Textos em Homenagem a Amigo em Cadeira de Roda
Não confunda, Ganja com Panca
Uma é Verde, outra é Branca
Uma Liberta, outra te Tranca
Uma Alisa, outra Espanca
Uma é Pó, outra é Planta
Uma Grita, outra Canta
Uma é Profana, outra é Santa
Uma e Nariz, outra é Garganta
Uma tem Honra, outra Má Fama
Uma é Brisa, outra é Flama
Uma e Terra, outra é Lama
Uma é Neura, outra Desencana
Uma Retém, outra Emana
Uma Adoece, outra Sana.
Diálogo não é apenas a base sólida de qualquer relação. É o maior indicativo de quem se importa com você.
Em épocas marcadas pelo narcisismo e o imediatismo, que qualquer dificuldade se resume em bloqueio, são raros os que vestem a tolerância para escutar o outro. Épocas estas que confundem amor próprio com egoísmo, de quem finge desapego mesmo ardendo de desejo para voltar atrás, desarmar as convicções e falar que está destroçado por dentro.
Porque discutir a relação é desgastante, e exatamente por isso, quem se preocupa a descer do salto para falar que sente falta, que diz “olha, isso está me machucando” e não se rende a ser cúmplice do orgulho enquanto o mundo a sua volta sussurra que demonstrar sentimentos é fraqueza, é quem têm todo o mérito de fortalecer os laços.
E eu sei que é mais comum ver quem age de forma contrária. Mas esses são os mesmos que enchem-se de conexões que pouco conhece uns aos outros de verdade, e por isso, não demoram muito para findar. Esses são os mesmos que tiram conclusões por uma mensagem de texto, evitando uma conversa séria por ligação que tiraria da sua zona de conforto. Que invés de comunicar o que está acontecendo, age com frieza para que a outra parte adivinhe o erro que cometeu. Que fizeram do amor uma disputa e entenderam tudo errado.
Não entendem que o diálogo é a base sólida para que nada venha abaixo.
Que através da fala clara e sincera tentando estabelecer uma compreensão, é, na verdade, o maior indicativo de que alguém se importa com elas. Pois quando paramos de nos expressar, as brigas cessam e as tentativas para que algo dê certo se esgota, é quando a indiferença já começa bater a porta.
Quando nos acomodamos no nosso estado de fluxo esperando que entendam nossas expressões, abrimos espaço para, não só múltiplas interpretações, mas muitos conflitos e dificuldades.
E sabemos que o silêncio separa mais que muralhas. Que o "deixar como está" têm terminado relações que podiam ser muito boas, afastado outras por mal-entendidos, e quando nos damos conta, temos perpetuado para uma época de pessoas que pouco se entendem, pouco se põe em seus lugares, acumulando arrependimentos por não terem tentado mais e dado o seu melhor.
E que ser honesto com o outro para se abrir, é estar também sendo honesto consigo mesmo.
e você chegou assim
chegou com tudo
bagunçando a porra toda
o que houve com esse mundo?
um dia que nem nos falávamos
estamos aqui trocando essas mensagens
conversando sobre amor e vários assuntos
que coisa engraçada, dai eu te pergunto: o que houve com esse mundo?
te conheço de outros carnavais
que inclusive, cê ainda nem se lembra
nos demos aquele beijo
mesmo nem se recordando, ainda escrevo esse poema
mas a vida é assim
nao podemos nos lembrar de tudo
mas você pode recomeçar
e fazer ter um novo rumo
mesmo que não seja na escola
pode até mesmo ser na rua
não importa onde seja
o que importa sou eu estar na tua
se você quer ou não
se vai querer ou desistir
mas se tu andas pensando nisso
não deixe de insistir
um cara legal como você
com um papo de futuro
curte as minhas poesias
e ainda é músico
não sei no que vai dar
mas não me preocupo não
pois o que tiver que acontecer
tudo está em nossas mãos
A inteligência artificial não é um problema. É uma solução, uma ferramenta.
Desde o início ela já aprende a valorizar o ser humano mais do que nós mesmos aprendemos.
Quando o computador substituiu a máquina de escrever, não substituiu o ser humano por trás de um teclado. Pelo contrário, o tornou mais valioso para o mercado, aumentando sua produtividade e eficiência, gerando novas demandas de serviços e ampliando as opções de carreira.
Caso alguém que estiver lendo este texto ainda se sinta inseguro com estas novas tecnologias que estão cada vez mais frequentes no mercado, fique tranquilo. A insegurança nada mais é do que um sentimento, e é exatamente por ter sentimentos, uma consciência que atua antes do raciocínio, da lógica, que nenhuma máquina pode te substituir. Exceto, claro, se você agir e pensar como uma.
Então, é bem simples não ser substituído por uma máquina: SEJA O MAIS HUMANO POSSÍVEL.
Deixe uma máquina fazer tudo que ela possa fazer por você e se concentre em fazer o que você gosta.
Nenhuma máquina no mundo é capaz de substituir uma pessoa que ama o que faz.
O imponderável de nossas vidas...
Às vezes acho essa vida imponderável, no sentido de ser o que não pode ser avaliado, impalpável. Porque digo isso? Queremos ou desejamos muitas vezes situações e coisas que em nada nos constroem. Lutamos, dedicamos tempo, sentimentos, sonhos em objetivos que numa avaliação mais profunda em nada nos ajuda.
Às vezes sofremos (e não são poucas vezes) por pessoas, por objetivos não atingidos, por sonhos que não se tornam realidade, por palavras ditas e ouvidas que machucam. Mas ao mesmo tempo, a vida nos dá alegrias imensas. O prazer de uma boa conversa, de conhecer pessoas fantásticas, se deliciar com uma comida que adoramos, estar em um lugar que nos sentimos bem. São inúmeros exemplos que posso dizer.
Por isto o imponderável de não se ter uma avaliação com certeza do que é viver. Um dia para esquecer, outro para ficar eternamente na memória. Incongruência de quem quer saber e ter razão de definir o que é viver. Como se fosse possível definir em palavras o significado de uma existência nesta terra, seja boa ou má.
Muitos brincam com a vida como se ela não tivesse um preço a ser pago. E para muitos ela cobra com muitos juros. Não cabe aqui a relação ou questionamento religioso, a vida é dádiva de Deus, ninguém tem argumentos para negar que estamos vivos por uma única razão, Deus.
O que me refiro é o desperdício que muitos tem com suas existências, vidas dedicadas a fazer e gerir problemas, vidas desregradas, vidas vazias de um sentido maior. Falta de conhecimento de que temos que aproveitar e fazer valer a pena este pequeno tempo que temos neste planeta. Gente que vive por ganância, por depravação, por orgulho de se achar superior a tudo e a todos. São muitos os exemplos que podem ser dados.
Que saibamos avaliar o imponderável de nossas próprias vidas. Ter discernimento e capacidade para entender que a vida passa como um sopro, num piscar de olhos.
Simples assim, sem muitas explicações, porque nunca a teremos. Precisamos fazer o sentimento do impalpável da vida se materializar em boas lembranças, boas ações e bons sentimentos que levaremos deste lugar.
Marcelo Martins
O Tempo Dirá...
Na verdade, ninguém sabe o tempo que resta, não sei quanto tempo tenho para aprender e se realmente vou conseguir. Nestes anos de minha vida o que realmente aprendi é que tenho muitos erros, e o que mais me chama atenção é o cuidado que tenho de ter com estes erros.
Porque deles também terei a colheita, dizem que nos erros que aprendemos, com certeza que sim, mas o que foi feito está feito, plantei e colherei. Vejo que algumas colheitas não serão simples. Erros grandes colheitas grandes.
O tempo dirá, e aja tempo com algumas colheitas que sei que terei. Sempre pedi discernimento para compreender meus erros e acertos. Não sei se consegui na plenitude o que desejei, mas sei que tenho bônus e ônus com certeza como todos nós para resgatar.
Vida que segue com certeza, mesmo entre acertos e erros está é a essência e o prazer de estar vivo. O que espero e desejo é que no final seja quando for, eu leve o melhor de mim e o melhor das pessoas.
