Um Texto sobre a Mulher Maravilhosa

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Estamos tão longe um do outro...
Temos que aprender a nos amar a distância...
Assim quis o destino,
que nos separássemos,
que vivêssemos um grande amor,
mas distantes...
Não suporto a saudade,
mas sinto-te bem junto a mim,
seus beijos seus afagos...
Sabe amor? Quisera que aqui estivesses...
Que beijá-lo realmente eu pudesse...
Peço ao destino que permita sua volta,
e então esqueceremos,
que tivemos que nos amar a distância
e novamente, juntos poderemos viver...
Não deixaremos de nos amar,
mesmo que longe tenhamos que ficar...
Mas, Poderá o destino mudar...
E então bem juntos...
Haveremos de nos amar...

Se existe um lugar onde eu possa me deitar sem pensar em nada...
Se existe um lugar onde eu possa estar sóbria sem necessariamente estar triste...
Se existe um lugar onde eu possa me esconder sem que ninguém ouse ir me procurar...
Se existe a possibilidade de eu não estar sonhando...
Por favor,cante uma canção de ninar e me faça dormir.
Não gostaria de perceber que estou acordada e ao mesmo tempo inerte vivendo tudo o que vivo e ainda assim permanecendo aqui!!
Se existe senssatêz eu não deveria estar aqui....

Um Dia de Inverno
Sentado aqui na rua
Com um frio um tanto congelante
O vento que sopra lentamente
Se torna interessante
As ruas estão vazias
São 17:52 e logo não é mais dia
Olho para o canto do gramado
Vejo as flores tentando sorrir
Mais o frio é tão forte que não as deixa florir
Paro por um momento para tentar entender
Mais vejo apenas um belo dia de inverno
E continuo a escrever
Sinto o cheiro do fogão a lenha que vem lá de casa
Todos sendo aquecidos pelo calor da brasa
Aqui termino para dentro de casa entrar
Fica o frio e o vento que continua a soprar

A estrada para o sucesso não é uma reta.
Existe uma curva chamada “queda”, um retorno chamado “confusão”, alguns redutores de velocidade chamados de “amigos”, alguns faróis vermelhos conhecidos como “inimigos”, outros faróis amarelos que chamamos de “família”, alguns pneus furados conhecidos como “trabalho”.
Mas, se você tiver um estepe chamado “determinação”, um motor possante chamado de “perseverança” e se o seu motorista for uma cara chamado “Deus”, a sua viagem será um verdadeiro sucesso.
Você, certamente, será feliz!

Bom dia!

Hoje acordei com muito bom humor, falando “Bom dia!” para todo mundo, e com um belo sorriso no rosto, mas percebi que as pessoas não estão acostumadas com isto e me responderam meio assustadas, como se a resposta estivesse escapulindo de suas bocas, como se os pegassem de surpresa, sendo que é um fato tão simples que parece ser tão nobre para alguns e não tão normal para outros. Vivemos em uma sociedade tão estúpida que para ter organização precisa ter leis, leis estas que não são cumpridas por grande parte da sociedade, como o simples fato de parar em uma faixa de pedestres ou dar o lugar para um idoso sentar em um ônibus de transporte público, pensando nisso, eu não desisti de falar pelo menos um “Bom dia!” para todos que eu vi sem deixar passar uma pessoa se quer.
Até que veio uma senhora em mim e disse, “Você é diferente!” e eu disse “Diferente como?” ela olhou nos meus olhos e respondeu, “Você tem amor no seu coração!”, isso me alegrou de tal forma que mudou meu dia, não por eu ser uma pessoa diferente, mas por ter amor no coração. Talvez isso seja oque falta na vida de cada uma das pessoas que me responderam meio assustadas ou que não me responderam.
Pode ser estranho para muitos que lerem isso, mas eu vejo e penso dessa forma, que só pelo fato de falar um simples “Bom dia” eu possa chegar a tais conclusões, mas adianta só ficar chateado com isso? Talvez, mas ficar só chateado não vai mudar nada, dê um “Bom dia!” para alguém amanhã, e veja o quanto nossa sociedade está carente de um “Bom dia!”...

