretiza apenas na conquista, mas, principalmente, no reconhecimento do outro ao que foi conquistado.
Vivemos uma era do narcisismo dependente, pois o sujeito necessita da aceitação do outro para legitimar o seu desejo de se exibir.
O nascer não é o início de uma vida, mas uma evolução da mesma, pois vida já existe antes dele, para que o mesmo possa ser concebido.
Imaginar a felicidade como algo a ser conquistado é assumir uma visão positivista de encarar a vida.
Se pegarmos uma semente de uma determinada frutífera, ela produzirá outra frutífera de mesma espécie, com as mesmas características, mas nós não somos frutíferas, logo, podemos ser diferentes ao ambiente onde nascemos, portanto, precisamos sonhar e sonhar sempre para continuarmos acreditando que podemos ser melhor e melhor o referido meio.
A depressão é uma atormentação cuja origem está no medo,
o pior é que o depressivo não sabe de quais medos ela aflora.
A solidão é a escuridão que a luz de uma companhia não consegue iluminar apenas com a presença física.
Hoje vivemos uma vida compartilhada,
onde a dor e a felicidade não são apenas suas, pois há uma necessidade de compartilhar para legitimar.
A depressão é um vazio que por mais que encontremos uma forma de preenchê-lo, sempre haverá um espaço para o tormento.
Solidão, na maioria das vezes, não é uma questão de estar distante de pessoas que talvez você desejasse compartilhar momentos de sua vida, mas de sentir falta mesmo estando acompanhado por uma multidão.
A ignorância não permite que você tenha uma visão iluminada da realidade, mas em compensação você não sofre com a sua incapacidade de encontrar as respostas para as suas dúvidas.
Não tem como imaginarmos um modelo educacional significativo, dentro de uma mentalidade absolutizadora do fazer pedagógico.
Educação transformadora é aquela que traz, em sua essência, uma mentalidade relativizadora e atuante.
Na afirmação: "Eu sou feliz", trás uma ideia de consumação, que não é verdade, pois somos seres por vir, ou de conformismo que é a negação da nossa condição natural de estar sempre mudando, portanto, ninguém se reduz a um ser feliz.
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