Um Poema para as Maes Drummond
Pobre homem novo
em seu deserto pessoal
Oasis pegando fogo
Fogo que queima o espiritual
Droga de miragem Infernal
O ideal que é imaterial
Torna-se utópico, no final
Um Demônio de areia
Sua mente incendeia
Em um trauma eternal
Areia movediça
Buraco negro mental
A mente não dá justiça
Para um pobre ser mortal
A mente é submissa
E o pobre homem já não é excepcional
Ardentes sons chuvosos são os que rasgam meus tímpanos
o que falar para uma pessoa que vive em ímpares?
Já não vivo mais sobre a harmonia dos outros humanos
Melodia da vida tocando em tons menores
Belas vidas acompanhando seus compassos
Claves de Sol iluminando suas vidas
Enquanto eu, tropeço a cada passo
Nem Clave de Fá é a base para a minha
Orquestra vazia tocando em uma artéria
no lado mais escuro da inexistente matéira
a passagem era bela, agora só é velha
assim como uma paixão, só é deletéria
quasi niente - Chego ao fim do espetáculo
Só restam os batimentos, Acapella do Oráculo
O tempo acabando: o violão parou
a tuba parou
o cello parou
a Bossa Nova acabou
Não restam batimentos, nem Acapella do Oráculo
o que odeio é a paz
a paz, não a guerra
a paz é uma maldição
uma maldita que enterra
meus sonhos, emoção
a finita emoção
efêmera emoção
zero emoção
interior em paz
um grito lá atrás
ele não aguenta mais
ele não quer sofrer mais
ele não quer não amar mais
mas o grito ja traz
consigo a emoção
infinita emoção
eterna emoção
eterno looping
mas que maldição
SONHO DE AMOR
"Dormia, como dormem os tristes
Entre os lençóis da saudade
Pedindo o amor em prece
E um pouco de felicidade...
Então você chegou num sonho
E estendeu as mãos para mim:
Numa havia um poema,
Noutra flores de jardim.
Vendo você sorrindo
Envolto em névoa encantada
Nem sei se estava dormindo
Ou mesmo se estava acordada.
Não vivemos o amor na noite
- logo veio a madrugada
Acordei apenas a tempo
De um beijo ardente e mais nada...
Sozinha outra vez no quarto,
Com o sol em raios nascentes
Sorri, chorei e abracei-me,
Querendo reter na alma
O perfume de teus presentes.
E entre o sono e a vigília
Fiquei lembrando no leito
do sonho da noite vivido
em doce e estranho torpor,
Segurando junto ao peito
O poema que não foi lido,
E as flores de teu amor."
(Sonho de Amor - Presença Astral)
PERSPECTIVA
Segundo a Física
duas pessoas não podem estar
ao mesmo tempo
no mesmo lugar.
Por isso, é impossível
termos, na íntegra,
o mesmo ponto de vista do outro.
COMPAIXÃO
Compaixão
é se colocar
no lugar do outro
é sentir
com o outro
é não julgar,
aceitar.
Mas...
Isso não seria o amor?
Janelas
Som do amanhã, sondam as noites
Janelas,
Ávidas almas, buscam a brisa quente
O calor, sementes
Colhem as manhãs de verão
Guardam a foice do arrebol
Janelas fechadas,
Refúgio seguro na escuridão úmida.
Janelas abertas, ombros arqueados
Tramas de uma dança
Vestido de Seda, cordão ensolarado
Duas almas se acompanham,
Janelas, cortinas balançam.
O escuro chama a luz
A dor, a solidão,
Chama da transformação.
Desperta!
João de Barro convidou
Que entre a majestade pela janela
Sem toc toc
Flocos de ouro
Suave toque
A pupila dilatou
Amanheceu.
Escreve entre pedras,
Desliza nas montanhas sua história.
Fartos são seus apelos,
deságua,
Ah, espelho que reflete toda existência!
Benze minha esperança!
Seus braços temperamentais,
força que brada nos mananciais.
Banhando a solidão,
limpando a alma,
acalma...
Sangue da Terra,
no pulsar dos seus leitos,
enche o peito,
suspira...
Um silêncio,
nenhum defeito.
A força da correnteza,
dá a certeza,
que deixar a razão,
é válido,
quando o assunto é coração.
Águas calmas, revoltas,
não olham para trás.
Quando a maré sobe,
continua a seguir,
sem medo, sem engano,
no entrelaçar de mãos,
chegar em ti,
Em fim
Oceano.
Já caminhei muito
Em chão de barro e no asfalto,
Sapato baixo ou alto
Chinelo de dedo ou descalço
No conforto ou no percalço.
Andei de pressa, andei mansinho
Quando fazia calo
Era hora de parar
Cuidar das feridas
E voltar a caminhar!
A vida é continuidade
Nunca para
Tudo se aprende no caminhar
É só observar!
Foge de mim
Quem antes me procurava.
