Textos sobre Jovens Carlos Drummond

Cerca de 17609 frases e pensamentos: Textos sobre Jovens Carlos Drummond

Casamento é um aprendizado diário de como as divergências entre as pessoas acabam quando a libído aumenta.
Mas casamento, também, é uma lição diária de como a Libído tem limite, igualzinho a Paciência!
E nada melhor que alguém pra te encher o saco e cuidar de você quando mais precisa.
Enfim, o casamento sempre será uma "Guerra dos Mundos", conheço alguém que vende uma bazuca, vai ai?

Inserida por carloskbca

O que aconteceu com este mundo?
o amor que antes era puro tornou-se algo simples e banal

Será que perdemos o verdadeiro sentido da vida?
aquele abraço que era único deixou de ser tão especial

Pelo amor de Deus
Preste atenção
Eu te amo não é bom dia
amor não é diversão

Faça-me um favor
abra o dicionário
veja o que é o amor
e deixa de ser otário

Amor não é dinheiro
amor não é mansão
amor é um sentimento
que faz meu coração aceleraaar!!!

E este sentimento tão estranho que eu sou incapaz de entender
Esta em extinção e já não a mais nada a fazer

Pais que matam filhos
filos que matam pais
escolas que educavam
hoje não educam mais

Aprendemos com a vida
mais a vida ensina errado
querem nos pregar a paz
mas estão todos armados

Beijo antigamente era demonstração de amor
entre um casal de namorados
agora beijo qualquer uma
só pra não dizerem qui eu to encalhado

Só quero me divertiiiiir
só quero sentir prazeeeer
qual o significado de um beijo?
não sei e nem quero saber

Está tudo amostra e sendo apresentado
e neste show de ironias você é o convidado
não entre neste jogo que acontece sem juiz
a hora é agora corte o mal pela raiz

haja diferente tenha personalidade
não seja apenas um robô da sociedade
já que esse universo se tornou tão imundo
tente pelo menos melhorar o seu mundo !!!

Inserida por klaun2011

Pensei num prado de flores
Qual um colchão macio e de verdes espumas
pra que deitasse seu corpo-jambo
e te vi de braços sobre a cabeça
admirando o céu azul
foi assim foi isto que imaginei

não quis ver não poderia conceber
sendo de alguém que não eu

voei deveras, mas as asas do bem-querer
permitem que seja assim
pensei ser teu amigo pra sempre
e contente seguir os caminhos
Como? ne diz!

não quis...
quando me vi em ti somente em ti
me encontrei em mim em si maior
a sua pele seu cjheiro me invadiram
foi permitido que assim fosse
prisioneiro de ti!

não quis...

vejo o tempo correndo no relógio da parede
sem você sinto todas as coisas sem sentir
adormecido no asfalto frio da realidade
com você tudo era diferente
estava contente sem saber porquê
nem precisava pois eu tinha você em mim

não quis...
se sentisse saudade arranjava desculpas pra estar perto de seu calor
saber da sua existência me enriquecia
me aquecia nos dias de chuva
a presença tua
e nunca pensei que poderia ir
me deixar só andando nas estradas
na noite de estrelas incontáveis
sem ti sem vê-la nas alturas de mim
como viver sem seu ar com o cazio
que me toma a cada segundo que lembro de ti
como poderei?

eu não quis...

a presença cabal os olhares nas andanças
do dia-a-dia como poderei saber do fio que seria rompido, estourado
dói, dói muito ficar sem você
e não há remédios pra sarar
o que você deixou aberto em chagas
como andarei as estradas sem você
me diga me diga me diga

eu não quis...

a lágrima insiste em não cair
um tanque uma represa
e enquanto estou longe de ti
não derramarei nenhum pingo
de chuva em mim
pois sei que o que elevamos é maior
que nossas tristezas e por isso seguirei
sem derramar uma lágrima
chorarei se for de alegria quando te reencontrar
mas nenhuma lágrima derramarei
saibaque te amo
incondicionalmente
não sei explicar nem tentarei descrever
você me conheceu antes que nos vissemos
eu sei
comigo também foi assim e por isso
sei que é maior que nós mesmos
estarei sempre com você
mesmo que o tempo e o espaço digam não
estarei contigo estarás comigo eu sei

não quis...

