Textos sobre o Soldado e o Amigo

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O Sono

O sono que desce sobre mim,
O sono mental que desce fisicamente sobre mim,
O sono universal que desce individualmente sobre mim —
Esse sono
Parecerá aos outros o sono de dormir,
O sono da vontade de dormir,
O sono de ser sono.

Mas é mais, mais de dentro, mais de cima:
E o sono da soma de todas as desilusões,
É o sono da síntese de todas as desesperanças,
É o sono de haver mundo comigo lá dentro
Sem que eu houvesse contribuído em nada para isso.

O sono que desce sobre mim
É contudo como todos os sonos.
O cansaço tem ao menos brandura,
O abatimento tem ao menos sossego,
A rendição é ao menos o fim do esforço,
O fim é ao menos o já não haver que esperar.

Há um som de abrir uma janela,
Viro indiferente a cabeça para a esquerda
Por sobre o ombro que a sente,
Olho pela janela entreaberta:
A rapariga do segundo andar de defronte
Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém.
De quem?,
Pergunta a minha indiferença.
E tudo isso é sono.

Meu Deus, tanto sono! ...

Álvaro de Campos
PESSOA, F. Poesias de Álvaro de Campos. Lisboa: Ática. 1944 (imp. 1993). p. 82

A Ideia

De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as nebulosas
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!

Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!

Vem do encéfalo absconso que a constringe,
Chega em seguida às cordas da laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica...

Quebra a força centrípeta que a amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No molambo da língua paralítica!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

A uma mulher

Quando a madrugada entrou eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito
Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias
E a angústia do regresso morava já nos teus olhos.
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne
Quis beijar-te num vago carinho agradecido.
Mas quando meus lábios tocaram teus lábios
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo
E que era preciso fugir para não perder o único instante
Em que foste realmente a ausência de sofrimento
Em que realmente foste a serenidade.

Rio de Janeiro, 1933

“Quando considero a brevidade da existência dentro do pequeno parêntese do tempo e reflito sobre tudo o que está além de mim e depois de mim, enxergo minha pequenez.
Quando considero que um dia tombarei no silêncio de um túmulo, tragado pela vastidão da existência, compreendo minhas extensas limitações e, ao deparar com elas, deixo de ser deus e liberto-me para ser apenas um ser humano.
Saio da condição de centro do universo para ser apenas um andante nas trajetórias que desconheço...”

Tão sutilmente em tantos breves anos
foram se trocando sobre os muros
mais que desigualdades, semelhanças,
que aos poucos dois são um, sem que no entanto
deixem de ser plurais:
talvez as asas de um só anjo, inseparáveis.
Presenças, solidões que vão tecendo a vida,
o filho que se faz, uma árvore plantada,
o tempo gotejando do telhado.
Beleza perseguida a cada hora, para que não baixe
o pó de um cotidiano desencanto.

Tão fielmente adaptam-se as almas destes corpos
que uma em outra pode se trocar,
sem que alguém de fora o percebesse nunca.

Lya Luft
Mulher no palco

POEMA DE CANÇÃO SOBRE A ESPERANÇA

I

Dá-me lírios, lírios,
E rosas também.
Mas se não tens lírios
Nem rosas a dar-me,
Tem vontade ao menos
De me dar os lírios
E também as rosas.
Basta-me a vontade,
Que tens, se a tiveres,
De me dar os lírios
E as rosas também,
E terei os lírios —
Os melhores lírios —
E as melhores rosas
Sem receber nada.
A não ser a prenda
Da tua vontade
De me dares lírios
E rosas também.

II

Usas um vestido
Que é uma lembrança
Para o meu coração.
Usou-o outrora
Alguém que me ficou
Lembrada sem vista.
Tudo na vida
Se faz por recordações.
Ama-se por memória.
Certa mulher faz-nos ternura
Por um gesto que lembra a nossa mãe.
Certa rapariga faz-nos alegria
Por falar como a nossa irmã.
Certa criança arranca-nos da desatenção
Porque amámos uma mulher parecida com ela
Quando éramos jovens e não lhe falávamos.
Tudo é assim, mais ou menos,
O coração anda aos trambulhões.
Viver é desencontrar-se consigo mesmo.
No fim de tudo, se tiver sono, dormirei.
Mas gostava de te encontrar e que falássemos.
Estou certo que simpatizaríamos um com o outro.
Mas se não nos encontrarmos, guardarei o momento
Em que pensei que nos poderíamos encontrar.
Guardo tudo,
(Guardo as cartas que me escrevem,
Guardo até as cartas que não me escrevem —
Santo Deus, a gente guarda tudo mesmo que não queira,
E o teu vestido azulinho, meu Deus, se eu te pudesse atrair
Através dele até mim!
Enfim, tudo pode ser...
És tão nova — tão jovem, como diria o Ricardo Reis —
E a minha visão de ti explode literariamente,
E deito-me para trás na praia e rio como um elemental inferior,
Arre, sentir cansa, e a vida é quente quando o sol está alto.
Boa noite na Austrália!

