Textos de Tristezas

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►Antissocial

Não se comunicar, não se deixar experimentar
Buscar sempre se afastar, com medo de se expressar
Com medo de poder se machucar se tentar
Nunca permitir interações, essa é uma das lições
Razões essas de está sempre reclamando da solidão
Com uma memória de elefante para relembrar das decepções
Orações recitadas pelas desilusões que assombram pela escuridão
Do vazio sem sentido, do resultado do caminho escolhido
Da sombra do passado buscando um espaço no presente abalado
E que nunca é deixado, é cultivado, bem cuidado
Tornando a vida um cubo, com quatro esquinas
E sempre no final da estrada, uma rotina depressiva
Esse é o cotidiano de quem vive assim todo o ano.

Nos olhos não há vida, não há nada
A vontade de viver, a vitalidade, foi totalmente sugada
Esgotada, toda esfarrapada antes de ser levada
Não possui mais visão, cegos na depressão.

Qualquer tentativa de ajudar nada irá causar
A própria pessoa deve se permitir mudar
A mudança as vezes é má, mas inevitável
Mesmo que traga consigo um fardo pesado
É necessário deixar algumas coisas de lado, para seguir em frente
Algumas pessoas possuem o medo de fazer parte de um grupo, dizendo ser diferente
Mas existe uma palavra motivacional adequada, "Tente"
"Experimente", mas são apenas palavras
Fáceis de dizer, difíceis de exercer
Quem é só, mesmo sem aparentar, precisa de alguém para conversar
Mesmo que, aparentemente esteja tranquila com a vida escolhida
Mas sua vontade de se conhecer, e conhecer os outros, está escondida
Reprimida, totalmente distorcida.

"Eu me sinto só, mas não quero que sintam dó"
Consigo compreender quem pensa dessa maneira
Falta total de compreensão quem julga ser besteira
Dizem até que, quem se fecha é "fresco"
Uma vez escutei isso, e não me esqueço do sujeito
Depois do estrago, por ele feito, nenhuma desculpa foi dita
É comum criticar a vida de um outro alguém
O difícil mesmo de se fazer é cuidar da própria
Pois se não fizer, outros cuidaram, e te apelidaram
Como "Zé Ninguém", e não existirá um porém
Mas, para as pessoas que possuem esse medo
Utilizem da força adormecida que todas tem
Ainda há tempo, quanto mais cedo, melhor
Não importa o quanto esteja pior
A tendência é dificultar, enquanto não revidar
Se mexa, alcance o objetivo que almeja.

Ser comunicativa é algo que não condiz com essas pessoas
Que possuem a mente entristecida e desprotegida
Mesmo sendo difícil interagir, devem insistir, persistir
Podem conseguir, e no final irão sorrir
Vençam a neblina densa, na imensa escuridão
E, lá na imensidão, haverá luz no coração
Reacendido, encorajado, destemido, e o mais importante
Vivo.

A nossa história de 30 anos juntos,
não se acaba aqui, não se acaba assim...
A morte que nos separou agora, é a mesma
que irá nos reencontrar. O meu amor por você é tão grande, que vive em nossos filhos, que irei criar à sua semelhança, com caráter , hombridade e retidão. E quando a minha missão cumprida estiver, em teus braços, irei me aconchegar. Que eu suporte os dias de saudade e as noites de dolorosa solidão...até o dia em que finalmente, contigo, de novo, irei estar.


Para Márcio Miguel Zorio, meu esposo falecido em 17/07/2016.

O pior aconteceu
A história se repete
Temo estar frio outra vez
O passado remete
Meu romantismo se perdeu
Diante de tudo que a vida me fez.

Não espere meu sorriso
Não prometo companhia
Tudo agora é melancolia
Reflexo de decisões minhas.
Aprecio algumas amizades
Que me confortam no meio da dor
Mas creio sucumbir sem piedade
Deixando tudo de lado, até o amor.

As palavras ainda se perdem na mente
Culpa das situações vividas recentemente
Meus pensamentos me levam ao fracasso
Prisão que escolhi entrar
Talvez minha alma ainda grite
Na esperança de alguém me encontrar
Mas já excedi meu limite
Então não tente me perturbar
Um lúcido só se faz de louco,
Quando é assim que ele quer estar.

Madrugada!

É na madrugada que o coração chora,
Que o sentimento aflora,
E o travesseiro é o único que não vai embora.
Momento que a conversa é solo,
Que pedimos colo,
E na cama eu só rolo.
É a hora que os minutos passam,
Que os olhos embaçam,
E a dor e o sofrimento não passam.
Ah essa madrugada,
Se não fosse o seu silêncio,
Te chamaria de folgada.
Mas uma hora ei de dormir,
Mesmo me sentindo um estrangeiro,
Nesse meu caloroso travesseiro,
Querendo partir.

Aos poucos

Aos poucos vamos perdendo a esperança
Aos poucos vamos perdendo a nossa essência
Aos poucos vamos deixando de acreditar naquilo que acreditávamos
Aos poucos vamos sendo moldados até não restar nada do que costumávamos ser.
É, aos poucos, somente aos poucos é que as coisas vão acontecendo, depois de viver tanto as mesmas coisas, depois de tanto sentir as mesmas dores, aos poucos vamos aprendendo, não a não senti-las, mas aprendendo a conviver com elas.
É, é aos poucos vamos nos tornando mais fortes.

O Quarto

Eu sou um livro esquisito, por fora aceitável e por dentro um labirinto;
Cheio de palavras complicadas, de efeitos nítidos e engraçados;
Onde destaquei três enunciados,
''Dor, medo e angústia'';
Hoje, elas me definem!

Gostaria de saber as consequências disso em mim;
Pois não consigo perceber, o que elas tem de ruim;
Todo mundo discursa que irei adoecer;
Tenho medo e eu nem sei o porquê.

Ando pela rua e não consigo ouvir nada;
As pessoas estão tão iguais, que as vejo como se tivessem empalhadas;
Falam tantas asneiras, que não consigo dar risada;
Procuro uma fórmula para explicar isso, e de minha cabeça não sai nada.

Vejo-as discutindo, se matando, se julgando sem nenhum sentido;
E me pergunto se sou louco;
Por tentar buscar uma explicação para essas atitudes sem conexão;
Queimam o livro sem compaixão e mesmo assim os vejo sorrindo e não pede perdão.

Esqueceram que somos irmãos, nascemos sem direção;
Vivemos unicamente e mesmo assim,
Nos tratamos como serial killer esperando logo ali, na contra mão.

Estou farto desse relato, que me causa dor e outros farrapos;
Escrevo para amenizar os meus laços,
Tenho esperança de viver em outro espaço, onde possamos viver entrelaçados;
Amanhã é um novo dia, e sinceramente ... espero sair desse quarto.

Ontem nós éramos perfeitos, nos amávamos, vivíamos num mundo cor-de-rosa, nossas vidas eram feitas de flores e estrelas.

Ontem nós éramos inseparáveis, nos preocupávamos um com o outro até mesmo por telepatia, nossos lábios mostravam a todos o sorriso da felicidade.

Ontem nós éramos cúmplices em tudo o que fazíamos, nas pequenas e grandes coisas, nos ajudávamos mutuamente…

Ontem nós éramos um casal, perfeitos no amor, no pensar, nos toques e nos carinhos. Ontem nós éramos uma só pessoa, com corpos e desejos misturados, com vontades inexplicáveis em um ser.

Ontem nós éramos o paraíso, sem maldades, sem desconfianças, sem rancores, porque em nós só pairava o amor...

Hoje nós somos a saudade de tudo o que fomos ontem e que o rompimento levou!

Ah o tempo.... silencioso, rápido, voraz, destruidor... o tempo pode ser bom ou ruim... ele faz nos alegrarmos com a compensação de uma chegada... e nos faz cair com a tristeza de uma partida.
E com o tempo vamos aprendendo a esperar... Deus tem tudo preparado e no momento certo ele nos presenteia com tudo aquilo que um dia sonhamos... O tempo é o senhor das questões mal resolvidas, das mentiras descobertas e dos amigos se tornarem verdadeiros amigos, de evoliuirmos e de nos tornamos pessoas melhores. Nosso desafio é saber esperar. E como a vida passa tão depressa... e o meu medo é que nesse tempo não dê tempo...

