Textos para Refletir sobre Paixão
Sinfonia do amor desmedido de verão
Ó paixão, incêndio vasto, desatino!
Tremor da alma, furor do coração,
Ibaiti celeste, azul divino,
polo do mundo, trono da emoção.
Em ti, luz nua, pura, incorpórea,
traço do eterno, mão do arquiteto,
ó sol radioso, lira ilusória,
inebriando o meu ser inquieto.
Este amor — desmedido, infinito,
ergue-se além do tempo e da razão;
ao vento entrega-se, feito mito,
transforma rascunho em oração.
Cada verso meu, destino selado,
procura-te, sombra em claridade;
em tua ausência, o peito dilacerado,
em tua presença, nasce eternidade.
Folia que invade, poesia que inflama,
saudade que é bênção, dor que consola;
melhor que a solidão fria, sem chama,
é ser refém da estrela que me acolha.
Tu, sorriso que carrega o verão,
quente alvorada de melodia;
teu rosto é flor, perfume, oração,
na natureza, és pura harmonia.
Eis que pergunto: existe o amor?
Ou é quimera, sopro, relâmpago vão?
Mas no teu lume, ó doce esplendor,
reconheci da vida a perfeição.
Porém, faltou-nos coragem sincera:
eu temi o abismo, tu o mundo;
justiça não houve, só a espera
deste silêncio profundo, profundo.
Poema do encantamento
Essa paixão sem tamanho
é só o coração que inventa.
Ele é meu azul guardado,
minha esquina de silêncio e de canto.
O sol me atravessa,
me deixa leve, meio tonto.
Esse amor que não cabe no peito
não tem regra, nem medida.
O vento traz canções que escrevi
num rascunho qualquer de madrugada.
Cada verso procura por ele,
cada verso é endereço sem mapa.
A poesia fez festa em mim,
me deixou mais vivo que antes.
Até a saudade ficou bonita,
melhor que a solidão dos bancos da praça.
Teu sorriso carrega o verão,
teu abraço é sol de janeiro.
És flor, és perfume, és destino:
na beleza que é amor, respiro.
Quero a vida sempre assim:
com ele perto,
até a última chama da vela.
Eu, que descri de tudo,
descobri em seus olhos
a tal felicidade.
Mas o medo cortou o caminho:
faltou coragem em mim,
faltou coragem em ti.
E o amor ficou escondido do mundo.
Não foi justo.
Amor
Amor é um sabor,
Amor é igual a paixão
Se você nunca amou
Nunca vai saber a sensação.
Amor é um sonho,
Um sonho bem bonito
Quem nunca amou,
Nunca irá longe, pro infinito.
Amar, amarei,
Gostar, gostarei
Quem sabe amar,
Saberá a emoção que sentirei.
Amor é bom,
Amor é emoção
Se quiseres amar,
Ame do fundo do seu coração!
Seja o meu último amor, por favor. Não um pedido romântico, desses que a gente faz no auge da paixão. É uma súplica de quem já se cansou de começar do zero, de quem sente a alma pesada por recomeços que parecem ter sempre o mesmo fim.
Sejas o meu último amor, não por medo do futuro, mas pela exaustão do passado. Fui colecionador de "sempre", de "para sempre" e de juras que o tempo desfez como se nunca tivessem existido. Acreditei que se podia amar várias vezes, mas a cada nova tentativa, sinto que perco um pouco de mim. Já não sei o que é amar de verdade, ou se apenas me vicio na ideia de ter alguém.
A cada novo relacionamento, a rotina de apagar e reescrever se repete: novas lembranças para construir, novas lições para aprender e, principalmente, novos nomes carinhosos para inventar. Nomes que precisam ser únicos, para evitar a nostalgia dos apelidos antigos que, mesmo no silêncio, ainda ecoam. O cansaço é real. A cada novo "corpo" a que me adapto quimicamente, sinto que as cargas emocionais se misturam e o meu coração se sobrecarrega.
O ciclo é sempre o mesmo: a apresentação aos amigos, as promessas, e o inevitável fim. De quatro em quatro meses, parece que preciso aprender um novo idioma do amor. É uma apresentação de novos parceiros e histórias, que no fundo, sinto que ninguém mais aguenta ouvir.
