Textos sobre Medo
Amar sem Medo da Idade -
A manhã está suja de saudade!
E há lá coisa mais bonita
Do que amar sem medo da idade,
Viver, conforme o vento agita?! ...
Pois conforme o vento agita
Também se agita a saudade
E há lá coisa mais bonita
Do que amar sem medo da idade?!
A vida é feita de ansiedades,
Tantas vezes, de sonhos por cumprir,
Mesmo assim, nas dificuldades,
Ela ensina a nunca desistir.
Não importa de onde vimos
Nem tampouco com quem estamos
Só importa o que sentimos
E o lugar onde chegamos.
CONFIANÇA
Bote medo ao seu medo
Vá em frente tentar
Ganhe coragem e confiança
Jamais pare se falhar
Levante e fique de pé
Jamais perca sua fé
Porquê Deus proverá
Seja forte e guerreiro
Não perca o chão
Mostre a força do amor
Nem sempre tu sairá campeão
Mais sempre serás vencedor...
Tiram tudo, até o nosso medo
série: Para não dizer que não falei dos espinhos
Oh minha América latina,
que lastima vives,
a democracia está em declínio.
E única coisa que sabemos neste momento,
é que somos seres vivos,
por que perdemos o status de racional
As prepotências neoliberal,
Causam cortes profundos neste território.
Continuas fortes,
Contínuas viva,
Entretanto tuas feridas sempre irão te incomodar.
Que Simon Bolivar te guie,
para a revolução absoluta e definitiva.
América Latina,
Não desista!
Meus pêsames a Bolívia.
Desejo força ao Chile,
Que perderam tudo mas que ainda vivem.
Equador,
Equalize sua dor,
suporte sua dor só mais um segundo.
Brasil... Brasil!
por que estais mudo?!
Não vês que o mundo chacota-te.
Levanta-te e luta.
Não estacione, a luta era só para libertar o Lula(?!)
Vivemos tempos brancos nada brandos.
Por que se a época fosse negra,
todos estavam "quebrando as cadeiras" se requebrando numa zumba ou em algum ritmo africano ou caribenho.
Morte!
Morte e desgraça a esses filhos da pátria imunda.
Colonizadores do século 21,
vão embora!
Deixem livres os xamãs e os quilombolas.
Já não exploraram o bastante.
Agora querem pegar o restante de nossas vidas massacradas.
A América latina sangra,
e não há sangue disponível para doação no hemocentro.
Conversa com um medo
Um dia tive medo
Estava com receio de tentar
Resolvi perguntar ao medo...
Como faço para te encontrar?
Estou aqui, em todas as formas de sua aflição!
Como pode fazer isso, com um pobre coração?
Eu fui criado e alimentado, sou um defeito e apareço
para que tudo seja perfeito, sem nenhum erro...
E eu disse: Mas não existe perfeição!
Medo: E por que estou aqui?
Eu: Não tenho ideia, foi só uma imaginação.
Medo: Então não tenho motivos para estar aqui, posso ir?
Eu: Claro, obrigada por vir!
Há em mim, por estes dias, algo que me inquieta tanto; Esta dor feita de medo, que me faz chorar, perante a dimensão do que nos sucedeu. Chegou silenciosa, sem sequer pedir licença para entrar. E é quase em silêncio que ficamos, incrédulos, a assistir; Demoramos a reagir e a agir. Como somos pequenos!
Não é só o isolamento ou distanciamento social. É a falta constante, de ti.
Há já uma quarentena que não te vejo.
Há duas que não te toco e abraço, ou sequer te olho.
Dizem que não podemos... Eu entendo!
Só não sei se eles sabem, que tu, podes não entender.
E aqui estou a escrever, o que sei, não vais ler. A desenhar em forma de esperança, o meu coração em busca do teu. E não há nada mais forte, que este amor incondicional que te tenho. E cada lágrima que choro, é também por não poder ver-te e dizer que vais ficar bem.
Que vai ficar tudo bem.
TECENDO LAÇOS
Como criança que caminha a passos lentos e cuidadosos nesse tempo do medo, vou tecendo laços de novas amizades e amores.
Jamais é possível saber com exatidão das feridas que compõem uma vida, muitos se esquivam.
A delicadeza e generosidade fazem milagres onde o ego esqueceu de construir pontes e isolou-se por detrás das suas muralhas de solidão, com fome de amor e atenção.
