Textos eu Preciso

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Eu voltei pra casa. Eu fui embora.
Era 17 de fevereiro; de outubro.


Tudo tão bom,tão perfeito; será que ainda dá pra consertar e colocar tudo no lugar?


Que paz imensurável; não aguento mais pensar nisso


Amizade mais que perfeita; se eu soubesse,não esperaria por sua volta.


Eu quero viver pra sempre aqui; nunca pensei em querer abandonar tudo.


Pra sempre eu e você; não tenho mais você por perto.

Quando vc se vê sobre o mar da vida...


Há dias em que não é o mundo que me engole — sou eu que me afundo em mim.
A superfície parece perto, mas é como vidro: vejo o sol lá em cima, sinto o calor à distância, e ainda assim não consigo atravessar.


Seria simples nadar, se o peso não estivesse costurado nos meus ossos.
Seria fácil pedir socorro, se a voz não se dissolvesse antes de chegar à boca.
E assim fico, boiando no sal da minha própria tristeza,
enquanto os outros, da praia, acenam como se fosse só mais um mergulho.


Dizem para nadar até a areia, mas não sabem que a areia já não existe para mim.
Que a ideia de “voltar” é tão distante quanto um porto que nunca conheci.
O mar é fundo, frio, e tem o mesmo nome que eu.


E no silêncio submerso, percebo:
às vezes não é que a gente queira se perder.
É que o cansaço de tentar se salvar
parece mais letal do que simplesmente deixar-se afundar.

Eu na minha juventude, em busca incessante de me encontrar entre os passos dos acordes musicais e as vibrações das emoções do meu eu. Um caminho de auto-descoberta e expressão.
A música como guia, os sentimentos como mapa. Eu navegava pelas ondas do som e da alma. Procurando entender quem eu era. E encontrar meu lugar no mundo.
Mundo de belíssimo som e vibrações no meu coração. Onde a melodia se torna emoção. E cada nota é um pedaço de mim. Que se revela na harmonia do som.
Se me encontro nas vibrações da música, me realizo.

A vida é uma dança leve.
Nas batidas do coração, eu sinto a liberdade.
Cada passo, um sorriso, cada movimento, uma alegria.
A leveza da vida, eu sinto todos os dias.


Nas batidas do coração, eu encontro a paz.
Um ritmo que me guia, um compasso que me faz.
Viver é uma arte, uma melodia suave.
Que ecoa dentro de mim, como uma canção de amor.


A leveza da vida é um presente.
Que nos faz sentir vivos, que nos faz sonhar.
Então, vamos dançar, vamos cantar.
E sentir a leveza da vida, em cada batida do coração.

Eu vou...Mas Você não vai!

Eu vou… mas você não vai!

Vou dançar samba com a minha dor,

passear com meu desalento

e, depois, dormir com o meu cobertor.

Vou conversar com meu padecer,

abraçar a minha angústia

e, depois, aceitar meu enlouquecer.

Vou tropeçar na minha derrota,

conviver com meu sofrimento

e, depois, entender que perdi a aposta.

Vou seguir só pelo meu caminho,

caminhando sobre espinhos

e, depois, compreender que estou sozinho.

Vou divagar por este mundo,

remoendo o que me resta

e, depois, virar sopro em um segundo.

Eu vou… mas você não vai!

pois o seu caminho é você quem faz.

Então siga, olhe para o horizonte,

busque sempre o melhor de si

e acredite que o ódio não enche a fonte.

Siga em frente, lute pelo que lhe resta,

transformando a tragédia em festa.

Eu vou… mas você não vai!

reescreva sua história

sem olhar para trás.

Eu vou... mas você não vai!

Usufrua do direito de viver,

Deseje o ser e o não ter, queira sempre o querer,

Acesse o prazer, descubra na luta o melhor de você, se hoje não deu certo, amanhã há de ser.

Eu vou... mas você não vai!

