Textos Escritos por Paulo Mendes Campos
Virando a página...
Nossas mentes continuam conectadas àqueles que amamos, não há distâncias ou barreiras que impeçam nossa harmonia com entes queridos distantes fisicamente ou que já nos deixaram, mas permanecem vivos além túmulo.
Os vínculos que resistem não se devem necessariamente ao parentesco material ou consanguíneo, há por certo afinidades maiores ou menores e aversões, essas merecem especial atenção para que possamos compreendê-las e saibamos melhor lidar com elas.
Só permanece vivo o que nutrimos.
Um tecido do corpo humano só vive com a oxigenação que alimenta cada célula, basta cortar o fluxo que lhe dá vida e ele perece.
O que estamos nutrindo em nossas vidas?
É possível que uma reflexão diária, desarmadas nossas defesas internas em permanente alerta, nos permita começar a tatear as razões que nos entristecem e impactam nossas vidas ou a de alguém mais que está ao lado.
Olhar para nós mesmos, atentando para determinada ação que estamos adiando é um caminho possível, se não conseguimos fazer esse percurso sozinhos procuremos a força interior para pedirmos ajuda.
Se prestarmos atenção em nossos dias perceberemos que não sabemos quase nada, razão pela qual não conseguimos responder a uma série de dúvidas que nos inquietam, em especial muitas das situações que ocorrem dentro de nossas casas.
Porque se faz tão difícil admitirmos nossos limites?
Orgulho, vaidade, vergonha, medo?
Engano pensar que seja possível sermos instrumento de algum mal que afete somente a nós mesmos, sempre haverá um alguém ao menos que sofrerá conosco.
É difícil virar a página e seguirmos adiante se, ao olharmos para trás, nos depararmos com tantas pendências que nos acompanham e que nos remetem a todas as páginas de uma vida que pensávamos tê-las virado, de nada adianta voltarmos a elas somente para sofrer, vale a pena revisitá-las para nos libertarmos para melhor viver.
Sim, temos limites e, ao admiti-los não seremos menores, descobriremos como é preciso sermos fortes para encararmos nossas limitações, fácil não é, mas é possível.
Quanto a quem se socorrer e pedir amparo, peçamos com fé a Deus, que não faz restrições a nenhuma crença, Ele pode nos sugerir algum caminho, pode vir num sonho, por alguém que nunca vimos ou de uma pessoa com quem convivemos há anos, esse momento será inesquecível.
Paz e serenidade!
Mudanças em curso...
Quando de mais um dia na Faixa de Gaza, um fotógrafo capta numa imagem toda a insensatez humana, uma menina, com cerca de dois anos de idade, cobre os olhos da boneca que traz apertada ao peito, como se pudesse protegê-la da visão do horror que testemunha numa área recém-bombardeada e caótica, em escombros e com dezenas de vítimas. Não se faz necessária legenda ou explicações.
Arenas dos Césares, as Cruzadas, Inquisição, Guerras Napoleônicas, Primeira e Segunda Guerras Mundiais, Guerra Fria, Vietnã, Iraque, Apartheid na África do Sul, tantas outras guerras tribais que persistem, todas tem em comum a opressão do ser humano por seus iguais, é o homem em sua cíclica história de conflitos fratricidas.
Não há justificativas ou atenuantes para essas ações trágicas que sempre trouxeram dor e sofrimento à humanidade, com milhões de desencarnes ou sequelados com limitações físicas e emocionais, mostras inequívocas dos apegos ao fanatismo, à vaidade, orgulho e rudez do grau evolutivo em que nos encontramos.
Em meio a todas essas tragédias da história humana na Terra, há outras tantas mascaradas que persistem e abrigam o mesmo princípio, a do poder econômico e político que retroalimenta a violência, fazendo com que a elevada concentração de renda no globo terrestre seja em si mesma a maior das barbáries.
Conhecimentos científicos já existentes que já poderiam ter resolvido problemas básicos nos países mais pobres são ainda meras moedas de trocas, protelando-se as inúmeras possibilidades de um desenvolvimento sustentável, com reduções drásticas da contaminação do meio ambiente e das populações que desenvolvem mais doenças resultantes dos venenos químicos de tudo o que consumimos em nome da manutenção dos ganhos do capital.
Tecnologias avançadas e disponíveis que já permitem curas ou alívio do sofrimento humano demorarão décadas para serem acessadas pela população em geral prevalecendo os interesses econômicos.
Felizmente, em paralelo, está em curso um processo de sensibilização e mudanças representado por inúmeros grupos que nesse instante, em vários locais da Terra, levam socorro espiritual e material em milhares de frentes de trabalho compostas por pessoas que, independente de credos, são os trabalhadores da última hora, atuando decisivamente num período onde a Terra, plano ainda de expiação e provas, transita para um estágio de regeneração.
Todos os líderes políticos, religiosos, espirituais e empresariais tem um grande compromisso para com Deus, colocar em prática o que muito receberam pelas muitas oportunidades de apreensão de conhecimentos pelos estudos, avanços materiais e científicos, razão pela qual muito se pedirá a quem muito recebeu.
Os alertas recebidos do plano espiritual, e as derradeiras oportunidades estão sendo oferecidas para que espíritos encarnados deem sequência ao seu processo individual e coletivo de reforma interior, praticando o desapego, a humildade, a caridade, a generosidade e o amor ao próximo.
Não há castigo de Deus, há apenas a consumação das leis, ação e reação semeadura livre, colheita obrigatória.
Paz e serenidade!
Todos os filhos serão recolhidos...
Ambiente de absoluta escuridão parece mais um lugar de nada, há um vento frio e uma garoa incessantes e, ao fundo, ecoam estridentes vozes, algumas poucas a gargalhar, a maioria é de gemidos e prantos convulsivos, há tantos pedindo socorro meu Deus, legiões de seres com as mãos estendidas, vagueiam e tateiam nesse breu uma saída, alguém que os ouça.
Em meio à atmosfera tão densa alguns emitem débeis sinais de luz.
Há uma caravana de socorristas à espera dessas luzes pálidas, vieram em busca de mais uma pequena e significativa leva de seres em maturação.
Agora, com cuidado, delicadamente iniciam feliz colheita, um a um, são envolvidos em mantas aquecidas, recebendo fluídos ainda necessários que aliviam em parte seu intenso desconforto e sofrimento.
Com os acolhidos dessa exitosa missão a caravana parte para o pronto socorro mais próximo onde outros irmãos, em prontidão, estão para sequenciar o amparo designado.
Quantas incursões mais serão necessárias sabendo-se que milhares ainda ficaram?
Não importa, nenhum filho de Deus será esquecido, há, contudo que se respeitar as leis divinas, cada um no seu tempo, o mérito é individual e coletivo.
Paz e serenidade.
Confia...
Coração pequenino, apertado e em total descompasso, entre tantas palavras faladas, ouvidas e mal compreendidas, lembra-se de receber a notícia de que um ente frágil e querido está acometido por doença grave e incurável.
Foi-se lhe então todo o chão, os planos, não sabia mais o que pensar, esperava que Ele a ouvisse em suas preces e permitisse uma cura, era sua esperança, sem ela não sabia o que seria.
Desde então só enxergava vultos ao seu redor, tudo e todos estavam em cinza, nada parecia real.
Pedia e repetia a Deus, o que fazer diante dessa tragédia?
Sempre acreditara que nada nessa vida é por acaso, mas e agora?
Só sentia o medo e a dificuldade em aceitar, ciente estava que situações assim ocorrem diariamente para com muitos mais, afinal somos todos iguais, pobres ou ricos, não importam as crenças, certeza apenas de que a presença Dele, em quaisquer circunstâncias, é sempre certa.
Suplicava ajuda e admitia não estar conseguindo praticar os ensinamentos aprendidos, dentre eles o de, em qualquer dificuldade, Nele confiar com a fé inabalável e que esses momentos são oportunidades para praticar o desapego, sabendo ser essa vida apenas um lampejo necessário ante a eternidade que se seguirá.
Passado algum tempo ainda se percebe pensando em como tudo poderia ser diferente, mas um sonho recorrente, ambientado sempre num lugar diferente, a espera em cada adormecer, já estivera num hospital, numa escola, ouvindo palestras e orquestras.
Desta vez, logo após acordar, lembra-se da paz e conforto numa ampla e vistosa planície com brisa suave e o nascer do sol e a palavra que vem e vai, confia!
Paz e serenidade!
Histórias de amor...
Não tem início no tempo,
apenas já existiam,
afloram sem muitos porquês,
seguem um curso que suporta obstáculos,
não importa quão tortuosos sejam os caminhos,
a força que as move se revigora em
delicados sinais,
quando do sono agitado um único desejo,
um breve momento ameno e tranquilo,
quando da dor intransferível a presença
com o abraço e o colo que aliviam,
quando das crises naturais e humanas,
o recomeço ao amanhecer de um novo dia,
histórias de amor verdadeiro não se explicam,
nem sempre fáceis, são escolhas possíveis.
Centelhas divinas em nova jornada...
Véspera de uma necessária jornada, para uns de há muito ansiada, para outros compulsória, o planeta Terra, para onde serão guiados, possui ainda ambiente pesado e denso, os espíritos lá encarnados carecem de evolução para obterem o desapego de tudo que é material, das reações emocionais desajustadas e exacerbadas, dentre elas o orgulho, vaidade, mágoa, ódio, rancor, inveja e ciúme.
Não chegarão num lugar desconhecido, já estiveram por lá, para aqueles que fizeram por merecer serão colocados à prova obstáculos e recursos solicitados, em parte, por eles mesmos, outros, ainda mais embrutecidos, não terão muitas escolhas, todos, contudo, enfrentarão suas próprias limitações na expectativa de superar o que ainda lhes é difícil e doloroso.
Em decorrência do mérito individual exerceram a liberdade parcial das escolhas das metas a atingir, a começar das condições sociais, mentais, limitações do corpo físico, doenças que lhes infligirá restrições e as dificuldades correspondentes, muitos optam pela escolha do núcleo familiar de que farão parte, normalmente onde residem os ajustes mais necessários e inadiáveis.
Em termos de tempo, como conhecido nesse plano, cada um receberá o que necessita, minutos, horas, dias, anos, décadas, afinal uma encarnação é tempo curto.
Chegada a hora deles se apodera torpor suave e o esquecimento de todo esse processo, a benção do esquecimento do passado, contudo, ainda lhes restará intuições e pensamentos que os fará procurar o seu caminho.
Todos terão a seu lado, o tempo todo, um mentor e protetor que lhes acompanhará e vibrará para que façam as melhores escolhas, não pode ele em nada interferir, o livre arbítrio do espírito encarnado prevalecerá sempre.
Diariamente milhões de espíritos à Terra chegam para vestirem o invólucro limitante, apropriando-se ou não de mais uma oportunidade, nesse momento outros tantos a deixam, muitos antes da hora, sucumbiram diante das suas próprias limitações.
Quais serão as condições da próxima imersão?
Todos, sem exceção, somos centelhas divinas, estamos conectados e fazemos parte do Criador, vibremos para que eles e nós façamos as melhores escolhas e possamos retornar à verdadeira vida melhores do que quando aqui aportamos.
Seu rosto, seus olhos...
Seu rosto vive em minha mente,
luto contra o tempo para não esquecê-lo,
espalhei pelos cantos preferidos
cópias em vários tamanhos das
poucas fotos que restaram,
as primeiras mostram seu jeito acanhado,
com suas mãos escondendo parte de sua face corada
e seus cabelos de propósito desarrumados,
gosto de todas, mas há uma especial,
a que registra seus olhos expressivos e delicados
que me diziam tudo que eu precisava...
Já não há...
- Por favor, diz-me, agora, quanto você quer de felicidade?
- Ah, assim, do nada, sei lá...
- Por favor, diz-me, agora, quantas pessoas você quer bem?
- Tenho tantos amigos...
- Por favor, diz-me, agora, quando foi que disse amar alguém?
- Hoje mesmo, quando...
- Por favor, diz-me, agora, quando sentiu amor por alguém?
- Gosto de tanta gente...
- Por favor, diz-me, agora, dizer e sentir amor é igual?
- Acho que...
- Por favor, diz-me, agora, aceitaria não pedir nada em troca?
- Não sei...
- Por favor, diz-me, agora, quando foi que chorou de amor?
- Não me lembro...
- Por favor, diz-me, agora, o que te faria renunciar?
- Abrir mão assim, sem...
- Por favor, ouça-me, agora, não tenho dúvidas, amo você desde sempre, não senti-la e ouvi-la, longe ou ao lado, por um minuto, por um dia, por toda uma noite, seria um desafio e nem quero pensar nisso, acredito que nada é por acaso, não podemos tomar posse de pessoas, mais ainda de quem gostamos ou, em especial e de verdade, amamos, quando pedirmos provas de amor ele já não há...
- Por favor, diz-me, quando puder...
- Ah...
Caroço de manga...
É um dia de domingo e está a pensar se, quando criança, em tempos difíceis para gente humilde, quando sua família e a de tantos outros passavam por necessidades, havia sido feliz, recua aos poucos no tempo para um lugar bem longe de onde está agora, de lá surgem flashes, parece estar com seus sete, oito anos, bem menino.
Está correndo e brincando, descalço na terra de chão batido, num campinho onde se joga bola, lá estão uns vinte meninos, entre eles seus dois irmãos mais velhos que, após disputa de par ou ímpar, montam dois times, escolhido por um deles, jogam até de noitinha, cada partida tem uma regra, “cinco vira, dez acaba”.
Observa cena viva da mãe, louca de brava, chamando-os várias vezes, mas só depois dela dizer, “já pra casa, vô fala pro seu pai...“, é que correm pra casa, os irmãos pulam a cerca de ripas de madeira, ele passa entre elas, chegam suados e com as roupas encardidas da terra vermelha do Paraná, têm as canelas rochas, verdadeiros troféus desse dia.
O pai, tarde da noite, chega sempre cansado, finge então dormir, o ouve dizer, “Cadê os meninos, muita bagunça?” e a santa mãe responder, “Nada não, os meninos são bons demais”, além de bela, doce e serena é uma mãe que protege bem suas crias.
Ajeita-se no chão da sala, mãos na nuca, olhar no teto, leve riso no canto da boca, continua sua aventura, vê o que parece um pomar, tem abacate, goiaba, pêssego, amora, laranja e limão.
Parece cena de cinema, a imagem nítida, está sozinho, contente, sentado no batente da porta da velha casa de madeira, tem até chuva que já está passando e abaixa toda a poeira, como é gostoso o cheiro da terra molhada, está com as mãos e boca lambuzadas da polpa e fiapos de uma fruta, suga o restinho e chega à melhor parte, rói um caroço de manga que fica branquinho, branquinho.
Findas essas lembranças deseja que, em futuro próximo, possa estar com netos que ainda não tem dos seus três filhos já homens criados e que esses meninos ou meninas aprendam que, para estar feliz, mesmo em dias difíceis da vida, basta se lambuzar e roer um delicioso caroço de manga.
Mantas da vida..
Quando inquietos, o que hoje não é raro, talvez estejamos a buscar sentidos no que ainda se faz oculto, mas está presente em nossa caminhada.
Difícil, mas necessário aprender com o tempo que o melhor é não escolher atalhos afoitamente, embora aparentem encurtar caminhos, apenas ensejam e alimentam a ânsia de chegar mais rápido, onde estão nossas entranhas para lá nos fartarmos de todos nossos segredos.
Apenas engano, necessário jornadear por onde tem que ser, assuntando os sinais, sons e cheiros que, por menores e supostamente desconexos que sejam, na verdade são significativos retalhos das mantas das vidas, estas sim, entrelaçadas com um único fim que ainda desconhecemos...
Luar no Alasca...
ontem,
inquieto,
precisava arejar as ideias batidas,
dar uma fugida,
então dei um pulinho ali,
no Alasca,
lembrei de você e te trouxe uma pequena lembrança,
a lua estava por lá,
e não permanecia apenas bela,
é minha segurança e certeza de,
com ela,
reencontrar um tempo que assegura o ontem,
com o desejo de continuar para sempre...
Ao ver esta imagem , me pergunto;
Porque ? e para quem foi esta mensagem?
Alguns indagarão; Não será a vontade de DEUS? Será?
Deixando a crença e o acaso à margem, analisemos a causa.
O território habitado pelo homem e fertilizado de hostilidade
Disputas de terras; que não pertencem ao homem
Aqueles de boa-fé morrem em meio a tudo isso ,ou tentam
fugir dessa luta sangrenta e mesmo em fuga há os que deixam
suas vidas pelo caminho.
Mas voltando, quem está mais próximo de ti senão o teu irmão?
A despedida deste anjo , mostra que entre o mar e a terra há
mistérios que não entendemos.
O desenlace ilustrado , de comover , mostra que até os seres
marinhos se compadeceram do fato ocorrido.
Se a mão do teu irmão não te dá auxílio , porque esperar pela mão
divina ? já que não haverá entendimento para tanto.
Até quando assistiremos as consequências da mão humana?
E ele ainda permaneceu de joelhos , como se estivesse pedindo
perdão por nós.
Aqui jaz mais uma esperança de um inocente , sem culpa da
crueldade que ali habita.
Talvez , quem sabe reflitamos sobre as ´´guerras santas`` ou
os suicídios em nome de A ou B , matança de animais por esporte
Este quadro denota a extinção de muitos direitos ,entre eles
a liberdade de viver em paz ,crescer com alegria , direito à vida
Levantem a bandeira da paz enquanto há tempo
Chegará a hora em que a MÃE NATUREZA solicitará a
presença de seus filhos que foram mortos por nós
E o que diremos a ELA?