enquanto houver um sopro de vida
nos pulmões da terra a esperança do reencontrar
persiste estarei com você
nos bons e maus momentos
mesmo que a distância impeça de tocar tuas mãos
o meu pensamento estará contigo
o teu pensar comigo
eu sei que nos amamos tenho certeza disso
como a última fé sobre o mundo
nem um segundo sem tua face a me alegrar
saberá que contigo estou
quando o vento soprar alto as folhas das árvores no norte
quando os rios correrem mais forte
abraçando as margens endurecidas pelas eras
os sinos angelicais nos dias normais saiba...

não quis...

tenha certeza e t a e t a
pra sempre e não tenha medo mais
meu coração está contigo estará contigo
nenhma barreira pode nos separar
fomos unidos por algo maior que nós mesmos
cumpriremos nosso papel nesse drama
mas a trama dos séculos não nos separará
isso acontece com aqueles que não sentiram
o que sentimos por admiráveis minutos
estou com você e sempre estarei

eu não quis...

mesmo que a tempestade caia tempestuosa
e nos arraste pra bem longe
nesse instante que anda mais pemsarei em ti
quanto mais distante muito mais me lembrarei do toque das tuas mãos sobre mim
do regaço em que adormeci
do tempo em que fui inteiro e completo e total
momento o qual a felicidade não me deixa esquecer

não quis...

ser íntegro é estar perto de ti
por isso sei que és minha alma gêmea
a mesma que amei em tempos imemoriais
só a intuição nos vem, mas é clara
teremos companheiros até legais
legais talvez
mais uma vez repito só você me preenche
das alegrias que me visto
e sei que nos uniremos eternamente eu sei
lembre-se o tanto que te amo
e saiba que mesmo distante apenas você
e nem sabia

eu não quis...

mesmo que não estejamos presentes fisicamente
és minha sou teu para sempre
nos dias alegres e infelizes
com você suporto o que vier
te amarei enquanto eu viver tenha certeza disso
quando as ondas do mar dos dias frios tiver fim
aí bem aí estarei a te esperar
serei teus braços sobre os teus cabelos
no prado florido
admirando o céu azul
foi sim foi assim que imaginei
enquanto houver sol saiba
que te amo!
Amém!

Inserida por maria74lua

Paixão
Entrego-me a paixão com toda intensidade.
Faço dos momentos eternos
Do amor, a minha verdade.
Amor da minha vida!
Cubra meu corpo de rosas
Deite sobre mim teu desejo
Não se perca de mim agora
Sou a mulher que tu queres.
Gosto quando em mim tu gozas...
Pintura viva que teu leito espera.
Nikita

Inserida por CarlosScorpion

Saudade


Saudade é tão inexplicavelmente saudade que não há tradução desta palavra Para outros idiomas

Todo mundo sabe que ela existe, mas alguns têm dificuldade de expressá-la
A mesma saudade que bate aqui bate lá na França, na Austrália, no Marrocos e Por aí vai...

Nos filmes Hollywoodianos, eles costumam dizer:
“I miss you” - Traduzindo: “Eu sinto a sua falta”
Falta, saudade, saudade, falta

Será que alguém sente falta da saudade?
Eu não, ela é minha companheira nesta jornada terrena

Saudade é agonia que sufoca o meu Ser
É dor que insiste em não cessar
É gosto amargo que amarra a boca sem querer

Saudade é destino trocado em algum lugar
É passado tortuoso a atormentar
De dia, de noite e nem é preciso plugar

Saudade é poder dizer um tchau com alegria
E um adeus com melancolia.

Saudade é ter a filhota em Perth, na Austrália
E saber que a distância é meramente passageira
O nosso laço e mais forte e encandeia
A luz do amor de nossa família

A saudade deveria vir sempre associada ao que nos faz bem
Como por exemplo: a saudade de um amor, a saudade de um beijo roubado,
De um abraço apertado, de um toque assanhado; a saudade das fases vividas, Como o brinquedo preferido, as loucuras da adolescência, o primeiro porre,
As escolas e os professores que nos ajudaram a chegar até aqui,
O bom papo com amigos, o primeiro nascer do sol de forma independente,
O dia de seu casamento, o nascimento de seus filhos e netos,
Os entes queridos que partiram e que nos motivam a continuar e continuar
E muito, muito mais que eu deixei de mencionar...