Sobrevive na insensatez dessa vida, esquecendo-se do sentido da doação verdadeira nesse mundo onde a reciprocidade tornou-se coisa rara de se ver.
Vou pacientemente pela vida tecendo laços com quem está disposto a rematar.
Eu ali na sua frente..
Sem roupa... sem vergonha... sem medo...
Como uma presa pronta a ser devorada...
Meu bem..meu bem.. estou sedenta ...mata minha sede..me sirva o melhor vinho..
Me beija... enquanto vc tira a sua roupa ..eu dou um sorriso ..E te falo baixinho.. Por favor que essa noite demore..passe em devagarinho para que eu a aprecie cada segundo..para que eu goze desse momento contigo.. Vc não sabe o quanto esperei por isso ..então vem.. faça valer a pena..me faça plena ...me ama... me faça tocar o seu nos teus braços... a noite hoje é só uma criança...
Tem muitas coisas que eu queria aprender, e só uma coisa eu queria perder. O medo de falar, essa prisão do não conversar vem tão forte que deixa muito a desejar. A incerteza do "Porque" faz com que a gente fique à pensar.
Aquele nózinho na garganta o refluxo para acompanhar e a insônia a única que fica para falar não me deixa mais pre-julgar...
Abro os olhos
Nem tudo é claro
Fecho olhos
A escuridão me toma
O medo me consome
A bala nem sempre perdida
As palavras sempre doidas
Me fazem dormir
E não querer acordar
E mesmo querendo,
Talvez eu não acorde
Me sinto sufocado
Me sinto preso
Ao preconceito
A violência
A indecência
De quem me julga pela cor
Sem ar
Preciso acordar
Luto
Com o medo
Com o mundo
Devolvam meu ar
Preciso viver
Mudar o rumo
Da minha vida
Da minha história
É preciso lutar
Traçar um destino
Diferente deste
Que o teu preconceito
Tenta me dar
Louco, desatino,
Ainda acredito, mas
Será que viverei preso
Ao sonho de liberdade
Que muitos querem roubar?
Continuo preso
Preso em casa
Preso em mim
Ou numa cela
Preso em pensamentos
Julgamentos
Que crime cometi
Que me tira tudo?
Até o direito
De está onde estou
De ser livre
De sonhar?
Ao que parece,
Meu crime é minha cor
Sou criminalização
Sou julgado
Condenado
A cela
A morte
A dor
Por carregar comigo
A legitimidade de uma história
De lutas,
Conquistas,
Por carregar
Além de sonhos, minha cor.
Grito
Não me ouvem, ou
Querem me calar
Me roubam tudo
E o crime,
O que não cometi,
Querem me ver pagar
Tu cometes,
Eu pago,
Não importa
Sou ferido
Contido
Punido
Querem me ver ajoelhar
Querem me ver caído
E assim comemorar
Ainda resisto
Preciso levantar
A autoestima
A voz
O ânimo
A confiança
Pra mim, tudo importa
Meu lugar no mundo
Meu lugar de fala
A ferida no peito
A dor na alma
O ar que me falta
Tento me manter vivo
E vivendo, me sinto morto
Preso
Quero sair
Terremoto mental do medo
Você sabe o quero dizer?
Se ocorresse agora um forte terremoto
E você estivesse deitado na cobertura do prédio
Olhando para o iluminado céu estrelado...
Sentiria o pico do medo?
Derramaria lágrimas como orvalho
Ou clamaria para o sagrado
Para curar a sua fobia?
Desejaria um novo amanhecer
Clamaria para ver a mamis
Ou para ouvir novamente
O canto dos pássaros
Na beira do rio?
O que você faria
Com esta desagradável angústia?
Desejaria o direito por um novo dia
Para ter seus desejos hostis
De viver agradáveis amores doentios?
Desejaria
Sentir-se vivo
Em liberdade
Ousando na criatividade
Como os voos dos sábios?
Se tudo ao seu redor tremesse fortemente
O que você faria para não se perder
No universo mental do medo
Sentindo-se desamparado?
Lutaria bravamente para vencer o caos ou
Morreria sentindo o medo do fracasso?
