Um Poema para as Maes Drummond
carruagem
as pessoas sem ilusão
vivem só nas quimeras
repetem a mesma condição
o improviso são esperas
e o trem da vida sem vagão...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
Manjedoura
Recém-nascido na palha
Coberto de simples velo
De pedra e areia soalha
A chegada do Divino elo
É o Menino Deus encarnado
No fundo da pobre realidade
Mártir, Majestade, Filho amado
No estábulo fez-se verdade
Nem ouro reluz tanta conformidade
Nem a pobreza anuncia infelicidade
É o Salvador cicatrizando a obscuridade
Tem em si o caminho, toda resposta
Na manjedoura aposto, é fé disposta
Homem, Deus, na humanidade aposta
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
15/10/2010, 09’54”
Rio de Janeiro, RJ
O cerrado pede socorro
O cerrado é árido é dissonante numa certa harmonia
Te engole os olhos com a boca ávida de melancolia
O cerrado é plano por todo lado, torto e desencontrado
Neste desajeito pedregoso, espinhado, o êxtase é espetado
Cerrado ao longe provoca ilusão, maravilha o sol e escorre o calor
Tuas árvores e teu desencanto trás encanto e é sedutor
Cerrado de vasqueira água, fica deitado no lençol aquífero
Nestes poros transbordam renascimento e galhos frutíferos
Cerrado espesso, pele grossa e contradição
O homem e sua cruel mão, pinta na terra a tela da devastação
Destes campos velhorro
O cerrado pede socorro!
Cerrado não é cidade
É patrimônio da humanidade.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/042016 – Cerrado goiano
Eu, a poesia e o cerrado
Com os cascalhos do cerrado
e as saudades em entrelinhas
eu alicercei o meu versado
em sulcadas poesias minhas
e no horizonte além
deixei os meus sonhos
junto ao entardecer, porém,
não foram olhares tristonhos
nem sei bem se eram fados
ou lamentos do árido viver
só sei que eram suspiros calados
mas nas trovas tinha o querer
tinha poemas alados
tinha eu, tinha zelo, tinha o crer...
(também, tinha
o poeta mineiro do cerrado
em versos apaixonados.)
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio, 2016 – Cerrado goiano
para a mãe que já não está entre nós
hoje é o dia de visitar a recordação,
onde a celebração da vida é saudade.
do vazio o meu, parabéns, em oração,
e neste abraço que se faz pela metade,
minha saudação.
nesta data querida, de descontinuidade...
a gratidão, o amor, em contas dum rosário,
de lembrança, de afeto, onde a dor brade.
onde estiver, mãe, feliz aniversário!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
julho
Cerrado goiano
Bolero de inverno no cerrado
No cerrado, seco, o sol da manhã
Nos tortos galhos, o ipê, a cortesã
De um inverno, em uma festa pagã
Desperta o capricho do deus tupã
Degustando a aurora tal um leviatã
E numa angústia, o orvalho, num afã
Do céu azul, num infinito, de malsã
Craquela o dia no seu tão árido divã
Do duro fado, tão pouco gentleman
E tão árido, tal uma agridoce romã
E vem o alvor, com o frígido de hortelã
Bafejando poeira cheia de balangandã
Tintando a flora em um rubro poncã
Zunindo o vento tal um som de tantã
Num bolero ávido por um outro amanhã...
