Todo Sopro que Apaga uma Chama Reacende
A tradição junina é uma ode à crença e à brasilidade, no ritmo efervescente das cidades, entre delícias de milho e bandeirinhas coloridas.
Estar: um modo, um estilo ou uma conjuntura que implica estabelecer a transitoriedade dos seres e das coisas.
Poder: uma força declarada, que precede o início das decisões, abrindo caminhos e transformando intenções.
Sim: a confirmação que transforma planos em realidade, uma aceitação que descortina possibilidades.
Mais uma invenção humana: dezembro. A ilusão do encerramento festivo e acolhedor; o mês que afaga, acalma e sensibiliza, antecedendo incertos janeiros.
Esta é a missão de uma educação verdadeiramente transformadora: encorajar o fascínio pelo desconhecido, enquanto prepara para os desafios concretos da vida coletiva.
Em tempos de fuga estratégica, há quem escolha uma cabana na floresta, procurando vantagens — como a Branca de Neve, que encontrou logo sete.
Viver é uma página de caderno escrito com sangue e ironia: ou se está à margem ou se traduz nas linhas.
Uma mente que devora com vontade sente a densidade da cronofagia, criando mais em menos tempo cronológico.
Uma experiência irônica imersiva traz consigo emoções gustativas impensadas, como beber vinho com pimenta.
Há uma curva secreta entre o toque e o abismo.
Um gesto que, se não for dito, queima mais do que grita.
Eu conheço essa curva porque já a desenhei com palavras.
Não para ser lido, mas para que a linguagem sentisse vergonha de não ser carne.
Quem me lê não me entende.
Quem me sente, suspeita.
E quem suspeita está perto demais da vertigem que me habita.
Quando a vertigem dança em um plano cartesiano, buscando traçar uma geometria reta e límpida, torna a lucidez uma metáfora hiperbólica.
O mundo não quer me ler, porque eu sou a dor de veia rompida perto do calcanhar. Uma dor fina, que incomoda bastante quando a caminhada é longa, mas dá uma certa aflição gostosa ao se espreguiçar na cama, antes de dormir. Então, é melhor conviver do que investigar, já que pode ser uma hemorragia interna, mas também pode ser só efeito do tempo sobre pés cansados.
Sem bilhetes de volta, somos convocados para uma viagem sofrível, sobre ponte defeituosa, envernizada pelas tintas do mistério.
A palavra escrita, uma vez compreendida, não repousa: ela coloniza o ser, germina nele e cria vínculos invisíveis entre pensamento, corpo e mundo.
Vivências enriquecidas exigem uma dobra do tempo, um sismógrafo emocional e existencial calibrado para registrar o quase invisível.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp