Textos Dissertativos de Amor
A coisa que mais me enoja num escrito é o autor que não escolhe as palavras pela precisão com que correspondem ao objeto descrito, mas pela impressão emocional que, em total prejuízo da exatidão descritiva, deseja despertar no leitor. Esse procedimento é ainda mais perverso e revelador quando se trata de termos técnicos que, por possuírem significados convencionais bem definidos, só se prestam a essa operação mediante distorções forçadas que denotam precário domínio do idioma. [...] O estilo é o homem, mesmo quando a criatura em questão tem, de homem, pouco mais que o rótulo taxonômico.
Esse tipo de eloquência, que é menos canina do que simiesca, nunca funciona, exceto ante plateias previamente dessensibilizadas para as propriedades do idioma.
Ante plateias normais e cultas, ao contrário, a precisão é a condição primeira e indispensável da força persuasiva.
O mais velho e constante chavão anti-olaviano é: 'Os alunos dele obedecem-no servilmente.' Aquele que emite essa opinião oferece-se, automaticamente, como modelo de pensamento independente e busca desapaixonada da verdade, qualidades que ele comprova ao julgar com tal segurança um curso que jamais frequentou e cinco mil pessoas que jamais viu.
É óbvio que ninguém pode praticar semelhante atividade mental sem grave incompreensão das suas próprias palavras, num paroxismo de impropriedade vocabular em que o uso do idioma mal se distingue dos grunhidos pré-verbais. Por exemplo, que significa o verbo 'obedecer' quando aplicado a uma exposição teórica? ou que significa o termo 'servilismo' quando aplicado a uma situação pedagógica em que o professor não dá ordens a ninguém e, se as desse, não poderia, pela distância, averiguar jamais se foram obedecidas?
Como te choro Mundo
*
Como te choro Mundo
Tão colorido e delicado
Fonte de inspiração
És agora conspurcado
Moribundo, desencantado
Exausto de competição.
Vais perdendo o teu fulgor
Num lento e apático turpor.
E o Homem ?
Alheio ao sangue que escorre
Inspira e respira, olhos ao Alto
Que alivia o peso da consciência
Os gritos de sofrimento
As cóleras lavradas em explosão
A busca de um pouco de pão.
E o mar ? E os rios ? E os animais ?
Palavras, promessas, ações e omissões…
Somos sentenças de homens que mandam
Apenas trágicas consequências
De convergências e divergências !
Coração
Coração ferido é um pedaço de carne triste e ofendido;
Coração partido, envelhece mais rápido, bate descompassado e pulsa sem vontade;
Coração manhoso, grita , chora e pede socorro;
Coração medroso, não suporta a distancia e a saudade, treme com o aumento da carência e da falta de piedade;
Coração bandido, rouba a cena, bate forte, atira pra todo lado e faz vítimas sem deixar rastros;
Coração de pedra, seu interior é gelado, suas batidas são calculadas, não tem dó e nem pena de ninguém;
Coração amoroso, vive feliz, bate com o fôlego de uma criança pela vida toda, ama e é amado, pulsa felicidade e sabe reconhecer um grande amor.
BEM -TE -VI
Quando o visualizei em voos mirabolantes, coletavas insetos no ar. Vivia bastante saudável na comunidade dos pássaros.
Depois de degustar o besouro,posado, num fio de luz, cantava louvores; feliz da vida. Que, apesar de repetir o mesmo cântico e gesto, não cansavam seus ouvintes.
Em seu cantar, me transmitia uma mensagem de paz,esperança fé e crença; quando na letra de uma canção repetia o refrão, dizendo que “bem me via”; quando eu não estava bem. E vivíamos bem, naquela doce ilusão.
Quisera eu ti ouvi-lo novamente!...Por muito tempo; ainda que seu repertório fosse o mesmo: Bem -te –vi. Pois do “bem”, não hei de me cansar.
Mas na fúria louca que se vive... Uma vida sem rumo e sem coração, ceifou-lhe à vida. Precocemente.
Hoje,quando ti vi caído e já aderido no asfalto quente,pelos pneus dos veículos; doeu em mim. Logo, interroguei-me: pode haver poesia num pássaro que já morreu? Pode. A poesia não morre com um ente; nem vive sem ele, ainda que morra.
Por isso, é que não devemos nunca, deixar de dizer: Bem- te- vi. Mesmo que o momento seja de lamento e dor.
O que me acalenta um pouco mais é saber que teus remanescentes ainda falam a tua língua e cantam a tua música. O representando na terra dos viventes. Desejam o bem a ti, na eternidade das aves, e a mim nesta vida efêmera; o mesmo que você desejava a todos nós em vida aqui na Terra: bem- te- vi.