Saudade, lembranças, saudade...





Saudade é tudo e nada ao mesmo tempo
É você acompanhada pela multidão ou sozinho em algum templo

Saudade é ter a boca cheia d’água quando se lembrar das
Comidas da sua avó

Que saudade vovó do seu arroz com feijão, da sua salada de almeirão,
Do seu torresmo sequinho, dos seus ovos estrelados, do seu doce puxa-puxa,
Do seu bolinho seco, mas principalmente, vovó
Do seu olhar doce, do seu jeitinho, do seu amor e do seu carinho.

Inserida por PapaiCuca

O amor e outro vício

O amor é tipo tequila, você experimenta e pensa: “que coisa perfeita!” e fica impressionado com seu intenso sabor marcante e único. Quando você está sob seu efeito é tudo é lindo e divertido.

Mas é somente uma garrafa, você vai bebendo, dose após dose e um dia ela acaba, e quando isso acontece você sente uma ressaca infernal e sofre muito por isso. Você tenta substituir sua antiga garrafa de tequila por várias de cachaça, mas não é a mesma coisa.

E a ressaca continua e depois que você experimentou a primeira tequila você não consegue mais ficar sem, as outras bebidas não tem mais graça e tudo que você quer é a sua garrafa cheia de volta ou encontrar outra nova ainda mais destilada que a primeira.

Podemos levar uma vida inteira até encontrar a tequila certa, algumas pessoas procuram outros meios para encontra-la mas saiba que esse tipo de tequila não se compra e não se faz. Ela aparece nas nossas vidas e você tem que cuidar bem dela para durar para sempre!

Inserida por superman

Ouça o meu grito.
Vem restaurar: o que a vida me roubou, o que o mundo destruio sem me avisar, sem me avisar.
Dai-me asas novamente para voar ao teu encontro, reviver momentos lindos que passei com você.
Livra-me, tira-me das águas mais profundas
Salva-me, conhece meus caminhos e me salva
Livra-me, tira os meus pés da angústia
Vem Senhor, abaixa os teus céus
Com seu cavalo branco a conquistar
Ele cura, liberta, abençoa a todo o que crê

Inserida por anarairc

Penso eu que o amor é o sentimento mais complexo, ao mesmo tempo que você não o quer por perto ele vem e se fixa em você. De tal forma que acaba tomando conta dos seus desejos e vontades. Pois bem, essa complexidade vai além do que imaginamos, umas pessoas dão a vida, outras matam.
Ah vai entender esse sentimento chamado amor...

Inserida por CFelipe

MÃE - UM POEMA DE SAUDADE.

Não tenho mãe, quem me dera
Pudesse ter a ventura
De numa vida futura,
Ter outra vez Dna. Vera.

I

Eu não queria fazer um poema de saudade,
É que saudade é solidão presente,
Tampouco relembrar momentos de felicidade,
Nem gestos de mágica ternura...
Antes, eu queria tê-los novamente,
Guardados para sempre aqui comigo...

Ah! Que bom abrir os olhos
E ter o sorriso que me iluminava nas manhãs,
Estender a mão em busca da mão amiga
E encontrá-la...
Por isso,
Eu não queria fazer um poema de saudade...

Poema que meus olhos molhados
Quase não me deixam escrever,
Mas que o meu coração de poeta
E filho que ficou, escreve pra você,
Como último adeus e homenagem...

As horas continuam a se suceder
E só o velho relógio de parede as registra...
Nada é mais como antes,
E eu nunca serei como antes ,
Sem a presença daquela que amei, amo e amarei...
Não importa...

II

Recordações afloram à minha mente,
O lugar no sofá da sala está vazio,
O meu coração está vazio...
Não ouço mais a mesma voz que me repreendia
Pelas coisas erradas que fazia,
Nem aquela voz que carinhosamente
Me despertava com um “Bom dia!”...

Minh’alma morreu um pouco...
Eu morri um pouco!
A ausência de você é chaga que tortura...
Nem o Sol, embora claro o dia,
Consegue iluminar o negror
Da minha noite escura...

Hoje, eu vou conseguir,
Não obstante as lágrimas que teimam
em se fazer presentes
e a tristeza que agora me acompanha,
fazer o poema que sempre quis pra você,
Nem que seja, ainda que tarde,
Um poema de saudade...


