Textos Reflexivos sobre Crianças

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Amigo...

Amigo não tem idade. Pode ser jovens, adultos, velhos e crianças.
Amigo pode ser aquele de anos, pode ser aquele de horas...
Amigo é aquele da escola, aquele do futebol, aquele da rua, aquele da casa, aquele da vida...
Amigo é pai, é irmão, é família...
Amigo, como dizem por aí, é alicerce...
Amigo é mais que alicerce... Amigo é alicerce, é parede, é teto...
Amigo te constrói e quando alguém te derruba ele te reconstrói...
Amigo é porta. Abre quando você está no caminho certo e se fecha quando está no caminho errado.
Amigo é janela. Quando você se sente sufocado se abre, mas se fecha quando você se sente desprotegido.
Amigo erra, mas não falha. Perde uma batalha, mas nunca entrega uma guerra.
Amigo luta pela paz. Amigo é perdão.
Amigo não morre, apenas adormece.
Amigo aparece nas horas boa ou nas horas ruins, mas sempre aparece.
Amigo não se esconde.
Amigo é jóia, mas não é diamante. Diamantes são duros, mas se quebram facilmente.
Amizade é jóia, mas não é um cristal. Cristais quebrados não reatam jamais. Amizade se reata com o perdão.
Amigo não necessita de ouvir palavras... Amigo lê os olhos.
Amigo ri da suas vitórias, chora suas derrotas...
Amigo ganha com você, perde por você...
Amigo está sempre junto, mesmo que quilômetros de distância.
Amigo é a pura essência da palavra: AMIGO...

Amigo, sempre estarei aqui!...Porque sou seu AMIGO...


Jorge Guida

Quando eu era criança


Quando eu era criança,
às vezes adoecia,
outras vezes me faltava o pão.
Nem por isso me faltava fé
e não dúvidava de Deus, não ...

Quando eu era criança
era cheio de esperança,
mas, nem por isso, vivia
com tanta ansiedade.
Cada dia era uma festa
e eu nem me preocupava com o amanhã...

Quando era criança
nem sabia o que era paixão,
nem por isso faltava amor em meu coração ...

O DIA DAS CRIANÇAS E O MARTIM PESCADOR



Naquela manhã de doze de outubro, André, um menino de apenas seis anos de idade acordara cedo na esperança de receber logo o presente do Dia das Crianças. Ao passar pela pequena varanda, observa no alpendre a gaiola dependurada com o pássaro Martim Pescador, cujo brilho colorido e esverdeado nas asas, suspendendo em todos instantes a fina película que revestem o globo ocular com a presença do guri ao seu lado.

Inerte, o pássaro apenas acompanha os olhares do pequeno, transmitindo a tristeza no canto das talas do engradado. Logo, inquieto e curioso indaga:

- Hei! Amiguinho. Por qual motivo você está triste? Eu ainda não ouvir você cantar. Sabe. Hoje é um dia especial, é o dia das Crianças.

O passarinho levemente e sem pressa, mergulhado na melancolia suspende a sua plumagem verde-azulada, responde:

-Vejas! Eu estou aprisionado neste cubículo. Não posso viver, não posso cantar, não posso voar e muito menos pescar no riacho.

As palavras ditas com comoção invadem a alma de André, residente na localidade ruralista do segundo Distrito da cidade de Caxias, Estado do Maranhão, denominada de Sambaída. Instantes em que fala com um tom abreviado e candente.

-Amiguinho! Não fique triste. Aqui é seu lar. Nada, nada mesmo há de faltar pra você. Agora, abras as suas asas bonitas e solte o belo canto.

O Martim Pescador desanimado exclama:

-Como eu posso voar! Eu não me adaptei olhando o vazio nestas grades. Não enxergas que estou preso, e sem a minha liberdade? Eu nasci pra voar entre os vales dos rios e riachos.

Ininterrupto, o menino afirma tentando aviventar o passarinho.