Imagine um mundo todo seu.
Imagine um mundo aos seus pés.
Um mundo onde você tenha tudo e todos só para você.
Imagine que todos e tudo são para te fazer feliz.
Um desejo seu move tudo ao seu alcance.
Se você quiser alguma coisa, vai surgir alguém sorrindo para atendê-la.
O que você desejaria?
Se fosse algo delicioso para você comer, alguém traria.
Se quisesse caminhar ao fim da tarde, alguém estaria lá para te fazer companhia.
Onde seria? Por campo cheios de belas flores ou por uma praia linda e deserta?
Se quisesse algo mais difícil, sem problemas! Seria alcançar o pico de uma montanha e, de lá, contemplar a beleza de todo o vale lá embaixo? Sempre teria alguém para te levar no colo se precisasse.
Seria um abraço que te mostrasse todo carinho? Lá teria alguém. Seriam palavras de carinho? A voz suave de alguém sussurraria doces palavras no seu ouvido.
Um beijo? Teria sempre lábios prontos para te beijar.
Imagine as pessoas que você levaria para este teu mundo. Todas as pessoas queridas para você.
Imagina todas reunidas a seu convite e do seu lado para assistir ao filme que você escolheu. Todas elas desejando te ver feliz. E você as vendo sorrindo para você, mas também curtindo aquilo tudo porque é tão somente com você.
Mas, ah esqueci! Não me imagine neste teu mundo.
Não imagine que me conheceu,
que me viu o rosto,
que ouviu minha voz,
que sentiu o meu abraço,
que suspirou pelo meu beijo.
Eu não posso estar neste teu mundo.
Eu já imaginei o meu mundo.
Estou nele com deliciosos manjares, lindos lugares, palavras doces a serem sussurradas, abraços a ser dados, beijos serem entregues, momentos a serem desfrutados.
Tudo isso! Mas, o meu mundo está tristonho, sombrio e sem graça.
Pois lá estou eu com tudo isso esperando você.
Você vem?

SEM VOCÊ

Hoje sou apenas um pensamento.
Fui resumido a uma lembrança que jamais será apenas vaga.

Rascunhos dos nossos momentos ainda fazem de mim um poeta sem ilusão,
Incapaz de criar ao menos um verso que possa refletir as angústias do meu descompassado coração.

Revivo todos os dias, a felicidade que contigo tive outrora.
Tentando esquecer tua eterna ausência e a falta de um adeus antes de ires embora.

Lembro-me de cenas só nossas... Tantas, que viraram pinturas esboçadas na tela da minha mente.
Nas cores que dei a saudade, como se meus olhos fossem pincéis...
Pinto tua inesquecível imagem a minha frente.

(IN) COMPLETO


Sinto-me uma receita inacabada
Um rascunho de mim mesma
Um livro sem final
Um poeta sem inspiração!

Vejo-me como uma partitura sem notas
Um instrumento sem músico
A interrogação do final
A surpresa na resposta!

Sou parte do que está aqui
E tudo o que ainda há de vir.
Nesse instante, sou a reticência da minha própria história
Sem nenhuma intenção de se fazer entender
Ou se eternizar na memória.

Conto de um acaso casal.

Ela disse que realmente não poderia responder. Que aquele momento era a única certeza sua e nada mais. Aquelas horas que pareciam tão gritantes, apavoradas e nos olhavam com cara de despretensiosas fugiam por entre nós dois.
Eu até quis saber se haveria futuro, mas quem se importa com alguma coisa além do que aquela sintonia?
Enquanto pensava em abrir a boca e dizer algo mais, a minha cabeça girava e se agarrava em tanta coisa junta, tanta informação mas a menina nem ligava.
Eu sentia o perfume doce que corria suave na ponta da língua, fechava os olhos e via muito mais do que eu já havia visto. O grito dos meninos a nossa volta, e a música ridiculamente alta tentavam me separar da novidade de vida.
Quando eu recordo de tudo o que se foi,eu sei que o momento sublime do encontro foi todo preservado na sua melhor forma. Agora que eu me lembro, quero morrer pois foi ela quem me procurou!
Como eu pude?
Os “espertões” que se danem, mas qual é o sinal paranormal, mediúnico ou subliminar que é recebido quando se encontra o paraíso? Deve ser algum pó de alucinação ou será que algum ser celeste-infernal grita na tua orelha dizendo:
-Se mexe, monte! É ela!
Não sei se anjo grita, mas enfim, morreu esse assunto.
Eu já havia visto a menina anteriormente, mas a psicose de “pessoa perfeita” trava o nosso raciocínio e não se desenvolve nenhuma opção de entrega, nenhum plano de caça ou um de fuga, que seja. A única conclusão que tive é que eu iria embora ao ver que ela desapareceu da minha vista.
No dia que a encontrei pela primeira vez, ela entrou pela porta e a vi de costas rapidamente. Quando voltei aos meus pensamentos, ela se virou e me disse um oi rápido, um oi pra todo mundo. O dia todo se passou e tudo ficou consequentemente correto e sem graça. A noite, por um milagre, ela voltou para uma segunda chance de raciocínio meu.
Fui oficialmente apresentado e eu não sabia se estava mais calmo ou se não entedia mais nada, aquele cheiro doce, docinho, e ela ainda brilhava, usava uns enfeites sei que coisa da minha imaginação não era. Algumas palavras eu falei, mais concordava do que falava. Era tanta gente em cima da menina, mas eu não entendia o seu interesse por mim. Saí do meu lugar estratégico e ela se foi, desapareceu. Outra vez.
Se eu já não havia planejado nada antes, agora a minha falência estava decretada. Enterrei-me nas minhas opções e as suportei sem resignação.
-O que você está fazendo?
E o Céu se abriu. Eu estava miseravelmente perdido no celular quando eu recebi a minha terceira oportunidade. Conversamos meia dúzia de palavras quando ela chegou perto,a ponto de eu enlouquecer e disse:
-Você não tem nada mais interessante pra fazer?
E eu tinha? O que eu poderia ter feito eu não fiz e bravamente falei a coisa mais absurda que poderia dizer:
-Não.
Se fosse comigo, se eu fosse ela, dava risada e saía com um andar bem prevalecido ,ou então, se eu tivesse paciência e mais uma vontade gênia, faria o que ela fez:
Ela me beijou.

ROMÂNTICOS

Houve um tempo em que os poetas,
Ardiam de amor.
Catavam silenciosos, rimas,
Deliravam em febre e iam solitários,
Tudo em nome de qualquer amor.
Alguns escreviam deitados, e tomavam chá
De hora em hora, enquanto a amada chora,
Por desespero, por não amar,
Por não deixar-se amar.
A repulsiva sorte do pobre, a morte,
Ironicamente os inspiravam a falar de sorte.
Houve um tempo, tempo de delírios,
Dos moços, das tabernas infiltradas,
Das chuvas em mormaços,
De uma dor devastadora, que doía,
Uma dor que não suplantava
As mágoas do poeta em não ser amado.
Será que estar por vir esse mandamento,
Em que a poesia pede esse andamento,
Em vez de externar sua beleza, pureza,
Fica nas tranqueiras, no mal pensamento,
Viver só com a morte ao lado,
Morrer com a amada distante
Com a cama repleta de papéis cruzados,
De obras rimadas, de um corpo finado.
naenorocha

Lá estava uma menina
um pouco solitária,
cantando uma bela canção
sentadinha numa escada.

Lá estava uma menina;
começou a chorar,
com lagrimas em seus olhos
continuou a cantar.

Lá estava uma menina;
terminou sua canção,
levantou-se da escada
e apertou seu coração.

Lá estava uma menina;
nunca andava solitária,
onde quer que ela fosse
a tristeza sempre lhe acompanhava.

Lá estava uma menina...

