Um Poema para as Maes Drummond
Guapi
Vou colher os frutos
do Guapi porque é mais
fácil do que pedir
qualquer coisa de quem
só quer enxergar o quê
somente lhe convém,
O quê não quero para mim
também não quero para ninguém.
Louro-branco
Dança o Louro-branco
saudando o tempo,
Compreendo que guerra
é guerra entre exércitos,
A paz que eu dou é a mesma
que de ti quero receber,
E se por acaso não receber
de volta vou insistir
enquanto continuar a viver.
Biguaçu
O Biguaçu floresce
em fevereiro,
março e abril,
Há sempre alguém
que nunca viu,
Neste último florescer
vou te contar que não
há nada mais que
me surpreenda diante
de quem da boca
para fora finge uma
causa defender
enquanto na prática
vive outra de outra
maneira achando
que por muito tempo
poderá continuar a convencer,
Com gente assim qualquer
tempo sempre será muito
tempo na vida a perder.
07/05
O direito de poucos
não podem prejudicar
os direitos de muitos,
Sempre que isso acontecer
não se pode esperar
muita coisa do que está porvir,
Daqui para frente é melhor
optar por outros rumos a seguir.
07/06
Em momentos complexos
abrace os seus silêncios
como oportunidade
para angariar equilíbrio
e eleger a paz como destino.
Cambuci
Deslumbrar-se com o florescer
do Cambuci enquanto
espera a colheita amorosa
para fazer a receita saborosa,
Agradecer a terra por esta
dádiva maravilhoso nascida
na Mata Atlântica que nos dá vida,
Na sua companhia convicta
traçar a nossa rota romântica
que um não seremos passageiros,
e assim permaneceremos inteiros.
Abricó-de-macaco
Debaixo do Abricó-de-macaco
contar as frutas e as flores
e deixar se envolver pela dança
absoluta do tempo e do vento
enquanto traço a rota para morar
no seu coração e no seu pensamento.
Tucum
Colher tudo o quê for
possível utilizar,
Quero fazer pulseira,
brincos e colar,
Sabendo usar tudo
pode na Natureza
desde que seja feito
para durar e não faltar
Preparar um azeite
de Tucum para temperar
a minha comida
que você um dia irá provar.
Criar asas e voar
É o sonho que quero alcançar
Mas com as janelas fechadas
E com as portas trancadas
Não posso nem pensar
Em voar
Porque quando sonhamos
Precisamos tomar cuidado
Para não sairmos machucados
Porque viver pode ser
Tão complicado de entender
Só queria pode gritar
Sem me preocupar
Com que os outros vão pensar
Mas preciso saber que viver
Sempre será um prazer
Os teus lindos olhos
médio-orientais
e castanhos intensos
capturaram o meu
interesse como o voo
de um meteoro
cruzando a atmosfera,
e fizeram-me flutuar
por um momento
aqui na minha terra.
Inebriada pelo brilho
hipnotizante desta
prodigiosa Supernova,
resolvi não arriscar
ao menos por enquanto,
e entregar o desejo
nas mãos do destino.
Moramos longe eu sei,
mas algo me diz que
mesmo sem a gente
se falar moramos
dentro um do outro,
pois em ti encontrei
um raro e fino tesouro,
se o nosso encontro
for muito mais
que uma promessa
para dias de Sol
ou para noites de luar,
o quê tiver de ser: será.
Não sei porque mas
Não consigo parar de pensar
Em você
Não posso me arriscar
E nem pensar em
Mais uma vez me machucar
Você não me conhece
O suficinte para saber
O que eu já perdi ou já deixei de perder
Sinto muito, por você e
Por mim, porque
Não sei se estou preparada pra algo assim
Tenho raiva de mim
Por deixar alguém chegar assim
E de qualquer forma fazer
meu pensamento em você prevalecer
Nesta véspera
do anel de fogo
no hemisfério,
estou te esperando
como as horas
pelas auroras,...
Ainda bem que
tenho as estrelas
por companheiras,
E a certeza plena
como a Lua Cheia
de quando o teu
amor me entregar
não mais estarei
tão desprotegida,...
Ainda bem que
sem querer me
apaixonei por você.
O inverno chegou
em véspera tonta
de eclipse anular,
é contigo que quero
constelações tocar.
Ainda não tenho
você aqui ao lado
para me abraçar
e eu te acarinhar
na tua cidade
das sete colinas.
Do mundo doido
para me proteger
e nada nos deter,
aqui cedo ou tarde
comigo vai estar
além das estrelas
e da noites de luar.
Na verdade o quê
importa é que te
trago e exalto
como quem leva
um escapulário,
és minha rima,
sutil planetário
e grã inspiração.
Construa uma casa
Que tenha ressonâncias
De sua infância
Que seja tão ninho
Quanto as choupanas de Van Gogh
Ou tão forte
Quanto o endométrio
De seu primeiro abrigo.
Construa uma casa
Cristalina
Como seu coração
Meigo
Grato
Que entoe sempre
O exercício fugitivo das saudades.
Construa uma casa
Onde haja o convívio
Da escuridão e da luz
Onde insetos e nepentes
Travarão um pacto
De néctares e cantos
Ninguém precisará evadir-se
Não haverá amantes trágicos
Ou reféns
Nas manhãs silenciosas de inverno.
Construa uma casa
Onde tudo seja permitido
Bailar com os morcegos
Acariciar as estrelas
Ao som dos soluços da madrugada.
Construa uma casa
Onde possa ouvir
O ruído das águas subterráneas
E o adormecer das cigarras
Onde possa ver um imenso ramo de oliveira
Fraternal,
Devorando a indiferença dos homens.
Livro: O Outro Braço Da Estrela – Poemas
Capa e ilustrações - M. Cavalcanti
"Decepção tem nome e sobrenome
É ausência do que não foi vivido
Visto, sentido, ouvido, tocado...
Recitado, lambido ou acariciado.
Enfim...
É lembrança ruim do que não se teve
E, no campo da eternidade,
Nunca mais retornará"
(Homem do mar, p. 55)
No teu silêncio
tenho a bússola
para me levar
pela península
das sete colinas,
e mil esperanças
todas meninas
de voltar o toque
do amor doce sentir.
Sem saber quais
serão os próximos
passos algo não
me permite mais
de te querer só aqui,
juntos precisamos
ir muito mais longe
e muito mais
além do horizonte.
No teu silêncio
por encontrar
motivos para ficar,
e se me cansar
poderei caminhar,
só o futuro irá dizer
se irei florescer
pelas tuas mãos
e vir me enternecer.
Te aguardo pleno
como o Willkakuti
aguarda pelo verão,
mas só a tua atitude
ou a falta dela
poderão me atrair
ou me deixar
sem rumo a seguir,
e ciente disso
não posso resistir.
Não faço idéia
do que ocorreu,
serena reafirmo
que a minha
parte foi feita
com a mais
serena certeza
no curso desta
noite imensa
de eclipse solar anular.
Nane
Amo-te
Graças a deus@
Como desejo os beijos teus
Amo-teoh meu amor
Amo-te lua
Amo-te sol
Amo-te
Amo-te assim
quero você perto de mim
Pedaço de Mim
Te amo de varias maneiras
por muitas razões
Te amo em cada poesia
em muitas canções
Te amo de todos os modos
que possam existir
Te amo porque esse amor
Faz parte de mim
Maria Rosa
Pensava ser dono.
E; passando setenta e cinco voltas em
Torno do sol acreditando nisso.
Enquanto retira-lhe as vestes.
Maltratando-a.
Que em silencio, voltava a cobri-lo com suas vestes.
Se esborracha buscando
Novo horizontes ao seu redor.
E retornar lugar da saída.
Porque se fizera curvada.
Andavas em círculo.
Acreditava possui-as por direito.
Derramando todo o seu ímpeto,
Representativo, molhando suas vestes.
Ignorava a sua singeleza.
Por fim; cansado. E febril.
E retorna para seus seios.
E ; Ela o guarda. Com silencio.
No seu ventre. Velando e perdoando.
Todas as faltas sofridas.
Não aprendera a saborear
Todas as delicias colocadas na mesa.
Furtou-se do Amor e da Paz.
Preferindo extasiar-se no inebriante
vício de poder. Poder cada vez mais.
E no fim. Acredita seriamente.,
Ter sido machucado
Pelo Espinho da Rosa.
Nada havia apreendido.
Silêncio Profundo.
Marcos fereS
O diplomata e o apedeuta
O diplomata gritava em altos brados...
Ora ria em gargalhadas incontidas.
Cheio de orgulho e vaidade tolas,
criticava e via defeito em todos!
Entre os seus estava bem posto..
Visto que, todos eram apedeutas.
Fora os seus os outros era resto,
afirmava assim os diplomatas!
Dias e mais dias iam se passando
e gerações vieram de um e de outro,
Os diplomatas por um lado
e os apedeutas por outro...
Nem todos eram diplomatas
e nem todos eram apedeutas,
mas generalizando assim seguiam,
porque uns nos noutros se viam!
Maria Lu T S Nishimura
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