-Mas o meu pai lhe trata muito bem. Aqui não falta nada pra você, além de está protegido dos predadores.

Com razão, o Martim Pescador induz com interrogação:

-Amiguinho! Você gostaria de ficar num cárcere, e depois, ficar olhando todos os dias o reflexo do sol pelas fendas de uma grade? Inclusive, sem poder passear pelos parques, bosques, ruas e não desfrutar das brincadeiras com os amigos? Vejas como eu me encontro tão isolado do meu mundo.

O garotinho ficou calado. E, várias gotículas escorregaram das pupilas castanhas na face, neutralizando a alma inocente do miúdo que não se conteve. A expressão caótica fizera a pequena criança compreender a razão e a luz enviada pelo pássaro no sentido da melancolia atravessada entre as talas da gaiola.

Momentos, André pressente a chegada do pai, surpreendendo com uma enorme caixa envolvida com papel de presente, perguntando:

-Pai! É o meu presente?

-Sim. Aqui está o seu presente pelo Dia das Crianças. É o presente que você sonhou. Qual é a razão de você está deprimido? O que aconteceu? Fale. Você não gostou do presente?

-Gostei pai. Só que eu quero fazer uma troca. O senhor aceita a minha proposta?

- Que proposta meu filho! O que você quer realmente trocar? Que troca é essa? Na verdade, eu não estou lhe entendendo, comprei o que você mais queria ganhar no dia de hoje.

-Pai. Dê esse presente para o Zezinho da tia Mundica. Ele não tem pai e nem mãe, e o dinheiro do coco da tia não dá pra compra um presente.

Insatisfeito com a indicação ofertada, o pai reclama.

-Isso não dá pra fazer. É um presente caro e me custou mais de seis diárias de serviço aos olhos do sol.

-Eu sei que custou caro. Mais o senhor pode fazer e cumprir o meu pedido. Trocando o presente pela liberdade do Martim Pescador. Tenho certeza que não vai custar nada abrir a gaiola. Retrucou o apucado guri tentando esclarecer.

Indignado ao ouvir a proposta, afirma:

-Isso eu não posso fazer. Você pede pra dá o presente pro Zezinho, e depois me pede pra soltar o Martin Pescador. Impossível.

-Solte papai! Solte o Martim Pescador! Ele é tão jovem pra ficar preso nesta gaiola. Que malfazejo ele fez pra não ter a sua liberdade. Solte! Insiste o menino.

-Ah filho! Depois resolveremos esse problema. Hoje é o seu dia e vamos deixar isso de lado. Passarinho é passarinho, aí fora já tem demais, e não fará falta um na gaiola.

O meninote ainda persiste, suplicando:

-Solte papai! Por favor! Pelo menos me faça hoje feliz já que é o meu dia. Deixe ele voar pelos céus e banhar no Riacho dos Cocos. É lá que ele mora.

-Não filho. Se eu soltar nunca mais eu vou ter um Martim Pescador. Eu adoro esse pássaro.

As lágrimas pela segunda vez se arrastam naquele semblante envolvido pela soltura do pássaro. E André esfrega os olhos com a mão direita lastimando.

-Pai! Veja como ele está triste. Não canta e não se alimenta. Olha! Eu prefiro vê a sua liberdade do que assistir todos os dias da minha vida a sua tristeza na gaiola. Solte! Ele vai viver mais feliz na natureza. Eu sei que outros presentes eu posso ganhar. Mas por favor, me dê este presente pelo o dia das Crianças.

Retraído, o pai do menino se afasta e vai ao encontro do Martim Pescador, abrindo a porta da gaiola. Momento, em que o passarinho voa pela casa, abrindo o seu belo canto e agradecendo o gesto humilde do pequeno amado.

