Textos sobre Tempo

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AINDA TEM AMOR AQUI


Cê viu?


Nosso tempo não foi gentil
Nessa casa cheia de lembranças
Seu riso esqueceu o caminho da cama
E eu não digo nada pra não te ferir


O corpo tá tão perto mas eu tô distante
Como quem parte antes sem se despedir
Eu fecho os olhos só por um instante


E sinto que ainda tem amor aqui


Sinto que ainda tem amor aqui
Sinto que ainda tem amor aqui


O bate boca calou o amor
Me vejo numa cena de filminho antigo
Seu olhar cruza o meu como nunca cruzou
Como quem fuzila
Rindo um velho inimigo


Mas há vestígios


A mesa do café e a rosa do jardim
Talvez amar seja tudo isso
Mesmo quando o vento insiste em cantar um fim
Sinto que ainda tem amor aqui


Sinto que ainda tem amor aqui
Sinto que ainda tem amor aqui


Sabe que eu gosto do teu cheiro e cheirar teu travesseiro e que me faz resistir
A gente errou feio tentando fazer certo
Mas sinto que ainda tem amor aqui


Sinto que ainda tem amor aqui
Sinto que ainda tem amor aqui


Ainda tem amor aqui
Ainda tem amor aqui

“No Véu da Meia-Noite”

Na torre sombria, o tempo se desfaz,
Relógios choram horas em lamentos voraz.
A lua sangra sobre o mármore frio,
Ecos de almas dançam no vazio.

Rosas negras brotam do chão esquecido,
Perfume de morte, encanto proibido.
Velas tremem com o sopro do além,
Sussurros antigos chamam por alguém.

Vestes de sombra, olhos de tormento,
Caminho entre ruínas e esquecimento.
O amor perdido jaz em sepultura,
Beijo de espectro, dor que perdura.

No véu da meia-noite, tudo é verdade:
A beleza se veste de mortalidade.

“A Catedral dos Lamentos”

Sob arcos quebrados, o céu se cala,
A névoa dança onde o tempo embala.
Catedrais choram com vitrais partidos,
Guardam segredos, amores esquecidos.

Anjos caídos vigiam em pedra,
Olhos vazios, memória que medra.
O sino ecoa em tom de agonia,
Marcando o fim da última alegria.

Nos corredores, passos sem dono,
Sombras deslizam em eterno abandono.
Um véu de pranto cobre o altar,
Onde promessas vieram a se quebrar.

E ali, entre ruínas e dor silente,
O amor renasce… sombrio e ardente.

Tempo perdido


Já batalhei tudo o que tinha a batalhar
Já falhei tudo o que tinha a falhar
Hoje só batalho se assim precisar
Hoje só falho se me deixar enganar


Já trabalhei tudo o que tinha a trabalhar
Já trilhei tudo o que tinha a trilhar
Hoje só trabalho se for para o meu salário aumentar
Hoje só trilho se o caminho for o certo para triunfar


Já ralhei tudo o que tinha a ralhar
Já avacalhei tudo o que tinha a avacalhar
Hoje só ralho se alguém realmente se portar mal
Hoje só avacalho se a pessoa comigo se armar


Já atrapalhei tudo o que tinha a atrapalhei
Já olhei tudo o que tinha a olhar
Hoje só atrapalho se for para tempo, ganhar
Hoje só olho se aquele olhar estiver mesmo a matar

Teus olhos são a origem do tempo
Juvenil Gonçalves


Teus olhos são luas gêmeas em órbitas de vigília,
cicatrizes de um cosmos que não dorme.
Ao decifrá-las, desaprendo a física:
são elas que inventam o mar, a carne, o relógio.
Não há mundo além de seu eclipse.


O oceano que neles navega não é líquido,
mas fronteira entre o ser e o véu —
ondas quebrando em espelhos onde o real
se desfaz e recompõe, eterno ensaio.
A lua que ali dança não é astro,
é a primeira metáfora, o desejo
que antecede até o verbo desejar.


Constelações cravadas em tua pupila
são alfabetos de um caos primordial:
cada estrela, uma sílaba do nome
que jamais pronunciaremos.
Elas cartografam o vazio entre dois corpos,
a distância entre o "eu" e o "outro"
— abismo que chamamos amor,
mas que, no fundo, é só o eco
de um sol que se apagou há eras.


Há em teu olhar a vertigem do infinito:
cada piscar é um universo nascendo
de um suspiro, ou um buraco negro
engolindo todas as perguntas.
Não é angústia, é a lei secreta —
tudo que existe carrega em si
o germe da própria extinção.
Até o amor. Especialmente o amor.


Amar-te é habitar um paradoxo:
é morder a sombra de um fruto proibido
cuja polpa é feita de ausência.
É saber que a luz que me guia
já foi apagada há milênios,
e ainda assim jurar que é nova,
que é minha, que é eterna.


Porque teus olhos, veja bem,
são relógios sem ponteiros:
neles, o instante é tudo.
E tudo é só um reflexo
de algo que perdemos
antes mesmo de nascer.

O Relógio e a Lâmina
Juvenil Gonçalves


Nas entranhas do tempo, um relógio sangrava,
Cada tic uma lágrima, cada tac uma cava.
Em mármores frios, a ampulheta virada
Vertia seu pó sobre a carne cansada.


A lâmina, imóvel, sobre o altar do instante,
Brilhava em silêncio — vestal cortante.
Não corta a pele, mas sim a memória,
E inscreve nas veias a cicatriz da história.


No espelho estilhaçado de um ontem perdido,
Vejo o reflexo de um ser já partido.
Sou o que fui — e por ser, já me ausento,
Um nome sussurrado no sopro do vento.


A morte não grita, apenas aguarda,
Com olhos de sombra e face bastarda.
É mãe e madrasta, no mesmo compasso,
Nos embala em silêncio — no mais frio regaço.


Ó tu que respiras, crês que és inteiro?
Não passas de sombra num véu passageiro.
O relógio e a lâmina — gêmeos em dor —
Contam teus passos em direção ao torpor

O Tempo Passa

O tempo,
ele passa.

Não espera a gente estar pronto.
Não espera a insônia ceder,
nem o corpo descansar.
O dia nasce,
interrompe o sono —
sem dó,
sem piedade.

O tempo passa.
Não liga para planos,
prioridades,
listas.
Ele atravessa tudo,
como vento em papel,
como rio em pedra.

As pessoas vão,
outras ficam,
outras chegam.
Trabalhos começam,
outros terminam.
Oportunidades escorrem,
novas chances florescem.
Mas o tempo...
ele passa.

Não espera.
Não negocia.
Não concede prorrogação.
Se você se atrasa,
ele parte —
como um ônibus que não volta.
E aí,
você espera o próximo.
Se houver.
Ou segue a pé,
reorganiza a rota,
desmarca compromissos,
refaz caminhos.

Porque o tempo
não vive em nossa função.
Nós é que giramos
em torno dos ponteiros.

E se não ajustamos o relógio da alma
ao ritmo do universo,
perdemos.
Perdemos chances,
sinais,
instantes que nunca mais retornam.

Mas Deus —
Deus é o todo.
E sabe.
Sabe que o tempo não volta,
mas permite recomeços.

Cada segundo que resta
é semente.
É possibilidade.
É chance de escrever de novo
a história
com o tempo que ainda
nos habita.
Izabela Drumond

Nas cinzas, o renascer do Amor


O tempo corre em passo fugaz,
E deixa apenas lembranças tenras;
Na alma guardo, em silêncio audaz,
Os gestos puros que o amor lembra.


Amor sincero, de ardor fulgor,
Que rompe os muros da hostilidade;
Peço perdão se causei rancor,
Pois cresci muito na adversidade.


Na dor e queda aprendi lição,
Das armadilhas quis me afastar;
Busco a plenitude do coração,
Que só no amor pode repousar.


As velhas marcas quero esquecer,
Deixar cicatrizes, não mais temor;
E tatuar no peito o florescer
Da luz da vida, da paz, do amor.


O amor há de erguer-se triunfal,
Vencendo as sombras do sofrimento;
Sepulte o tétrico, o desleal,
Nas frias cinzas do esquecimento.

É festa na manhã as borboletas anunciam que é tempo de mudar
Abelhas em flor só querem se amar
Lá na roça o Bem - te - vi gritou que o Sapo-martelo pregou que a natureza tem que falar..
Ela disse que o planeta está doente e a sociedade líquida, cada vez mais carente, não perde por esperar
No Ouro Fino os pirilampos teimam a iluminar, a consciência de repor as árvores que fugiram de lá.
No ribeirão, Seu Jacaré disse, que a água pode faltar
E já foi desviada da fazenda acolá
Um Pão de Açúcar e um moinho a falhar
E pode não haver mais rios correndo para o mar.

​Para mim, a vida se resume a ser quem eu sou, sem máscaras. Meu corpo é minha casa e meu tempo, a minha alma; a minha carne e o meu espírito são um só. É essa integridade que me guia em tudo que faço e em como me relaciono com o mundo.
​Eu não sou de me esconder. Se você tem algo a me dizer, olhe nos meus olhos e fale. Podemos debater e discordar, pois ninguém é tão pequeno que não possa ensinar, nem tão grande que não possa aprender. Minha honestidade é inegociável, e meu caráter se revela na coragem de ser quem eu sou. Não participo de "telefone sem fio"; a verdade, por mais que doa, é sempre dita frente a frente.
​Essa postura me fez lutar contra julgamentos que colocaram em dúvida minha credibilidade. Nunca imaginei que eu, alguém tão cheia de vida, forte e destemida, um dia me encontraria em uma depressão avassaladora e perturbadora. Fui diagnosticada por alguns como perturbada, louca, desequilibrada... até que meu corpo cedeu, com movimentos involuntários e nervos atrofiados. Meus braços e pernas se distorciam, e meu andar se tornou completamente desestruturado. Eu via tudo e todos ao meu redor, ouvia tudo que diziam, mas me sentia como um espírito vagando, um mero pensamento preso a um corpo. A sensação era de que eu existia, mas não vivia.
​No momento em que eu esperava ser condenada, o amor de alguém falou mais alto. Aquele que eu via como meu possível juiz e carrasco, por não saber demonstrar amor ou se posicionar em situações difíceis, se tornou meu salvador, protetor, defensor e advogado. Essa experiência deixou sequelas, e a depressão silenciosa ainda me ronda. É aquela que você não vê, não sente, mas que já está agindo dentro de você. Nela, meu corpo está intacto, mas eu ando sem rumo, como se ouvisse sem escutar, e enxergasse sem ver.
​A minha personalidade forte, minha dicção na velocidade da luz e o dom de pensar em voz alta, mesmo com um sorriso no rosto quando o mundo desaba, nem sempre me favoreceram. Diziam que eu não aguentava a pressão ou não sabia aceitar críticas, e que minha necessidade de falar era para aparecer, já que, apesar da minha inteligência e raciocínio, não alcancei o futuro brilhante que acreditavam que eu teria.
​No entanto, eu descobri que as pessoas distorcem inteligência com riqueza e poder. Fiz minhas escolhas, e se segui em frente foi por minha decisão. Não mudaria nada em minha jornada, mas aprenderia a observar mais atentamente as atitudes das pessoas, a fim de não acreditar que tudo que reluz é ouro.
​O caráter e a essência não são algo que o tempo ou as circunstâncias podem alterar. Essa consistência entre quem eu fui, quem eu sou e quem serei é o que define minha autenticidade. Eu não posso mudar minha personalidade. Eu sou eu eternamente até eu morrer. A minha maior força é a lealdade que tenho comigo mesma, pois meus altos e baixos nunca vão medir o meu valor. A verdade é um caminho árduo, mas é o alicerce para uma vida genuína, e a prova de que a minha maior lealdade é para com a minha própria verdade.


DJAAP

É cansativo demonstrar ser forte o tempo todo. Às vezes, estamos despedaçados, moídos como carne processada em açougue, mas precisamos mostrar que ainda estamos inteiros.

Ninguém se importa com a dor alheia, se coloca no lugar de quem está sofrendo. As pessoas dissimulam e até mesmo debocham da sua vida, do seu processo, da sua tristeza.

É por isso que muitos tentam de todas as formas esconder o seu sofrimento, as suas angústias, porque sabem que não possuem onde buscar ajuda.

Tudo é uma engenhosa mentira humana, sempre dissimulando oferecimento de apoio, preocupação com as causas alheias.

Mas a grande verdade é que, se não lutarmos por nós mesmos, jamais conseguiremos resistir ao mal de cada dia.

Portanto, me levanto a cada instante de onde insisto em me prostrar para ajudar a mim mesmo.

Me ofereço ajuda para vencer o mal de cada dia que tenta tragar a minha vida.

Porque eu compreendi que sempre haverá a necessária importância de ajudar meu eu.

Viver é Agora
A vida não espera.
Ela corre, escorre,
e às vezes, some.
O tempo não avisa,
não atrasa,
nem dá segunda chamada.
Por isso…
viva o que sente,
diga o que importa,
ame com coragem.
O agora é o único tempo que existe de verdade.
O amanhã é mistério.
O ontem, memória.
Mas o hoje…
é presente aberto nas suas mãos.
Não desperdice.


Naldha Alves

Se a gente pratica algo por muito tempo, acaba ficando bom naquilo.
Uma mentira repetida demais vira verdade pros olhos distraídos.
Todo mundo carrega suas máscaras, todo mundo.
Mas você… você é a desculpa disfarçada, a fraude pintada de inocência.
E é só olhar pra gente como você pra perceber como o mundo se engana fácil.

Tributo à Misael Elias
Marisa Torres Santos


Foi tão de repente que o tempo parou,
E o silêncio tomou o lugar do teu som.
Mas teu riso ainda vive nos cantos da casa,
E teu nome ecoa onde a alma abraça.


Alto, bonito, com a alma acesa,
No skate ou no sonho, era sempre leveza.
Tinha no olhar um mundo inteiro,
E no peito, um amor verdadeiro.


Misael, tua ausência é um vazio sem fim,
Mas tua presença vive forte dentro de mim.
Tua luz não se apaga, tua voz não se perdeu,
A saudade é ferida… mas também é o que me fortaleceu.


Sorriso largo, coração de irmão,
Apoiava os outros com as próprias mãos.
Mesmo fechado, era cheio de amor,
Se doava inteiro, sem pedir favor.


E agora o céu ganhou teu olhar profundo,
Mas aqui na terra, tudo ficou sem rumo.
Ainda dói, mas seguimos com fé,
Na esperança do reencontro que Deus nos promete.


Misael, tua ausência é um vazio sem fim,
Mas tua presença vive forte dentro de mim.
Tua luz não se apaga, tua voz não se perdeu,
A saudade é ferida… mas também é o que me fortaleceu.


Sei que estás num lugar de paz,
Onde os sonhos não têm fim,
E um dia, lá no alto,
Você vai sorrir pra mim.


Misael Elias, meu menino, meu anjo,
Pra sempre em nós.

Cada dia é uma nova oportunidade
Para fazer a diferença
Na cordialidade do tempo
Uma nova chance bate na porta:
Abra, entre! Viva...
Na dor chegará o alívio.
Um novo rumo
O combustível de partida
O foco na estrada
A força que te leva longe
Em cada passo,
Olhe adiante e siga!

A tristeza de uma mulher é uma ferida aberta que o tempo não cicatriza, é um silêncio que grita dentro do peito, sufocando cada suspiro. É acordar todos os dias com um vazio que não se preenche, mesmo rodeada de pessoas. É estar em um lugar cheio de vozes e ainda assim sentir-se invisível.
Ela carrega nos olhos um mar de lágrimas que raramente deixa transbordar, porque o mundo não tem paciência para sua dor. Aprende a sorrir quando tudo dentro dela está em pedaços, aprende a dizer “está tudo bem” quando, na verdade, tudo está desmoronando. A tristeza de uma mulher é uma prisão sem grades, mas com correntes pesadas que a arrastam, tornando seus passos lentos e sua alma cansada.
Não é apenas a dor de um momento, mas a soma de várias decepções, de amores não correspondidos, de promessas quebradas, de sonhos arrancados sem piedade. É o coração se doando inteiro e recebendo migalhas. É acreditar nas palavras e ser ferida pelas ações. É esperar o abraço e receber apenas distância.
O mais cruel é que, mesmo dilacerada, ela continua a ser pilar. Segura os outros, enquanto dentro de si tudo desmorona. Cuida, mesmo quando não é cuidada. Ama, mesmo quando não é amada. E sua tristeza cresce justamente porque se doa além da medida, até perder de vista a si mesma.
Mas há uma verdade que poucos percebem: a tristeza de uma mulher pode afundá-la, mas também a ensina a voar. Do fundo da dor, nasce a força que ninguém imaginava. Do cansaço, nasce a coragem de recomeçar. E quando ela decide renascer, não há dor que a detenha, não há corrente que a prenda, não há tristeza que consiga vencê-la.
Porque a tristeza de uma mulher, por mais profunda e cruel que seja, também é a chama que a transforma. É o caminho da queda que a leva ao auge de si mesma. Ela sofre, sim. Ela chora, sim. Mas um dia, essa mesma tristeza se tornará apenas lembrança, e dela surgirá uma mulher ainda mais forte, mais consciente e impossível de ser ignorada.
Gláucia Araújo

Substituindo para quê?


Cada flor da idade
Cada caridade
Cada tempo
Cada vento
Nada substitui você.


Você imperceptível
Nada substituível
Você é amor e vida
Você é canção ouvida
Substituir pra quê?
Substituir por quê?
Sem você eu não vivo,
Sem você eu não respiro
Sem você eu desvio.

O Eco do Tempo
“O tempo não se mede no relógio, mede-se no que sentimos.
Há dias que duram segundos, e segundos que carregam uma vida inteira.
Por isso, ame sem pressa, abrace sem medo, viva sem reservas…
Antes que o tempo siga seu caminho e nos deixe apenas com o eco daquilo que não ousamos viver.”


Naldha Alves

⁠Um dia a gente chega, um dia a gente sai,
O tempo vem e o tempo vai,e de cena sai,
Até um momento que o tempo todo esvai,
Hoje você é o filho, amanhã você já é Pai,
O tempo passou e você pai virou um vovô,
Cada momento é essencial, muito especial,
Hoje ou amanhã, todos vão, eu também vou.

Sua atenção, seu tempo e seu bem-estar são seus maiores bens. Cuide deles com carinho.
​Para isso, se permita dizer "não" ao que te drena e "sim" ao que te nutre. As vezes temos que silenciar o barulho do mundo para ouvir a nossa própria voz. O descanso não é um luxo, é uma necessidade, pois é na pausa que a alma se reconecta, a mente se reorganiza e a vida ganha novo fôlego.