Pois em uma mão não há dedos iguais,

São lutas distintas, cada quais com os seus cada quais, e no fim do percurso, só não prevalece o tanto fez nem o tanto faz.

O que mais nos importa é que o seu coração seja cheio de luz e repleto de paz

Entendestes agora, quando digo que "Eu vou... mas você não vai?"

É que na procura incessante pela felicidade, novas portas se abrem ampliando universos e trazendo novas possibilidades.

É tarde.
O mundo dorme.
E eu estou aqui,
olhando pro teto,
como quem espera
uma resposta que nunca vem.


Tem dias que parecem semanas.
Tem noites que duram uma vida.
E mesmo quando tudo está quieto,
aqui dentro
continua gritando.


Me disseram, por tanto tempo,
que ser eu era errado,
que eu comecei a acreditar.
Fui apagando pedaços de mim
pra caber em lugares pequenos
demais pra quem só queria existir.


Olhar no espelho
e não reconhecer nada:
nem os olhos,
nem o nome,
nem a história.


Não saber quem sou.
Não ser o que esperam.
Não ser nada que baste.
Só esse lugar nenhum em mim.


Viver tentando lembrar
de quando foi que começou a doer tanto,
e não achar o começo.


Não saber se ainda sente,
ou se está só copiando emoções
que aprendeu a demonstrar
pra não parecer
vazia demais.


É dizer “tá tudo bem”
porque é mais fácil
do que explicar
o que nem se entende direito.


Pensar em desaparecer,
e depois se sentir culpada
por pensar nisso
como se até a dor
fosse um erro.


Queria ter coragem.
De gritar.
De não me calar.
De admitir que está difícil.


Mas, ao invés disso,
eu só fico aqui,
escrevendo pra ninguém,
deixando que o papel segure
o que eu não consigo mais
carregar sozinha.

Ecos do Passado

Na mocidade, eu amei correndo,

como quem teme a perda.

Agora amo em silêncio...

como quem entende a eternidade.




O tempo passou, e me deixou vazia de palavras, mas cheia de histórias.

O que foi desejo, agora é gratidão...

o que foi silêncio, agora é palavra.




Havia poesia nos meus silêncios, versos não escritos, noites desperdiçadas...

agora, a caneta se ergue, tardia, mas cada palavra é um eco do que fui.




Não procuro os fantasmas do ontem...

nem lamento as perdas que me moldaram,

não é saudade nem lembrança...

é algo maior, silencioso e real.




O que sinto hoje é amor pela vida...

amor pelas mãos que me seguram...

pelo instante que pulsa entre meu peito, e o mundo que ainda me espera.

⁠Hoje eu escolho ter fé em Deus!
Hoje eu escolho acreditar que tudo vai dar certo,
mesmo que os olhos da razão digam o contrário.
Hoje eu escolho a paz...
Hoje eu escolho a beleza
Hoje eu escolho o fácil e o leve...
Hoje eu escolho a alegria e o amor!
Hoje eu escolho aceitar o outro como o outro é.
Hoje eu escolho o perdão...
O deixar pra lá,
o distanciamento,
o silêncio e até a solidão...
Hoje eu escolho ser feliz,
sendo grato pelas pequenas coisas do dia a dia.
Hoje eu escolho você que me escolheu!




Bill Oliveira William

Ao olhar pra esse mundo... Tentando ver o mundo com o olhar de Deus ( nem sou digna disso) mas, eu estaria enojada, esgotada, arrependida de fazer algumas pessoas conforme a minha própria semelhança.
Aí, eu volto e penso! Não temos capacidade de ter o olhar de Deus, pois somos humanos e só Deus é o único que em meio a uma criação caótica, ainda consegue ter amor, piedade e misericórdia!
Uma coisa sei... Jesus hoje é o nosso advogado de defesa, Ele é amor. Perdoa e tem misericórdia!
Mas quando Ele se tornar juíz, Ele passa ser a própria justiça, ou seja, fogo consumidor! Aí eu quero ver!

Houve um tempo na minha vida em que eu era eu mesmo e tão feliz, mesmo com tantas adversidades e fatores que eu nem entendia as coisas de adulto.
Eu era feliz e podia sorrir, correr, cantar, pular, ser uma super-heroí — tudo o que eu queria ser, eu podia fazer sem me preocupar com mais nada.
Ao longo da vida, crescemos e amadurecemos, e tudo em que acreditávamos começa a desaparecer, e a magia se esvai com o sorriso que se perde pelo caminho.
E depois de tanto caminhar, como umo adulto maduro, sobrecarregado e cansado, olho no espelho e não resta nada daquele garotinho, vivo, livre e feliz, que podia voar.
Só cansaço e exaustão, cabelos grisalhos,
Rugas que aparecem.
Acho que meu verdadeiro eu se perdeu lá atrás, no caminho da vida...


Marcio Melo

Vou falar um pouco dessa minha nova vida... eu já tinha visitado a nova vida alguns anos atrás, mas nunca tinha passado pela minha cabeça ser membro da igreja


Engraçado como esse ano eu tinha tantos planos, mas nenhum deles era ser membro da nova vida kkkkkk. Mês passado eu vi algumas postagens no instagram e resolvi visitar e aqui estou. Sinceramente, eu imagina uma adaptação lenta, porque não sou nada sociável (Deus ta melhorando isso) mas aconteceu o contrário, me sinto como já estivesse aqui por vários meses




A vida do homem não se sustenta sem a renovação divina. Assim como é necessário reparar o desgaste do corpo com refeições frequentes, de Deus, com a palavra pregada, ou pela mesa farta da comunhão. Aproximemo-nos aos pés da misericórdia divina, em humilde súplica, e perceber cumprimento da promessa "os que esperam no Senhor renovam as suas forças"


Como já postei antes... os jovens me abraçaram, aqui na igreja eu vi o quanto eu precisava dessas amizades cristãs, Assim como os perfumes alegram a vida, a amizade sincera dá ânimo para viver provérbios 27:9. As coisas simplesmente acontecem quando é da vontade de Deus, porque Deus sabe do que precisamos muito antes de pedirmos

Novos Planos


Ainda na minha infância
já comecei a premeditar
a base da minha vida
que eu sonhava em buscar.
Com um pouco mais de paciência,
quando cheguei na adolescência,
vi que meus planos tinham que mudar.


Já crescido, na fase adulta,
com um pouco mais de maturidade,
enxerguei novos caminhos
com desafios e dificuldades.
Fiz novos planos, refiz o trajeto,
mudei o foco para um novo projeto
e fui seguindo com humildade.


O final dessa jornada
ainda não posso prever.
Entre vitórias e quedas,
há muito por percorrer.
Mas, com fé e com paciência,
coragem e persistência,
sei que vou prevalecer.

Eu te encontrei por um acaso,
No primeiro brinde me fez perigoso laço,
Tentei brincar com você desde então,
Porém, juvenil, não dei margem e subestimei meu coração...


A vida fluiu e nesta cidade maravilhosa desembarquei...
Novato e sem experiencia, neste mar virtuoso embarquei
Lugar pequeno, São Clemente e voluntários
E meio a Joao Afonso éramos nós dois e vários...


Num estalo Copacabana sorriu pra mim
Com cuidado me aproximei da princesinha do mar
Muitas voltas, bares em volta porres sem fim
Enlaces, as vezes sozinho fiquei por um tempo a andar


Solitude acompanhada de perrengue de uma quarentena
Sem rua, sem carros, sequer transeuntes, mais drinques de máscara.
Mas aos pousos a vida volta, como a TV com sua antena
lockdown ensinou a aprimorar o xadrez e até a teoria de Bhaskara.


Seu brinde diário hoje já não me faz bem
Tento me desvencilhar de você a todo instante
Não sei até quando meu corpo ao seu lado, ficará sem
E na minha mente só vejo criança olhando meu brinquedo na estante.

Poema Bipolar

Hoje eu reconheço:
nem todo mundo fica,
nem todo mundo quer.

E talvez seja melhor assim.
Nessa dança de idas e silêncios,
eu não corto ninguém com as minhas arestas,ninguém me corta com a lâmina da ausência.

Entre o alívio e a solidão,
eu me divido.
Metade é paz.
Metade é vazio.

E sigo,com esse estranho consolo:
ser livre do que não me escolhe,e prisioneira do que ainda sinto.

"Quando o Sol se avergonha no horizonte, eu sei que a saudade vai recair sobre o meu eu, de novo.
Ela se via como Ouro de Ofir, mas era só uma bijuteria, ouro do tolo.
Quando a vislumbrei, conclui meu hara-kiri, ela não teve dó; teve dor, ela não teve zelo; ela agiu com dolo.
A infância, a juventude, são tão boas, a inocência é tão doce, sinto falta da minha ignorância, sinto falta das vezes em que fui tolo.
Quando se ama, quando se envelhece, percebe-se que até mesmo a ausência de algo pode ser doloroso.
Um cheiro, um beijo, um olhar, uma carícia, aquele 'eu te amo', um corpo.
Quando o amor nasce, floresce em um só peito, em um só coração, é um sentimento natimorto. Recordo-me de nós, das vezes em que tentei, das vezes em que, mesmo sem errar, errei, e só me vem o desgosto.
Paguei, ah sim, mas paguei por todas as iniquidades, pecados desta e de outra existência: já não devo mais nada ao Deus, deixe minh'alma longe de outra vida com ela, Pai, não quero esse martírio, de novo.
Se fui feito para ela, então, me desfaça, Pai, destrua minha existência, me faça rastejar pelos sete infernos, mas não me faça olhar uma outra vez na constelação daquele olhar, o de minh'alma, o poço. Sei que errei, fui parvo, pecador, boêmio, nunca um bom moço.
Mas, mesmo que o Senhor, por sobre os céus, castigasse Lúcifer com o amor incondicional àquela mulher, eu rogaria para que, com o de muitas faces, fosse mais piedoso.
Nem mesmo ele merece o castigo que eu, um mero mortal, experimento dia após dia, um inverno após o outro.
Meu coração sangra ao lembrá-la, sinto meu peito roto.
Eu a escuto em toda voz, toda brisa tem seu cheiro, todo beijo tem o macio dos lábios, eu a vejo em todo rosto.
Disseram-me, certa vez, que eu estava somente apaixonado; era melhor o atestado de insanidade, terem me trancado como um louco.
Ela não ama, Pai, ela é incapaz, e, por amá-la em demasia, torno-me um ser extremamente odioso. Indiferente à dor alheia, se não posso ter o que mais almejo, por que poderia qualquer outro?
É errado, meu Deus, eu sei, mas ela me tornou um ser invejoso.
Percebo que era falácia, dela, cada choro.
E uma vez mais, eu a amaldiçoo.
Eu, que tentei ser o melhor homem que ela poderia ter ao lado, hoje parece que lancei meu espírito ao dos sentimentos, o esgoto.
O Sol parece já estar nascendo, devaneei, uma vez mais, com o copo cheio, até que tu, sobre o céu, me mates, eu hei de sofrer mais um pouco.
Pois, quando o Sol nos sorri no horizonte, eu sei que a saudade vai recair sobre o meu eu, de novo..." - EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, A Oração do Desesperado

"Como eu queria, o descampado e o pôr do sol ao fundo.
Um beijo, um abraço e, em meus braços, o meu mundo.
Como eu queria, o fim de tarde, enfrentar a noite sem preocupações, as velas, o jantar e, sobre mim, sua pele, o veludo.
Eu queria tanto, mas meu querer é tão pouco e, para tê-la, eu daria tudo.
O negro dos seus olhos, o castanho do cabelo, o rosa da boca, o olhar taciturno.
A madrugada me invade, lembro de ti, meu peito acelera, eu sei que deveria, mas não te repugno.
Imagino nós dois, tolice minha, velejo nas lembranças e, uma vez e outra mais, me afundo.
Você é a única mulher que amei, a única mulher que amo e, mais uma vez, me puno.
Me puno, por não esquecer o que deveria ter sido esquecido, não matar o que jamais deveria ter nascido, ter temido, o do nosso amor, o luto.
Me pego reflexivo: não é amor, nunca foi, não pode ser, é algo absurdo.
Talvez seja uma doença, uma insanidade, uma psicose, um surto.
Ao vê-la, eu deveria ter sido cego; ao ouvi-la, sido surdo.
Olho para a árvore do nosso sentimento, não a reconheço, seca, esquálida, morta, com galhos tortuosos e, nem mesmo, quando fora vívida, dera algum fruto.
Talvez, o nosso fim, tenha sido culpa minha, confesso, que, por vezes, sou deveras obtuso.
Nunca almejei riquezas, sou um homem simples, o pouco pra mim é luxo.
Tudo que eu queria, era somente aquele descampado, você em meus braços e o pôr do sol ao fundo..."

"Eu encontrei o diabo, há muito tempo atrás,
me senti tão feliz, fora a melhor sensação.
Como de praxe, escondia a sua verdadeira face, me disse coisas vãs, repletas de paixão.
Ele tinha um cabelo castanho, os olhos negros, inenarrável calor exalava de suas mãos.
Cada toque, do de muitas vozes, acelerava-me o coração.
Ele dizia que me amava, mas sabia eu, mesmo crendo, que era tudo ilusão.
Deus ali não se encontrava.
Roguei pelo Cristo, não obtive resposta da minha questão.
Me apaixonei pelo diabo, em uma tarde de verão.
Quente era sua pele, quente era a estação.
Fui tolo, achei que poderia ser melhor que o próprio Deus e, àquela alma, trazer salvação.
O diabo era só lascívia, agira com mentira e era eu quem pedia perdão.
Mesmo hoje, recuperado, o diabo ainda permeia meu coração.
Pois ele ainda ocupa as lembranças de há muito tempo atrás, quando eu o conheci e fora a melhor sensação..."

Meu Cavalo Barbicacho


Eu sei que muitos não entendem
Mas aqui hei de contá-lo
O que faz o gaúcho
Gostar tanto do cavalo

Essas cosa vem de guri
Criado nas camperiada
Arrastando alpargata
Bombachita arremangada

Vem também do ensinamento
Da Mãe e do velho pai
Das cosa da fronteira
Da Argentina, Uruguai

Mas pra mais claro entender
Me busco longe a memória
Pra contar de um cavalo
Que fez parte da minha história


Eu ainda muito cedo
Meu pai ainda em vida
Tinha ofício de peão
Eu acompanhava na lida

Nasceu um dia na estância
Que criamo feito guacho
A mãe parindo morreu
Pus o nome de barbicacho

Onde eu ia me seguia
No rancho, mangueira galpão
E com ele eu me entendia
Ele entendia meu coração

Ja um pouco crecido
Me deixava eu montar
Ia com ele pra escola
Me esperava até eu soltar


E quando voltava pras casa
Nós vinnha cantando facero
Dos amigo que eu tinha
Ele era o primeiro

O tempo foi passando
E nos crescendo na idade
E quanto mais passava o tempo
Mais crecia a amizade

Acabei domando de baixo
Mas tinha que enfrena
Pedi pro peão da estância
Cuida ele pra não judia

Nem bocal precisou
Aceitou o freio solito
Eu fui lidando com ele
Dando função despacito

Meu pai ficou muito enfermo
Se fumo la pra cidade
E meu cavalo ficou
Com ele minha saudade

Depois na faculdade
Fizeram eu estudar
E lembrava do meu cavalo
Que jurava um dia buscar

Voltei ainda umas vezes
Meu amigo visitar
Tinham largado pra várzea
Só de longe pude olhar