Naquele mesmo dia, à tarde com o sol brilhante e o céu todo azulado. André se dirige ao Riacho dos Cocos. Em pé, observa a descida da correnteza quando surge o Martim Pescador fazendo lindas acrobacias no ar. Com a beleza das plumas esverdeadas, desce velozmente na direção do riacho na posição em que dorme o sol até desaparecer dos olhos do guri.

Inesperadamente, aponta o pássaro percorrendo o contorno do riacho com o mágico bico, e num único vôo rasante, mergulha e sobe com maestria carregando uma enorme traíra. Cujo feito, rebate e atordoa o peixe nas galhas secas tentando acalmar, e traçando com elogio, arremessa aos pés do garotinho. E diz:

-Boa tarde meu André! Eis o seu presente pela passagem do Dia das Crianças. É uma grande traíra. Pois, é tudo o que posso ofertar como um presente pelo bom menino que você é.

André ficou deslumbrado com tamanha gratidão do pássaro realizando transposições e sobrevoando com magníficas acrobacias. Em seguida, voou e pousou num galho de árvore seco ao lado do barranco do riacho e cantou.

Sorrindo, André acenou com a mão direita enquanto o Martim Pescador, o guardião do Riacho dos Cocos afirmava com felicidade o seguinte:

-Que a liberdade do pássaro é voar e a do homem é manter a boa relação e o equilíbrio com tudo o que há natureza.
fim
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Quando eu era criança tudo ficava perto,pertinho
para chegar ao céu bastava uma subidinha
o sinho me alcançava para ir tão longe como queria
quando eu era pequeno eu sim podia,
eu sim podia...
Quando eu era criança,vivi paixões tão memoráveis
com os sapatos furados e o riso menos amável
terra sob as unhas, mãos sem pena tocando mundo
quando eu era criança, era profundo,era profundo.

“Os dias que passaram”

Quando criança não queria deixar o dia ir embora,enfurecia,esperneava, queria mais do dia.
Acordava encantado, o dia deveria começar e esquecer-se de terminar.
Meus amigos eram eternos, a cobiça não existia, a pureza tinha seu lar, a riqueza da alegria era tudo e havia seu par, nada mais sem nostalgia.
Cresci pedindo ao dia tornar-me homem, ser adulto, ser pai enfim,mas o tempo não me ouvia,dava-me as costas e me esquecia, os dias não eram passos rápidos e ligeiros e sim passos esquecidos e de pedra.
Via os dias se findando, por mais que tentasse não conseguia alcançá-los, queria os dias que passaram, ou poder tê-los em minhas mãos, mas este desejo não conseguia e talvez de verdade nem quisesse e esta ousadia não permitia.
Agora envelheci, o tempo me alcançou e já não tenho mais o que pedir, o desejo de ser pai eu consegui, um amor pra me levar o céu me deu, o pedido para o tempo correr ou parar se perdeu junto dos dias.
O meu tempo vai chegar eu sei...
... só não queria.

As vezes me sinto uma palhaça;
As vezes me sinto uma criança grande;
As vezes minto pra mim mesma,pra não sofrer;
As vezes invento um mundo só pra mim;
As vezes entro em desepero,quando vejo que muitas vezes tudo isso é ilusão,mas o que me deixa firme que a verdadeira realidade disso tudo,é a palhaça que existe em mim,porque ninguém poderá arrancar da minha face meu sorriso,sou autêntica pelo meu sorriso sincero.

A mulher! Maravilha das maravilhas!

- Quando criança é adorável;
- Quando moça nos fascina;
- Quando se torna mulher, nos transtorna;
- Como esposa é encantadora;
- Em seu papel de mãe, comovedora;
- E, ao perder a sua juventude, transforma-se
numa dessas esquisitas e complacentes senhoras em que o
homem descobre novamente a sedução da juventude e, às
vezes, o frescor da infância.
Assim vejo eu a mulher e amo-a por isso.