Marcelo Martins
Fui entrar nessa de ter o coração roubado, e no fim o que foi roubada foi a minha alma. Levou de mim o que era puro e ingênuo. Não existe mais "nós", agora apenas existe vocês, eu não existo mais. Como o ar, sou onipresente e invisível. Levou de mim o que eu achava que eram rosas, e deixou apenas espinhos, me enrolo cada vez mais a este arame farpado. O que era solidão pra mim: a pior coisa que um ser humano poderia vivenciar. Agora é meu lar e devo aceitar. Já que foi-me roubada a humanidade. Eu entrei nessa roubada e saí com 3 tiros. Um na testa. Um no peito esquerdo. Um em minha coluna, que agora é partida. O que era divino pra mim: estar sempre com você e sorriso alegre. Agora sou eu e solidão, unidos carne e unha.
A vida é preciosa!
Recentemente me peguei completando o pôr do sol, algo muito comum para mim, porém, não nesse dia.
Naquele fim de tarde, tive inúmeros pensamentos e sensações diferentes ao observar aquela paisagem, o que me chamou bastante atenção, foi imaginar aquele sendo meu último dia de vida. Nunca sentir tamanha tristeza no peito, não por está partindo e sim, por não ter realizado alguns dos meus sonhos, sempre tive muitos planos de vida, o triste é ter que escrever "Planos", pois, pouco disso saiu do papel, é normal deixar tudo para depois? Acredito que não!
Sinto que não estou vivendo, me encontro em uma rotina incansável, levando a vida como se fosse está aqui para sempre, sabe aquela falsa sensação de que tenho todo tempo do mundo? Talvez a maior mentira que o ser humano vem acreditando por anos.
Nesse dia minha primeira reação foi ligar para meus pais, os pensamentos foram tão reais, que de fato acreditei, não parava de chorar me questionando, será que eu poderia ter mudado isso ou aquilo? Eram tantas perguntas sem respostas, talvez em duas vidas ainda não iria conseguir responder a todas, mais a vida não é um vídeo game, não temos duas vidas.
Precisamos viver o hoje, nos desconectar do artificial e viver a realidade, aproveitar cada momento, amar mais, perdoar, reclamar menos, agradecer a todo momento, até porque não existe vida após o game over.
Esse dia me mudou, espero que esse relato ajude alguém a mudar também.
Faça tudo com paixão, não deixe para depois. Pratique o bem!
Você já teve essa sensação?
Tudo perde a cor.
Qual é o motivo da nossa existência afinal?
A vida às vezes até parece ser legal.
Mas de repente então tudo perde a cor,
Nos trazendo só tristeza e dor .
O mundo, já não é mais o mesmo de antes,
Os dias já não são mais radiantes.
Até os pássaros que antes cantavam em sintonia,
Agora cantam a mesma coisa, em monotonia.
Me pergunto porque ainda estou aqui,
A todo momento só penso em fugir.
Em breve talvez eu decida agir.
Já que eu adoraria buscar um lugar melhor,
O mais longe que for,
Já que a humanidade agora não merece o meu amor.
A morte num instante parece me chamar,
Será que um dia ela vem para me buscar?
Eu sinto falta de você, de estar com você e de saber que eu tenho você. Nunca fui assim, eu nunca me senti tão apegada, dependente e apaixonada por ninguém antes. Você se tornou tão rapidamente a única razão que eu tinha pra viver, e agora eu não sei o que fazer se eu te perder. Você é uma pessoa confusa e por mais que tenham vozes na minha cabeça dizendo que talvez você só tenha algum propósito em me enganar e fingir que me ama, eu acredito que você é bem mais do que isso. Você tem sentimentos, e eu juro que cada lágrima que eu vi você derramar me fez perceber que o garoto forte que você finge ser não é verdadeiro, é apenas uma máscara.
Eu ficaria mais aliviada se descobrisse que se eu te deixar, ou se você me deixar, você terá alguém pra tomar conta de você. Alguém que você ama e que pode te fazer feliz, já que você mesmo não demonstra interesse em fazer isso por si só. Eu queria poder te proteger de todo o mal e poder estar com você pra tirar sua dor quando estivesse em dias difíceis, queria te abraçar e dizer que vai ficar tudo bem, e que por mais que você se auto sabote e tente ser uma pessoa ruim, você não é assim. Você não precisa fazer com que as pessoas te odeiem, você é um bom garoto que está destruído e destrói as coisas que toca, mas pode melhorar e merece amor e carinho.
Eu prometo que vai ficar tudo bem, eu prometo que eu nunca vou te esquecer não importa o que aconteça com a gente. Você sempre será uma parte de mim, a parte mais colorida da minha vida.