Jurisprudência do Amor

Já parou pra pensar sobre a jurisdição do relacionamento?!? É puro processo.
Todo relacionamento traz embutido um processo de conhecimento, ao qual se segue o processo de execução.

A doutrina da mocidade, então, inventou as medidas cautelares e a tutela antecipada. Afinal de contas, com o "ficar", você já obtém aquilo que conseguiria com o relacionamento principal, e, além do mais, toma conhecimento de tudo o que possa acontecer no futuro, já estando precavido.

Esse processo de conhecimento pode, de cara, ser extinto sem julgamento de mérito, por carência de ação. Pior é o indeferimento da inicial por inépcia. E sem contar que na ausência do impulso oficial a coisa não vai pra frente. Havendo ilegitimidade de parte, o que normalmente se constata apenas na fase probatória; ou ainda, a impossibilidade do pedido, não tem quem agüente.

E quando é o caso, ainda mais freqüente, de falta de interesse....aí paciência!

Se ocorrer intervenção de terceiros, a coisa complica, pois amplia objetiva e subjetivamente o campo do relacionamento, transformando-o em questão prejudicial.

Pois, como se sabe, todo litisconsórcio ativo é facultativo, dependendo do grau de abertura e modernidade do relacionamento.

É necessário estar sempre procedendo ao saneamento da relação, para se manter a higidez das fases futuras.

É um procedimento especial, uma mescla entre processos civil e penal, podendo seguir o rito ordinário, sumário, ou, até mesmo, o sumaríssimo...dependendo da disposição de cada um.

A competência para dirimir conflitos é concorrente. E a regra é que se busque sempre a transação.

Com o passar do tempo, depois de produzidas todas as provas de amor, chega o momento das alegações finais... é o noivado! Este pode acontecer por simples requerimento ou então por usucapião. Alguns conseguem a prescrição nesta fase.

E na hora da sentença: "Eu vos declaro marido e mulher, até que a morte os separe". Em outras palavras, está condenado a pena de prisão perpétua.

São colocadas as algemas no dedo esquerdo de cada um, na presença de todas as testemunhas de acusação.

E, de acordo com as regras de direito das coisas, "o acessório segue o principal"... casou, ganha uma sogra de presente. E neste caso específico, ainda temos uma exceção, pois laços de afinidade não se desfazem com o fim do casamento.

Mas essa sentença faz apenas coisa julgada formal. É possível revê-la a qualquer tempo... mas se for consensual, tem que esperar um ano, apenas!

Talvez você consiga um "habeas corpus" e... novamente a liberdade.
Como disse alguém que não me lembro agora, "o casamento é a única prisão em que se ganha liberdade por mau comportamento".

Ah!!! Nesse caso você será condenado nas custas processuais e a uma pena restritiva de direitos: prestação pecuniária ou perdimento de bens e valores.

Opinião masculina sobre o corpo feminino

Não importa o quanto pesa. É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher. Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção. Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim. Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem. Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.

As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas...Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo. As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.

Foi um Momento

Foi um momento
O em que pousaste
Sobre o meu braço,
Num movimento
Mais de cansaço
Que pensamento,
A tua mão
E a retiraste.
Senti ou não ?

Não sei. Mas lembro
E sinto ainda
Qualquer memória
Fixa e corpórea
Onde pousaste
A mão que teve
Qualquer sentido
Incompreendido.
Mas tão de leve!...

Tudo isto é nada,
Mas numa estrada
Como é a vida
Há muita coisa Incompreendida...

Sei eu se quando
A tua mão
Senti pousando
Sobre o meu braço,
E um pouco, um pouco,
No coração,
Não houve um ritmo
Novo no espaço?

Como se tu,
Sem o querer,
Em mim tocasses
Para dizer
Qualquer mistério,
Súbito e etéreo,
Que nem soubesses
Que tinha ser.

Assim a brisa
Nos ramos diz
Sem o saber
Uma imprecisa
Coisa feliz.

O Maior Espetáculo da Terra

O pássaro voa sobre o céu aberto,
várias alturas ousadas alçam muitas aves.
Algumas, riscando o mar
brincam de aeroporto e decolam
nas ondas das águas e dos ares.
Mas há asas e voar não é perigo;
É mais que isso,
voar é no corpo do pássaro
uma forma de pensamento.
Poderia citar todos os animais
e seus lugares de existir
e tudo seria admissível
na linha do seu ir e vir.

