Um Poema para as Maes Drummond
O poeta precisou passar da imaginação pro poema, mas o branco tava muito forteentão o poeta cortou frases
com a caneta amarrou-as com imagens
das margens do branco em cena e colocou a jangada de frases na água com criatividade o poeta passou a poesia pro papel...
Cada palavra traz o som do mar para o poema o vruuuuh do vento canta nos lábios, o sol invade o vocabulário e o calor da imaginação chama ao banho
nas ondas das palavras quebrando
agente na praia que não deixa marca
de bronze, mas marca o imaginário...
poema - O céu dos noivos
Quando te vi pela primeira vez,
meu coração ficou espraiado em claridade;
havia em tua presença uma aura dulcífera
que adoçava até o silêncio ao redor.
Tua garridice aureolada reluzia com tão rara graça
que intuí, sem resistência,
que meu espírito se pendoaria ao teu encanto —
pois algumas belezas não se explicam:
apenas se sentem.
Em teu ser fulgura uma agalma celeste,
uma formosura tão sutil que o horizonte reconhece;
teus gestos derramam suavência e magnopulcritude,
como se o próprio tempo inclinasse sua serenidade
para contemplar-te.
És minha auriflâmula, meu farol de celsitude,
a límpida presença que exala benquerença e virtuluz;
teu olhar possui o dom da inefância,
e tua voz carrega a doçura da mais pura dulcídia.
No toque que me ofertaste,
sinto a eternância florescer,
broto de luz que nenhuma noite consegue desvanecer.
Em tua alma habita uma miraluz infinda,
claridade que repousa em mim
com brandura antiga e inesgotável.
És magnolímpida, és pleniáurea, és serenídea;
cada passo teu deixa um rastro de auridez,
e cada palavra tua reacende o lume
da minha humanidade mais profunda.
Se o amor possui um templo,
teu nome é o seu altar.
Pois em ti encontro altiplácida candura,
delicadeza que enleva, acalma, eleva.
E assim declaro, diante da vida e do firmamento:
que meu coração te escolhe em perpetuidade,
que cada aurora será tua,
que cada suspiro será de lealdade ardente.
Que este poema seja nosso hino,
ecoando em votos, enlaces e promessas:
pois amar-te é minha glória sereníssima,
e caminhar contigo é minha
mais alta e eterna beleza.
Poema da Travessia Interior
Sonhei que corria
pela antiga Estação das Barcas,
enquanto portas se fechavam atrás de mim como capítulos que enfim se cumpriram.
A barca já partia,
mas meu coração — inquieto e fiel —
ainda acreditava no salto.
Alcancei a poupa, subi as escadas,
busquei o convés…
e a porta fechada me fitou como um oráculo silencioso.
Havia um mistério ali:
o passado se encerrando em sombras brandas,
o futuro chamando com luz de manhã,
e eu, suspenso entre dois mundos,
sentindo que algo em mim renascia.
Talvez fosse amor,
talvez coragem,
talvez apenas o tempo dizendo:
“Vai. Atravessa.”
Porque a nova fase já pulsa nos pés,
mas a verdadeira passagem
não está no casco nem na água —
está na porta invisível que cada um precisa abrir por dentro.
E quando essa porta se abre, não é só o futuro que chega:
é a alma que finalmente
encontra o seu próprio rumo.
Escrito por Clayton Leite, inspirado em um sonho.
Poema- teu corpo, meu destino
Te quero agora, sem relógio, sem tempo,
sem medo, sem dúvida, sem freio...
Te quero inteira, quente e entregue,
como o sol deseja o mar ao fim do dia.
Teus lábios são fogo que acende meu peito,
teu cheiro, meu vício, minha perdição.
Teu gemido é música que guia meus
passos,
e teu corpo... a estrada onde me perco sem
volta.
Cada curva tua é um segredo que desvendo,
com a ponta dos dedos, com a sede da
boca,
e a cada suspiro que roubo de ti,
mais eu sei... és meu tudo, minha louca.
Me deixa te amar sem medidas, sem pressa,
faz de mim tua casa, abrigo, teu céu,
te quero em suspiros, gritos e sussurros,
teu corpo no meu, um poema cruel.
Cruel porque nos devoramos,
porque não há amanhã, só agora,
porque cada toque é fogo na pele,
e cada beijo é promessa que implora.
Te amar não é escolha, é destino,
é desejo que me queima sem fim.
E se o amor tem nome, tem rosto, tem pele...
ele mora em ti.
Te quero sem pressa, sem medo, sem fim,
como se amar-te fosse a única verdade em mim.
Teu corpo é poesia escrita nos traços do tempo,
um mistério que meus dedos desvendam,
uma estrada onde meu coração caminha
e nunca deseja voltar.
Teu cheiro é brisa que embriaga meus sentidos,
teus lábios, doces como o mel mais puro,
tua pele, um santuário que minha alma busca,
onde cada toque é prece, e cada beijo, cura.
Quero perder-me no brilho dos teus olhos,
encontrar refúgio no calor dos teus abraços,
escutar tua voz baixinho, bem perto,
sussurrando meu nome como um segredo sagrado.
