Textos Gabriel Garcia
Acabou pensando nele como jamais imaginara que se pudesse pensar em alguém, pressentindo-o onde não estava, desejando-o onde não podia estar, acordando de súbito com a sensação física de que ele a contemplava na escuridão enquanto ela dormia, de maneira que na tarde em que sentiu seus passos resolutos no tapete de folhas amarelas da pracinha custou a crer que não fosse outro embuste da sua fantasia.
Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte.
Me pergunto como pude sucumbir nesta vertigem que eu mesmo provocava e temia. Flutuava entre nuvens erráticas e falava sozinho diante do espelho com a vã ilusão de averiguar quem sou. Era tal meu desvario, que em uma manifestação estudantil com pedras e garrafas tive que buscar forças na fraqueza para não me colocar na frente de todos com um letreiro que consagrasse minha verdade: Estou louco de amor.
Desde então comecei a medir a vida não pelos anos, mas pelas décadas. A dos cinquenta havia sido decisiva porque tomei consciência de que quase todo mundo era mais moço que eu. A dos sessenta foi a mais intensa pela suspeita de que já não me sobrava tempo para me enganar. A dos setenta foi temível por uma certa possibilidade de que fosse a última. Ainda assim, quando despertei vivo na primeira manhã de meus noventa anos na cama feliz de Delganina, me atravessou uma ideia complacente de que a vida não fosse algo que transcorre como o rio revolto de Heráclito, mas uma ocasião única de dar a volta na grelha e continuar assando-se do outro lado por noventa anos a mais.
Amor não correspondido
Passo dia e noite,
Pensando em você,
Por mais que me esforce,
Não consigo te esquecer,
Reflito o que sinto,
E o que poderia acontecer,
Mas só se tornaria possível,
Se estivesse com você,
Bem que me avisaram,
O amor não é recíproco,
Enquanto arde como fogo em um,
No outro não há sentimento algum,
Aí eu fico imaginando,
Como seria o meu futuro ao seu lado,
E só tenho uma resposta,
Ficaria maravilhado
E feliz aos seus braços
Ao mesmo tempo,
Penso como seria com outra pessoa,
E sinceramente só vejo coisa boa,
Descobri que não é a pessoa que me deixa feliz,
É sim o seu jeito de agir e de pensar,
De não achar que é a única pessoa nesse lugar,
Que só você pode amar e se apaixonar,
Como se o mundo fosse seu altar e você uma rainha,
Mas como não gosto de trabalhar no futuro,
Vamos abrir a mente e pensar,
Vamos fazer do presente,
Que hoje está,
O nosso lugar,
E nós alegrar,
Pois pelo menos podemos fazer nossas escolhas,
Mas cuidado novamente,
Pois se ficar negando o que sente,
Depois não poderá arrumar o que vem pela frente.
Para não ficar doente,
Pensando no passado,
E nas pessoas que haviam te amado,
E que hoje já não está ao seu lado
Se as minhas mãos pudessem desfolhar
Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!
AR DE NOTURNO
Tenho muito medo
das folhas mortas,
medo dos prados
cheios de orvalho.
eu vou dormir;
se não me despertas,
deixarei a teu lado meu coração frio.
O que é isso que soa
bem longe?
Amor. O vento nas vidraças,
amor meu!
Pus em ti colares
com gemas de aurora.
Por que me abandonas
neste caminho?
Se vais muito longe,
meu pássaro chora
e a verde vinha
não dará seu vinho.
O que é isso que soa
bem longe?
Amor. O vento nas vidraças,
amor meu!
Nunca saberás,
esfinge de neve,
o muito que eu
haveria de te querer
essas madrugadas
quando chove
e no ramo seco
se desfaz o ninho.
O que é isso que soa
bem longe?
Amor. O vento nas vidraças,
amor meu!