EMILIO CARLOS ALVES
Enviado por EMILIO CARLOS ALVES em 14/01/2008
Reeditado em 14/01/2008
Código do texto: T817319

Inserida por EMILETO

A gente está sempre querendo, mesmo crescendo.
Depois do colo materno, a chupeta é o primeiro desejo do bebê.
Nosso destino eterno é querer.
Vira guri, apronta por aí a melhor bicicleta, a bola de futebol, brinca de sol a sol e de noite quando se deita
quer que a manhã chegue de novo, para querer tudo de novo.
Vira adolescente e coisas estranhas acontecem no coração da gente...
primeira calça... primeiro amor... primeiro beijo... primeiros desejos.
Os sonhos vão além das pipas, dos piques, embora a felicidade fique brincando de esconde-esconde, mas, não importa aonde, nosso destino é querer.
Quanto mais escuro é melhor para ver.
Quanto mais "NÃO", é melhor para fazer.
Fica adulto.
Novas calças... novos amores... outros beijos e desejos.
Mesmo a felicidade brincando de esconde-esconde, a gente vai, não importa aonde.
Na ponte da vida desde o cordão umbilical, indo bem ou mal
passando pela criancice e adolescência, culminando na velhice, nossa sina é a querência que muda conforme a idade, mas no fim é tudo igual.
O que dizer então do poeta que nem sempre sabe fazer a travessia?
Ou se sabe, alterna entre as pontas no dia a dia vez em quando adulto, adolescente, vez em quando criança.
Afinal de contas, quem sabe querer mais que o poeta se a própria vida é inconstância?
Ele apenas brinca com ela e tira proveito dela.
Se é para querer, vamos querer com vontade seja qual for nosso tempo, seja qual for nossa idade.

Inserida por cassioaugusto

Se você, como eu ( quem dera)
também quisera,
não me deixasse à espera
ia ser primavera
e não só sonhos e quimeras;
Amor deveras!
Se você quiser como eu quero, com esmero
só um pouquinho mais,
tristezas não mais...
são meras
são meras
são meras.
Se você quiser como eu peço,
nada mais eu peço.
Quem dera...
quem dera...
quem dera...

Inserida por cassioaugusto

⁠O que o vírus nos fez

Já tínhamos problemas demais. Adentrávamos o ano de 2020 arrastando nossos problemas sociais e econômicos, e ainda praguejando contra 2019, repleto de mortes e tragédias. Foi quando o vírus se anunciou. De distante e improvável, rapidamente tornou-se real e assustador. Devíamos saber o que fazer, afinal era uma peste, já tivéramos muitas, e nunca nos derrotaram, pois estamos aqui agora. Não foi o que aconteceu. Vivemos a era da pós-verdade, em que crenças e boatos assumem o lugar dos fatos e fontes confiáveis. Não há juiz, não há mediador. Desacreditamos nossos mestres em nome do que nos agrada e que pretendemos ser verdadeiro. Então, usamos nossas estratégias: banalizamos e politizamos o vírus, tentamos desmoralizá-lo. Não funciona com ele. O vírus não se importa com a nossa opinião. Ele é mediador e juiz do conflito que nos impõe. E fez o que sabíamos, ou deveríamos saber, que faria: atacou-nos mortalmente, destruindo milhares de vidas e famílias, sem se importar se acreditamos que foram muitas ou poucas. O pior que ele fez, porém, e não me entendam mal, não foi atacar o nosso corpo, mas a nossa alma. O vírus nos conheceu melhor do que o conhecemos, e nos deu o que queríamos: não gostamos de estar próximos uns dos outros, e ele permitiu que nos afastássemos; não gostamos de nos tocar, e ele permitiu que não nos tocássemos; gostamos de culpar os outros e dizer como deveriam agir, e ele nos permitiu que assim fizéssemos. O vírus nos permitiu ser ausentes e sem culpa, deselegantes e mal educados, sem que tivéssemos que nos desculpar. Logo vamos derrotar o vírus, com muitas e irreparáveis baixas. Mas ele permanecerá em nós, ainda que jamais o tenhamos compreendido. E receio que não voltaremos a estender as mãos e nos tocar. É possível que continuemos a ostensivamente manter distância e, até mesmo, usar a máscara, que nos protege uns dos outros e esconde o constrangimento ou o contentamento diante da nossa própria atitude. Assim faremos, e sob uma nova norma social, esse comportamento será aceito. Foi isso o que o vírus nos fez. Ele nos dominou. Misturou-se a nós e, em um processo de simbiose, fundiu-se a nós, transformando-nos no monstro que habita a nossa própria personalidade. Em breve, teremos uma vacina para o corpo, mas a alma, essa terá que se curar sozinha.

Inserida por CarlosAlbertoSilva

⁠O Coelho e a Tartaruga

Uma crônica de julho de 2006 - Copa da Alemanha

O coelho desfrutava da fama de ser o mais veloz entre todos os animais. Todos diziam que não havia quem pudesse vencê-lo em uma corrida. Um dia, como acontecia de tempos em tempos, apresentou-se um desafiante: a tartaruga, é claro. Marcada a data do desafio, todos voltaram sua atenção para o coelho, que fazia apresentações públicas, executando piruetas e outras peripécias diante de multidões. Na tartaruga poucos apostavam; na verdade, só as tartarugas mesmo.

Chegado o momento da competição, a tartaruga, careca, como são as melhores tartarugas, posicionou-se na linha de largada, ajeitando-se dentro do seu pesado casco. Ao lado dela, o coelho, dentuço, como são os melhores coelhos, usando a sua tradicional e temida camisa amarelo-pamonha e uma tiara no cabelo. A tartaruga saiu na frente. Os comentaristas diziam que o coelho precisava de 10 ou 15 minutos para atingir o seu melhor desempenho.

Passados os 15 minutos, a tartaruga continuava na frente e ganhando distância, dando o melhor de si. Alguns diziam que o coelho, cinco vezes campeão mundial, não era atleta de se preocupar com os adversários e que sua vitória viria naturalmente, dada a sua superioridade sobre o oponente. Um comentarista de uma floresta hermana dizia que “cuando comenzar a correr, no habrá quien lo detenga”. O público assistia a tudo em suspense, aguardando o momento em que o coelho mostraria o seu verdadeiro potencial e tomaria a frente da tartaruga rumo à linha de chegada. Mas, inexplicavelmente, o dentuço não parecia páreo para o seu adversário. No futuro, alguns animais diriam que ele estivera dormindo na pista.

Chegando à metade da prova, ponto que a tartaruga já tinha há muito ultrapassado, o coelho fez uma rápida (não muito) parada para trocar os tênis prateados pelos dourados, mas o seu desempenho não melhorou absolutamente nada. A tartaruga já se aproximava da linha de chegada quando os comentaristas lembravam que ainda havia tempo para que o coelho vencesse a prova. Segundo eles, a alegria, a ginga, a irreverência... coisas assim do coelho, poderiam colocá-lo à frente da tartaruga, sabe-se lá de que maneira.

Nos últimos instantes, quando a tartaruga já se aproximava dos metros finais da prova, e o público, em silêncio, constatava a última oportunidade para uma reação espetacular, o coelho parou para ajeitar as meias e nem viu quando o seu adversário cruzou a linha de chegada, triunfante, conquistando para o reino das tartarugas o título de “animais mais velozes do planeta”. Mais tarde, na entrevista coletiva, o dentuço diria que se sentia muito triste por não ter dado aos coelhos a alegria que eles tanto esperavam – o título de campeões naquilo que eles sabem fazer melhor –, mas que desde que comprara uma Ferrari, perdera o hábito de correr com as próprias pernas.

Inserida por CarlosAlbertoSilva

⁠Palavra Revelada
A palavra me advinha.
Moinho ou ferro,
Cisma ou canto.
Funda ou rasa,
Na tangente emerge.
A palavra me assola,
Adverte, reverte, inala.
Como se finda fala,
No escasso do encanto, reverbera.
De si reemerge, na margem liberta.
A palavra se assanha.
Sangra, se entorpece.
De mim não cala, se desvela,
Se ao surgir irrompe, revelada.
Carlos Daniel Dojja

Inserida por carlosdanieldojja

⁠"...- Não me aprendi estrada reta,
Fui-me pontes carregadas de atalhos.
Enxerguei partidas, mais cedo do que pulsar chegadas.
Vejo-me assim: Do afeto sou inteiro ou recomeço.
E só o sentir construído, como a palavra viva, me afaga..."
Carlos Daniel Dojja
Fragmento Poema O Fazer de Alguns
In Poema para Crianças Crescidas