Mas apesar de tudo, a minha esperança permanece: que sejas o meu último amor. Que venhas para me curar, para me fazer acreditar que ser um casal pode ser realmente bom. Eu vivi tantas conexões intensas, com finais em dor, ansiedade e tristeza, que a minha mente se tornou um arquivo de memórias a comparar qual amor foi o melhor, qual me marcou mais, e qual me feriu com a sua partida.
És tu a cura que busco para a dor que habita no meu coração e na minha mente. Aquele que me fará esquecer o que é a tristeza para me mostrar onde mora a felicidade.
Sejas o meu último amor... por favor...
#viral
Desastre eminente
paixão proibida
E teve o que quis
Desejou e realizou
Mas o medo era maior que a satisfação
sucumbi e aceitou qualquer migalha
Era o que tinha e foi tudo que teve
Se decidiu em segundos
Não esperava nada além
E foi tudo de uma vez
E foi de mais, não houve trégua
Não ousou intervalos
Não pensou muito no perigo
Só sentiu, sentiu sentir
Sem trégua para decidir
Sem ar para respirar
Sem segunda chance
Tudo de uma vez
E um pouco de tudo
Sem permissão
Tomou o que quis
e não aguentou
Não teve força para desistir
Misericórdia dessa alma
Que lutou contra e a favor
Que desejou não desejar
mas desejou sonhar
pelo desejo clandestino
E quis não querer, mas quis de todo coração ter
E depois se arrependeu
No mesmo instante que acabou
Desejava não mais ter
Mas já tinha amostra para sempre
Era inevitável sentir
Como sentimento explodido
Foi libertado e estava liberado
Para morrer por dentro
Para nunca ser exposto
Foi tudo que tinha e foi à toa
Não valeu de nada e nunca valerá
Deve voltar para o casulo
Mas o fluído foi liberado
A lagarta virou borboleta
Não volta a ser o que era
Foi corrompida para sempre
Um sentimento além do tempo
Que não era sentimento, era falha
Era o próprio casulo
Que agora não mais imaculado
É corrompido e atingido
Como uma flecha que passa pela carne
Passageiro do tempo, desembarcou
Sentiu de mais a flor da pele
Queria mais, e era tudo que queria
Não teve escolha
Uma vida encubada e liberada em segundos
O pavor da perda foi maior que a frustração conhecida
Se tornou só memórias avassaladoras
De uma sentimento sem meio só fim
Onde por anos não conseguiu se livrar
E ficou adormecido como vulcão
E no momento da erupção se apagou
Não sobrou nada
Totalmente dês corrompido
Como se não houvesse depois
Como se não houvesse futuro
O sentimento passou como água sobre a ponte
A tempestade foi acalmada
E só deixou rastro de dor crescente
Dor da perda absoluta
Dor da causa injusta
Dor do amor se transformando em poema
Completamente e absolutamente desejado
Previsto e decidido para sempre
Agora só sente vazio
que para sempre existirá
Mas que fazia parte do processo
Era aceitável até esse ponto
Mas corrompeu até os ossos
Não restou um minuto do antes
E foi agudo
Genuíno
Insaciável
Estava feito
Consumado
Resolvido
Desmaculado
Des rescentido
Des desejado
Foi tudo por ego
Foi tudo em vão
E a alma chorou
E a água não lavou
E o joelho se dobrou
E a carne descansou
E o sentimento adormeceu
Mesmo querendo acordar
Não sobreviveu ao desejo de mais
Que nunca teria e sabia
Amostra única e intensa
De um futuro inexistente
De um pecado carnal
Cometendo a falha da criação
Do esboço da perfeição à negação da mesma
Em segundos se tornou tormenta
Imperfeição da sociedade
Punição do conhecimento
Não cabia mais nada além do que sentiu
E deixou de sentir até se esquecer
Depois desapaixonou
Assim como começou terminou
E não queria assim
Queria completo e completamente
Mas por culpa da prisão
Se acorrentou no próprio ego em vão
No dia seguinte questionou
Pra que tanto e porque menos
E se só tinha aquele momento
Porque não aproveitou totalmente
Precisou passar para perceber
Que o segundos voaram
Como águia faminta
E o desejo se acalmou
Mas deixou saudade do primeiro contato
Do primeiro toque genuíno
Do primeiro rastro de arrepio