MINHA DEMÊNCIA
Não é fácil definir minha personalidade. Não a tenho. Um dia sou uma coisa (coisa literalmente); no outro dia sou outra. Vivo em constante metamorfose reversível, não como o personagem kafkiano que foi se transformando de gente em barata e nunca mais voltou a ser gente. Meu caso é diferente. Um dia me sinto muito gente, grande até. No outro me percebo como uma bosta fedorenta e desprezível. Tudo depende de como consigo aceitar ou não a loucura de um mundo formado por hipócritas, cretinos, violentos e, o que é pior, imbecis, já que, isso tudo somado, dá no que deu essa humanidade que integro, mas que abomino, desde que raríssimos são os que conseguem enxergar o óbvio. Quase todos são como vacas: seguem uns atrás dos outros, sem o cuidado de verem se quem lidera o rebanho tem capacidade para tanto. Mas o pior de tudo é que o mundo se divide em muitas boiadas, quase sempre comandadas por “touros” que se fazem senhores de todos, havendo mesmo aqueles que interferem nos destinos de quase todos os outros rebanhos. E os idiotas que vão atrás, por safadeza (os touros menores); preguiça mental, ou idiotia progressiva (os touros sem berros), sabem que não está bom, mas não se unem para tomar o comando para formar um sistema social onde todos comandem e ninguém mande, ou seja, onde cada um seja dono de si, respeitadas as individualidades para o bem-estar próprio de cada um ou do coletivo.
Isto posto, e como muitos males já me vêm de longa data, desde quando eu mal sabia como escrever uma carta anônima, mas identificável, para a desejável mulher do vizinho, comecei agora, já não muito longe dos finalmente da meia-idade, a perceber que uma certa demência pode aniquilar-me, se eu continuar dando apalpadelas nas bundas flácidas, fedorentas e horríveis dos meios políticos e sociais do mundo e do meu próprio país.
Informar-me já não me atrai com nenhum prazer; me deplora, deprime, convulsiona. A mesmice é um óbice repelente às forças progressistas, e o conservadorismo travestido de liberalismo falseia desavergonhadamente as idéias de um futuro solidário, de uma justiça independente, nunca refém da libertinagem ideológica da ditadura capitalista, do elitismo oligárquico ou individualista que estraçalha os seres de menor força e destrói o planeta a uma velocidade vertiginosa.
Ler as desgraças do mundo é algo que vem de encontrar-me apático, abatido, sem mais vontade de lutar, desde que o mal do ter sempre venceu a dignidade do ser e, à medida que o homem evolui em ciências exatas, ou mais se enfronha nos terrenos das humanidades, mais carrasco ele se torna, porque, paradoxalmente, a sabedoria o torna mais senhor de si e de outrem, prevalecendo mais e mais a falta de escrúpulos, de sentimentos de justiça e de “vergonha na cara”.
Ver e ouvir um político de cargo de comando ou de Leis, ou qualquer outro cargo de alto, médio ou baixo escalão, ocupar postos ilegitimamente (pelo voto da ignorância, por enxertos de recursos corporativistas, pelo dom maldito da palavra, rica de retórica e paupérrima em sentimentos), tanto em meu país quanto em qualquer parte do mundo, chega a causar-me uma sensação de ódio mortal e a tirar-me muitos momentos de sono e de serenidade.
Passo horas a fio analisando injustiças, indiferenças com o terrível sofrimento de bilhões de pessoas subjugadas pelo neoliberalismo nefasto e dadivoso com a cruel macro-economia que destrói o bom senso, que afasta homens sem caráter e nenhum escrúpulo dos problemas que impingem dores inenarráveis aos pouco bafejados pela sorte, ou que não tiveram como alcançar o reino do roubo, da corrupção e da insensibilidade.
Passei muitos anos da minha vida sonhando que um dia eu não veria mais famintos, nem seres como eu vivendo pelas ruas, sem-educação, sem-teto, sem-terras, sem-respeito, sendo violentados em seus legítimos direitos, desde que nascidos seres vivos pensantes.
As classes mas abastadas dão as costas a esses humanos que povoam o mundo em condições piores do que vermes, pois vermes estão sempre em seus devidos lugares. Não lhes interessa, ou por imbecilidade ou por medo de que desiguais se tornem mais iguais, repartir conhecimentos, bens morais e materiais. Então se arvoram de donos do mundo e, embora vão servir de comida para os mesmos vermes que devorarão os miseráveis, ou virarem cinzas num forno crematório, sempre julgam que isso é algo que o dinheiro pode até minorar.