Comentário oportuno de "gentlelove":

Óbvia e desafortunadamente, essa maravilhosa
descrição de Sacha Guitry, sobre a mulher, não
abrange o universo feminino, pois não é uma regra e
se fosse estaria restrita a um grupo particular,
uma vez que toda regra tem excessão ou excessões.

Deixei de ser criança
Resolvi entra de vez nessa dança
Como se hoje você tivesse me dado uma aliança
Voce diz que nao me suporta, mas no fundo eu sei que vc gosta
Eu sou desse jeito informal, mas nao seria bom se eu fosse igual...
Eu sei que voce gosta mesmo quando diz que nao me suporta
Eu chego de mansinho conquisto o seu carinho, de cara voce me da um espaço, nao me deixa mas de lado...Mas no primeiro erro você diz que estava enganado,diz pra mim que eu o hipnotizo mas eu nao tenho esse poder você me quer e nao consegue ver...
Voce diz que nao me suporta mas no fundo eu sei que você gosta
Eu sou desse jeito informal, mas nao seria bom se eu fosse igual...
Eu sei que voce gosta msmo quando diz que nao me suporta
Tudo bem vou fazer o seu jogo...Vou mostrar pra voce que eu reviro seus pensamentos mesmo sem querer, pois é você que me quer...
Eu so entrei nessa dança pra mostrar pra você que eu nao preciso fazer vingança...
Ei garoto eu posso ser o q você quiser desde que você admita que sou eu que você quer!
Voce diz que nao me suporta mas no fundo eu sei que você gosta
Eu sou desse jeito informal, mas nao seria bom se eu fosse igual...
Eu sei que voce gosta mesmo quando diz que nao me suporta

Ame as pessoas,
Aprecie a natureza,
Observa uma criança,
Veja o quanto ela pode te ensinar
Viaje nas lembranças
Bons momentos valem à pena serem recordados
Escuta atentamente as outras histórias e outras experiências
As pessoas sempre aprendem umas com as outras
Seja educado,
Mesmo quando não encontrar motivos para ser
Seja fiel,
Principalmente contigo mesmo,
Pois a dor da consciência não tem cura
Seja mais do que as pessoas esperam
Seja melhor do que você acredita
Isso aumenta nosso potencial interior
Mas se falhar perdoe-se
As pessoas que falham e assumem seu fracasso
Tornam-se mais fortes
Do que aquelas que acreditam ser infalíveis
Acredite,
Nossos valores e qualidades sempre são reconhecidos pelos olhos de fora
Por isso nunca pense que você não é ninguém
Sempre existe alguém te admirando
Em algum lugar
Em alguns momentos
Mesmo que você não perceba!

você mim fez crescer

perto de você me sinto
segura
hoje sou outra mulher
ao inves de criança
estou madura
com você eu vou ao céu
porque seu beijo é doce
como mel
vocÊ mim fez perceber
que uma criança tem que
crescer
hoje falo o que
penso
sem medo do que os
outros vão pensar.

Sabe quando uma criança pega algo que lhe traga algum perigo, e os pais quando vão retirar isso das mãos da criança tomam todos os cuidados necessários e pedem com carinho "filho tire os dedinhos"

É assim que Deus faz quando você tem problemas, basta saber ouvir a voz doce dele pedindo "filho tire os dedinhos" e entregar o problema nas mãos dele.

Como um fantoche eu dancei sua canção
Um tango japonês recheado de ilusão
Como uma criança fui iludido por uma bala
Este seu doce veneno que s ai de sua fala

Suas mentiras para mim foram verdades
Como uma droga em overdose de felicidades
Mas hoje suas lagrima não me molham mais
Eu conseguir me libertar deste seu amor sagaz
Foram anos tentado te arrancar de mim
E você a creditando que nunca ia ter fim
Este seu domínio sobre as minhas ações
Que foi morto pelas flechadas das decepções...