São gemidos, uivos, sofreguidão
Correndo pelo sulco do cascalhado chão
Emergindo desse pântano, ressequida solidão.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 27 julho 2018
Brasília, DF
poente no cerrado
encarnado
sob o mesmo valsar
o dia vai sendo arrancado
por seres alados que se põe a pintar
os sons das cores ali ilustrado
pros sensores apagarem, e vir o luar
num só tom, escrevo, todo arrepiado
neste silêncio que faz poetar
o poente no cerrado...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26/03/2016, 18'25" – Cerrado goiano
Desfolhos
Do outono no cerrado e seus desfolhos
Minha saudade caia ao chão fragoso
Do meus ásperos e mirrado tristes olhos
Em tal lira de verso aflito e rancoroso
Nos ventos secos e enrugados chiavam
Os gritos da noite numa solitária canção
Onde lembranças aos astros clamavam
Esmolando do silêncio alguma atenção
Só um olhar neste brado de compaixão
Um olhar, um eco, uma mão...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/04/2016, 18'00" – cerrado goiano
ALGUNS VERSOS (soneto)
Alguns versos vazios, diáfano, me espiam
Atrás da luz natural do cerrado afogueado
Inquietos no quase nada do olhar fustigado
Em pé ao fundo da vastidão que os afaziam
Vejo o sol avermelhado, ali tão angustiado
Entre as quaresmeiras que no clarão, cerziam
Criando ilusões que nas saudades doeriam
Em silêncio, que um dia no peito foi tatuado
São letras ocas de um entardecer perverso
Que tenta brotar de um devaneio imerso
À tona em trova de lágrima da recordação
De fora do presente, tão vário é o universo
E eu pareço apenas durar no meu reverso
De cujo alguns versos escorrem da solidão
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, abril. 05'40"
Cerrado goiano
A palavra mãe veio do latim mater
Mas a sua essência veio do amor
É a criatura mais sublime e primorosa
Que o nosso bom DEUS nos enviou
A maravilha mais bem maravilhosa
A guerreira mais valente e corajosa
Quão inestimável é o seu valor.
Já cantou pra a gente dormir
Sinônimo de amor ela faz jus
Tantas noites passou acordada
Fazendo carinho cheia de luz
Seu colo pronto para acalentar
Não importa qual seja o lugar
Sempre com fé em nosso Jesus
Seja qual for a estação
Todo dia é seu dia de fada
Nós te amamos por tudo
A senhora nos ama por nada
DEUS lhe conceda muitos anos
Morada forte cheia de planos
Estrela perfeita, alma iluminada
Mãe é bem mais que progenitora
Tem a bela função da maternidade
Quer o melhor para os seus filhos
Enfrenta lutas e toda necessidade
É leoa das eternas crianças
Que dela herdaram semelhanças
E aprenderam a ter: dignidade.
Perdido em pensamentos, todos atentos e nenhum alento em meu peito quando transpiro você.
Sombra de noite, uivo de dia, gotas caindo, olhos perdidos me perco sorrindo ao lembrar-te.
Não importa o tempo ou julgamentos, só a distancia, em um mundo que se tornou tão pequeno, entre eu e você.
Vento que adormece, vento que assobia; Outrora iludia, hoje arrepia.
Nenhuma forma explica o vento, assim como o amor que por ti sinto, do lado de dentro.
Das rosas terrestres e celestes, teu arroma é único, e com amor me inspiro.
TE AMO COMO O MUNDO E TE AMAREI ATÉ AOS CONFINS DO UNIVERSO MEU AMOR. AMO TE
E te amo como sempre te AMEI
Amor puro, quente, intenso, louco, apaixonado e ardente e verdadeiro.
Que me consome pouco a pouco de amor e alegria,
Razão deste meu viver e de ser feliz ao teu lado amor.
E te amo como sempre sonhei e Deus me presenteou com este presente da vida e do amor que és tu amor minha querida minha duquesa.
Amor real, fiel, leal, verdadeiro, quente e gostoso e apaixonante.
Que me faz te amar por inteiro por dentro e por fora,
E cada vez mais te querer e te desejar e te amar dia e noite.
E te amo como sempre busquei e te amarei como amarei a mim,
Amor que dá, que entrega, que doa que é puro e recíproco,
Que a todo momento a mente povoa com a reciprocidade pura e bela,
União de dois corpos num único ser e unificados como um só.
E te amo como sempre pensei e te amarei e te darei amor e alegria.
Amor sem limite, que explode, sem fim de amor e paixão.
Que te deseja todinho pra mim e seres só minha para sempre.