Tudo isto (poderia escrever mil páginas) embalado e, caprichosamente instalado em minha mente, me assusta e me dá sinais inequívocos de que não posso mais pensar. Minha impotência e minha insignificância ante os direitistas mal informados, sempre deu em nada, e agora, embora ainda precocemente, sinto que posso caminhar para uma demência incurável e ficar louco de vez.
Não posso mais tolerar o que vejo nem assimilar o que leio e ouço, sem que estremecimentos me abalem de maneira assustadora. Tenho medo de perder de vez a razão e sucumbir definitivamente.
Assim, é uma questão de lucidez para a sobrevivência o meu afastamento total e irrestrito dos problemas que minha incompetência não me permitem nem permitirão jamais resolver. As forças do mal já contaminaram, combaliram e aparvalharam os cérebros formados sob a égide da moderna barbárie do neoliberalismo.
Está aqui decretado o fim de um contestador, Nada impedindo que novos fatos positivos venham alterar esta minha decisão.
UMA MENSAGEM A GARCIA
Esta insignificância literária, UMA MENSAGEM A GARCIA, escrevi-a uma noite, depois do jantar, em uma hora. Foi a 22 de fevereiro de 1899, aniversário natalício de Washington, e o número de março da nossa revista "Philistine" estava prestes a entrar no prelo. Encontrava-me com disposição de escrever, e o artigo brotou espontâneo do meu coração, redigido, como foi, depois de um dia afanoso, durante o qual tinha procurado convencer alguns moradores um tanto renitentes do lugar, que deviam sair do estado comatoso em que se compraziam, esforçando-se por incutir-lhes radioatividade.
A idéia original, entretanto, veio-me de um pequeno argumento ventilado pelo meu filho Bert, ao tomarmos café, quando ele procurou sustentar ter sido Rowan o verdadeiro herói da Guerra de Cuba. Rowan pôs-se a caminho só e deu conta do recado - levou a mensagem a Garcia. Qual centelha luminosa, a idéia assenhoreou-se de minha mente. É verdade, disse comigo mesmo, o rapaz tem toda a razão, o herói é aquele que dá conta do recado que leva a mensagem a Garcia.
Levantei-me da mesa e escrevi "Uma mensagem a Garcia" de uma assentada. Entretanto liguei tão pouca importância a este artigo, que até foi publicado na Revista sem qualquer título. Pouco depois da edição ter saído do prelo, começaram a afluir pedidos para exemplares adicionais do número de Março do "Philistine": uma dúzia, cinquenta, cem, e quando a American News Company encomendou mais mil exemplares, perguntei a um dos meus empregados qual o artigo que havia levantado o pó cósmico.
- "Esse de Garcia" - retrucou-me ele.
No dia seguinte chegou um telegrama de George H. Daniels, da Estrada de Ferro Central de Nova York, dizendo: "Indique preço para cem mil exemplares artigo Rowan, sob forma folheto, com anúncios estrada de ferro no verso. Diga também até quando pode fazer entrega ".
Respondi indicando o preço, e acrescentando que podia entregar os folhetos dali a dois anos. Dispúnhamos de facilidades restritas e cem mil folhetos afiguravam-se-nos um empreendimento de monta.
O resultado foi que autorizei o Sr. Daniels a reproduzir o artigo conforme lhe aprouvesse. Fê-lo então em forma de folhetos, e distribuiu-os em tal profusão que, duas ou três edições de meio milhão se esgotaram rapidamente. Além disso, foi o artigo reproduzido em mais de duzentas revistas e jornais. Tem sido traduzido, por assim dizer, em todas as línguas faladas.
Aconteceu que, justamente quando o Sr. Daniels estava fazendo a distribuição da Mensagem a Garcia, o Príncipe Hilakoff, Diretor das Estradas de Ferro Russas, se encontrava neste país. Era hóspede da Estrada de Ferro Central de Nova York, percorrendo todo o país acompanhando o Sr. Daniels. O príncipe viu o folheto, que o interessou, mais pelo fato de ser o próprio Sr. Daniels quem o estava distribuindo em tão grande quantidade, que propriamente por qualquer outro motivo.