Uma vez me perguntaram:
- A criança que você era, teria orgulho da pessoa que você é hoje?
E eu respondi:
- Acredito que não. Lembro-me bem de quando eu era menor. Lembro-me que eu tinha um grande medo do futuro. Medo de ser alguém ruim no futuro. E acho que esse futuro já chegou. E, pra ser sincera, não acho que a criança que eu era teria orgulho da pessoa que eu sou hoje.

Crianças, quando ouvidas, entendidas e valorizadas, carregam uma sabedoria ímpar, uma sensibilidade única e uma poesia desconcertante. São capazes de tirar sorrisos de onde aparentemente só existem cansaço e dor. Não desconfiam do tempo, das tristezas, do caos diário. Vivem num mundo à parte e por isso nos iluminam com sua espontaneidade surpreendente e habilidosa.
A poesia escorrerá através do tempo, indo embora na velocidade com que chegará o amadurecimento.
Vamos comemorar a independência, o sucesso e o fim das desobediências, mas nada substituirá a alegria latente de ter um garotinho em casa, um ser movido a sonhos e fantasias, que povoava nossos dias de alegria _ feito vestido laranja com bolinhas vermelhas...

Sou uma mulher madura!
Sou uma criança inocente!
Sou uma mulher determinada, destemida!
Sou uma criança insegura e frágil!
Sou uma mulher que dá colo a quem precisa!
Sou uma criança que não tem vergonha
de pedir colo quando preciso!
Sou uma mulher poderosa que usa batom e salto alto!
Sou uma criança que chora quando sente medo pelas pessoas que ama!
Sou uma mulher que adora brincar com os netos!
Sou uma criança que sonha com os mimos de vovô!
Eu gostaria muito, mas muito mesmo, que as crianças de hoje tivessem a minha visão simples, inocente e infantil da vida, do mundo, das pessoas, da esperança, da alegria!

Feliz dia das crianças para todos nós...
vamos sorrir,ainda que já nos faltem os dentes ou que estejam amarelados pela ação do tempo;
vamos pular e correr,ainda que o esporão,as varizes e artrose nos impeça;
vamos comer docinhos,refrigerante e outras guloseimas,ainda que a diabetes nos faça ir ao posto médico;
Só não podemos deixar morrer a criança que há em nós;mesmo que o espelho lhe diga que sua infância passou !

PONTO DECISIVO

SOLTEI A MAO DA CRIANÇA QUE HÁ EM MIM
PERDI A ILUSÃO QUE A PERFEIÇÃO PODE EXISTIR
MOMENTOS INESQUECÍVEIS NÃO SE APAGAM COM O TEMPO,
A FELICIDADE VAI E VOLTA COM VENTO

CERTAS PESSOAS JAMAIS APAGAMOS DA MEMÓRIA
NÃO SE PODE ESQUECER UM AMOR DE VERDADE
MAIS NESSE MUNDÃO NÃO EXISTE UMA SE QUER HISTÓRIA
QUE NUNCA SE ACABE

AS LEMBRANÇAS QUE EU LEVO
SÃO DE MOMENTOS QUE NÃO SE APAGAM
E AS VEZES O QUE QUERO
SÃO VOZES QUE HOJE SE CALAM

GUARDEI A IMAGEM DE OLHOS APERTADOS
QUE ABRIAM TIMIDOS SORRISOS PRA MIM
DE LÁBIOS MOLHADOS E ABRAÇOS,
DE VELHAS LEMBRANÇAS QUE NUNCA ESQUECI

TALVEZ ESSES MOMENTOS NÃO TIVERAM IMPORTANCIA ASSIM...
(NAO TAO TANTO QUANTO PRA MIM)
TALVEZ NUNCA MAIS VEJA OS MESMOS MOMENTOS DE PERTO...
MAS TUDO GUARDO NESSE MEU CORAÇÃO ANALFABETO