Não és apenas desejo… és encanto,
és ternura, és febre, és paz.
És tudo o que um homem pode sonhar,
tudo o que o amor pode ser.
E se ainda duvidas do que sinto,
fecha os olhos e sente meu toque,
pois nele, encontrarás tua resposta…
sou teu, sou teu… e sempre serei.
Poema-Estrela Morena
Nos céus da noite, brilha uma estrela,
morena, intensa, de luz tão bela.
Seu riso é chama, ardente e pura,
voz que embala, doce e segura.
Seu caminhar, um vento leve,
que sopra sonhos, que tudo escreve.
Seus olhos brilham, são faróis,
guiando mundos, rompendo sóis.
Na tempestade da intolerância,
ela caminha com esperança.
Mesmo que sombras tentem calar,
sua luz segue a iluminar.
Oh, ventos tristes, calem-se agora!
Nada apaga quem brilha e aflora.
Feita de luta, feita de cor,
é resistência, é puro amor.
Se soubesse o que ela inspira,
se entendesse o que ela ensina...
Oh, estrela que o céu guarda em si,
Se um dia ouvir, sorria pra mim.
Morena, brilhante, impossível de olhar.
Seu riso acende o céu mais nublado,
sua voz é um vento que vem me embalar.
Eu, perdido no tempo e no espaço,
morando no nada, cercado de chão…
Mas quando ela fala, o mundo se cala,
e eu me esqueço da minha prisão.
Ah, se ela soubesse o que causa em mim,
se um dia notasse meu jeito de olhar…
Talvez entenderia que tudo que eu sinto
é mais que um sonho, é um mar a transbordar.
Mas ela segue, imensa e distante,
feita de luta, coragem e cor.
E eu fico aqui, entre versos e sombras,
sussurrando baixinho esse imenso amor.
Se um dia a vida brincar com o tempo,
e eu cruzar seu caminho por um instante…
Não direi nada, deixo as lágrimas falarem,
pois tudo em mim já grita: "é você" desde antes.
Poema- Canção da mata
Por entre as veredas longas onde o vento se deita, ergue-se o dia lento, qual velho camponês curvado, e a terra, vermelha e viva, abre o peito ressequido para acolher o suor do homem que nela põe seu fado.
Nas brenhas que o sol coroa, canta o sabiá sereno as folhas, de tão antigas, guardam segredos do tempo, e o rio, que nunca apressa, leva em suas águas mansas
as dores de quem labuta e o amor de quem é atento.
Eu, filho destes sertões, que o mato abraça e consome, carrego o peso da enxada como quem carrega o nome.
Mas quando a tarde desmaia num tom de ouro e púrpura, meu peito se firma e canta — pois é em ti que a alma pulsa.
Ó minha doce senhora, flor que Deus plantou na sombra, teu olhar é brisa leve sobre o rosto de quem sofre;
e teu riso, fonte clara onde até a saudade dorme, é consolo para o homem que vive entre céu e os rochedos.
Aqui, onde o chumbo das nuvens ameaça as madrugadas e o trovão, senhor antigo, açoita o rancho de barro, amo-te com força brava, tal qual o vento das matas que rasga folhas e troncos, mas nunca perde o passo.
Se a vida, por vezes, pesa — qual saco cheio de milho — tu és o alívio doce que ponho sobre o ombro.
És o canto que me guia pelas sendas do destino, és o lume da esperança quando o mundo fica assombro.
E juro, diante da lua, testemunha das distâncias, que hei de te amar, minha bela, enquanto o campo florir,
enquanto houver rio que corra, e o sabiá tenha canto, e o roçar da noite antiga lembrar-me de te sentir.
Pois ainda que o tempo passe, e a roça tome meus dias, teu nome, qual prece antiga, minha alma há de repetir.
E quando o sol, já cansado, encerrar minha jornada, serás tu, minha morena, meu derradeiro sorrir.
Eu escrevi esse poema para você, para você não esquecer.
Eu escrevi esse poema para você, para você não esquecer quem é.
Para você se olhar no espelho e ver como é grande essa mulher.
Eu escrevi esse poema para você, para quando você pensar em desistir,
em sair do caminho que teve que chegar até aqui.
Eu escrevi esse poema para você, eu vim só para te dizer.
Em meio a prosa, poesia, em versos curtos, brancos,
sejam eles de que forma são, ou foram, ou serão,
eu escrevi esse poema para você,
para você nunca se esquecer que você é amor. É coração.
Nildinha Freitas
Vi-te de longe,
e já eras poema,
mas faltava vida no papel.
Porque você não gosta realmente de algo só por olhar,
senão por experimentá-lo,
e eu só te entendi
no toque,
no cheiro,
no silêncio tímido
entre as tuas palavras.
O amor não é pintura,
é gesto;
Não é quadro,
é colo.
Se eu te amei,
foi porque me debrucei
sobre a tua alma
e mergulhei sem medo.
O olhar encantou,
mas foi o sentir que me prendeu.