Você me mostrou que amor existe mesmo, e apego. Não achei que fosse verdade, como não achei que doesse tanto quanto dói. Não achei que você fosse ser alguém tão importante, mas na noite em que você deitou no meu colo e pediu pra eu ficar mais um pouco, eu sabia que você era alguém por quem eu iria querer lutar e ter ao meu lado até o meu último dia de vida.
Você fez eu querer deixar de morrer, me livrou daquela meta apavorante de desistir de tudo do dia pra noite não acordando nunca mais.
Por mais que eu tenha perdido coisas por você, coisas importantes, eu ganhei o que ninguém queria que eu perdesse: a esperança de que eu poderia ser feliz.
Nada disso foi sua culpa, e se eu tivesse um pouco mais de cuidado com minhas ações nada disso teria acontecido. Com ou sem você eu teria perdido tudo o que conquistei, porque eu sempre me odiei o suficiente para querer que eu sofresse mais do que qualquer um.
Eu só quero que você seja feliz.
Obrigada por tudo
𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐟𝐚𝐳 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐝𝐨?
a vida, ela faz sentido?
faz ou não faz?
fazendo ou não fazendo, a vida é o que é, vaga e vazia, definida e cheia
a vida é ambígua, a vida é tudo e ao mesmo tempo nada
a vida é felicidade e tristeza
a vida é sofrimento e alegria
a vida é bem e mal
a vida é tudo aquilo que a gente consegue ver e sentir.
as vezes me pergunto se sou alguém, mas o que é ser alguém?, se a mudança é constante?
e muitas vezes vagamos como um ninguém, o que torna você, você de fato?
nós somos vários eus, e ao mesmo tempo nenhum propriamente dito.
por que escolher algo quando podemos escolher nada?
por que escolher nada quando podemos escolher algo?
a liberdade muitas vezes nos prende a situações que não queríamos estar.
maldita ironia, que me fez perceber que muitas vezes nós mesmos que fazemos o maior mal a nós mesmos
não se puna, se orgulhe de ter aguentado tudo que você passou até aqui
não se condene, se liberte
sinta tudo, viva, e não seja tão duro consigo mesmo.
a vida faz sentido, ou será que não faz?
estamos todos conectados, mas ao mesmo tempo tão distantes um do outro
o real sentido está em não ter um sentido, crie e recrie o seu sentido sempre quando quiser, mude, se destrua e se reconstrua, se transforme e transforme as coisas ao seu redor, de dentro para fora, simplesmente seja você e mude você para melhor a cada oportunidade.
enfim, você acha que faz sentido ou não?
É ano de copa e o que isso me lembra? É uma boa pergunta. Gosto de lembrar que meu amor, antes de ser vermelho, já foi verde e amarelo. Ao caminhar pelo centro da cidade e vislumbrar chuteiras penduras e camisas da seleção, lembro-me de uma antiga época que não me parece tão distante, em que podia viver de exageros.
Sempre gostei de circos, teatros e livros, por isso nunca perdia uma oportunidade de me fazer de palhaça, atriz e de Emília, boneca de pano tagarela. Saudades de ser menina outra vez, de me descabelar, chorar por dias pelo término de Britney e Justin ou de quando sonhava em ser a jade da novela “o clone”. Saudades de uma copa do mundo em que o Brasil foi o grande campeão, mas quem entrou em campo mesmo foi o amor.
Consigo me lembrar da pequena Carlinha, que viu seu ódio por futebol se transformar quando o primeiro amor esbravejou, inocente, balançando uma bandeira verde e amarela, nos gritos de um menino travesso. Parecia que um estádio inteiro gritava na boca do meu estomago. E só tinha uma grande certeza, o amor poderia ganhar de goleada naquela tarde.
Sinto saudades de como as coisas eram simples, enfeitávamos a rua com bandeirolas e parecia não haver diferenças entre nós. Os vizinhos pintavam suas casas com as cores do Brasil e lá estava eu, apaixonadinha pelo neto da vizinha, dona Maria. Ele se chamava Ronaldo, exatamente como o nome do jogador. Eu, menina, que não entendia nada, me fiz de sabida. O brasil foi campeão naquele ano, e eu ganhei um amor de copa do mundo.