Insanidade maior é não querer é sim te ter e te dar amor todos os dias.
E te amo como sempre desejei e desejo e és o amor da minha vida,
Amor liberdade que instiga a saudade,
Que meu universo preenche e invade o teu coração e os teus lábios,
Loucura total se te perder e isso não permitirei ao meu coração.
E te amo como sempre te amei minha duquesa,
Amor que me completa, me sacia pelo jardins de jasmin,
Que transborda o coração de alegria,
Não há mais o que temer mas apaixonar me mais e mais e amar te amor.
E te amo e sempre te amarei e te darei amor,
Amor ternura, que a vida acalma,
Que te faz meu cúmplice, completa minha alma e minha mulher, minha namorada, minha confidente,
Felicidade maior não posso ter.
Te amo Incondicionalmente....e Eternamente Amor!!
Omnia vincit amor.
O amor tudo vence.
Pensamos conhecer uma história, mas apenas sabemos como termina.
Para chegar ao seu âmago....
Temos de voltar ao início.
Embalar-nos até ao nascer do sol. Um brinde! Proponho um brinde à vida porque ela é só uma. Vão por mim e vivam intensamente.
Omnia vincit amor. O amor tudo vence.
Ontem já foi, amanhã não faço ideia.
Eu quero é viver o hoje, ser intenso, inteiro e andar por aí a passear com as minhas vulnerabilidades, que me lembram de que tudo é fragil e que tenho de apreciar cada brisa que sinto.
Castelo de São Jorge
Para cada lugar que te despedes, tens outro a fazer a festa para te receber.
Trabalhar no duro, treinar no duro, estudar no duro. Não luto contra ninguém, mas sim contra a mim mesmo para estar no topo, não estou a cima de nada e de ninguém mas sim o meu lugar é no topo porque eu faço por isso.
Não sou mais que ninguém, mas sim tenho sonhos loucos e tenho as minhas extravagâncias e sou exigente comigo mesmo.
Não me queixo e nem reclamo mas sim luto, trabalho, treino e estudo e não arranjo desculpas e pretextos.
Eu sou eu, e adoro e amo e nunca deixarei de ser eu próprio, verdadeiro e puro.
ES(COLHO) BEM O QUE CÁ, REGO
Escolhas erradas doem mais depois.
Escolhas certas doem mais na hora.
A questão não é escolher qual dor você quer amanhã ou qual vai sangrar outrora.
A questão é sempre qual pancada vai
levar a consequências piores e qual roxidão é só sobre aquilo.
Mestre que é mestre também abaixa a cabeça para o pupilo.
No final, tudo é sobre o dê pois e, para decidir, sempre penso se daqui a cinco anos vai importar tanto assim.
A melhor escolha não é a que dá mais certeza, mas é sempre a que dá algum fim.
Na beira do mistério, onde a morte espreita,
Descobri a simplicidade que a vida me deita.
Não mais me perco no labirinto do porvir,
Aqui e agora encontro razão para sorrir.
No limiar do desconhecido, renasço mais leve,
Deixo de lado o peso do que não se deve.
Otimismo brota como erva no chão,
Valorizando a existência em sua plenitude, então.
Não adio mais a felicidade, pois ela se insinua,
No murmúrio do vento, na luz da lua.
Cada instante é uma dádiva a celebrar,
Grato pelo prolongamento, pela chance de continuar.
Assim como o sol brilha no céu azul,
Eu me ergo, simples e sereno, a viver o meu sul.
Na poesia da vida, encontro meu refrão,
Amando cada momento, sem hesitar, sem não.
A vida me guiou sozinha,
sem muito planejamento.
E, passo a passo,
caminho e cresço.
Nesse caminhar,
existe o que procuro,
mas também aquilo que encontro.
Agradeço a quem passou
ou continua ao meu lado.
Celebro os momentos,
os lugares onde estive.
Convivo com meus defeitos,
busco corrigi-los.
Recebo o abraço do tempo.
Vida, nada me deves!
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