Eu não sei escrever direito
Poema nem poesia
Se soubesse, faria pra ela
O melhor poema do dia
Minha mente tem duas metades
Uma delas eu usava
pra viver a vida
a outra pra pensar nela
Não havia neste Mundo
Nenhuma grade que me prendesse
Mas eu estava preso a ela
Por causa desse amor
Nunca fui bom em amor
Poesia e nem palavras
Agora vem aqui,
termina de esburacar meu peito
...escava
Aquele amor não existe mais
Era pouco pra você
Mas era tudo que ainda restava.
O poeta solta palavras no poema
como peixes no aquário e em límpidas letras essas tem o oxigênio do imaginário ocasionando a troca pragmática pela quebra de tensão
( que com jeito ) ( como ) um olhar poético bole nas palavras ( assim ) em um texto poroso
permeando de poesia a mente
que acende a luz do vocabulário...
e solto nesses versos o ah ah
que quebra quem sabe pensar...
Leonardo Mesquita
MULHER
Mulher é mistura de poema, verso e melodia
As veses uma canção de amor
Ou uma paisagem que a alma amplia.
Se fosse um anjo toda mulher teria três asas
Duas para voar livremente
Outra para n'amor abanar as brasas.
Mas graças A Deus que Deus a fez mulher
No íntimo crianca e gigante Valente
Nas horas difíceis, usa a arma da fé
E quem consegue explicar esse ser excelente?
(Leia também de baixo para cima)
Poema duplo
Eu odeio você
E minto dizendo que
Você vive dentro de mim
Mas você precisa saber que
Prefiro até mesmo morrer
Para não tê-la mais perto assim.
Eduardo de Paula Barreto
SP - 08/02/2014
Nascimento do poema.
Deixo a cidade e seu tumulto lá fora,
E o silêncio sussurra os versos,
As palavras dançam ao vento,
E o mundo some , se afasta,agora compondo parindo!!!
Só restam as emoções,
E o poema nasce, lentamente sem pressa. Leila Boás 13/12/2025
POEMA INEVITÁVEL
Eu queria falar sobre deus, sexo, política, amor e trivialidades; mas me colocaram uma carapuça, e fui treinado a ser um personagem.
Depois, quis me tornar poeta, músico, filósofo e até ator. Porém, descobri que, desses, eu já tinha me tornado ator, não por opção, mas por imposição das situações, e sufoquei os outros personagens.
Eu quis me tornar um humanista, um sociólogo, talvez antropólogo, filólogo e até defensor de causas perdidas ou ganhas. Acontece que meu personagem não discute muito com minha dignidade: meu lado ator sempre vence quando a conveniência grita mais alto!
Enfim, decidi partir para as trivialidades da vida, já que não me restavam muitas escolhas. Eu tentei ser muitos, e acabei não sendo eu. Então, fiz da vida minha luta, minha sobrevivência, minha causa (também por imposição). Ergueri um castelo de sofismas, e o meu estandarte foi tremular pequenas ideias que não eram minhas. Lutei bravamente para anunciar, dentro de mim, um poema inevitável, confrontando meu personagem que, por conveniência, acabou sufocando o eu iludido que achava que era eu!!!
#israelsoler
A vida dolorosa,
No poema triste.
E sigo minha intuição,
Entrando por portas
Onde não sou bem-vindo.
Dizem que, aqui,
O amor deixou de existir
Tudo é abstrato,
Pura ilusão.
Devolvi a palavra na boca do verso
sem lonjuras ou apegos
a distância que o poema tem
é o tamanho inverso do seu canto.
POEMA ELEITORAL GRATUITO
Decidir entre lágrima e carpido;
se melhor é a farpa, se o espinho,
ser exposto ao deboche ou ao escárnio
de quem hoje proclamo salvador...
É pedir a lesão, talvez o corte,
distinguir o gatuno do ladrão,
quem será meu algoz, quiçá verdugo,
pra depois enforcar a minha voz...
Optar por satã ou satanás,
pela víbora, a cobra ou a serpente;
dor de dente, quem sabe, dor de ouvido...
Escolher entre nódulo e tumor,
um derrame, acidente vascular,
flor atômica e Rosa de Hiroshima...
Itapema
As asas deste poema
são de ultraleve,
ele sobrevoa as praias
e rios de pedra
angulosa em tupi,
Todos amam viver aqui.
O teu povo carijó
e a herança dos açores
são parte sublime
da História Brasileira:
a nossa memória guerreira.
Foste Vila de Santo Antônio
de Lisboa e Arraial Tapera,
Itapema o teu nome rima
por fortuna com poema:
a tua alma não é pequena.
Charmosa rainha atlântica
do Litoral Norte Catarinense,
cheia de charme e beleza
que sempre captura o coração
da gente com toda a destreza.
Morar em Itapema é
deixar-se brindar e envolver
todos os dias por toda
essa sedução e riqueza
agraciadas por fortuna pela Natureza.
Poema para a Mamãe
Rainha da minha vida
Ouro dos meus dias
Sabedoria que me ampara
Amor profundo e toda a poesia
Não existe outra igual
Anjo da Guarda em tempo integral.
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