Textos para os meus Amigos Loucos
Amor fractal!
"Foram tantos os meus amores...!
Disseram-me que para quem tanto amou,
estar só é ironia.
-Chegastes...
Mas, eu já tinha saído por aí perdida na multidão das desilusões.
-Demorastes...
Nunca perdestes essa mania de atrasar-te."
Haredita Angel
19.03.22
Desorientada pelos meus instintos, me permito todas as divagações, fantasias e obsessões.
Eu tenho uma mentalidade e um universo muito próprio, muito pessoal.
Minhas palavras cuidadas o incomodam. Se não explico, pareço louca. Se explico, sou louca.
A sua maneira de me ver que define sua opinião.
Eu não sou uma pessoa terminada, eu não quero rótulos, não sou produto, sou só coração, emoção e desejo nessa louca necessidade de ilusão e para imensamente mais do que aquilo que o cotidiano me oferece.
Vivo em um meio que me parece eterno. Um meio que me inspira escrever, ser e mudar a cada dia.
Frente ao inegável fato de que a existência humana é louca, casual e sem finalidade, quando se trata de ser quem eu sou, a autenticidade é mais importante do que a coerência.
Só sei que estou preparada para quebrar minha cara, porque eu posso ser louca, boba e infantil, mas eu não sou medíocre.
Entre nós falta um bocado de seriedade e maturação, e escrever é o meu antídoto anti todo o amor que não há.
Yana YaYa (Março, 2025).
"Ela é louca, mas é mágica. Não há mentira no seu fogo." (Charles Bukowski)
Obrigada, Deus…
por estar nos lugares onde meus olhos não veem
e por cuidar dos detalhes que meu coração esquece.
Pelo silêncio que protege,
pelo tempo que ensina,
pela paz que chega sem alarde.
Sei que, mesmo quando não percebo,
o Teu amor me cerca, me sustenta, me guia.
E é por isso que confio:
porque tenho um Deus que cuida…
até do que eu nem sei pedir.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Seu cheiro ficou comigo
Após este breve adeus
E ter-te nos braços meus
Ficou a inocência de seu odor
Misturados com seu calor
Nos labirintos do lençol
Enlaçados com a turbação
Do pensamento sem noção
Gravados no sentimento
Inebriando o contentamento
Com resíduos de nossa paixão
Que naufragaram na minha emoção
É pura essência de hortelã
Que bem cedo, ainda pela manhã
Exala por todos os meus poros
Em eternos cânticos sonoros
Dissolvendo minh'alma em ti
Acordando o meu coração
Marejado de saudosa comoção
Da necessidade de você ter partido
Mas, seu cheiro ficou comigo
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/02/2019
Rio de Janeiro, RJ
ODISSEIA (soneto)
Minha saudade de querer-te, ideia
Meus dias poetam versos em te ter
Pois vives no meu viver sem tu crer
Numa saudade de vida em odisseia
Não é só uma razão no meu querer
És o enamorar em noite de lua cheia
Mistérios pra que minh'alma te reteia
E contos de amor escritos pra eu ler
Já tantas vezes lidos, no céu, na areia
Relidos nos sonhos do meu entardecer
É tão presente numa clássica epopeia
És o meu amor, a aurora no amanhecer
Quem no meu palco encenou a estreia
Enlouquecendo por inteiro o meu ser
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
16/06/2016, 17'26"
Cerrado goiano
SONETO À DEUS
Louvor, Senhor, meus versos são pra ti
Ainda que os homens te vejam ausente
E os olhos mortais, no pecado pendente
O meu crer te demanda por toda a parte
Tu que habitas o amor, nos céus assente
Tenhas compaixão de mim, ó Pai baluarte
Alveje a minha razão pra assim adorar-te
Evitando coração perverso, vorazmente
Que és necessário pra eu ser comparte?