Marivaldo Pereira Souza Mperza
No meio da escuridão
você me deu sua mão
e eu com medo de errar
me deu coragem para lutar
Me ajoelho no chão
e começo uma oração
senhor me ajuda a continuar
eu não quero parar de lutar
O amor de Deus é enorme
e não deixa de nos amar
e basta a gente acreditar
quenunca vai nos abandonar
sabe você? você ai que esta com medo de viver e correr atras do seus sonhos; você mesmo,
deixa eu te falar uma coisa que você já sabe!
a vida e só uma faça tudo aquilo que você sonha hoje, corra atras hoje, saia da rotina e vá em busca da sua felicidade hoje, amanha pode ser tarde, viva tua vida intensamente da maneira que sempre imaginou
não deixe ela passar dia apos dia e viver um eterno vazio, preencha-se daquilo que te faz feliz, HOJE!
Há quem desiste na primeira batalha
Há quem tem medo de se arriscar
Há quem se julga insuficiente
Há quem não conhece a palavra amar.
Mas basta dar o primeiro passo
tirar a venda que está sobre seus olhos
e enxergar que a vida vai muito mais além.
Se arrisque sem medo de cair.
E se cair? Levante de cabeça erguida e recomece
Já costuma falar um poeta cearense "Não desanime por nada pois até uma topada empurra você pra frente".
Sheiliane Dantas
LUPERCALE
Noite adentro seguindo o rastro prateado
Oculto pelo medo presente, lembranças do pesar diurno
Sons bestiais e guturais da alma perseguida
Matilha desnuda ante a deusa nua
Qual a certeza no olhar vazio da insanidade?
Por entre os caminhos vagam as feras que devoram a mente
Correr, correr, correr... Sou o que mais temo.
Brindamos na companhia da Lua Negra
A vida e a morte do ser liberto.
Vida
Estou com medo de escrever, pois achei que tinha superado;
Curado algo que ao certo nunca conheci.
Tenho medo de chorar, pois as lágrimas sempre foram reprimidas;
E com isso, nunca julguei justo utilizá-las.
Procuro ficar, pois tenho medo do que virá e todo ciclo se repetir.
A busca por abrigo talvez não faça mais sentido, pois pode ser fundo demais para suportar.
Pensar em soluções não consigo mais, pois tudo parece distante e intocável;
Reconheço minha fragilidade e limitação.
Contudo, ando perdido nessa selva cheia de perigos.
Luto por dias melhores e imagino o futuro, pois tenho esperança de um lance em plenitude.
Vou respirar, dar vazão ao tempo e espaço, buscar por ajuda e logo perceberei que tudo não passou de um obstáculo.
Pois, é preciso entender que a vida é um mar;
Com idas e voltas, tempestades e verões, geleiras e profundezas, calmaria e agitação.
Nunca mais hei de duvidar das fases da vida, do pulsar da paixão e da força do amor;
Pois, quanto mais dias passo a respirar, vejo que muita coisa não se explica.
E como dito por um sábio: tudo é relativo.
Nem tempo e nem medo
Agogô, afoxé
Eu toco se você quiser cantar
Leve, tão leve, me leve ao seu lado que eu vou
Vamos ver o luar
Ver o Luar
Eu só mesmo fiz pedidos foram dois
Viver de cantar e de só amar
Você diz que não dá, que realista
Você diz que não dá
Ah, vamos fazer um bonde pra dizer
Nada vai nos parar agora, meu amor
Escondi minha dor...
Não por orgulho ou vaidade,
Não por medo de mostrar meus sentimentos,
Não porque eu queria parecer mais forte,
Não por expressar ainda que meio ás lágrimas a dor que me dilacerava por dentro...
Escondi minha dor como uma espécie de escudo,
Escondi porque chega um momento que as pessoas cansam de vê você sofrer e acham com o passar do tempo que é mera "frescura" sua continuar a sofrer.
Escondi minha dor para sentir e externar-la quando estiver sozinha. Sem que haja o olhar das pessoas condenando o que sinto e não consigo esconder.
Medo nas águas
Beto, o barqueiro, acostumado às águas do Rio Tapajós. Numa noite quente de setembro, em aparente calmaria, termina seu dia. No bar, senta-se em uma cadeira desconfortável, bebe um refrigerante em uma garrafinha de 600ml. Ele gosta dessas, a garrafa de vidro, que parece de cerveja.
O dia tem agora a calmaria, e é bom porque desde cedo o que passou nessas águas foi medo. Parece que o valor que ganhou nem é tão considerável levando em conta os contratempos do dia.