(29.05.18)
SALVA DE UMA MORTE CERTA
CRÔNICA
Helena vivia aos apuros com Romildo, seu esposo. O homem deu de beber e implicar com ela. Aquele relacionamento só piorava a cada dia. Helena sustentava a casa sozinha; trabalhava feito burro e não aguentava mais aquela vida.
Vivia muito queixosa com os colegas de trabalho e com os vizinhos, sobre o mau relacionamento matrimonial. Precisava logo dar um jeito naquela situação...
E procurou a maneira mais radical e desaconselhável possível para resolver o problema: foi à venda de Seu Natã, o papai, comprar uma colher de Aldrim 40 - um veneno letal -, muito usado em décadas passadas, para o combate de pragas nas lavouras.
Lena estava determinada: iria mesmo beber aquilo e morrer.
-Seu Natã, pegue pra mim uma colher de Aldrim!
-Seus olhos, são de uma pessoa que chorou muito! Esse veneno a senhora vai usar em quê?!
- Nas formigas.
-Sendo assim, menos mal...
Papai buscou para a Lena, uma colher bem cheia do produto. E embrulhou cuidadosamente num papel de pão.
À tarde daquele mesmo dia a mulher começou a passar mal para morrer; mas, antes do passamento quebrou tudo na casa. Daí a pouco começou a andar meio torta. Romildo em apuros pediu ajuda aos vizinhos e chamou a Polícia Militar.
Foram três fortes policiais para dar conta de imobilizá-la e pô-la na viatura. Ela babava e deu para estrebuchar mas não conseguia morrer. Buscaram ajuda médica no Hospital Regional da cidade.
Já sabendo que a esposa havia tomado veneno, pela boca da própria companheira, Romildo disse logo ao médico de plantão o que ocorrera.
Tendo sido feito todos os procedimentos de praxes que o caso requer - pela eficiente equipe do Dr. Felisberto Fragoso...
Com poucas horas de trabalhos, obtiveram a melhor das surpresas: Lena não corria nenhum risco de morte e já estava de alta hospitalar. Havia ingerido “araruta” no lugar do veneno. - As mães usavam a fécula de araruta para fazer mingauzinho para seus bebês.
Papai morreu feliz por salvar aquela vida.
(29.05.18)
Meu Deus, só posso evocar seu nome sagrado. Haja visto não confundi-lo com um fantasma criado pelas conjecturas humanas,
Meu Deus, teu nome me basta, Haja visto seu significante ser exaustivamente permanente desvelando sua própria essência em designada e genuína aparência.
Meu Deus, desconhecer a ti (JO 20:14, LC 24:18,Atos 17:23) desloca tua magnitude de qualquer associação ao vilipendio do qual os insensatos criam fabulas a cerca de ti. Humanos! adoradores de ídolos! Deus é DESCONHECIDO, não obstante, Deu é.
Meu Deus não “é um conceito pelo qual meço minha dor,(John Lennon) “não obstante sucumba em dores,Deus é.
Homem sou,verme “filogênese,” frágil “ontogênese”, despudorado “sociogênese”, solitário “microgênese”(Vygotsky), não obstante Deus me antevê, me afeta, me atravessa, não o sinto. Essa é minha única crença em ti, assim não ultrajo Abraão. Teu amigo.
A verdade (aletheia) é Deus! - Quem, absoluta em cada um de nós ela (a verdade) nós conduz em harmonia, felicidade - sabe aquela verdade que brota em nós tal e qual a raiz da semente que brota sabe la onde? que o vento a sacode ,o sol a escalda,a chuva a encharca. Essa verdade é a presença imanente. Eu não compreendo como Deus me ouve, pois não o vejo, nem o sinto, não caio na tentação de compreende-lo para não nivela-lo com aquilo que meu olhar alcança, não obstante sua mão me afaga,Teu Espirito me sonda, me poe em movimento. assim meio subversivamente o sujeito em mim vai sendo construído.
( eudaimonia). Não crê-la(verdade) como absoluta é não crer no absoluto, crê-la paradoxalmente como nós é desvelada é entrar em contato absoluto com absoluto é com efeito Deus imanente ao homem. Assim oh Deus! O teu verbo se refaz em carne na verdade na verdade tu me diz , eu te escuto deixando-me de espantar-me canto a ti aleluias.
Meu jardim
Aonde estão as Rosas que tenho tomado tanto cuidado para não murcharem?