Nos ensinamentos e, assim, cabalmente
Envolvendo de luz numa fé que me farte
Oh! Dá-me conselho ao corpo e a mente
Pra a alma, que não morre, o céu dessarte
E me conduz à Tua vontade, integralmente
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
31/03/2017
Cerrado goiano
Em agradecimento
termo
meus poemas são meus olhos
falam com o juízo do coração
na alma destrancam ferrolhos
enferrujados pela corrosão
dos desprezos e embrulhos
dos enganos da emoção
e mesmo assim,
entre rimas de dor
que escrevo sem fim
teimo nas estórias de amor
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril, 2016 – Rio de Janeiro, RJ
Desfolhos
Do outono no cerrado e seus desfolhos
Minha saudade caia ao chão fragoso
Do meus ásperos e mirrado tristes olhos
Em tal lira de verso aflito e rancoroso
Nos ventos secos e enrugados chiavam
Os gritos da noite numa solitária canção
Onde lembranças aos astros clamavam
Esmolando do silêncio alguma atenção
Só um olhar neste brado de compaixão
Um olhar, um eco, uma mão...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/04/2016, 18'00" – cerrado goiano
PÁGINA ÍNTIMA
Meus poemas tão cheios de ilusão... os perdi
os deixei de cantar, mansos, estão no destino
apertando a sensação, tão solitários, os dilui
lastimando ou rindo no meu poético destino
Era boa canção de um coração de um menino
singelos versos, e que não feria, se então sofri
feliz fui, muito adquiri no trançado do figurino
pois não sabendo, entretanto, que iniciava ali
Aí, cada pranto, cada sorriso, cada um norte
e a sorte, a quimera, a inspiração, ora brando
ora forte, mas sempre com o sonhador porte
Ó página íntima, tão cheia de ilusão querida
Da lembrança, saudade, a lágrima chorando
Sigo eu em outros poemas, à minha vida! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 25/07/2021, 15’55”
POÉTICA CONFISSÃO
Leia-te nos meus lhanos versos singelos
Que o meu coração tem para te poetar
São talhados com tão aguçados cutelos
Da minha inspiração, para lhe ofertar...
Tem amor nos detalhes, e nos paralelos
Do desejo, almejo, e sentimento a arder
Deixa dar-te em pensamentos donzelos
Encanto, tal o luar dum impar anoitecer
Estes foram feitos para ter-te sensação
Afagos, beijos, e muita, muita emoção
Pois, o verso guarda o amor enamorado
Então, amo-te demais, e mais a paixão
E, em prosas puras para ti, essa canção:
- a poética confissão de um apaixonado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/09/2021, 05’38” – Araguari, MG
SAUDADE
De quem é esta saudade
que meus silêncios invade,
que de tão longe me vem?
De quem é esta saudade,
de quem?
Aquelas mãos só carícias,
Aqueles olhos de apelo,
aqueles lábios-desejo...
E estes dedos engelhados,
e este olhar de vã procura,
e esta boca sem um beijo...
De quem é esta saudade
que sinto quando me vejo?
(in Velha poesia, 1965)
Queria...
Queria falar dos meus lamentos
Mas, de que adiantaria falar deles,
Se nada resolveria neste momento.
Queria então falar das minhas tristezas
Dos meus dias de angustias
Mas, nada resolveria dentro deste contexto.
Posso escrever muitas coisas tristes
Em cada verso uma história diferente
Em cada linha um pedaço de mim
É tão curto o tempo e tão longa a espera
Meu intimo clama tua ausência
E a noite silenciosamente repousa.
Tantas vezes olhei o céu infinito
Salpicado de estrelas cintilantes e
Confidenciei meus segredos.
Ouço o som do vento e através dele
Vêm as repostas do que espero
E com ele à busca do meu paradeiro...
Sinto o coração apertado e a cabeça doendo. Os meus monstros ainda estão no armário e lá fora tem apenas o vazio da noite, assim acredito. Fecho os olhos, o sono está atrasado novamente, deve ter se perdido em alguma esquina qualquer. Meus sonhos ficaram com ele e eu os preciso, porque aqui só tenho lembranças que não me importam, na verdade importam e muito. O relógio bate seu eterno tic-tac, marca que são 3:21, será que meu sono não virá hoje?
O armário começa a sacudir, eu desço da cama, o chão está frio, eu abro o armário e de lá saem os monstros, lembranças, muitas lembranças. Não são ruins, ao contrário, são muito boas, mas o que me mata é que acabaram tudo bem, nada é eterno.
Deito em minha cama com a caixa de fotografias enquanto o sono não chega e uso minha imaginação, porque ela me leva para a eternidade.
Nossa vida é movida por sonhos , mas infelismente alguns estão fora de alcance.
Já tive os meus, o que eu achava ser o maior e mais importante, quando te conheci se tornou uma coisa sem valor algum.
Ainda tentei, mas porsseguir com isso era desistir de você, do que adiantaria dinheiro e fama sem você por perto.
Estou em busca da minha felicidade, onde já a encontrei um dia , pretendo retoma-lá.
