Um Pássaro no Ninho
Ninho De Passarinho
Sempre
que as palavras,
lhe faltarem...
Fala-me com os braços!
Com um abraço.
De laços.
De fitas coloridas.
No silêncio de sons...
Mas que me aconchega tão bom ao seu corpo.
Como ninho de passarinho!
Outro dia observei
a construção de um ninho
vi graveto por graveto
no bico de um passarinho
Parecia um engenheiro
tão forte e tão ligeiro,
mesmo tão pequenininho.
É ali que cada filho
vai aprender a cantar,
vai ver os raios de sol,
ouvir a chuva pingar,
até que um belo dia
vai provar da alegria
de aprender a voar.
Eu fiquei ali pensando
do que é feito o nosso ninho.
Afinal, também nascemos
frágeis, igual um passarinho.
E a mãe, do mesmo jeito,
trabalha e estufa o peito
e constrói nosso cantinho.
Enfrenta tudo no mundo
pra poder nos proteger
dá pra gente o de calçar,
o de vestir, o de comer.
E, quando o dia chegar,
a gente não vai voar,
mas já vai saber correr.
Vai correr no mêi do mundo,
na correria da vida,
vai sofrer, vai sentir medo,
vai ter a alma ferida,
mas também vai entender
que a estrada a percorrer
não é apenas de ida.
O ninho tá sempre ali,
basta o cabra reparar
que é talvez pelo retorno
que a gente aprende a andar
que as coisas são diferentes
que às vezes andar pra frente
também pode ser voltar.
Voltar pra não esquecer
de quem nunca esquece a gente,
pra se lembrar do abraço
mais apertado, mais quente
lembrar da ave mais bela
mais bonita e mais singela,
mas também a mais valente.
Lembrar que cada graveto
de amor e de carinho,
cada folha, cada galho
prepararam o seu caminho,
lhe deram sabedoria
pois já já será o dia
de fazer seu próprio ninho.
Voar
Assim como os passarinhos, a gente aprende a voar.
Sair do ninho nos faz traçar caminhos.
Traçamos o destino, o futuro e os sonhos que nos fizeram acreditar.
Não sei como se voa, mas preciso acreditar.
Acredito naquilo que não vejo, mas tenho que enfrentar.
Enfrentar o medo, a fome e até o meu próprio eu, que carrego como um colar.
Decolar em profundo destino a me deparar.
Menino adulto, nem sei como o tempo me fez transformar.
O pedido de desculpas sempre foi o lugar onde tentei me refugiar.
O ninho que eu nunca quis deixar, mas do qual preciso sair para as asas esticar.
Obrigado por tanto e perdoe por muito.
E, como o vento que sopra, te entrego esse pranto...
Admiro demais o beija-flor
Que com medo da cobra inimiga
Só constrói o seu ninho na urtiga
Recebendo lição do Criador
Observo a coragem do condor
Que nos montes rochosos come presa
Urubu empregado na limpeza
Como é triste a vida do abutre
Quando encontra um morto é que se nutre
Quanto é grande e suprema a natureza
Acho que se o ninho falasse, afagaria o passarinho e falaria: que bom que você está aqui. O vazio é triste. E não te ter por perto, também.
Hora nascida com a desdita hora finda.
Sonhos voando.
Pássaro flanando para o aconchego do ninho do amor.
Passarinho Abandonado
Passarinho abandonado vivia a chorar no
ninho pensando o amor reencontrar. Como nada
acontecia saiu para procurar. Descobriu o
amor próprio, hoje canta sem parar.
QUERIA!
Queria ser um passarinho
Para pode voar
Sair as vezes do meu ninho
E ir para outro lugar
Respirar um ar puro
Me sentir tão seguro
Sem poder me segurar
Queria ser um passarinho
Para viver em dimensão
Ir no além do Horizonte
Conhecer o mundão
Sentir o puro ar
Como plumas flutuar
Em uma certa direção...
O amor é o alaúde dos espíritos, o oceano dos barcos, o guia do caminho, o ninho dos pássaros, mas as vezes é também, o espinho das rosas.
Separação
Vejo que não ah mais pedras em meu caminho
Nenhum passarinho voa mais do ninho,
E nada mais me satisfaz.
O que era bom durou pouco
Não vivo más como louco
E o outro não me ampara mais
Pedir um abraço não posso
Se recebo um não, desgosto
Não consigo insistir jamais.
O que via em teus olhos virá a ser o que posso
O que sou
O que faço
E me esforço
Como se não houvesse jamais
Disfarço-me de objeto perfeito, más
O teu não desejo alimenta a minha dor
Mesmo assim continuo, me enganando
Sofrendo, chorando
Não como flagelo!
Pois ainda me sinto e sei que sou alguém
Desnorteada, pluma viaja nas correntezas de vento
Alguma força te leva
Não sei para onde; pois
Não sei para onde ir
Não me invejem; pois
Sei o que procuro
O tempo todo sussurro
Apenas por um olhar teu
Hoje um pássarinho me contou que voou sozinho e que estava cansado de voltar pro ninho, sem uma pássarinha pra pássarinhar e depois cantar pela manhã. ele cantou suavemente nos meus ouvidos que esse amor de passarinho jamais ira passar. porque pássarinhos voam livres e voltam firmes para onde querem estar.
B.
Nosso coração é como um ninho onde os pássaros descansam suas lindas poesias, seus lindos cantos, seus lindos sonhos e dali se forma o amor, na simplicidade de um olhar, no toque das mãos, no cheiro da pele e no pulsar do coração . Quando amamos nos tornamos enamorados, nos entregamos aos encantos e nos envolvemos . Namorar é ser de alguém e jamais permitir que este alguém se sinta só, é confiar no sol de cada dia, é sentir o calor através de um abraço, e a doçura através de um beijo . Namorar é dar asas a quem amamos e deixar que ela voe o mais alto que puder , e quando estiver bem no alto céus , bem longe com tamanha liberdade perceber que é de você que ela precisa, e que a liberdade dela jamais teria sentido sem você por perto..Namorar é ter duas asas e apenas um corpo "o coração"....
Cecília Sfalsin
Em “tibungo”
Sou “asas” de borboleta... beijo de beija-flor...
ninho de passarinho quentinho e fofinho...
Sou burburinho de rio mar amar...
Sou pôr do sol me pondo em você...
sou arco íris colorindo teu corpo e riso...
Sou poesia em tua cantoria...
sou ‘estripulia” em nossa folia magia...
Somos mel a lambuzar a vida
de doçura e literatura ternura...
Ternura que cochicha e urra
em nossa urdidura bordadura...
Somos sol nascendo... um no outro...
Olho no olho...
mergulhados em “tibungo” um no outro...
Somos ouro um para o outro...
Ei passarinho
Já não te ouço
Faz um tempinho
Se em outra árvore
Fez seu ninho
Sei que não cantas
Mais sozinho
