Textos reflexivos para professores que renovam a paixão pelo ensino

Tenho aprendido com o tempo coisas que somente com o tempo a gente começa a aprender. Que o encontro amoroso, para ser saudável, não deve implicar subtração: deve ser soma. Que há que se ter metas claras, mas, paradoxalmente, como alguém me disse um dia, liberdade é não esperar coisa alguma. Que a espontaneidade e a admiração são os adubos naturais que fazem as relações florescerem. Que olhar para o nosso medo, conversar com ele, enchê-lo de cuidado amoroso quando ele nos incomoda mais, levá-lo para passear e pegar sol, é um caminho bacana para evitar que ele nos contraia a alma. Tenho aprendido que se nos olharmos mais nos olhos uns dos outros do que temos feito, talvez possamos nos compreender melhor, sem precisar de muitas palavras. Que uma coisa vale para todo mundo: apesar do que os gestos às vezes possam aparentar dizer, cada pessoa, com mais ou menos embaraço, carrega consigo um profundo anseio por amor. E, possivelmente, andará em círculo, cruzará desertos, experimentará fomes, elegerá algozes, posará de vítima para várias fotos, pulará de uma ilusão a outra, brincará de esconde-esconde com a vida, até descobrir onde o tempo todo ele está.

Um dia a gente cansa, um dia a gente muda, um dia a gente aprende a ser feliz sozinho, ou passa a só fazer feliz quem desejar. Um dia ganhamos a tal ”auto confiança” e saberemos o poder que temos nas mãos, nas nossas mãos e não vamos necessariamente precisar ter alguém como motivo para a nossa felicidade, porque você é o motivo

A gente não aprende a viver sentado numa carteira de colégio. Não é a fórmula de Pitágoras ou a definição de pronome oblíquo que vai fazer com que eu seja mais ou menos inteligente. Saber organizar informações burocráticas em série e ser programado roboticamente não faz de ninguém um ser humano repleto. Isso tudo só rende uma possível colocação relevante numa prova de vestibular, um êxtase momentâneo. A vida se aprende nas perdas.

As ciências humanas que aprendemos comumente são aquelas que importava pouco que soubéssemos, devíamos aprender-nos a nós, isto é, a conhecer-nos; de que serve o saber, ou o pretender saber, como o mundo se governa, ao mesmo tempo que ignoramos o como nos devemos governar? Para tudo fomos sábios só para nós somos ignorantes.

“Ensinar” a dançar é como “ensinar” uma nova maneira de enxergar o movimento, uma nova maneira de senti-lo e uma nova maneira de escutar música. Você pode “imitar” os exemplos, mas se não aprender a vê-los, senti-los (vivenciá-los) e ouvi-los, jamais será o suficiente para dançar com a alma.

Não há nada que ensine mais do que se reorganizar depois do fracasso e seguir em frente. Mas a maioria das pessoas fica paralisada de medo. Elas tem tanto medo do fracasso que acabam fracassando. Estão condicionadas demais, acostumadas demais que digam o que devem fazer. Começa com a família, passa pela escola e entra no mundo dos negócios.

Certas pessoas aparecem nas nossas vidas e mudam agente completamente. Aprendemos o que é amar, o que é carinho, o que é amizade, o que é paixão. Outras pessoas provam para você que são absurdamente diferentes, que merecem a sua confiança. Algumas pessoas aparecem nas nossas vidas no momento em que mais precisamos, para provar que nada está perdido, e ficar sempre ao seu lado, te apoiando. E com elas você aprende que existem pessoas que realmente valem a pena.

Ensinemos a perdoar, porém, ensinemos também a não ofender. Seria mais eficiente. Ensinemos com o exemplo, não com a ofensa. Admitamos que, na primeira vez se ofende por ignorância, mas acreditemos que, na segunda, costuma ser por vilania. Não se corrige o mal com o mal, com a complecência ou a cumplicidade. Ele é nocivo como os venenos e deve-se enfrentá-lo com antídotos eficazes, a reprovação e o desprezo.

É Preciso Aprender a Amar. - Eis o que se sucede conosco na música: primeiro temos que aprender a ouvir uma figura, uma melodia, a detectá-la, distingui-la, isolando-a e demarcando-a como uma vida em si; então é necessário empenho e boa vontade para suportá-la, não obstante sua estranheza, usar de paciência com seu olhar e sua expressão, de brandura com o que nela é singular: - enfim chega o momento em que estamos habituados a ela, em que a esperamos, em que sentimos que ela nos faria falta, se faltasse; e ela continua a exercer sua coação e sua magia, incessantemente, até que nos tornamos seus humildes e extasiados amantes, que nada mais querem do mundo senão ela e novamente ela. - Mas eis que isso não nos sucede apenas na música: foi exatamente assim que aprendemos a amar todas as coisas que agora amamos. Afinal sempre somos recompensados pela nossa boa vontade, nossa paciência equidade, ternura, para com que é estranho, na medida em que a estranheza tira lentamente o véu e se apresenta como uma nova e indizível beleza: - é a sua gratidão por nossa hospitalidade. Também quem ama a si mesmo aprendeu-o por esse caminho: não há outro caminho. Também o amor há que ser aprendido.