Não me arrependo por nada, pois estou lutando pela minha felicidade.
Se um dia não conseguir o objetivo a frustação vai ser menor, porque ao menos te busquei, ao menos lutei por ti.
Posso ouvir sua voz em meus pensamentos.
Esse seu mundo estranho me assusta.
Sua indecisão para as coisas ás vezes me machuca.
E me entristece saber que algum dia olharei para você e não poderei nem sequer te tocar, te abraçar, te beijar.
Penso em um fina junto ao teu lado, mais quando ele chegará? Não consigo mais esperar.
Não quero me afastar, só não queria te amar.
As vezes me pergunto: Quem entende você? Será que alguém pode me dizer?
Seu olho, seu sorriso, seu jeito de me iludir me encanta.
Agora me diga, o que você ganha com tudo isso?
Combater com meus próprios sentimentos? Distraída por devaneios que assombravam minha mente, sem resultados, me perdia em perguntas sem respostas e memórias fotográficas. Talvez a história ficasse mais fácil! Não estava dando prioridade á mim e ainda forçava um sorriso torto.
- Alô? No silêncio, um suspiro aveludado. Não sabia se desmoronava ou me edificava, mas insisti: - A alguém ai? Nada suave, uma voz rude e nada siguinificativa pra mim:
- Valentina dessa! Alguém há espera.
Meus olhos me iludem
"Meus olhos me iludem
Meus sentimentos me dominam
Minha mente me confunde...
Lágrimas angustiadas escorrem em meu rosto
Já não sinto mais nada a não ser uma paixão inacabada
Meu corpo parece imóvel
Mexendo-se apenas para enxugar o sangue que transborda de minhas veias
por cortes que eu mesma fiz em meu corpo
Estou num prolongado desespero
que teima em permanecer comigo
O desespero da dor
O desespero da paixão
que um belo dia acertou meu coração solenemente,
mas que foi me tornando uma condenada em sentí-la
Até mesmo meus sentidos eu não tenho mais
Não sinto mais nada que não seja esse doce - amargo sentimento que me
consome..."
Meus olhos são mais que castanhos,
São multicores.
Minha boca é mais que bonita,
É meu cartaz aberto ao público.
Minha pele não é só alva,
Tem marcas negras como tatuagem, eternas...
Meu corpo é mais que aparência
É meu instrumento sagrado, bendito, colocado em holocausto se for preciso.
Minhas mãos são mais que delicadas,
São fortes, capazes...
Elas escrevem o grito da minha alma.
Poetizar você
Nas entranhas da minha mente
No fundo do meu coração
Nos meus mais singelos gestos
Quando Deus criou a beleza
Você foi a mais linda criação
Poemas em meus pensamentos
A mais bela letra de uma canção
Poesia de minha inspiração
Visão mais bela do meu olhar
Bater mais forte, do meu coração
Em cada gesto, em cada toque
Você me faz poetizar
Teu nome rima com amor
Tu és a mais bela flor
Teu abraço, me faz calor
Você é e sempre será
Um lindo poema de amor
Que sempre irei lembrar.
Ah, que tranquilo...
Estar completando
Meus vinte e cinco anos.
Tendo meu momento: "recordações"...
Lembrei-me de tudo até aqui.
Dos vestidos floridos,
Do quintal e as brincadeiras com os primos.
Ri sozinha lembrando-me do tombo de bicicleta,
Dos doces preferidos.
Morri de saudade do meu primeiro cachorro: "o Xuxo".
Da vó descascando laranja,
Do meu vô Laudy, torcedor do fluminense,
Que era tudo para mim.
Do vô Taica, que era portelense
Com raízes em Realengo,
Cheio do samba no pé.
Apertou o coração quando pensei no Juninho,
Meu tio, meu preferido, meu Down.
Diante de tantas lembranças,
Uma fez-me encher os olhos de lágrimas soltas,
Uma fez-me pulsar descompassado o coração...
Foi imaginando meu pai vendo-me completar vinte e cinco anos...
O abraço,
O sorriso nos lábios,
A satisfação de ver sua filha mais velha,
Ser gente boa,
Cheia de defeitos
Mas com princípios e preceitos.
Nasci no dia 27 de março de 1986, no Estácio de Sá, na Cidade Maravilhosa.
Hoje, no dia 27 de março de 2011, completo meus vinte e cinco anos.
Obrigada, Senhor, por ter chegado até aqui!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp