Um Homeme duas Paixoes

Se resistimos às nossas paixões, é mais pela fraqueza delas que pela nossa força.

A espada gasta a bainha, costuma dizer-se. Eis o que aconteceu comigo. As minhas paixões fizeram-me viver, e as minhas paixões mataram-me.

Quem pretende destruir as paixões, em vez de as regular, quer fingir-se inocente.

Os nossos maiores inimigos existem dentro de nós mesmos: são os nossos erros, vícios e paixões.

As paixões, quando mandam em nós, são vícios.

Todas as paixões passam e se apagam, exceto as mais antigas, aquelas da infância.

As nossas paixões são os principais instrumentos da nossa conservação.

Dominam-se mais facilmente os povos excitando as suas paixões do que cuidando dos seus interesses.

A ambição de poder é a mais forte de todas as paixões.

Na realidade, talvez não exista nenhuma de nossas paixões naturais tão difícil de subjugar como o orgulho. Disfarce-o, lute com ele, derrube-o, sufoque-o, humilhe-o tanto quanto desejar, e ele ainda está vivo, e aparecerá de vez em quando e se mostrará.

Não há nada como as paixões e as grandes paixões para elevar a alma às coisas grandes.

Respeitamos a razão, mas gostamos das nossas paixões.

Mudamos de paixões, mas não vivemos sem elas.

A ambição é, entre todas as paixões humanas, a mais ferina nas suas aspirações e a mais desenfreada nas suas cobiças e, todavia, a mais astuta no intento e a mais ardilosa nos planos.

Não há escravidão pior que a dos vícios e das paixões.

As paixões perdoam tão pouco quanto as leis humanas, e raciocinam com mais justeza: não se apoiam elas numa consciência que lhes é própria, infalível como o é um instinto?

Todas as paixões são vencíveis.

Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta.

Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre.

Amor
Quando duas pessoas fazem amor
Não estão apenas fazendo amor
Estão dando corda ao relógio do mundo