Hoje eu acordei com uma super vontade de ir ao cinema
E assitir um filme bem triste, e chorar toda água existente em mim
Eu só quero chorar tudo , toda raiva que eu to sentindo !
To querendo vomitar os enganos, e os que ainda tentam me enganar
Hoje eu acordei querendo ser um pouco menos foda !
Porque ser a mulher bem resolvida o tempo inteiro é cansativo !
Ser a gostosa, a inteligente e a cheia de amigos requer muito trabalho !
Só hoje eu queria ligar chorando pra alguém e dizer que ta doendo
Que na verdade eu sou neurótica, igual todas as mulheres da face da terra
Hoje eu queria ser mais humana do que vida me permite,
e gritar que eu to com muito medo !
E daqui a meio segundo estar bem de novo, porque eu to de TPM !
E em 3 minutos vou estar xingando quem ousou me dar colo, afinal eu sou mulher, Vou estar achando defeito em tudo ...
Eu posso chorar e xingar ao mesmo tempo, posso ligar chorando, e posso gritar sozinha
Definitivamente eu só tenho TPM, quando eu preciso estar centrada e certa das minhas palavras ...
Mas afinal eu acho que é a TPM que me absoLve de insanas atitudes
Algo que nenhum homem irá entender é essa explosão de ser mulher !

Saudosismo

Embora avante siga o tempo do universo, e que nossas vidas o acompanhem, existe um sentimento inverso, de que a constante busca de uma realização não se encontre no futuro incerto, mas sim, no passado glorioso em que já realizados estávamos. O fato é que não "ganhamos" experiência e sim vivemos "perdendo" experiências. A agonia inegável do tempo. A dúvida que se estabelece indagando-nos se podem ou não encontrar-se algum dia, desobedecendo a matemática dos anos, criando-nos a ilusão de que a felicidade de outrora era mais feliz que a que certamente me espera. Puro engano? O tempo dirá. Considero que este sentimento não se define, não se traduz, não se explica. Está escondido no mais fundo da intimidade humana, no baú solitário das emoções. Revirar esse baú tem conseqüências diversas, pode libertar um sorriso ou uma lágrima. Ou os dois. Caso você não tenha entendido nada do que falei, talvez você ainda sonhe com o pote de ouro no final do arco-íris, ou expressei-me mau. Refiro-me a Antológica Saudade.

Encontrei um pedacinho do passado em meu baú.
Encontrei por acaso,no meio da faxina semanal.
Encontrei um resquício de infância,um lápso de juventude...
Agora estou procurando um pedaço do meu presente,quem o vir me avise.
Tem características intempestivas,uns autos e baixos sem nenhuma importância,alguns risos e por que não,lágrimas.
Hora florido,hora negro mas acima de tudo vivo!!

Já viu um gato brincar com um rato?
A intenção não é matá-lo e sim manter o jogo activo...
Algumas pessoas vivem nessa função.
Fingem sentimentos,
manipulam emoções,
tudo para manter à situação "à medida" (viável)
E simplesmente depois de seu "sucesso"
Se afastam como se nada acontecesse.
Em algum momento da vida todos cruzam com esse tipo de 'gente'.

SONETO

Na alma tenho um segredo e na vida um mistério
um grande e eterno amor num momento irrompido;
É um mal sem esperança, e assim, profundo e sério,
a quela que o causou nem sabe que é nascido.

Azar! Passo ao seu lado, em vão, despercebido,
portanto, sempre só, sem nenhum refrigério,
e hei de chegar ao fim, à campo, ao cemitério,
nada ousando pedir ou tendo pedido.

E ela que o céu criou boa e terna, hei de ver
seu caminho a seguir, e a ouvir sem entender
o murmúrio de amor e seus pés se erguerá...

A um auste-reo dever, piedoso, se desvela,
e dirá, quando ler meus versos cheios dela:
"Que mulher será essa?". E não compreenderá.

A gente faz de tudo
Mas nada faz sentido
Nem as luzes da cidade
Nem o escuro de um abrigo
A gente faz de tudo
Mas nada faz sentido
Nem a existência de uma guerra
Nem a violência do inimigo
Não posso entender o que fizeram com nossas vidas
Não posso entender por que viramos suicidas
Oh! Oh! "O que fizeram com nossas vidas?"
Oh! Oh! "Por que viramos suicidas?"
Eu ando tão vazio, tão cheio de vícios
E o fim da linha, é só o início
De uma nova linha, de um novo mundo
De um dia-a-dia cada vez mais absurdo
Eu já pensei em mandar tudo pro espaço
Eu já pensei em mandar tudo pro inferno
Mas não pensei que fosse tão difícil
Ficar sozinho numa noite de inverno
Não posso entender o que fizeram com nossas vidas
Não posso entender por que viramos suicidas
Oh! Oh! "O que fizeram com nossas vidas?"
Oh! Oh! "Por que viramos suicidas?"