Como quer que seja, quando o príncipe regressou à sua Pátria mandou traduzir o folheto para o russo e entregar um exemplar a cada empregado de estrada de ferro na Rússia. O breve trecho foi imitado por outros países; da Rússia o artigo passou para a Alemanha, França, Turquia, Hindustão e China. Durante a guerra entre Rússia e o Japão, foi entregue um exemplar da "Mensagem a Garcia" a cada soldado russo que se destinava ao front.
Os japoneses, ao encontrar os livrinhos em poder dos prisioneiros russos, chegaram à conclusão que havia de ser cousa boa, e não tardaram em vertê-lo para o japonês. Por ordem do Mikado foi distribuído um exemplar a cada empregado, civil ou militar do Governo Japonês.
Para cima de quarenta milhões de exemplares de "Uma Mensagem a Garcia" têm sido impressos, o que é sem dúvida a maior circulação jamais atingida por qualquer trabalho literário durante a vida do autor, graças a uma série de circunstâncias felizes. - E. H.
East Aurora, dezembro 1, 1913
Uma Mensagem a Garcia
Em todo este caso cubano, um homem se destaca no horizonte de minha memória como o planeta Marte no seu periélio. Quando irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava a estes era comunicar-se rapidamente com o chefe dos insurretos, Garcia, que se sabia encontrar-se em alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mas sem que se pudesse precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente tinha que tratar de assegurar-se da sua colaboração, e isto o quanto antes. Que fazer?
Alguém lembrou ao Presidente: "Há um homem chamado Rowan; e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan ".
Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá-la a Garcia. De como este homem, Rowan, tomou a carta, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito, e, após quatro dias, saltou, de um barco sem coberta, alta noite, nas costas de Cuba; de como se embrenhou no sertão, para depois de três semanas, surgir do outro . lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregando a carta a Garcia - são cousas que não vêm ao caso narrar aqui pormenorizadamente. O ponto que desejo frisar é este: Mac Kinley deu a Rowan uma carta para ser entregue a
Garcia; Rowan pegou da carta e nem sequer perguntou: " Onde é que ele está?"
Hosannah! Eis aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze imarcescível e sua estátua colocada em cada escola do país. Não é de sabedoria livresca que a juventude precisa, nem instrução sobre isto ou aquilo. Precisa, sim, de um endurecimento das vértebras, para poder mostrar-se altivo no exercício de um cargo; para atuar com diligência, para dar conta do recado; para, em suma, levar uma mensagem a Garcia.
O General Garcia já não é deste mundo, mas há outros Garcias. A nenhum homem que se tenha empenhado em levar avante uma empresa, em que a ajuda de muitos se torne precisa, têm sido poupados momentos de verdadeiro desespero ante a imbecilidade de grande número de homens, ante a inabilidade ou falta de disposição de concentrar a mente numa determinada cousa e fazê-la.
Assistência irregular, desatenção tola, indiferença irritante e trabalho mal feito parecem ser a regra geral. Nenhum homem pode ser verdadeiramente bem sucedido, salvo se lançar mão de todos os meios ao seu alcance, quer da força, quer do suborno, para obrigar outros homens a ajudá-lo, a não ser que Deus Onipotente, na sua grande misericórdia, faça um milagre enviando-lhe como auxiliar um anjo de luz.
Leitor amigo, tu mesmo podes tirar a prova. Estás sentado no teu escritório, rodeado de meia dúzia de empregados. Pois bem, chama um deles e pede-lhe: "Queira ter a bondade de consultar a enciclopédia e de me fazer uma descrição sucinta da vida de Corrégio ".
Dar-se-á o caso do empregado dizer calmamente: "Sim, Senhor" e executar o que se lhe pediu?
Nada disso! Olhar-te-á perplexo e de soslaio para fazer uma ou mais das seguintes perguntas:
Quem é ele?
Que enciclopédia?
Onde é que está a enciclopédia? Fui eu acaso contratado para fazer isso ?
Não quer dizer Bismark?
E se Carlos o fizesse?
Já morreu?
Precisa disso com urgência?
Não será melhor que eu traga o livro para que o senhor mesmo procure o que quer?
Para que quer saber isso ?
E aposto dez contra um que, depois de haveres respondido a tais perguntas, e explicado a maneira de procurar os dados pedidos e a razão por que deles precisas, teu empregado irá pedir a um companheiro que o ajude a encontrar Garcia, e, depois voltará para te dizer que tal homem não existe. Evidentemente, pode ser que eu perca a aposta; mas, segundo a lei das médias, jogo na certa. Ora, se fores prudente, não te darás ao trabalho de explicar ao teu "ajudante" que Corrégio se escreve com "C" e não com "K ", mas limitar-te-ás a dizer meigamente, esboçando o melhor sorriso.` "Não faz mal; não se incomode ", e, dito isto, levantar-te-ás e procurarás tu mesmo. E esta incapacidade de atuar independentemente, esta inépcia moral, esta invalidez da vontade, esta atrofia de disposição de solicitamente se pôr em campo e agir - são as cousas que recuam para um futuro tão remoto o advento do socialismo puro. Se os homens não tomam a iniciativa de agir em seu próprio proveito, que farão quando o resultado do seu esforço redundar em benefício de todos? Por enquanto parece que os homens ainda precisam de ser feitorados. O que mantém muito empregado no seu posto e o faz trabalhar é o medo de se não o fizer, ser despedido no, fim do mês. Anuncia precisar de um taquígrafo, e nove entre dez candidatos à vaga não saberão ortografar nem pontuar - e; o que é mais, pensam que não é necessário sabê-lo.
Poderá uma pessoa destas escrever uma carta a Garcia?
"Vê aquele guarda-livros", dizia-me o chefe de uma grande, fábrica.
"Sim, que tem? "
"É um excelente guarda-livros. Contudo, se eu o mandasse, fazer um recado, talvez se desobrigasse da incumbência a contento, mas também podia muito bem ser que no caminho entrasse em duas ou três casas de bebidas, e que, quando chegasse ao seu destino, já não se recordasse da incumbência que lhe fora dada ".
Será possível confiar-se a um tal homem uma carta para entregá-la a Garcia?
Ultimamente temos ouvido muitas expressões sentimentais externando simpatia para com os pobres entes que mourejam de sol a sol, para com os infelizes desempregados à cata do trabalho honesto, e tudo isto, quase sempre, entremeado de muita palavra dura para com os homens que estão no poder.
Nada se diz do patrão que envelhece antes do tempo, num baldado esforço para induzir eternos desgostosos e descontentes a trabalhar conscienciosamente; nada se diz de sua longa e paciente procura de pessoal, que, no entanto, muitas vezes nada mais faz do que "matar o tempo ", logo que ele volta as costas. Não há empresa que não esteja despendindo pessoal que se mostre incapaz de zelar pelos seus interesses, a fim de substituílo por outro mais apto. E este processo de seleção por eliminação está se operando incessantemente, em tempos adversos, com a única diferença que, quando os tempos são maus e o trabalho escasseia, a seleção se faz mais escrupulosamente, pondo-se fora, para sempre, os incompetentes e os inaproveitáveis. É a lei da sobrevivência do mais apto. Cada patrão, no seu próprio interesse, trata somente de guardar os melhores - aqueles que podem levar uma mensagem a Garcia.
Conheço um homem de aptidões realmente brilhantes, mas sem a fibra precisa para gerir um negócio próprio e que ademais se torna completamente inútil para qualquer outra pessoa, devido à suspeita insana que constantemente abriga de que seu patrão o esteja oprimindo ou tencione oprimi-lo. Sem poder mandar, não tolera que alguém o mande. Se lhe fosse confiada uma mensagem a Garcia, retrucaria provavelmente: "Leve-a você mesmo".
Hoje este homem perambula errante pelas ruas em busca de trabalho, em quase petição de miséria. No entanto, ninguém que o conheça se aventura a dar-lhe trabalho porque é a personificação do descontentamento e do espírito de réplica. Refratário a qualquer conselho ou admoestação, a única cousa capaz de nele produzir algum efeito seria um bom pontapé dado com a ponta de uma bota de número 42, sola grossa e bico largo.
Sei, não resta dúvida, que um indivíduo moralmente aleijado como este, não é menos digno de compaixão que um fisicamente aleijado. Entretanto, nesta demonstração de compaixão, vertamos também uma lágrima pelos homens que se esforçam por levar avante uma grande empresa, cujas horas de trabalho não estão limitadas pelo som do apito e cujos cabelos ficam prematuramente encanecidos na incessante luta em que estão empenhados contra a indiferença desdenhosa, contra a imbecilidade crassa e a ingratidão atroz, justamente daqueles que, sem o seu espírito empreendedor, andariam famintos e sem lar.
Dar-se-á o caso de eu ter pintado a situação em cores demasiado carregadas? Pode ser que sim; mas, quando todo mundo se apraz em divagações quero lançar uma palavra de simpatia ao homem que imprime êxito a um empreendimento, ao homem que, a despeito de uma porção de impecilhos, sabe dirigir e coordenar os esforços de outros e que, após o triunfo, talvez verifique que nada ganhou; nada, salvo a sua mera subsistência.
Também eu carreguei marmitas e trabalhei como jornaleiro, como, também tenho sido patrão. Sei portanto, que alguma cousa se pode dizer de ambos os lados.
Não há excelência na pobreza de per si; farrapos não servem de recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, da mesma forma que nem todos os pobres são virtuosos.
Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha conscienciosamente, quer o patrão esteja, quer não. E o homem que, ao lhe ser confiada uma carta para Garcia, tranquilamente toma a missiva, sem fazer perguntas idiotas, e sem a intenção oculta de jogá-la na primeira sarjeta que encontrar, ou praticar qualquer outro feito que não seja entregá-la ao destinatário, esse homem nunca, fica "encostado" nem tem que se declarar em greve para, forçar um aumento de ordenado.
A civilização busca ansiosa, insistentemente, homem nestas condições. Tudo que um tal homem pedir, ser-lhe-á de conceder. Precisa-se dele em cada cidade, em cada vila, em cada lugarejo, em cada escritório, em cada oficina, em cada loja, fábrica ou venda. O grito do mundo inteiro praticamente se resume nisso: Precisa-se, e precisa-se com urgência de um homem capaz de levar uma mensagem a Garcia.
ANJO GABRIEL
Amo um garoto
seu nome é gabriel
um garoto bonitinho
um anjo que caiu do céu
um anjo que não podemos machucar
um anjo que não podemos magoar
um anjo que não podemos ferir
mas sim um anjo que podemos amar
gosto de te abraçar
por que me sinto segura
por que teu corpo me aquece
e as vezes até cura.
pena que não posso sempre te abraçar
pena que não posso te beijar
pena que não posso te amar
mas só basta um minuto perto de ti
para nas nuvens flutuar.
Nesse mundo de ilusão
As vezes machuca meu pobre coração
Esses amores que vem e que vão
Acabo sendo boba,e agindo pela emoção.
Mas você não
Você é diferente
Me dá carinho,amor
Age como gente
Mas será que estou serta?
Será que vc me ama?
ou só me engana?
Será que é paixão ?
No nosso coração?
Tantas perguntas de amor
E as veses até de dor.
Vou te contar uma verdade
É a mais pura realidade
Posso não saber o que é namorar
Posso não saber até mesmo beijar
Mas sei muito bem o que sinto por você
É amor
E sei que nunca vai acabar.
Esse poema é só para vc
Meu sol
Minha luz
O meu lindo
Bem querer
Anjo Gabriel,meu lindo nascer!
CARTAS SAUDADES
Feito um tornado a saudade misturou dentro de mim a tristeza com a felicidade. Bastou sua imagem aparecer na minha mente para começar a sentir uma alegria incontida derramar sobre os meus instintos pelo simples fato de saber da sua existência, porém ela veio seguida de um mórbido desanimo por você não estar aqui comigo.
Às vezes tento entender o que acontece com o tempo quando ficamos juntos, meu relógio mede as horas de uma forma diferente, pois cada minuto que passa parece um segundo e nunca é suficiente o tempo para conter a minha saudade. Talvez seja porque fico sorrindo feito bobo ao te ver ou quem sabe por nunca saber o que dizer. Mas o que devo fazer se gosto de admirar a sua beleza e fico paralisado na sua presença.
Sei apenas que me sinto especial quando estou próximo de você. A forma que fala de mim me faz acreditar que alguém melhor eu posso ser. Sinceramente não sei se é por amor ou por seu otimismo, mas parece que cada sonho agora se torna algo possível. Perdoe se às vezes mando mensagem o dia inteiro ou se telefono e muitas vezes não tenho o dizer, isso é apenas o reflexo do quanto quero bem você.
A saudade é o verbo de quem ama, eu sutilmente te amo perto ou longe, pois mora dentro do meu coração, te encontro nos meus sonhos, no rosto de estranho numa fila de banco e até mesmo no meu medo do amanha voltar a ser como antes. Por isso quero aproveitar a cada instante, nem que seja para passear de mãos dadas nas asas do vento, pois qualquer coisa com você se torna mágico momento.
Deus te colocou na minha vida para que eu pudesse ter um rumo, quanto tempo não passei vagando sozinho no meio de loucos e no escuro, mas bastou um raio da sua luz para romper com toda a escuridão. Agradeço a paciência, a cada gesto de carinho, a cada vez que pedi ajuda e você me socorreu sorrindo, por me fazer sentir saudades e por saber que ainda existe amor de verdade.
DESPERTA
Desperta, pois preciso de ti agora
somente o som da sua voz me acalma
induz minha alma a um estado de paz
tranqüilizando como somente você faz
Então me abraça e livra do pesadelo
retira do meu coração todo esse medo
pois algo na noite não me deixa dormir
conversa comigo oh meu pequeno elixir
Eu não sei o que seria de mim sem você
tanto amor e cuidado mesmo sem merecer
com paciência pra aceitar meus defeitos
e ainda ajuda a superar a cada momento
Mesmo sem nada pra oferecer está comigo
sempre pronto para dar seu ombro amigo
traz esperança ao que parece impossível
me enche de amor e transborda de carinho
Seus olhos são tão doces e tão bonitos
que chego a delirar e a ficar perdido
Ah se soubesse como é bom estar contigo
esqueceria de tudo e só ficaria comigo
O que sempre quis,
Sei que pode ser demais,
Quero alguns amigos legais,
Um bom emprego,
E de vez em quando algum dinheiro,
Sempre tento ser o melhor possível,
Tanto no amor,
Quanto com os amigos,
Na minha vida,
Como todas as outras,
Sempre há de ter problemas,
Alguns grandes,
Outros insignificantes,
Não posso reclamar,
Tenho quase tudo que desejo,
Coisas que quero,
Nenhum dinheiro tem como comprar,
São sentimentos que não tenho como explicar,
Já amei e fui amado no mesmo dia,
Assim como já fui rejeitado,
Mais nada me fez desistir de lutar pelos meus sonhos,
Sonhos esses que tenho desde pequeno,
Andar de avião,
Viajar por ai,
Coisas simples,
Mais de muito valor para mim,
Tenho muito que viver ainda,
E sei, que nem sempre o bom vai vim,
Quero aproveitar o máximo de minha vida,
E para isso vou dar o melhor de mim.
Amigo é antes de tudo "certeza" seu modo de agir é seguro e sua esperança trnaquiliza. Ele não apenas traz segurança. Ele é um pouco do que somos e, por isso mesmo, nos assegura que nunca estamos sem apoio. Amigo não concorda em tudo eles dizem verdades que doem mas também dizem verdades que curam! Corre risco de perder uma amizade, mas não deixa de sempre dizer a VERDADE!
As mais bonitas sementes de uma amizade são plantadas em um coração puro onde horizontes não possuem barreiras e o infinito e apenas o começo!
Muitos dizem que quem encontrou um amigo encontrou um tesouro, muitos dizem que amizade verdadeira duram para sempre, as amizades nascem do acaso ou de alguma força que faz de uma simples brincadeira unir duas pessoas, e a cumplicidade vai ganhando corpo é o desejo de está junto vai aumentando e com ele a sensação sempre boa do poder partilhar e de doar!
A muitos se diz que o amigo verdadeiro que se faz presentes nos momentos mais difíceis da vida, na aqueles momentos em que a dor parece querer superar o desejo de viver, amizade maior é aquela que o amigo seja capaz de esta ao lado do outro no momento de glória!
MINHA GRATIDÃO
Obrigado, Deus, por ter feito tudo perfeito, por ter me dado uma vida, ter me colocado em um lugar tão bonito cheio de verde e de arte, num planeta rico em vida. Obrigado, Senhor, por ter me dado inteligência, aprendi tantas coisas e a cada dia aprendo mais. É tão bom a gente acordar todos os dias e sair pela porta sabendo que existimos e que vivemos. Mas Pai, às vezes estamos tão preocupados com o nosso egoísmo que não paramos para observar o mundo e as suas imensas belezas. Não deixe, Senhor, que eu viva para mim, só para conseguir bens, mas que eu tenha só o essencial, só o que preciso para ser feliz, uma família, um lar, pão na mesa e, o mais importante, tempo para ficar com quem amo. Só preciso disso, Senhor, só disso.
Umbanda é amor
Umbanda não tem homens e não tem mulheres têm médiums, com a humildade visando a prática da caridade característica principal do culto; que este teria como base o evangelho cristão e como mestre maior Jesus. Onde os uniformes usados pelos médiums são brancos e a entrada descalços, onde todos os atendimentos são gratuitos. O altar não emprega luxos, não esperamos por milagres para testemunhos, pois milagres o fazemos a todo momento e o trabalho continua, não trazemos "demônios" assim como outras não expulsamos almas escuras, reconectamos o negativos para ajudar a trazer luz e doutrinando os enfermos ou enquanto outras trás vários tipos de espíritos todos os dias trazemos os mesmo por anos em função de ajudar o próximo. Mundo físico e espiritual se interagem juntos todos em prol da evolução, umbanda é sincretismo de vários elementos, não obriga a seguir nenhuma religião, a única coisa que umbanda vai lhe dizer é; COMO POSSO TE AJUDAR. Com os espíritos evoluídos nos aprenderemos com os atrasados nos ensinaremos assim a todos terão a oportunidade de comunicação, a verdadeira umbanda não faz maldades, não se vinga do vizinho ou do colega de trabalho não separa casamentos, não faz amarrações. A caridade o amor bondade humildade paz simplicidade dignidade união fé evolução, umbanda é todos os elementos positivo é a junção. Umbanda é uma religião que durará até o final dos séculos que é para harmonizar as famílias brasileiras. Sou filho de Deus e me orgulho de ser da umbanda.
"Quem vive de orgulho morre de saudade."
(Matheus e Kauan)
Você sabe que ela está sofrendo por essa separação. Ela te liga, você não atende. Ela te manda milhões de mensagens e você simplesmente ignora. Você ainda sente algo por ela, mas teu orgulho toma conta de você.
O tempo passa e com ele passará a vontade e a saudade que ela sente e, no dia em que você parar de pensar e resolver ligar, o telefone dela pode estar ocupado, ou então nem ser mais o mesmo...
Lendo 'Os idos de março' encontrei uma frase sinistra que o autor atribui a Júlio César: "É impossível não acabar sendo do jeito que os outros acreditam que você é". Não pude comprovar sua verdadeira origem na própria obra de Júlio César nem nas obras de seus biógrafos, de Suetônio a Carcopino, mas valeu a pena conhecê-la.
(Memórias de minhas putas tristes)
Se tem uma coisa que eu detesto nesse mundo são as festas obrigatórias em que as pessoas choram porque estão alegres, os fogos de artifício, as musiquinhas chocas, as grinaldas de papel de seda que não têm nada a ver com um menino que nasceu há 2 mil anos num estábulo indigente.
(Memória de minhas putas tristes)
" Olhos castanhos escuros tinha aquela garota, mas um olhar de menina adulta. Cabelos longos tão preto como o céu. Pele macia de um cheiro deslumbrante, dentes tão brancos que cegavam quem se atrevesse a lhe fazer sorrir. Aos olhos de todos uma linda e meiga garota, embora de um coração orgulhoso mas totalmente lindo. Sua maturidade é comparada há de uma pessoa bem sucedida na vida, mas ela tem apenas 14 anos, o que não a impede de ser bem sucedida, quando foi que citaram que se tem idade pra ser uma boa pessoa? Sua alegria é contagiante embora tenha uma expressão séria, porque nao deixa transparecer seu lado sentimental, pena daqueles que não há conhecem, sinto muita pena, pois eu conheço e sou bem mais feliz por isso"
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