Recomeçar é uma escolha...
contidas nos calabouços da mente
nossas emoções são como vulcões,
intensas energias forçando uma saída,
assim como as águas a contornar obstáculos
e que não se permitem parar,
nos exprimimos ora de forma suave e saudável
ou de maneira rude e desequilibrada,
desnudando a ignorância de nós mesmos,
nos assemelhamos aos cataclismos da natureza,
que não acontecem de súbito,
pois que vivos e em constante evolução,
razão para o entendimento de quem somos,
tarefa de toda uma vida,
com uma única afirmação possível,
recomeçar traz aprendizado e é uma escolha diária,
a cessar de vez após um último olhar,
findando-se num breve e lento suspirar,
amargo ou de paz...
Orgulho quase vencido
Um abraço nunca dado
Um sorriso nunca visto
Um botão ligou a paz, antes disso...
Uma canção pediu para eu ouvir o coração
Uma canção que tocava no rádio me induziu
A transformar a emoção em ação
A alegria em minha alma traduziu
Mas em minha mente a tristeza reluziu
Mas descarto o que pede a minha mente
Melhor viver o que minha alma sente
Orgulho quase vencido
Brio quase renascido.
E ele exuma...
Caneta e um pedaço de papel
Me senti na obrigação de escrever
Mesmo sabendo que ninguém irá ler
Meu ego sempre tenta exumar
Os pensamentos que insisto em enterrar
Aquelas canções ele diz que é para mim
Me desvio, mais ele sempre me leva a ti
Se você está lendo, e eu disse que tu não iria ler
Eu ainda enterro e ele ainda exuma...
Os meus pensamentos que brotam ao amanhecer.
Quando estou de baixo do chuveiro e sinto as gotas baterem sobre minha cabeça,
Faz com que o algo que me faz cair num ócio poético desapareça.
Surgem ritmadas canções, alegres ou doloridos refrões, prontos para serem misturados e se transformados nos mais belos sucessos ouvidos.
Falo isso porque é o que sinto, apesar de ainda não ter adquirido a sapiência de um verdadeiro poeta nem as verdades de um profeta, me acho no direito de digitar os meus sentimentos.
Com tantos caminhos a seguir tantas escolhas a fazer
não há quem não sinta MEDO.
O medo é normal e necessário em Ted que fazemos
Porque ele quem nos ajuda medir o que e bom e o que e ruim
Mas se esse medo for exagerado ele passa a te atrapalhar
Então seus caminhos começam a ficar sombrios demais
Pra que voc consiga seguir em frente e voc. acaba com MEDO .
Não deixe que o medo faça de voc. um escravo do hoje,
Faça dele um aliado pra obter um amanhã bem MELHOR
Alguns barcos abandonados no cais do porto,
marcas do estampadas nas velhas embarcações,
lembraças de tempos passados no silêncio morto,
o vento sibilante corta o vazio como uma canção.
Expostos aos ventos do sul e ao calor do norte,
as tempestades de verão e até a morte.
Recordações de viagens maravilhosas,
noites de angustia em tempestades tenebrosas.
Hoje procuro teus comandantes e capitães!
onde estão os marinheiros do teu convés?
perderam se nas neblinas das manhãs,
ou fugiram com hienas infiéis,
perderam-se nos caminhos e nas miragens,
ou descançam humilde debaixo dos nossos pés?
O homem tem a mesma trajetória das velhas embarcações,
escreve o presente na história e é abandonado pelo tempo.
Naceu nas terras do Norte,
das chuvas no chão rachado.
O homem de rosto molhado,
em busca da própria sorte.
Viveu para ser lutador
nos campos verdes do sertão.
Sempre pregando a paz
que trazia no coração.
Seu rosto sempre cansado
pela luta do cotiano.
Na busca do pão para os seus
nas colheitas de todo ano.
Na sua casinha no pé da serra
ouvia o cantar da passarada,
ouvia os sapos do brejo
no inicio das invernadas.
Aquele lugar foi seu reino
onde sempre plantou amor,
onde plantou a esperança
sem nunca falar de dor.
Os anos se passarão
em tamanha lentidão,
mas chegou o dia afinal
de deixar o velho sertão.
partiu para uma outra vida
para um reino desconhecido,
deixou em nós a saudade
o nosso amigo preferido.
O seu casebre abandonado
é hoje sua única lembrança,
suas palavras ainda soam
como nossa esperança.
Seu ideal se espalhou
como sementes no ar,
vivemos semeando o amor
melhor semente não há.
Para Raimundo Avelino Alves (Meu avô, in memorian).
PELO AMOR DE DEUS
Foram-se dois milênios
Desde que ele se foi.
O amor...
A paz...
Sua morte mostrou,
Que um mundo melhor não é
Utopia..
E a perfeição não é ilusão.
Ele não se cansou do amor;
Mesmo aqueles que o julgaram
Ele amou.
Então?
Se ele não odiou
E não se vingou,
Por que não amar
A quem não, te amou?
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