Ele aparenta ser só um cara normal.
Seu âmago é inigualável.
Fala de amor como ninguém, é amigo como jamais vi em alguém.
Ele é simples bem na dele, e não precisa mostrar pra ninguém o valor que detém.
Fala o que sente e não esconde de ninguém.
Ele é mais que especial, é meu amigo, é meu alicerce.

Ela é macia, quente, seu abraço um tanto aconchegante, segurá-la em meus braços foi mais natural do que poderia imaginar; seu perfume é uma doce promessa que me traz lágrimas aos olhos. Foi assim que me despedi, sem nem perceber que era uma despedida.

Por menos um ciclo do sol, eu a conheci, me apaixonei, me viciei, desapeguei, abandonei, reapaixonei, enjuei e ignorei. Tudo tão rápido, mas de uma forma tão intensa, que foi um amor para uma vida toda; pena que esse amor não durou nem mesmo a vida de uma vespa, que nasce na primavera, e morre num inverno.

Foi mais ou menos o que aconteceu com ela, como uma vespa, que visualiza uma fogueira. Pobre coitada, hipnotizada, lá no fundo sabia que seria o seu fim, mas não resistiu aquela luz, e foi em direção a fogueira.

Pobre dela, que sempre foi contra ao que eu queria, e sem perceber, não teve escolhas, veio até mim, deixando morrer sua parte mais inocente.

E aí, depois do pequeno hiatus que preguei ao seu coração, ela aprendeu a se proteger de mim, de uma forma que nunca esperei. Pois é, como eu sou um mal perdedor, não aceitei aquela defesa.

Eu nunca fui um vencedor, porém, nunca aceitei a derrota. Na verdade, é algo bem além, essa caracteristica é do meu coração, que simplesmente não sabe perder. E desde então, eu desapereci, a fogueira se apagou, e a pobre vespa ficou desnorteada, no escuro, sem seu vício para lhe guiar.

Mas essa é só mais um romance, que como todo romance que se prese, teve seu início, seu meio, e seu fim.

Pois por definição, romance tem que ter um fim.

Servidão


Numa época de senhores e escravos, certa feita, um causo se sucedeu. Um dos escravos, o mais velho e obediente que já houvera por aquelas bandas, teve seu único filho envolvido numa pendenga. A sinhazinha, moça de poucos atributos e coração de pedra, vira o menino comendo uma fruta.
Coisa boba, pedaço de sobra da refeição anterior, mais que ele tivera a ousadia de pegar. Antes os porcos do que os serviçais da casa. Caso passado ao sinhozinho, o menino fora chamado a responsabilidade: iria pagar com seu lombo franzino e a carne magra, os desaforos do arroubo. Assim fora marcado: o menino ia apanhar do capataz da fazenda no alvorecer do dia, para que diante de toda a negrada ficasse bem claro: só poderiam comer do angú que lhes fossem servidos.
O pai do negrinho, vendo que o capataz não ia tremer a mão na hora do castigo, tomou de força e pediu:
- Sinhô, sei que meu filho errou, sei que vosmecê tem filho também, e coisa que aprendi morando aqui como vosso servo, é que pai educa filho. Deixa eu educar o meu também. Permita que eu dê a coça, mode ele aprende a não pegar nada que não seja dado. E assim foi. O pai bateu até que o sinhô desse a ordem de parar, que foi quando o menino desmaiou.
Menino franzino, 10 ou 12 anos, tanto fazia. Se fosse pela mão do capataz, duas e teria tombado morto. Na madrugada, Quando o choro miúdo do menino se fazia grande na senzala, ouviu-se um sussurro: pai, por quê você me bateu? Bem sabe que eu só tinha fome, e as sobras iam para os porcos...
O pai entre lágrimas respondeu: bati porque eu sabia onde podia bater sem te matar. Cada chicotada que dei, tua pele eu parti, mas meu coração eu sangrei!

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