O inverno chegou com todo seu poder de destruição; meu jardim já não é mais o mesmo; tudo parece está perdido; o meu entendimento e as minhas habilidades para domar as surpresas da natureza perderam seu valor; as Rosas ainda estão respirando, vejo a esperança brotar no meio do vento seco e frio; minha euforia e minha confiança retornam; decisões certas são tomadas ; os dias vão passando e sendo comemorados á cada batalha vencida; a primavera chegou com toda sua força e luz; as minhas Rosas sobreviveram a mais um pesadelo e agora brilham espalhadas no meu jardim; o reflexo do Sol bate em suas pétalas e apresenta o tom do momento que vêm carregado de muita luz e felicidade,; reflete o espelho da vida!
DA COR
Às vezes me questiono,
Porque somos diferenciados pela cor?
Se tudo mesmo o que importa,
É se no coração tem amor
Vejo crianças negras chorando,
Por serem ridicularizadas
Elas estão apenas tentando
Serem aceitas, serem amadas
Vejo jovens negros sofrendo,
Para entrar nas faculdades
Filho de preto vai aguentando,
Filho de branco invadir as universidades
Vejo adultos negros trabalhando,
Igual ao branco trabalhador
O preto velho já vai sabendo,
Que o seu pagamento
Será diferenciado por sua cor
Vejo idosos negros cansados,
De serem tratados com tanto pudor
Tentaram de tudo para serem valorizados
Como resposta tiveram o legado,
De ensinarem seus filhos amados
A lutarem por sua cor
Aqui não diferencio branco e preto,
Só lamento o sofrimento
Não é piada falar em preconceito,
O negro sofre e eu não aguento
A ignorância desse povo opressor
Viver e lutar
Vivo perdido, sem direção; os meus passos seguem caminhos que não estão me levando a lugar algum; preciso de ajuda; quero sair da escuridão, não aguento mais andar atrás da minha sombra; quero vencer os meus medos e as minhas incertezas sem ter que rastejar ou implorar por socorro ou por perdão; cansei de andar de joelhos buscando respostas; quero pegar os grãos de areia que forem necessários para construir um espelho que possa me mostrar o que tenho que fazer para o meu futuro ser de batalhas vencidas e glórias merecidas; o meu passado será esquecido, o meu presente viverei um dia de cada vez com a força de um leão, a visão de uma águia e a inteligência de um homem que veio para deixar o seu nome marcado na história.
Mulher de peso
Bela e vibrante como a natureza;
Tem luz e seu brilho é tão poderoso quanto os raios do Sol;
Sua pele é macia, saudável e preciosa, não deveria ser tocada por mortais;
Seu olhar domina, apaixona, hipnotiza, ela carrega consigo o poder das Sereias ou da Medusa talvez;
Seu caminhar, deixa os homens paralisados, congelados, fazem até cara de bobos e papel de tolos;
Causa inveja, ciúmes, raiva e desperta, elogios e comentários maldosos entre as mulheres;
Quando está parada se comporta como uma divina estátua de uma Deusa;
Seus movimentos são graciosos, sua vós é doce, leve e encantadora;
Seus dias na terra serão poderosos e acompanhados de muitos aplausos;
Só podemos agradecer por você existir.
Casa vazia
Essa noite eu tive um sonho
Daqueles de partir o coração.
Da janela eu nada via
Apenas aquela casa ali vazia.
Nos conhecemos no caminho da escola
Primeiro beijo em frente aquela porta.
Nunca mais eu quis ouvir a nossa música
Me faz chorar desde que ela foi embora.
Edimar de Freitas
_Não é sobre têr encotrado todas as felicidades do mundo para si_;
_É sobre saber que a tristeza gera arrependimento para a salvação e que existe um Deus que cuida de ti_;
_Não é sobre ter uma felicidade sem fim_;
_É sobre Jesus Cristo, que graça teria se Ele não se manifestasse em mim_;
_Não é sobre chegar no ápice do mundo que nos faz um vencedor_;
_É sobre descer,crer e amar aquele que nos criou_;
_Não é sobre caminhar sem força na frente do perseguidor _;
_É saber que existe um Deus que te faz mais do que um vencedor _;
_Não é sobre desistir e estagnar_;
_É sobre acreditar, contemplar e sonhar_;
_Não é sobre saber interpretar,falar em uma cena,odiar e magoar_;
_É sobre ouvir a mais linda e doce voz,é sobre perdoar,amar e fazer valer apena! _ _
Tarde sem fim
Navegando por aqueles corredores cheios de vegetação, cheios de vida, mar a dentro, me recordo com prazer da sua felicidade, foi tão gostoso ouvir as músicas regionais no passeio de barco e saborear os pratos típicos; eram muitos casais felizes aproveitando o sol escaldante do dia; as danças e a bagunça na parada para o banho de lama foram o ponto máximo; seus olhos verdes brilhavam como nunca de tamanha felicidade; passadas algumas horas estávamos voltando do nosso delicioso e inesquecível passeio, você esbanjava contente a sua nova cor de pele dada pelos raios solares e não tirava o sorriso do rosto olhando para as nossas fotos tiradas ali; os acessórios regionais que te dei como pulseiras, cangas, óculos, bolsa e chapéu, garanto que ficaram lindos em você!