Inserida por carlosdanieldojja

⁠INQUIETAÇÃO
Insisto-me entre a inquietação e o quase extinto.
Quando saio de mim, rumores restauram procura.
Me parto compassado, a estiar anseios, na vigia.
Abro-me em clareiras, soergo esperas, às vezes me avisto.
Enxergo o que entrementes não desbota, na audácia.
Pungidos olhares, fração reflexa, reverbero esquecimento.
Não me apraz desconhecer. Não me entristece distinguir.
Posso imolar finais prescritos, acontecer-me de outro.
Descreio que a finitude nos reserve,
Apenas nada na transcendência de tudo.
Tenho que viver-me como quem se conta,
Alembrado da existência que exprime.

In Poemas para Versar

Inserida por carlosdanieldojja

⁠Reflexão do Aprendizado
A vida nos ensina amares.
Mel que desliza como neve nos sulcos do chão estendido.
Entrelaçamos as mãos com a doçura da alegria construída.
Colhemos o facho de luz como fruto da semente nova que se principia.
A vida nos ensina desvelar o que se enxerga no que se guarda no olhar.
Como se o afeto fosse feito minúscula gotícula, que mansamente se entorpece e vai se estendendo do céu em ritmo compassado, fixando-se na ramagem esverdeada da planta, até cuidadosamente novamente cair sobre a terra e começar a possuí-la.
Então uma pequena gota torna-se capaz de amadurecer a mais profunda raiz.
A vida nos ensina que o afeto é um apreender de profundidades reveladas.

In Poemas para Versar

Inserida por carlosdanieldojja

⁠DOS SABERES
Aprendi sorvendo. Somente o que me fez inalar.
O que despercebi, não me fez entrever.
Não atingi alturas, sem pisar-me de chão arenoso.
Não extrai sal da terra, sem entregar as mãos repartidas.
Tenho alguns saberes, que me fazem apreendedor.
Uma arquitetura de razões pronunciadas.
Das mais súbitas, como aquelas a se moldar na quietude,
As derradeiras, como as que pungem na pele na alma.
Pouco aprendo, quando dos outros não me entrelaço.
Pouco sei se não me ponho a observar a intimidade.
Por isso ressoei-me em cada canto, num circulo de andanças,
E ainda me faço toar a cada instante, que me ensina o olhar.
Distanciei-me por vezes para observar as perguntas.
Tantas outras respondi, sem aderir ao absoluto.
Fui vário, múltiplo, único. Só assim fiz-me existir.
E ao ser, precisei reler a estrada e desvendar a travessia.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas Para Versar

Inserida por carlosdanieldojja

⁠Na Ardência do Tempo
Vejo-me desobrigado.
Apenas me amolda o sentir.
E tudo que aspiro, tentou-me.
Se em mim existe, me valeu sorver.
Se por dentro ressoa, convivo.
Dessa margem se nutriu meu persistir.
Rebrotei de mim sempre que me despi.
Deixei partir, o que não ousou vicejar.
O resto fui eu que em urdidura guardei.
Invadi-me de começos. Posterguei todo fim.
Depois na ardência do tempo, almejei vir a ser.
Foi a sombra que me ensinou a tecitura da luz.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Versar

Inserida por carlosdanieldojja

⁠OUSADIA

No meu intimo, uma desnecessidade se aguça.
Creio descomplexa, de não ter nada a desdizer.
Já me levo inteiro de indagações a juntar atalhos,
De quem bem sabe o quanto custa o desviver.

Mas não existo o bastante para deixar de aspirar.
Espio manhãs. Não graduo conjuras.
Apraz-me compreender que uma reta contém variáveis.
Meus poros se aguçam de humana estatura.

Minhas inquietações desfiam-se visíveis.
Confesso-me indisciplinado com as formalidades do risco.
Em quase tudo me arde, o que suponho merecer.
E se não o sentir, não me impele o florescer.
Tenho dificuldades com prognósticos do viver pré-definido.
Não uso decifrador de tempo, para embeber-me do instante.
Declaro-me avesso em não desfrutar o que o momento instaura.
E quando me chega, pousa em minhas mãos, como se vindo da alma.

Carlos Daniel Dojja

Inserida por carlosdanieldojja

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