E a tempestade de tremedeira
Da adrenalina produzida na veia
Veio a tona
E foi de mais
Não suportou
Se culpou
Se arrependeu
Se tocou da realidade
Da intimidade
Da vontade
Do adeus inevitável
Do pra sempre do medo
Do fim descomplicado
Do começo antepassado pelo agora
Do tempo administrado
Da penumbra do sonho ao lembrar
Do pesadelo do sentimento ressentido
E no mesmo segundo que acabou
Queria relembrar
Como ler seu livro favorito pela primeira vez
Mas só descobrir que é o favorito quando ler
Queria esquecer para sentir de novo o novo
E não mais ter
E não mais conseguir coragem
E querer esquecer a verdade trágica do querer
Do medo entre o coração e a realidade
E ela sentiu novamente a todo tempo
Em seus devaneiros
Desde o primeiro toque até o final
Se lembra do gosto, do gole a seco
Do paladar de adrenalina quente
Da saliva sugada
Do paladar desconhecido e agradável
Do exagero de sabor humano
Do rastro de catástrofe deixado
Só em fechar o olho sente
E não quer abrir
Quer lembrar e esquecer a todo tempo
Só pede a Deus uma cura
Antes de morrer com o medo
Que a vida vala a pena depois
Que não seja desperdiçada nem trocada
Como poema rabiscado
Querendo ser reescrito após amassado
O desejo foi libertado e volta a sufocar
Bem pior que antes
Agora era questão de tempo
Para a memória invadir de tocaia
De cada palavra e suor voltarem ao lugar
Como se adiantasse
Na entropia humana
O sentimento misturou com medo
A desordem do caos foi absorvida
E veio a tona
Desejada
Polida
Catastroficamente planejada
E ao mesmo tempo a calmaria
Da perfeição humana em fazer sentir
E sentir muito
E não querer mais nada
Além do momento
E a pobre alma pede a Deus
Um minuto de paz após
Que seu coração rasgado
Estilhaçado
Se regenere
Como a pele queimada
Que a ferida aberta se feche
Não devia ter machucado
Porque não havia lança
Nem arma
Só a carne delirante
Carne com carne
Como paleolíticos ancestrais
Como lobos famintos
Sensíveis ao cheiro de sangue
Sensíveis a qualquer movimento da presa
Num único desejo de devorar se devorou
Se isso não for suficiente
Reza a todo momento
Que o fim eminente
Rasteje como anfíbio
Demore a chegar
Ou nunca chegue ao destino
Que cada moldura de visão
Seja deixada coberta para sempre
Assim como a neve sobre o Terra
Acalanta com a proteção
Completamente transparente
Mas com fervor de avalanche
Que ela seja feliz sem
Sem e sempre
Para dominar todo o seu ser
Só gastou uma piscada
Não foi nada mas foi tudo
E foi o bastante
Se sentiu arrebatada
Agora cabe ao coração esquecer
Tarefa mais difícil
No tortura do querer
Se desfez a ânsia do medo
E subiu a franqueza do querer
Ansia por mais e não ter
E jamais vai esquecer
Dos momentos que sentiu
Seu coração bater
Ainda mais naquela hora
Saltando pela boca
Abraçando suas veias
Como se sua vida dependesse totalmente
Do momento que viveu
E depois só restou o fim
Mas ainda que não reste nada
Que o sentimento adormeça finamente
Que no dia da morte
Tenha amostra do que viveu
E será totalmente livre
Para dizer em voz alta o que sentiu
Discrepando as palavras pelo ar
Faltando ar para viver
Não mais em sua realidade
O total se desfez
E ficou tudo bem
Sentimento confuso chamado paixão.
O sentimento confuso é essa tal de paixão.
Vem na espreita como uma simples emoção.
O sentimento confuso chamado paixão medesestabiliza por inteiro com um simples olhar dela na multidão.
O sentimento confuso que surge do nada
Chamado paixão, que com um simples sorriso dela me deixa em suas mãos.
O sentimento confuso chamado paixão que me deixa envergonhado com um simples toque de suas mãos.
O sentimento confuso chamado não me arraste para uma nova ilusão.
Sobreviver...
Minha vida...
Sem paixão,
Sem cor,
Sem tempero.
Nada move meu coração,
Nada agita meus temores,
Nem esquece meus amores.
É o nada... do nada.
Apenas SOBREVIVER.
E assim,
a cabeça dói,
O coração palpita,
Não de amor,
mas de tremor.