ME ACOMPANHO DE MIM MESMO
DESVENDO VELHOS SEGREDOS
QUE ME ESPERAM NO FUTURO
MAS NOS DIAS DE HOJE ME DÃO MEDO

FUI PELA ESTRADA RETA
QUE EM CERTO PONTO SE DIVIDIU
A DIREÇÃO CORRETA
FOI MEU CORAÇÃO QUEM DECIDIU

PRA TRÁS FICAM OS SORRISOS
E TAMBÉM FICAM LÁGRIMAS
SEM CERTEZA DO DESTINO
E TROUXE APENAS MINHAS MALAS

QUALQUER CAMINHO QUE ESCOLHESSE
MUDARIA DE VEZ A MINHA VIDA
ANTES QUE MEUS SONHOS MORRESSEM
DEIXEI O ADEUS DE MINHA PARTIDA

TROUXE COMIGO A SAUDADE
DE LINDOS MOMENTOS
E O QUE RESTOU DE VERDADE
DOS MEUS SENTIMENTOS

CANSEI DE ME ARREPENDER DO QUE PASSOU
QUERO VIVER FELIZ E NADA MAIS
ACEITO AS PESSOAS COMO SÃO, E EU COMO SOU
E O QUE PASSOU, PASSOU, FICOU PRA TRAS

OQUE FOI BOM LEVO NO CORAÇÃO
E OQUE NÃO,
LEVO COMO APRENDIZADO
SÓ NÃO QUERO PERDER A EMOÇÃO
E PELA VIDA SER UM ETERNO APAIXONADO.

NOVAS EMOÇÕES VOU VIVENDO
NOVOS CAMINHOS PERCORRENDO
SEMPRE ANDANDO, NUNCA CORRENDO
CERTAS COISAS DA VIDA SOMENTE HOJE É QUE COMPREENDO

Para Sara, Raquel e Lia e para todas as crianças

Eu queria uma escola
Que cultivasse a curiosidade e a alegria de aprender que em vocês é
Natural

Eu queria uma escola
Que educasse seu corpo e seus movimentos,
Que lhes ensinasse esportes e práticas de vida saudáveis;
Que possibilitasse seu crescimento físico sadio,
Normal.

Eu queria uma escola
Que lhes ensinasse tudo sobre a natureza,
O ar,
A matéria,
As plantas,
Os animais,
Seu próprio corpo,
Deus
Mas que ensinasse primeiro pela observação,
Pela descoberta,
Pela experimentação.
E que dessas coisas ensinasse não só a conhecer, como também a aceitar,
Amar
E preservar.

Eu queria uma escola que lhes ensinasse tudo sobre a nossa História
E a nossa Terra,
De uma maneira viva, atuante,
Questionadora,
Pela ótica do povo e não pela dominante.
Queria ver vocês respeitando nossas tradições,
Nossos velhos,
Nossos costumes
Valorizando nossa cultura e tudo o que faz parte da vida da nossa gente.

Eu queria uma escola que orientasse vocês a pesquisarem e conhecerem melhor a vida de seus avós,
De seus bisavós,
De seus ancestrais, imigrantes,
De sua comunidade,
E que ajudasse vocês a preservar de tudo isso a memória!

Eu queria uma escola que ensinasse vocês a usarem bem a nossa língua,
A pensarem e se expressarem com clareza e objetividade.
Queria uma escola que ensinasse vocês a amarem nossa literatura
E nossa poesia.
Que lindo ver vocês, já agora, interessadas em Monteiro Lobato e Manoel Bandeira!
Espero que sua escola lhe possibilite conhecer muito mais, um dia!
É rico Veríssimo, Graciliano Ramos, Cecília Meireles, Carlos Drumond de Andrade, Vinicius de Moraes, Caetano, Gil e Chico!
E que faça vocês ficarem ansiosas por “devorarem” todos os nossos escritores e poetas,
de antigamente e de agora.
Tomara que a gramática venha livre, leve e solta enquanto vocês são crianças; e entre com tudo quando vocês forem capazes de abstração, aos 12, 13 anos (não antes); só nessa hora!

