Trechos de Amor
"Certo dia acordei e percebi que já não era a mesma pessoa, notei que alguma coisa havia mudado, em poucas horas, não reconhecia meus pensamentos, o mundo parecia estar plantando bananeira, sensação que a qualquer momento poderia cair.
Uma espécie de fraqueza dominava meu corpo, mais especificamente, as pernas, os braços, não tinha forças para manter-me em pé. Sentei novamente e me coloquei deitado, cabeça no travesseiro, fechei os olhos e resgatei as forças que jamais havia conhecido. Meus pensamentos voavam de um lado para outro sem saber como pousar, o coração pulsando tão forte que podia sentir a pele tremer, respiração ofegante, arrepios tomavam conta do corpo por inteiro, já não estava no controle da pessoa ali entregue.
Com o tempo voltei a ter controle do que pensava, então questionei-me porque tudo aquilo estava acontecendo. Foi então que a resposta apareceu em forma de sonho. A vida nos oferece páginas em branco a cada dia que iniciamos, ela, branca e sem pré-definições. Então surgiu a primeira pergunta, vinda do meu pensamento: 'vale a pena acordar para um novo dia de vida e continuar questioonando-se sobre problemas nos quais você não obteve respostas, eles que o fizeram perder horas de descanso nessa noite, duvidas que te deixou suando, chorando em silêncio, fazendo pesar seu peito, fechando seus olhos para um mundo cheio de vida que te espera, completo de amor e sinceridade?'.
Fiquei calado por alguns minutos, passou algus dias e lá estava em silêncio ainda, refletindo sobre a pergunta que me foi imposta.
Hoje acordei, ainda perdido em meio tanta confusão, eis que lá estava a minha resposta, ela, que apareceu em hora boa, sem marcar dia e momento. Então passei à escuta-lá.
Filho, seu coração continua pulsando, seus olhos contemplando tudo que há de mais belo, seu olfato tem prazer em sentir o cheiro de terra molhada, pode até escutar o cantar dos passaros ao amanhecer. Filho, seus pensamentos lhê mostram tudo que necessita para seguir nesse caminho, seus amigos ainda o abraçam, suas pernas se movem, você corre, você joga bola, mesmo mal, mas joga. Filho, você tem um amor tão gigante que as vezes se atrapalha, sua humildade te faz brilhar, teu comprometimento é seu cartão de visita, sua lealdade é algo que todos deveriam conhecer. Filho, sorria.
Não fique ai sentado, esperando que lhe estendam a mão, a vida corre, o tempo voa, e não devemos permanecer inertes.
Se a vida hoje lhe oferece tudo isso e muito mais, aproveite.
Ame, cuide, respeite, queira o melhor e sempre mais, seja audacioso, metódico, romântico, fique envergonhado, cante, grite, canse, se escabele.
Afinal o seu grande amor está a sua frente, basta desvendar seus olhos e olhar-se no espelho.
Quando se ama a si mesmo, passamos à amar um mundo cheio de probabilidades positivas, que em apenas um piscar de olhos fará seu mundo voltar a girar da forma que todo seu corpo sinta-se bem."
(Alexandre dos Reis)
Observar, questionar, procurar respostas.
Torno-me poeta de histórias verídicas.
Contos de drama, capítulos de um livro ou uma coletânea gigantesca sobre depressão e decepção.
Ouve-se falar sobre felicidade mas, quando ela realmente chegará?
Em plena profundidade, afogo-me lentamente. Não só de lágrimas é feito este mar, mas do mal de amar.
Eu penso tanto sobre o amor,
Que às vezes esqueço de amar.
Sentir,
tornou-se um rumor,
E o sentimento: um bla-bla-bla.
Hoje domina o temor,
E o medo de tudo o que sei falar.
Padronizei o meu amor,
E não consigo mais amar.
Com versos fracos e rima pobre,
Eu deixo aqui minha tristeza.
Comandante do meu peito,
E criadora da amargueza.
Mas insisto em correr,
Sempre rumo ao meu querer.
E pelo meu desejo simples,
de algum dia poder sofrer,
Com angústia que hei de ter,
E que só o amor irá me conceder.
Meu defeito
É ser intensa
Pois carrego no meu peito
Um amor imenso
Esse defeito
É que faz a diferença
Não me doo pela metade
Quando amo, sou inteira
Compro as brigas
E vou à luta
Mais tenho outro defeito
Sou justa,
Tenho esse direito
E sei que sofro o seu preço!
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Procura-se alguém disposto a amar!
Pode vir com o coração cansado
Ou um pouco ferido,
Só não pode estar preso ao passado.
Pode ser até descrente,
Do amor e da felicidade
Mas que seja disposto e aberto
As novidades.
Os anos já se passaram, e não existem mais as juras de amor, tampouco existe a lembrança do seu cheiro. A poluição dos dias já confundiu minha mente e fê-la esquecer o aroma do nosso amor passado. Já não existem as fotografias, e também não existem as cartas. O tempo passou devagar, e encarregou-se de levar aos poucos nossas memórias. A chuva que molhava o assoalho e me lembrava você foi a mesma chuva que varreu nossas pegadas. Não, não o amo mais, e isso basta. É o bastante para amar o nosso amor já findo. E agora que chego ao fim desta epifania, esqueço-te por mais dez ou vinte anos.
Não é com revolta que aprendemos a amar... Não há outra forma de gerar amor que não seja o próprio amor.
"Todos nós temos uma definição de amor, porém não existe uma definição ou um consenso sobre o que venha ser verdadeiramente o amor."
Quando você entrega seu coração a alguém,abre portas e possibilidades pra que seja magoado da forma mais dolorida que existe.
Talvez? AHH, Talvez você não saiba disso, mas eu explico,talvez te ame normalmente, mas acredito que vai ser loucamente e talvez você não mereça mas isso só vai depender de você.
A vida sempre nos ensina algo, e as vezes e preciso deixa algo sair de nossas vidas pra outras melhor entra....
O choro da Mãe TERRA
Rasguei a minha carne e engoli meus filhos
Ainda regurgito alguns aflitos,
Outros padecem nas minhas entranhas
Para serem completamente esmagados pelo meu peso insuportável.
Não estável
Devido à movimentação das minhas placas tectônicas.
Que estão à deriva sobre um magma incandescente
Onde sobre elas transita muita gente
E não posso me acomodar indefinidamente
Com a estabilidade da inércia.
Vez ou outra revolvo e fraturo minha coluna
Despedaço-me e fabrico milhões de lacunas
No meu corpo
Num sopro
De morte
E sem mesmo querer
Fazer padecer minhas crias
E depois vou chorar com a garganta do vento
Explodir em lágrimas de amar, o mar
Tentando tragar
A incomensurável dor
Dos padecentes sobreviventes.