Friedrich Nietzsche

Nota: In "A Gaia Ciência", aforismo 334, Friedrich Nietzsche, 2004, p. 221

Quem dera eu aprendesse a viver cada dia como se fosse o último. O último pra esquecer tolices. O último para ignorar o que, no fim das contas, não tem a menor importância. O último para rir até o coração dançar. O último para chorar toda dor que não transbordou e virou nódoa no tecido da vida. O último para deixar o coração aprontar todas as artes que quiser. O último para ser útil em toda circunstância que me for possível. O último para não deixar o tempo escoar inutilmente entre os dedos das horas.

Nós somos humanos e é parte da natureza humana que nós não aprendemos a importância de uma coisa até que seja arrancada das nossas mãos. No Paquistão, quando fomos impedidas de ir à escola é que me dei conta de que a educação é muito importante, e a educação é um poder para as mulheres. E é por isso que os terroristas têm medo da educação. Eles não querem que as mulheres seja educadas porque elas vão se tornar mais poderosas.

É engraçado como algumas coisas marcam a nossa infância. Minha mãe me ensinou desde muito cedo a cumprimentar as pessoas, dar beijo, bom dia, boa tarde, boa noite. É por isso que acho que certas coisas são de berço. Educação não vende em prateleira do supermercado. Espero poder ter a clareza, a firmeza, a sanidade e a serenidade para transmitir para os meus filhos a infinidade de coisas boas que recebi.

"Precisei aprender que algumas coisas já vão tarde. Elas me prendiam em mim mesma, não me deixavam ir adiante no pensamento e nem nas tentativas. E a vida é ir adiante. Fiz birra, cara de choro, não entendi e achei até injusto em determinados momentos, mas o destino nos traz coisas melhores quando buscamos elas e leva o que não acrescenta. Mais do que isso: o destino leva quem não acrescenta. Eu já me erro por natureza; ninguém precisa se dar ao trabalho de piorar. Mas aprendi agora, com muito esforço, que há coisas que passam da validade e começam a criar bolor, odor e fazer mal. Tem coisa que simplesmente não merece o nosso tempo. Então, que o tempo leve e afaste, e deixe leve o que permanecer."

Tenho um bocado de coisas pra aprender, meu coração ainda é criança. Sofro por coisas bobas, me preocupo com o que ninguém vê. O invisível sempre me interessou demais. Aquilo que a gente não consegue tocar, mas que consegue sentir profundamente. E eu sinto tanto, tanto. Me confundo no meio de tantos sentimentos bons, contraditórios, sem nome, sem nexo. Nem sempre sentir esclarece as coisas, não. Muitas vezes o sentir só atrapalha tudo e deixa a gente ainda mais enrolado. Mas que graça a vida teria se não fossem esses gostinhos doces e salgados, alternando, se misturando, lutando entre si? Nenhuma. Por isso, aceito resignada o que me foi destinado. Nasci pra andar sempre de mãos dadas com a minha liberdade e com o amor que me move e me faz sentir cada coisa de forma arrebatadora. E vou viver assim até o último dia da minha vida.

Às vezes, dizer que podemos fazer algo pode ser mais desanimador. Não aprendemos sobre um mundo em que você não precisa se sair bem e pode falhar. Mesmo assim, vamos fazer o máximo que pudermos. Vamos dar nosso melhor. Mas ainda espero que, mesmo que fracassemos, sejamos fortes o suficiente para levantar outra vez.

Sendo assim, aos poucos fui relaxando e aprendendo que somos aptos a amar muitas vezes, de formas diferentes. Amamos A, amamos B, amamos C, e por alguns nem era amor, e sim entusiasmo, e sabe- se lá de quantos entusiasmo somos capazes. Melhor desse jeito, amar com movimento, amar com todas as capacidades, amores pequenos, amores tortos, amores retos, amores para sempre, até a segunda ordem.

Senhor, faça de mim a "menina dos teus olhos"... Ensina-me a caminhar em segurança... Protege-me de todo o mal e de toda seta do inimigo... Dá-me sabedoria em meio ao inesperado... Fortalece-me com Teu amor e não permita que em momento algum eu perca as minhas forças... Por fim, esteja sempre comigo e à frente da minha vida, amém. (Priscilla Rodighiero)

Leibniz, o homem mais inteligente da Europa depois de Aristóteles, ensinava que a melhor maneira de desenvolver a inteligência não era estudar ciência, filosofia ou matemática: era ver muitas figuras e ouvir (ou ler) muitas histórias. O homem cuja imaginação está presa à realidade imediata e não voa entre os possíveis é um escravo da mesmidade – um idiota no pleno sentido da palavra.

Eu acho que tudo o que eu vivi me ensinou muito, mas não aprendi o suficiente para me tornar um adulto. Eu perdi amores, ganhei outros, e ainda sinto falta. Pra mim, o abraço sincero é mais importante que o beijo apaixonado e, o andar de mão dada expressa mais o sentimento que a serenata. Qualquer um é capaz de pegar uma viola e fazer um papelão na janela da menina, eu quero ver é suportar as crises, as brigas, as neuras dela durante toda uma vida e ainda assim caminhar de mão dada. É nisso que eu acredito, nesse sentimento raro e eterno. Porque a gente tem que viver se controlando para não matar EXATAMENTE aquilo que ama.

Você não está aprendendo como prestar atenção. Se você estiver aprendendo o como prestar atenção, então isto se tornará um sistema, que é o que o cérebro está acostumado, e então você faz da atenção algo mecânico e repetitivo, ao passo que a atenção não é mecânica ou repetitiva. É a maneira de olhar para sua vida inteira sem o centro do interesse próprio.