Eu queria uma escola
Que lhes ensinasse a pensar,
A raciocinar,
A procurar soluções.
Queria uma escola que, desde cedo, usasse materiais concretos, para que vocês pudessem ir formando corretamente
Os conceitos matemáticos,
Os conceitos de números,
As operações...
Somar, subtrair, multiplicar, dividir...
Usando Blocos Lógicos. Réguas de Cuisinaire (não precisam ser comprados, não! Que sejam feitos por vocês mesmos com a orientação de seus professores) usando palitos, tampinhas, pedrinhas... só porcariinhas!!!
Fazendo vocês aprenderem brincando e vivendo situações de cotidiano: pensando, medindo, comprando, lucrando, perdendo ganhando!

Ah! meu Deus!
Deus que livre vocês de uma escola em que tenham que copiar pontos.
Deus que livre vocês de decorar, sem entender, nomes, datas, fatos, fórmulas, enunciados e regras gramaticais...
Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos “prontos”, mediocramente “embalados” nos livros didáticos descartáveis,
Comerciais,
Superficiais,
Descomprometidos e que
Distorcem as verdades.
Deus que livre vocês de ficarem passivos,
Ouvindo e repetindo e repetindo e repetindo
Com a única finalidade de passar de ano.
Deus que livre vocês de aprenderem métodos de dissimulação e de
Auto-enganação!

Eu queria uma escola
Que também desenvolvesse a sensibilidade
Que vocês já têm
Para apreciar o que é bonito e eterno.
Eu queria uma escola
Que desenvolvesse os seus meios de auto-expressão,
E sua criatividade tão vital!
Que lhes desse múltiplos meios de vocês expressarem
Cada sentimento,
Cada drama,
Cada emoção.
Que vocês aprendessem a transformar e a criar!
Que vocês aprendessem a respeitar
A madeira, a cortiça, o papel,
A tinta, o pincel,
A tesoura, o tecido, a caixa,
O objeto imprestável.
Que vocês não vissem o mundo como descartável.
Mas que tudo fosse matéria prima em cada mão,
Para exercer esse dom divino
da recriação!

Eu queria uma escola
Que ensinasse vocês a conviver,
A cooperar,
A respeitar,
A esperar,
A saber viver numa comunidade
Em união.
Uma escola em que eu também pudesse ir com seu pai, com outros pais e professores, para aprender e para participar com vocês
No seu processo de crescimento,
Aprendizagem
E humanização.

Ah! E antes que eu me esqueça:
Deus que livre vocês de um professor incompetente,
Descontente,
Desumano,
Irritado
E mal preparado.

E que no tempo de vocês, o Estado,
Assuma sua verdadeira função: que invista
No bem estar para o povo,
Emprego,
Saúde
E educação.

Maria Teresa Del Prete Panciera
Mogi Mirim/83

Maria Teresa Del Prete Panciera

Nota: Trechos do poema têm vindo a ser erroneamente atribuídos a Drummond.

Piso como uma criança, porque a vida é curta demais para se ter cautela.
Piso como uma guerreira, pois ninguém vai marchar por mim se eu não o fizer antes.
Piso como uma mulher, para que meus saltos sejam o primeiro palco das minhas virtudes.
Piso como uma peregrina, para que o “lá” seja sempre uma deliciosa caminhada.

E veio na brisa, num lapso...


Envelheceste mas a condição de eterna criança ainda está em ti, que belo.


Sentimo-nos jovens, loucos e apaixonados pela divertida condição de estarmos vivos e é isto que nos afasta e nos aproxima.


Então curto daqui, vc acolá.


A Brisa vem e traz o rastro de um amadeirado que nunca foge da anamnese.


Num fluxo de ir e vir, contínuo e desmedido.


Uma corrente nunca mais alforriada


Um laço que nenhum tempo desdará.

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