Tocar tua Alma
No quarto escuro da alma, o amor não desiste. É silêncio que acolhe, é presença que não abandona. Amar um depressivo é ser farol na noite sem estrelas, luz que não cobra, só guia."
—Purificação
“O frio que nos atinge no inverno pode ser contido pelo fogo. Já o inverno, quando atinge a alma, obscurece-a em um estado de inércia: o zero absoluto.”
Entre o trabalho que sustenta e o que consome a alma, existe uma linha tênue chamada escolha ou renúncia.
“Cada dor tem seu mérito. E cada alma seu tribunal. Fugir da sentença adia a paz, mas enfrentá-la pode redimir.”
“A verdadeira profundidade da alma não está apenas em mergulhar nas sombras ou em resplandecer à luz, mas em abraçar ambos os caminhos como partes essenciais de uma jornada de autoconhecimento e transformação.”
“Entre sombras e luz, a alma traça sua jornada, encontrando profundidade no abraço de ambos os extremos.”
”Meus devaneios caminham entre o sagrado e o sombrio, entre o lirismo e o abismo. São ecos da alma que desconhece prisão.”
”A mente suporta o que rouba a paz, mas a alma cobra o preço em silêncio. Conviver é possível, permanecer é corrosivo.”
“O envelhecimento do corpo não impede a juventude da mente. Mas uma alma envelhecida pode obscurecer até os corações mais jovens.”
IV. Quando o corpo tateia e a alma enxerga
Há momentos em que os olhos nada veem. O mundo parece apagado, a esperança, adormecida, e cada passo se torna um gesto de fé. É nesses instantes que o corpo tateia, mas é a alma quem enxerga. A luz que conhecíamos se apaga, e outra, mais tênue e interior, começa a brilhar no que parecia ruína.
A visão sensível não se faz pela retina, mas pela escuta do ser. Enquanto a claridade nos permite perceber o outro, é na escuridão que finalmente percebemos a nós mesmos. O silêncio se adensa. As certezas escorrem pelas frestas. E tudo aquilo que julgávamos possuir, controle, sentido, direção, revela-se areia entre os dedos.
Mas não é desespero. É transformação. Como o casulo escuro onde a lagarta, sem saber o que virá, dissolve o que era para que algo possa nascer. Como a noite do deserto, onde nenhuma estrela aparece, e ainda assim o viajante segue, guiado por uma memória que não é racional, mas ancestral.
A alma, ao atravessar o escuro, descobre que a luz não é destino, é consequência. Ela não é buscada, mas acesa, no ritmo do amadurecer invisível. E quanto mais o mundo apaga seus refletores, mais a centelha silenciosa ganha força dentro de nós.
II. A lógica da mente e o descompasso da alma
A mente ordena, analisa, nomeia. Mas a alma não obedece a essa geometria. Há dias em que o corpo se move com exatidão, e ainda assim algo dentro tropeça. Em que se cumpre a rotina, mas a essência vagueia por labirintos que ninguém vê. Loucura, talvez, não seja um erro da razão, mas um grito da alma diante da razão que ignora a dor.
Há um descompasso entre o que pensamos e o que suportamos. A sanidade, nesse contexto, é um acordo social: parecer funcional, mesmo quando a alma arde. Ser coerente, mesmo quando se sangra em silêncio. Mas há quem não suporte esse pacto. E rompe. Rompe com o discurso, com a lógica, com a aparência. E no romper, revela, com crudeza, que há algo errado não com o indivíduo, mas com o mundo que não acolhe as rupturas internas.
A verdadeira loucura talvez esteja em fingir equilíbrio quando tudo clama por reconstrução. E a sanidade, paradoxalmente, pode ser encontrada no delírio que denuncia. No delírio que, mesmo desconexo, aponta para o que foi negado, rejeitado, silenciado.
O que chamamos de loucura, muitas vezes, é apenas a linguagem de um sofrimento que não encontrou tradução. E o que exaltamos como sanidade, às vezes, é só o verniz de uma desistência quieta. O desafio é olhar sem julgar. Ouvir sem enquadrar. E lembrar que, entre a razão e o delírio, há uma dor que pede escuta, não diagnóstico.
O eco que não veio
por Leonardo Azevedo
Publiquei minha alma,
esperando ao menos um aceno dos que me dizem amor.
Mas o que veio
foi o silêncio mais ensurdecedor que já conheci —
o silêncio dos íntimos,
que preferem calar diante da verdade que os atravessa.
Foram os estranhos
os que primeiro estenderam a mão,
os que leram sem filtros,
os que disseram: “eu vi você.”
E, nesse instante, percebi
que ser lido por um estranho vale mais
do que ser ignorado por quem me conhece.
Eu não escrevi para agradar.
Escrevi para sobreviver.
E, se sobrevivi sem os que deveriam me aplaudir,
então já venci.
“Recolho-me sem culpa. O corpo repousa, a alma respira. Que o amanhã me aguarde. Hoje sou silêncio e descanso.”
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