Minha vida sem jeito,
Sem graça,
Sem sal,.
Meu dia a dia,
na solidão,
na ansiedade,
Na escuridão.
MUSA
Seus cabelos são cascata,
Nos ombros de pura alvura.
És minha paixão abstrata,
Coroada de brandura!
Nessa ilusão cinzelada,
A sua rara candura,
Dessa musa cintilada,
Em infinda formosura
Oh deusa da minha vida!
Nos lábios, rubra cor.
És a doce prometida,
Que aliança o meu amor.
Hei de admirar-te despida,
Sendo o seu servo e senhor!
Há acontecimentos na existência que marcam como amor ou paixão avassaladora. E, às vezes, tentamos reescrever essa história — mover o enredo, deslocar o sentimento, transplantar a emoção para outro contexto, outra pessoa, outro encantamento. Mas não funciona.
No universo emocional, certos eventos só acontecem uma vez.
Não é possível reconstruir o que o caos, em sua precisão secreta, nos ofereceu como vivência única.
Há experiências que pertencem a um instante irrepetível, e nenhuma tentativa humana consegue reescrever aquilo que nasceu para acontecer apenas naquele momento — e nunca mais. Evan do Carmo
(Sem Você Não Dá)
Um toque, um beijo teu, uma paixão
Me envolve, me envolve
O amor fala mais alto que a razão
Domina o coração
Se o vento sopra em minha direção
Eu corro de volta
Te amo e te falo na canção
O nosso amor é o que importa
Eu não consigo viver sem você
Volta depressa
Tenho muito amor pra te dar
Volta, meu amor, vem comigo
Sem você, não dá, não dá
Fica comigo
Sem você, não dá...
By-Marcélio
ACREDITAS!
As lembranças que magoam
O sentimento da paixão.
Histórias que não são contadas
Pela verdade e nem pela imaginação.
Tenho esperança do retorno
Que nunca volta para casa.
Prefiro viver as minhas
Sinceras fantasias voando sem asas.
Viver na ilusão,
E saber que o teu sim
Nunca foi pela razão,
Mas sim pela circunstâncias,
Da emoção.
Eu sei que não sou como você quis.
Não sou o teu sonho de amanhã.
Não tenho horas e nem minutos.
Mas posso te dizer que o meu amor,
É como as estações
Primavera, outono, inverno e verão.
Tenho um renascimento do amor
Nos dias curtos, no frio um cobertor,
E nos longos dias de sol,
Sou a tua sombra para te proteger do calor.
Acredita sou o teu inicio da história,
Sou o mapa do teu caminho,
A verdade sobre a mentira,
A esperança em um beijo
Descrito em um pergaminho.
Sou o teu início,
Sou o teu em mim.
Sou o teu vício,
Sou o teu em ti.
Acreditas! As lembranças
Não são feitas de saudades.
E que o nosso amor é único,
E vive das nossas cumplicidades.
Acreditas, a paixão,
Só nasce com as felicidades.
Acreditas! Acredita...
Coração.
Nas verdades.
Autor: Cássio Charles Borges
Bigorna.
A vida é um oceano de sentimentos infinitos.
Nele, a paixão surge como fogo breve: ardida, quente, intensa, mas passageira.
Logo atrás, espera o amor — silencioso, paciente, profundo.
Mas entre a paixão e o amor erguem-se muralhas: angústia, insegurança, desespero.
São martelos que batem nas cicatrizes do passado, transformando lembranças em peso, e o peso em prisão.
Pensamos demais, e ao pensar, colocamos os problemas na frente daquilo que poderia nos salvar.
Deixamos que a dor ocupe o espaço que pertence ao amor.
E assim, o coração se torna campo de batalha: entre o que arde e o que cura, entre o que corrói e o que liberta.
Talvez o segredo não esteja em expulsar a angústia, mas em atravessá-la.
Não em negar a insegurança, mas em reconhecê-la como parte da jornada.
Porque só quem enfrenta o desespero pode compreender a profundidade do amor.
E no fim, é o amor que permanece — não como chama, mas como raiz.
Faz-me um favor, por gentileza:
não chame de amor o que nunca foi,
nem de paixão essa dúvida disfarçada
nesse dilema antigo.
O drama que encenamos foi mera ficção turbulenta,
um feitiço que jamais surtiu efeito.