Mas o homem não.
Sem garantia, se equilibra
no fio do seu pensamento,
sem que tenha asas, voa,
e sem limite de aventura,
até da natureza caçoa.

Equilibrista,
se apodera dos seus sonhos
e de suas inesperadas iscas
e vai rebolando no bambolê das pistas.
Elabora, passa o mundo em revista,
mas seu conteúdo chora,
porque tem medo do risco.
O risco !
Logo o risco, meu Deus,
que é pai de tantas vitórias
sobre tantos reclames.
Bailarino do arame,
homem que se consome
no erro crasso da mesquinharia,
da mentirosa segurança
de que o mundo é sempre reto
e as coisas, imutáveis, certinhas
e sem alquimias.
Mas diante do susto da mutante verdade,
se equilibra no andaime que construiu
e que sem sua criativa ousadia,
jamais existiria.

Trapezistas de trapézios inusitados,
nos vemos na mão do destino
como se dele não fossemos também autores.
Senhoras e senhores da jornada
geramos no mundo nossa ninhada
e com ela o nosso projeto,
nossa luta,
porém é certo que nos volta com força bruta
o ordinário fato
de não pensarmos no que virá
depois do nosso simples ato.
Porque pertence ao homem a habilidade
de ser sujeito transformador,
de realizar todo dia
o seu show de competência,
engolindo o fogo do orgulho,
se esquivando do atirador de facas,
domando os problemas que rugem
podando o pelos da Dona Insegurança,
essa mulher barbada.

Mas, respeitável público,
o show não pode parar.
Às vezes dói viver,
às vezes dá preguiça de continuar,
quando nos esquecemos
que somos os construtores
do tal arame onde andamos
quando nos esquecemos que somos
o motorneiro, o piloto, o barqueiro,
o motorista e o garoto que gira o pião,
que chuta a bola, que mira o gol,
que gira o leme, que conduz o trem,
o diretor e o ator que apresenta este espetáculo.
Poderoso é o homem com seus esclarecimentos
sobre o evento vida,
poderosa é a vida
sobre o homem que não a tem esclarecida.

Para o homem basta um dia.
Um dia de coragem.
Um dia de luz.
Uma atitude pode mudar
a qualidade do seu trabalho,
do seu cotidiano,
e da sua história.
O seu relógio pode ser o tempo
que não desperdiça glórias,
liberto de auto-piedades,
com faróis que o projetem
para além das idades,
que o homem arquitete pilares
brindando à realidade vindoura,
que a chuva de aplausos ou vaias,
fertilizem novos frutos
seguindo a lógica da lavoura:
o que cresceu?
o que é que eu faço?
o que tenho que molhar sempre?
o que é que eu levo?
o que é que eu passo?
Não disfarço:
O homem é o dono do homem
Deus é cúmplice
no livre arbítrio do picadeiro
desse espaço.


Escolhe o alvo,
o salto
e os movimentos
no desprendimento que precisará
para atirar-se
nos braços do outro,
na confiança no trapezista ao lado.

Mágico, com surpresas únicas na cartola,
com o suprimento intransferível
de ser original e não simples cópia,
reprodução,
papel carbono de mais um animal,
em um segundo ele muda tudo.
De lenço para pombas,
de pequeno para colossal.

Acrobata,
dono do seu corpo no mundo
Malabarista,
com uma civilização de pratos
nas mãos e nos ares,
esse homem escolhe a fera:
pode levar ética ao circo ou
apodrecer preso,
como um mico, e sem ela.

Contorcionista,
se digladia
entre a angústia,
o medo,
a depressão,
a paralisia dos quais
só o seu talento o salvaria
e o salvará:
Ergue-se então este homem flexível
e não mais adia.
Ao contrário,
se apropria de
seus reais valores,
suas oportunidades,
sua criatividade,
sua alegria.

Aqui está o homem:
ave rara de todos os céus,
soberano sujeito de suas possibilidades,
criança sorridente,
domador de seus passos
e ao mesmo tempo palhaço
estendendo seus sublimes braços,
tentáculos no universo,
sobre a lona dessa esfera,
para ser, se quiser,
o maior espetáculo da terra.

Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.
Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Restos do Carnaval.

...Mais

Filtro Solar

Nunca deixem de usar o filtro solar
Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro
seria esta: usem o filtro solar!
Os benefícios a longo prazo do uso de Filtro Solar
estão provados e comprovados pela ciência,
Já o resto de meus conselhos não tem outra base
confiável além de minha própria experiência errante.
Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com
vocês...

Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza
da
juventude.
Ou, então, esquece... Você nunca vai entender mesmo o
poder e a beleza da juventude
até que tenham se apagado.
Mas pode crer que daqui a vinte anos você vai evocar
as suas fotos,
E perceber de um jeito que você nem desconfia hoje em
dia,
Quantas, tantas alternativas se escancaravam a sua
frente.
E como você realmente estava com tudo em cima,
Você não está gordo ou gorda...

Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que
pré-ocupação é tão eficaz quanto mascar chiclete para
tentar
resolver uma
equação de álgebra.
As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de
coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada,
E te pegam no ponto fraco às 4 da tarde de uma
terça-feira modorrenta.

Todo dia, enfrente pelo menos uma coisa que te meta
medo de verdade.

Vou ensinar uma coisa sobre o amor para você.
Claro que há exceções para o que vou dizer, mas são exceções, não a regra.
O amor, apesar do que dizem, não vence tudo.
Ele nem mesmo costuma durar.
No final, as aspirações românticas da nossa juventude, são reduzidas a ao que pode dar certo.

Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa.

Fernando Pessoa
Autobiografia sem Factos. Lisboa: Assírio & Alvim. 2006

O guerreiro da luz aprendeu que Deus usa a solidão para ensinar a convivência. Usa a raiva para mostrar o infinito valor da paz. Usa o tédio para ressaltar a importância da aventura e do abandono. Deus usa o silêncio para ensinar sobre a responsabilidade das palavras. Usa o cansaço para que se possa compreender o valor do despertar. Usa a doença para ressaltar a benção da saúde. Deus usa o fogo para ensinar sobre a água. Usa a terra para que se compreenda o valor do ar. Usa a morte para mostrar a importância da vida.

Paulo Coelho

Nota: Trecho do livro "Manual do Guerreiro da Luz".

­O impossível é apenas uma grande palavra usada por gente fraca, que prefere viver no mundo como ele está, em vez de usar o poder que tem para mudá-lo, melhorá-lo. Impossível não é um fato. É uma opinião. Impossível não é uma declaração. É um desafio. Impossível é hipotético. Impossível é temporário. O impossível não existe.

Aimee Lehto e Boyd Coyner

Nota: O pensamento é erroneamente atribuído ao lutador Muhammad Ali. Na verdade, o texto pertence à redatora publicitária Aimee Lehto e a frase final pertence ao diretor criativo Boyd Coyner. O texto fez parte da campanha publicitária da Adidas, veiculada em 2004. A confusão provavelmente aconteceu porque a imagem do lutador Muhammad Ali está presente na propaganda.

...Mais

Que eu me torne em todos os momentos, agora e para sempre,
Um protetor para os sem proteção,
Um guia para aqueles que perderam o seu caminho,
Um navio para os que têm oceanos a cruzar,
Uma ponte para aqueles com rios para atravessar,
Um santuário para aqueles em perigo,
Uma lâmpada para aqueles sem luz,
Um lugar de refúgio para aqueles que não têm abrigo,
E um servo para todos que precisam.

Um dia você vai encontrar o homem da sua vida. Seu melhor amigo, sua alma gêmea, aquele que você poderá contar seus sonhos. Ele vai tirar seu cabelo dos olhos. Ele vai ficar admirando você sem falar nada. Ele vai te ligar para dizer "boa noite" só porque ele sente sua falta. Ele vai olhar no fundo de seus olhos e dizer: ‘’saudades de ti.’’ E pela primeira vez em sua vida, você vai acreditar.

Um falso amigo deixará que tu sigas livremente por qualquer direção. Apenas os amigos verdadeiros farão advertências, porque quem ama de verdade critica e se preocupa, tal modo que sempre te apontarão os obstáculos, as limitações e o abismo no final do caminho, enquanto o falso amigo se regozijará de ver-te tropeçando e caindo no precipício.

Eu gosto de andar pela rua, bater papo, de lua e de amigo engraçado. Eu gosto do volume, do perfume, do ciúme, do desvelo e de abraço apertado. Eu gosto de artistas diversos de crianças de berço e do som do atchim. Tem gente, muita gente que eu gosto, que eu quase aposto que não gosta de mim. Eu gosto de quem sempre acredita a violência é maldita e já foi longe demais. Eu gosto de inventar melodia, da palavra poesia e de palavra com til. Eu gosto é de beijo na boca de cantora bem rouca e de morar no Brasil. Eu gosto assim de quem é eterno de quem é moderno e de quem não quer ser. Eu gosto de varar madrugada, de quem conta piada e não consegue entender. Eu gosto de quem quer dar ajuda e acredita que muda o que não anda legal. Eu gosto é de ver coisa rara. A verdade na cara é do que gosto mais. Eu gosto porque assim vale a pena, a nossa vida é pequena e tá guardada em cristais. Eu gosto é que Deus cante em tudo e que não fique mudo morto em mil catedrais.

Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?

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