Na primeira viagem, às 6 horas da manhã, depois de 45 quilômetros pelas águas e quase 2 horas de trajeto, o vento agitou muito as águas, e o barco sentiu dificuldade em desbravar. A cada onda levantada, o Beto manobrava o barco para não bater de frente com as águas agitadas. E nisto, o barco se enchia de água, e o medo entrava junto, de maneira que os 6 passageiros gritavam a cada vez que uma onda se levantava. Ao avistar uma margem, dois dos passageiros pediram para descer. Desistiram de ir até o final da viagem.
Na hora do almoço, enquanto Beto amarrava o barco, seu telefone caiu na água. Enquanto tentava resgatá-lo – sem sucesso –, os ponteiros do relógio não pararam. Foi tempo suficiente para que o único restaurante do pequeno distrito de Fordlândia fechasse, e ele ficasse sem almoço. Comeu uma coxinha fria, com gosto de celular molhado, estragado, e de prestações a vencer.
Agora, termina os afazeres com a sensação de calmaria para seu dia turbulento. Pensa na terça-feira e na família, que está sem notícias suas desde cedo. Na hora que iria dar notícias, o telefone caiu na água e não funcionou mais. E pelo visto não mais funcionará.
Sentados em volta de uma mesa, à frente, quatro rapazes esperam a partida de Beto. Planejam ir de Itaituba até o distrito em que Beto encerra seu dia, Fordlândia. Um lugar pequeno, com muitas casas de madeira, suspensas, uma praia bonita, e duas pousadas, sendo que nenhuma delas tem televisão no quarto. Algumas construções abandonadas, projetadas por americanos, do princípio do século passado.
Os rapazes comentam o medo que passaram durante o dia, já na hora do crepúsculo, nas estradas de terra, quando o pneu do carro estourou, e o motorista, inexperiente, perdeu o controle do automóvel. Por um momento, todos pensaram que morreriam, pois em meio à poeira, só viam um par de olhos brilhantes se aproximando do veículo. Quando conseguiu parar o carro num cantinho bem apertado, o caminhão passou em alta velocidade, levantando mais poeira e sumindo no meio dela.
Pelo visto, tanto os rapazes quanto o Beto precisam descansar.
Um amigo, seu Neves, faz a carga no barco enquanto Beto espera. O desânimo é muito grande. O seu plano era esperar ali, olhando status no seu whatsapp, no smartphone novo, rindo de alguns, criticando outros. Tinha feito isso no sábado e gostou muito.
Neves grita, "Betão, tudo ok aqui".
Beto acena para os rapazes, que o seguem. Caminham em direção ao barco.
Ao chegar na embarcação, Beto fica olhando, sem coragem de entrar. Um dos rapazes chega a entrar, senta-se no banquinho duro, mais à frente do barco.
Neves, com muita calma diz, "É bom que tem quatro passageiros. Cada um segura uma alça do caixão. Quando chegar lá, leva para a igreja. A família está à espera do corpo, estava desaparecido nessas águas há uma semana."
A morte vista por Epicuro…
A ti que tens tanto medo da morte;
dedico estes de Epicuro, dizeres;
para melhor em outrem a tal veres;
porque em ti vê-la, não terás; má sorte!
Logo aproveita é a tua vida;
pra a viveres o melhor que puderes;
porque enquanto em ela, cá estiveres;
irás ver a muita outra, de partida!
Por isso meu cá tão primo e meu irmão;
nada há, como o sabermos valor dar;
à vida que cá temos pra viver!
Porque a morte que já vem a correr;
por neste morrer a ninguém poupar;
é algo que em tais, pois, veremos não.
(Obs. Ver dizeres do filósofo na minha página do Facebook.)
Com satisfação por tal;
Sem Medo de Ser Feliz
Não há mais receios nem dúvidas, não existem mais tormentas que me tirem o chão. Criei raizes, enxuguei as lágrimas, me permiti sorrir diante o espelho...
Abri meu coração para o novo,
desafiei meus medos.Voei o mais alto que pude em busca dos meus sonhos.
...Os cansaços!...Esses deixei lá atrás...
Agarrei a minha intuição,
percebi que eu podia bem mais!
Sobrevivi...
Bons ventos me trouxeram até a minha paz,
e com ela a fé, a experiência, a autoconfiança,
a serenidade.
De esperança a minha alma novamemte se vestiu.
Com um olhar de lua, me iluminando o " agora" consigo entender, saborear a felicidade.
Da vida..." Aprendiz..."
Lutando sempre...
Vivendo e sobrevivendo.
Sem medo de ser feliz.
Dueto
Ale JS &
Lanna Borges