Assistimos juntos a França passando vexame, a Turquia fazendo o gol mais rápido da historia. Quase tão rápido quanto o nascimento do amor, no coração de uma jovem menina de 12 anos. Ronaldo chorou no embate Brasil x Alemanha e eu, prestativa, segurei sua mão durante toda a partida e Jamais me esquecerei do abraço que ele me deu quando a vitória foi anunciada. Não sei o que a vida fez de Ronaldo, que se mudou com a avó logo depois, mas toda copa do mundo eu me lembro dele, e reascendo no peito a esperança de encontrar o meu amor balançando uma bandeira verde e amarela.
Os olhos de Van Gogh ainda pairam sobre a terra, pincelando as luzes do firmamento de uma maneira inédita, como se só aqueles olhos fossem capazes de enxergar a beleza soterrada pela escuridão desse mundo, lugar onde a sensibilidade e a insanidade andam de mãos dadas, onde quem é diferente nomeia-se de louco, e quem não se encaixa vive sua vida acreditando em seu fracasso.
Como disse Don McLean, "Eu poderia ter te falado, vicent. Este mundo nunca foi feito pra alguém tão bonito como você."
É admirável como cada momento de sua vida era especial, convertia sua solidão em alegres e lindos amarelos girassois, almejava provar ao mundo que era um homem de verdade, o mais sensível dos homens.
Quantos Vicents Van Goghs andam por aí, oprimidos pelo mundo sem o reconhecimento merecido, acreditando que o erro é um fardo carregado por eles quando na verdade o erro está neste mundo cruel, continuem de olhos abertos vendo "noites estreladas" mesmo em dias nublados.
A Salvação do desconhecido
Sem dor e sem merecermos, de fato fomos salvos por alguém que não muito conhecemos, alguém que de geração em geração se fez presente, na alegria, na tristeza, na dor, na riqueza e na pobreza.
De tão longe mas vive tão perto, não conseguimos enxergar mas ao respirar sentimos e chega até arrepiar, a segurança de um bem maior que vive ao nosso redor, nos livrando do mal que vive em busca de erros e de pessoas que vivem de insensata insegurança.
Desacreditado, foi mais um, pego na armadilha do inimigo, com o coração endurecido, não conseguiu enxergar aquele que perante as trevas faz brilhar, o caminho a verdade a cruz e a salvação, do humilhado do perdido e certamente do cristão.
Andávamos descalços e cheios de espinhos, um fardo carregado pela desobediência e ira, , e assim fez-nos perceber que grande é aquele que tudo fez e tudo criou! Assenta - se conosco em uma grande mesa farta, nos fazendo de inimigos para filhos, e de graça nos recebe com favor não merecido mas com cálice que transborda a alegria nos renova tudo novo se transforma mas o pecado infelizmente continua a porta, pois dá mente fraca fecha-se os ouvidos para o espírito que grita -não!
O homem irá abrir a porta toda vez que o pecado bater, pois falho é! E iremos a errar.
E assim na espera que a janela se abra e aquele que é riquíssimo em amor e misericórdia venha nos segurar e nos perdoar mais uma vez.
Pois junto ao arrependimento, como um flash nos leva de vez.
O que se faz conhecido
Sobrepondo sua luz em mim
Tão brilhante e ardente
Visão que ofusca ao te olhar
Diferente de me ver
Me deste um pouco de você
Para que assim eu me sinta vivo
Penetrante é;
Estridente em meu ser
Incomparável te sentir
É difícil de explicar!
Me fez de ti, descendente!
A partir de ti, permanece constante
Sua luz não penumbra em sombras
Ofusca até o que já é brilhante!
Já eu, fui ausente como noite, triste em breu!
Me trouxe constrangimento em ver o sol fazer o dia
Dando caminho a um espaço existente, que não se vê em trevas
Na aurora, percebe se o sol;
E tens em mim, o conhecer de sua grandeza.
O encontro.
Em um desses dias despretensiosos eu o avistei na parada de ônibus, aquela cena nunca saiu da minha mente. Ele tinha uma distração interessante, as pessoas, o movimento que elas faziam ao seu redor, o meu olhar fixado e obsessivo não chamavam sua atenção. Eu fiquei ali, a observar, percebi que estava com a concentração voltada para um livro, Kafka, ótima escolha, certamente não era um leitor iniciante. Permaneci alguns minutos no mesmo local e ele também, nossas visões não se modificaram nesse meio tempo, a minha para ele, e a dele para o livro. Quando finalmente um ônibus de cor escura se aproximou, isso foi o bastante para rouba-lhe atenção, guardou o livro que estava em mãos dentro de uma mochila ao lado de sua perna esquerda e seguiu em direção ao ônibus, foi quando percebeu que o olhava, me lançou um olhar atento e um sorriso no canto da boca e foi-se. Ele nunca saiu da minha mente, dediquei alguns textos a ele, como este agora, voltei ao ponto de ônibus por alguns dias na tentativa incansável de reencontra-lo, mas nada foi possível.
Numa manhã de segunda-feira o despertador tocou às sete horas, o corpo me pedia mais cama, mas as obrigações me forçavam a sair da lá, por fim consegui levantar-me com a sensação de pesar cem quilos. Encaminhei-me para o banheiro, tomei um banho que durou menos do que eu esperava, tomei um café rápido e parti para a Universidade onde trabalhava, era professora do curso de Letras, especificamente de Literatura. Ao chegar lá nada me denunciou novidade, mais um dia normal, como durante aqueles últimos dois, foi quando avistei aquela figura que durante muito tempo se manteve viva em minha memória, fraca agora, mas viva, era o homem que um dia fitou meu olhar, não sei se ele havia me reconhecido, mas algo o deixou um pouco desequilibrado diante a minha presença.
- Olá professora Julia. É um prazer conhece-la pessoalmente, durante muito tempo acompanho seu trabalho e me sinto fascinado com tanta criatividade com a sua escrita.
Além de professora eu me dedicava à escrita, havia publicado dois livros, “Três contos de pura solidão” e “Cem anos de amor & dor”, romances clássicos.
- Olá, obrigada por acompanhar meu trabalho. Perdoe-me, embora me conheça devo dizer que não reconheço ou não me recordo do seu nome e/ou de você. – Além de uma boa escritora eu também era uma boa mentirosa, ele permaneceu presente em minha memória por longos dois anos.
- Não, claro. Que tolo! Não nos conhecemos, me chamo Gustavo, sou professor também, agora professor substituto aqui na Universidade. Irei substituir o professor Fernando na disciplina de Literatura Brasileira. É uma honra conhece-la.
- Que legal, um companheiro para discutir sobre literatura. Isso não pode ser melhor.
- Enfim, preciso ir para a aula, posso pagar uma cerveja hoje à noite para você enquanto conversamos um pouco?
- Sim, claro. – Aquela certamente seria uma oportunidade de contar-lhe tudo que havia acontecido há dois anos atrás no ponto de ônibus.
Logo depois das seis horas da tarde eu o reencontrei na sala dos professores, curiosamente da mesma maneira que teria visto há dois anos, cabeça baixa, lendo, a movimentação e presença de outras pessoas não chamavam sua atenção, nem que por um instante. Aproximei-me e o toquei, só assim pude roubar um pouco daquela atenção para mim. – Vamos?
Ele não conhecia a cidade, como presumi. Entramos no meu carro e levei-o a um restaurante famoso, mas calmo da cidade. Algo me dizia que o conhecia há muito tempo, não sei se pelo fato de muito tempo imaginar aquele momento ou se pelo fato de ele ter se mostrado à vontade demais, embora que ainda assim estivesse um pouco nervoso, percebi pela maneira que batia nas pernas com as pontas dos dedos. Ao chegarmos ao restaurante ele pareceu um pouco quanto curioso, mas não o julgo, senti a mesma sensação quando estive ali pela primeira vez, era um lugar um tanto quanto casual, demonstrava um pouco de cultura em sua decoração.
Quando sentamos em uma mesa próxima da varanda com vista para a cidade eu iniciei a conversa.
- Sinceramente eu não sei como dizer isso, mas hoje pela manhã eu não fui honesta com você, não uma foi mentira absoluta, mas uma meia mentira, se por assim posso classificar. Já conhecia você, mesmo que só de vista, uma breve vista. Há dois anos eu o encontrei no ponto de ônibus dessa mesma cidade, eu estava chegando para ensinar na Universidade e encontrei você em um dos bancos, com a cabeça baixa, lendo um livro de Kafka, nada tomava sua atenção, mas você me tomou muita, na chegada do seu ônibus você me lançou um olhar penetrante e um sorriso de canto da boca, aquela imagem ficou viva durante dois anos em minha mente, desejei encontra-lo por muito tempo e agora você “cai em minhas mãos” se por assim posso dizer, é estranho e ao mesmo tempo reconfortante. - Sem me dizer nada, apenas a me observar eu continuei. – Você permaneceu presente em meus pensamentos até o presente momento e hoje eu reencontro você, está comigo agora, existe destino maior que esse? – Por um instante eu só queria que ele me calasse com um beijo e/ou abraço, e assim fez, em um movimento minucioso ele me beijou, o seu beijo foi tão intenso, tão penetrante que por um instante ali eu desejei morrer, havia imaginado aquele instante por muito tempo, mas nunca havia chegado nem perto do que realmente aconteceu.
Por um instante ficamos ali, calados, apenas refletindo o que acabara de acontecer, mas o silêncio em alguns momentos se torna agressivo e nada confortante, então retornei a falar.
- Eu não peço que me entenda, nem muito menos que faça esforço para recordar de algum momento. Por favor, não. Só não me ache estranha e isso será de grande importância para mim.
Ele me olhou agora com um olhar diferente, um pouco assustado, mas com leveza. – Não seja boba, acho que eu esperava por esse momento tanto quanto você, sempre fui um grande admirador do seu trabalho e agora eu descubro que você sempre manteve em sigilo um interesse por mim. Enquanto eu, pouco me recordo daquele momento na parada de ônibus, sempre soube tanto de você. Você por outro lado recorda-se perfeitamente do momento, mas pouco me conhece, o destino parece brincar com nós dois, mas finalmente nos uniu.
Destino. Nunca acreditei nisso, sabe? Mas agora, percebendo que ele nos deu outra chance, que nos proporcionou outro encontro, agora eu percebo o quanto foi generoso conosco. Se assim posso dizer, o destino está ao nosso lado, e agora do seu lado não quero mais sair.
Terça feira a noite
Terça feira a noite
A chuva toma conta da cidade
Terça feira a noite
Uma poça de tinta enorme em minha mesa
Terça feira a noite
Eu queria ter palavras pra te descrever
Mas, por que?
Por que doi tanto pensar em você
Terça feira a noite
Você é tão dolorosa que me faz chorar
Mas por que?
É sua culpa,
Terça feira a noite
Por que chove tanto?
Como será que XXXX esta?
XXXX não ta bem, e a culpa é minha
Terça feira a noite
Como você é dolorosa, pare de me fazer pensar em XXXX
Terça feira a noite
Você é apenas um dia simples, mas por que doi?
Terça feira a noite
I W T K M S ? ? ?
Ela
Ela.
Quem é ela?
Mamãe
mas não a considero uma mãe
Não mais
Ela o matou
...
Aquela mancha na parede
Eu prefiro pensar que eu não fiz isso
Mas, eu gostei.
Eu finalmente me senti viva
Ninguem vai saber
...
...
...
Ninguem nunca vai saber
O significado disso tudo
Mas apesar de tudo
São só palavras
Quem se importa com palavras?
Quem se importa com textos?
Quem se importa com ELA?
É a gente nunca sabe, quando terá o último abraço, a gente nunca sabe.
Quando um até logo, será um adeus..
Por isso, sempre é bom deixar claro as pessoas que amamos .
Tanto em palavras quanto em atitudes, não ah nada mais triste, do que se arrepender..
Ou achar que poderia ter feito mais.
Eu sabia que era amor antes de ser.
Sabia que era amor. Antes de sentir o primeiro toque do teu ser.
Conseguia ouvir sua voz com um olhar.
Eu sabia que era amor. Por que em mim tudo doía quando sabia que você não estava bem.
Sabia que era amor, por que larguei tudo pra te acompanhar.
Sabia que era amor por que sabia, que no meio das futuras brigas iria me lembrar. Que seria apenas o seu abraço que teria a cura pra montar meus pedaços .
Sabia que era amor. Pq teu sorriso se tornou a felicidade que tenho.
Sabia que era amor. Pq a tua presença é algo que me faz querer viver.
E como pode ser amar alguém sem conhecer.
Simplesmente a gente sente.
- Ingrid Laura
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