Naquele ano meu pai
Que já vinha adoentado
Nao aguentou o tirão
E sei foi pro outro lado

E junto com meus estudo
Eu tive que trabalhar
Pra ajudar nas despesas
E minha mãe sustentar

E o grande dia chegou
Pra vida não ser mais dura
Um doutor veterinário
Era minha formatura

Agora ja formado
Com a profissão eu consigo
Podia cumprir a promessa
De buscar meu velho a amigo

Já tinha tudo ajustado
Até cocheira construi
Só faltava ir buscar
Meu amigo de guri

Levantei naquele dia
Radiante em felicidade
E disse pra minha mãe
Vamos buscar ele pra cidade.

Chegamo na velha estância
Onde meu pai fora peão
E vi minha mãe chorando
De tanta recordação

Pedi licença na entrada
Pra falar com o capataz
De pronto nos recebeu
Podem entrar no más

Depois de um dedo de proza
Falei da minha razão
De voltar na velha estância
Entrar naquele galpão

Eu vim buscar meu cavalo
Meu amigo nunca esqueçi
E hoje ele vai comigo
Conforme eu prometi

O capataz me olhou
Mirando meio de baixo
Eu de pronto! peça um peão...
Pra trazer o barbicacho

E num instante silente
Me pedindo pra eu sentar
Me perdoe, a fraqueza
Mas não podes mais levar

E sem meio entender
Retruquei inconformado
O cavalo é da minha posse
A mim me foi regalado

Com meu pai ainda em vida
Aqui criei ele guacho
Todos sabem da história
Minha e do barbicacho

E já com os olhos aguado
No meu ombro a mão estendeu
Lamento mas a verdade
O teu cavalo morreu

Mas como, de que maneira?
A mim ninguem avisou
Sabiam que eu voltaria
E nem tanto tempo passou

E o capataz rude homem
Me deu a grande lição
O tempo pra alguns e largo
Pra outros se conta na mão

A saudade, adoece
Quando se tem a distância
O tempo lá da cidade
Não é o mesmo da estância


As vezes do fundo do campo
Ele vinha e relinchava
Depois voltava a passo
E mais um tempo esperava

Até que um dia um peão
Notou que não vinha mais
E foi recorrer o campo
Aos cinco meses atrás

Encontrou ele já triste
Jogado junto ao alambrado
Morreu no outro dia
Na várzea foi enterrado

Num pé de curunilha
Deixamos a marcação
Podes ir até lá
Fazer uma oração

Quem sabe ele aguarda
De ti uma despedida
E te espere mais um pouco
No outro lado da vida



Meu coração se partiu
Sem querer acreditar
Deixei meu maior amigo
Morrer de me esperar

Naquela várzea sem fim
Me ajoelhei no campo largo
Pedi perdão ao amigo
Que até hoje saudade trago


E assim fica explicado
Nessa payada pra contá-lo
Quem é gaúcho entende
A amizade um cavalo.


Renato Jaguarão.

A cada dia, a cada segundo
Eu me entrego, íntegro e me religo nesse fluxo abençoado da vida, onde o onipresente sempre esteve em nós. E nós como cegos, coxos e aleijados, não percebiamos o Rio de água viva: a fonte da vida que sempre esteve presente e que jamais faltará para aqueles que sentem essa unidade com o todo, com a consciência universal, com o mental: com Deus

É verdade que o tempo cura tudo?
Todos os dias, passa um filme na minha cabeça, é como se eu estivesse vendo toda a minha vida em um flash de memórias durante alguns minutos. Tenho sido atormentada por milhões de pensamentos, que têm tirado o meu sono. Perguntas como tudo vai melhorar? e Eu vou me reencontrar daqui a um tempo?' estão ecoando constantemente em minha mente e me deixando atordoada. É muito comum ouvirmos que o tempo cura tudo, mas será que cura mesmo? Essa é uma resposta que ainda não sei sobre sua veracidade, mas o mais íntimo do meu ser está ansiando positividade.