Com pés nus andando, furtivamente no meu quarto.
Vi-os suaves, mansos e dóceis.
Aqueles que agora são ariscos. E que não se lembram de que, às vezes, corriam perigo para me levar alimento, agora vagueiam constantemente Em busca de mudança.
Graças à fortuna, Foi, pelo contrário, vinte vezes melhor.
Mas uma vez em especial.
Em finos trajes Sob uma capa bonita.
Quando o seu vestido solto Dos ombros caiu.
E tomou-me
Nos seus braços longos d delgados.
Com toda a doçura e pureza nos beijamos.
E perguntou com suavidade:
Meu amado, gostais?
Aceito que a minha jornada é o pleno desencontro com o que desejo.
E todos os desencontros que nunca me acharam;
deixaram uma marca que o tempo não sara.
Se soubesseis
A profundeza do meu desejo!
Poderia ter esperança
Embora não mereça
De que umas gotas de graça
Saciassem o meu fogo ardente.
Ahhhh, se você soubesse quanta falta faz!
Que falta faz sua alegria
Que falta faz seu sorriso
Doce e contagiante
Alegrando nosso dia.
Ahhhh, se você soubesse quanta falta faz!
Que falta faz seu bom coração
Cheio de amor e paixão
Fazendo de ti
uma fonte de inspiração
Ahhhh, se você soubesse quanta falta faz!
Que falta faz seu bom dia
Nos enchendo de alegria
Que falta faz seu boa noite
Nos aquecendo em noites frias.
Ahhhh se você soubesse quanta falta faz!
Que falta faz sua voz
Ensinando e nos acalmando
Sussurando no meu ouvido
Filho, eu te amo.
"Basicamente,
somos feitos
de poeira estelar.
Então pergunto
às estrelas,
que se iluminam
ao final do dia.
Algum dia,
cada um de nós,
poderá realmente
encontrar a sua?"
Ronald Sanson, em ‘DESPROGRAME-SE’:
poemas, frases e pensamentos para libertar a sua mente
Manhã tropical
"O sol borra-se todo de tinta dourada
na almofada de ouro lá do Céu
e vem carimbando brutalmente
tudo quanto encontra pelo caminho!"
Citação do livro "Syphon, Gin e Gelo"
"Solstício de Verão,
Estação de abundância.
Nele vem uma nova década,
Anúncio de uma Nova Era.
A beleza das orquídeas,
Aquece o coração"
Citação do livro 'DESPROGRAME-SE'
"Caminho feito de flores,
Presença de boas vibrações,
Centelha de amor,
Que abrasa a Terra
Alimento espiritual,
De beleza, paz, amor e alegria"
Citação do livro 'DESPROGRAME-SE'
No ano da graça de 1314, os patriotas da Escócia, cheios de fome e em número inferior, carregaram nos campos de bannockburn.
Lutaram como poetas guerreiros.
Lutaram como escoceses
E conquistaram a liberdade.
Data: 26/09/2019
Anjo caído
Só me fez
Se sentir assim tão bem
Depois me levou o encanto do meu mundo
Me esfriou
Depois me gelo
como pode ser tão mau!?
Ao ponto de me fazer chorar
Depois me ver surta no olhar
E você rir
finge se importa
Mais na verdade me deixa só
Eu sei parece besteira mais me deixa falar
Se eu calar
Agora ou depois
Do que adianta eu fala ou calar
Se tanto faz
Você é imundo
Eu inocente
Você me acusa
Depois me acalma
Me tortura depois
Se faz de amigo
Se diz fiel mais infiel
Alimenta minha raiva
Diz que me ama e não vai me deixa só
Me joga no lixo
Faz eu pensar
Que não sou capaz
Eu vivo a te esnobar
Eu te esqueço
Depois você volta
Me deixa triste
E diz quer quer meu fim
Vem me carregar pela mão
Diz que quer brincar
Como esquecer jamais
Se sua brincadeira é me torturar
Eu choro
Você ri
Eu digo não ligo
Você me provoca
Eu reajo
Você me odeia
Diz que me aceita
Mais me faz sangrar
Eu faço você queimar
E de novo retorna
Depois me procura
A me torturar
Diz que não gosto
E de mim e quer se vingar
Quando você vai parar
Você tem poder
E eu sou só humano
Você é sombrio
Você não me esquece
Eu odeio
Quero mandar você de volta pra lá
Mais você vai e diz que logo vem
Que não me esquece porque me ama
Mais na verdade me odeia porque faço queimar..
Mais seu segredo eu sei
Ele te manda
Você pode me feri
Mais não pode me carregar se ele não permiti
Você não se domina
Se eu revelar seu rival você se ofende
Você me odeia
porque não pertenço a ti
Mais mesmo assim não desiste
Você não cansa
Mais não esqueça que há outro que não dorme
Ele tem a chave de onde você mora
E te destrói.
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