No teatro da vida, não há redenção
quando a plateia não se comove com o personagem.
O que houve já se foi —
envolto nas sombras do passado,
rindo de nós,
como quem já conhece o fim da história.
Te mandei flores e versos no cartão,
palavras escritas com a força da minha paixão.
Naquele momento, você virou o rosto, ignorou.
O tempo caminhou… e num canto esquecido,
encontrei no lixo as flores que te enviei,
e o cartão — aquele que falava do meu amor —
você rasgou.
Rasgou sem dó, sem pena, sem olhar pra trás.
E ali, entre pedaços de papel e sentimento,
percebi que a minha doutrina do amor
carrega três códigos: sentimento, razão e dor.
Porque quando um homem entrega o coração
e não é correspondido,
ele aprende na pele que até um homem de bem
pode parecer um bandido
aos olhos de quem nunca quis compreender.
A resposta que você nunca mandou…
eu entendi.
O silêncio falou por você
e meu coração aprendeu a escutar
o que suas mãos fizeram questão de rasgar.
Acelera o teu coração, não apenas no compasso da paixão, mas também no ritmo da vida.
Corre para junto de mim, como quem busca abrigo, e também como quem persegue um sonho.
Que cada batida seja um passo, e cada passo seja um destino.
Assim, eu continuo — de encontro à felicidade, seja ela o abraço que me espera ou a estrada que me guia.
Se envolver com a paixão é entrar numa guerra silenciosa entre dois corações que se procuram e, ao mesmo tempo, se teme. É um caso de dois seres separados que vivem um conflito íntimo, onde o desejo ferve, o ciúme arde e o silêncio pesa.
A paixão, quando nasce como vulcão indomável, ultrapassa qualquer limite: explode, transborda, atropela as regras que antes pareciam firmes. Ela não pede licença; apenas invade, consome, domina.
Afinal, a paixão não é amor.
É uma chama veloz, inquieta, que se alimenta do que encontra: um corpo frágil, uma alma desarmada, um coração que ainda não aprendeu a se proteger.
A paixão é sentelha voraz, que busca hospedeiro para se incendiar. Não pensa, não pondera, não descansa.
Vive sem lógica, sem razão, sem freios.
Mas é justamente nesse caos que mora a sua beleza:
a paixão é o descontrole que anuncia que somos vivos,
é o perigo que nos força a sentir,
é o abismo que nos convida a saltar
mesmo sabendo que só o amor, sereno e maduro,
pode nos segurar.
Recado dado
Foram tantos dias de apego, de paixão forte,
foram tantos dias de esforço e luta pelo que naquele momento fazia todo o sentido,
depois do adeus, o que era prioridade foi dissolvido através do sopro de uma flauta e ganhou o vazio das multidões,
agora, a felicidade escolheu me reencontrar e por intermédio do canto dos pássaros do amanhecer veio me avisar sobre o verdadeiro amor pelo qual eu deveria me entregar.
o recado foi dado e a promessa foi oferecida.
O que vem depois da paixão?
A aceitação do outro como é, real,
a paciência das diferenças, o querer ajudar, é o cuidar, zelar.
O que vem depois da paixão?
É o compreender que somos pessoas individuais, com propósitos juntos.
O que vem depois da paixão ?
É o respeito mútuo, a cumplicidade, a diversidade de ideias. O aconchego, as palavras que curam.
O que vem depois da paixão?
O amor genuíno.
- Cintia Verissimo
❝ ...Hoje meu coração mais leve, sinto a magia no ar.
Não é a paixão que arde, mas o amor que acolhe e fica. Em seu olhar, encontrei a pausa que a vida me negava. Onde a pressa do mundo finda e a alma se purifica, No silêncio que nos une, o tempo não se gastava...❞
----------- Eliana Angel Wolf
Diante de uma porta fechada, não force a entrada. Busque as janelas abertas pela paixão, pela diversão e pelos amores que dão leveza à vida. Encontre força no aconchego de um bom café e na luz de gente bonita que traz inspiração.
Como a água, que flui sem discutir com os obstáculos, contorne as ofensas. Quem fere é apenas uma pedra no seu caminho; você é o rio que segue. Ame sem cobranças, nutrindo seu próprio valor. Essa é a chave, pois você é verdadeiramente insubstituível... nessa nossa vida da gente.
Alexandre Sefardi .