A paisagem e a beleza do lugar se completavam com o nosso amor!
Foi uma tarde maravilhosa ao seu lado, eu não poderia deixar passar esse momento único apenas em fotos, resolvi imortaliza-los em versos para não cair no esquecimento, o quanto nós fomos felizes.
Toca coração
Estou aqui sentado na varanda ouvindo nossas músicas, não me cansei de pensar em você;
Estou vivendo a sensação de um resultado inesperado apresentado pela vida, minhas expectativas superam a minha realidade atual;
A cada letra tocada o meu coração corresponde, se abrindo em prantos e emoções que guardo comigo á muito tempo;
Agora ficou mais pesado o clima das músicas com o acompanhamento do cair da noite, o meu querer por você aflora e se apresenta com muita força, vejo você quando fecho os olhos, sinto o seu calor em cada pensamento que se apresenta como uma aparição na minha mente;
O telefone toca, a sua foto do zap é vista, e nesse momento lágrimas caem do meu rosto, sentindo a benção que está por vir...
O fim não chegou
A solidão me machuca, á misericórdia não cai do Céu;
A dor é tão grande e sufocante, hoje sou um ser invisível aos olhos da minha amada;
Nossos olhares e nossas mãos já não se encontram mais, o sentimento no ar é de derrota;
Sinto saudade do que nos emocionava, ainda não deixei morrer a minha esperança por um final feliz...
As estrela te guiaram
juro eu não interferi,
apesar de nem notado,
eu estava logo ali.
Eu tentei te abraçar
juro que eu não conseguia te tocar.
Os olhos não se movem,
se enchem de lágrimas.
Até parece que nem quer me ver
ou vai se importar
se eu me sentar
para atrapalha o que vai fazer.
Tento tocar seu rosto, não consigo me comunicar.
Aonde quer que você ande,
sempre vou estar com você.
Se não sabe que eu só vim,
vim para contar o que sonhei.
Neste sonho eramos tao feliz
que esqueci e não acordei.
Mestiça dos meus sonhos
Quem é você?
Por onde andas?
Qual o seu nome?
Preciso de respostas, á muito tempo vejo você nos meus sonhos; vamos apareça!
Possui uma Beleza que eu nunca vi a olho nu! Mulher de traços orientais bem desenhados com aquele toque refinado da mulher brasileira!
Inteligente, viajada, dócil com as palavras e pura nos sentimentos; carrega o maior amor do mundo no seu coração!
São sensações muito fortes e visões quase reais da tua presença;
Quero te encontrar, para podermos compartilhar juntos do mesmo Céu e da mesma terra!
Nos meus sonhos você me prometeu que iria cuidar de mim, disse olhando nos meus olhos que mudaria à minha vida, garantiu viver para sempre do meu lado, gritou bem alto que seríamos um só!
Deixa acontecer, se apresente, não tenha medo de viver essa loucura a dois; eu estou aqui te esperando de braços abertos pronto para ser o homem da sua vida...
As três idades da mulher
Da boca que contorna o queixo
Ao mais aberto sorriso;
Das mãos que lavam a loiça
Às luvas de cetim;
Dos jeans rasgados
À calcinha rendada;
Da cachoeira castanha solta
Às comportadas tranças;
Da jovem que invade as fotos
Às cãs pedindo pintura;
Da que procura por olhares
À que provoca carinho:
Ela é uma.
Ela é una.
Ela quer mais.
Ela contém todas.
Ela, elas... menina, moça, mulher.
(Homenagem à pintura homônima de Klimt)
Frida Kahlo
Faz uma tela sentida:
Prepara pincéis e tintas,
Um'alma exposta, ferida...
O que ela externa, tu pintas.
Carrega nas cores quentes:
Rosto? Amarelo-pavor.
Ígneas lanças nos dentes;
Na boca, maçã do amor.
Nos olhos, usa três cores:
Tenta azul, verde e cinzento.
Tons de finados amores...
Arco íris em tormento.
Não poupes nas cores frias!
Põe púrpura nos cabelos.
Nos seios, como farias?
Cor de gelo, sem apelos.
Nem penses ficar com ela;
Assim, ela te domina!
Crava no corpo da tela
A fria espada da China.
Fêmea louca que se esvai?
Ah... Não te sintas dorida.
É tinta o sangue que cai.
É bela e ainda tem vida.
(Verônica Marzullo de Brito)
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