Um Amor Amigo Companheiro

Tenha como regra na vida nunca se arrepender e nunca olhar para trás. O arrependimento é um terrível desperdício de energia; você não pode construir sobre ele, e ele é bom apenas para se ficar revolvendo.

Ler muito é um dos caminhos para a originalidade; uma pessoa é tão mais original e peculiar quanto mais conhecer o que disseram os outros.

Em política, sempre é preciso deixar um osso para a oposição roer.

Oxalá pudéssemos meter o espírito de Natal em jarros e abrir um jarro em cada mês do ano.

Uma ideia é um ponto de partida e nada mais. Logo que se começa a elaborá-la, é transformada pelo pensamento.

Um título universitário não te encurta as orelhas: só as esconde.

Ao homem livre não faz falta um deus.

O coração nunca envelhece. Basta um serviço, um nada, um abraço e tudo nele se ilumina e aquece.

A principal tarefa na vida de um homem é a de dar nascimento a si próprio.

Chega uma época em que nos damos conta de que tudo o que fazemos se transformará em lembrança um dia. É a maturidade. Para alcançá-la, é preciso justamente já ter lembranças.

O estilo nem por sombra corresponde a um simples culto da forma, mas, muito longe disso, a uma particular concepção da arte e, mais em geral, a uma particular concepção da vida.

Há conhecimento de dois tipos: sabemos sobre um assunto, ou sabemos onde podemos buscar informação sobre ele.

Um homem que rouba por mim fatalmente roubará de mim.

Vale a pena experimentar também a ingratidão para encontrar um homem grato.

Eloquência positiva é aquele que persuade com doçura, não com violência, ou seja, como um rei, não como um tirano.

É sem dúvida mais fácil enganar uma multidão do que um só homem.

Nenhum homem tem a memória tão boa para se tornar um mentiroso bem sucedido.

A necessidade é um mal, mas não há necessidade de viver nela.

O pior governo é o mais moral. Um governo composto de cínicos é frequentemente mais tolerante e humano. Mas quando os fanáticos tomam o poder, não há limite para a opressão.

Edificante Poema Escrito em Portuñol

Don Ramón se tomo um pifón:
bebia demasiado, don Ramón!

Y al volver cambaleante a su casa,
avistó em el camino:
um árbol
y um toro...

Pero como veia duplo, don Ramón
vio um árbol que era
y um árbol que no era,
um toro que era
y um toro que no era.
Y don Ramón se subió al árbol que no era:
Y lo atropelo el toro que era.
Triste fim de don Ramón!