Ana Paula Borgonowy

A dor da perda

Como é difícil e aceitar tamanha dor. Uma coisa assim que chega sem avisar, sem tamanho, sem medida, sem forma, sem cor. DOR. Dor na alma. Vazio.
Perder o que não se teve. Esperanças acalentadas e agora desfeitas, os sonhos destruídos e a vontade de ser ficou à beira do caminho.
Me perco nas lágrimas, ao mesmo tempo minhas e de outros... sem conter, sem cessar. (Oh dor, me deixas!) A angústia de quem a sente é maior do que a vontade de quem acredita que tudo passa e tudo se resolve.
Mas vai passar.
É, vai passar.
Tudo passa.



O tempo perdido
Pode ser recuperado
A solidão é a ausência
De alguém não encontrado
Deixe o passado no passado
Viva com as marcas
Disperse o medo
não chore, ainda é cedo
Não sinta-se só
Insista, tem solução
Há medo ao teu redor
Há coragem no teu coração
Ouça a coragem
Desate o nó.

A ponto de me tornar poeta!
Às vezes imagino que a única coisa inatingível em mim é a poesia,
Não queria ser frágil por isso luto pela força.
Sinto-me honrado em ser poeta, mas até mesmo esse dom,
Ou melhor, as características que temos por ter esse dom,
Trazem-nos um pouco de fraqueza, docilidade que é inútil no mundo em que vivemos.
É como se eu tivesse nascido tão fraco a ponto de me tornar poeta.

E foi assim, de repente, que você apareceu e entrou pela porta da frente.

Já no salão principal e sem cerimônias foi logo conhecendo todos os meus sentimentos.

O primeiro foi o medo, que desapareceu depois que se encantou com sua gentileza e seu abraço.

O segundo foi a solidão, que se levantou da mesa e foi embora quando ficou fascinada por seu carisma e educação.

O terceiro foi a tristeza, que sumiu ao se maravilhar com sua simpatia e senso de humor.

O quarto foi o tédio, que partiu sem deixar rastros depois de ficar impressionado com sua conversa cativante e inteligente.

O quinto foi a carência, que saiu de fininho
quando se deslumbrou com toda a atenção e carinho que recebeu.

E quando me dei conta, já não havia mais ninguém na festa. Éramos só nós dois, dançando juntos a música do amor, ao ritmo da batida dos nossos corações.

Eu sou...

Tem dias que eu sou a minha própria escuridão
Sou o meu próprio preto e branco
Em meio ao arco-íris.
Sou a minha luz em dias escuros,
Sou a minha alegria em meio a tristezas
Sou o meu próprio escudo para defender-me
Sou a sorte em que todos procuram
Eu sou pra mim tudo o que alguém poderia ser...

Ainda tua lembrança...(soneto)

Há no ar certo cheiro de maresia,
Na bruma, toques de irrealidade,
Na brisa, um tanto de nostalgia,
Em mim...solidão, fragilidade...

Nas ondas, um vaivém de melancolia,
No horizonte, laivos de saudade
Sentimento, que as vezes, acaricia,
Em outras, traz dor e infelicidade...

Nas pesadas nuvens, um tom cinzento,
No imenso mar, sonhos naufragados
Na branca areia, pela espuma, espalhados...

Olhar ao longe, na direção do vento,
Na alma, mágoa e desesperança,
No coração, ainda tua lembrança...

⁠O Ultraje da solidão

Um coração custodiado
Não sabe o que é aflorar-se mais
Em mansidão aparente, Um rosto tanto calmo, por dentro pandêmico, quem diria se o visse?
O exílio é perigoso, mas é onde encontro o meu eu mais próximo do gênese,
Viciante, tanto pensar, pra que me culpar?
Deveis apenas seguir o rebanho?
Só busco ascender, conectar e talvez desafrouxar os laços que me confinam ao pretérito
Porém tão fácil dizer
E difícil demais compreender cada dia minha existência
E o que tanto me amarguras

Minha Rosa

Aonde está a Rosa
Pela qual me, apaixonei?
Será que a perdi?
Não consigo mais achá-la

Será que sou eu?
Que não consigo mais vê-la?
Como viverei sem ela?
Quem irá aformosar meu jardim?

Ela parece estar tão perto,
Mas não a vejo,
Sinto-a raramente.

Procurarei-a sem cessar
Até que a lua e as estrelas
Parem de embelezar...

O meu triste luar.

Sim! Infelizmente perdi o que eu tinha de valioso aos olhos do meu coração, mas sempre é necessário seguir em frente, até porque a vida é uma caixa de surpresa a cada dia que vivemos. Os sentimentos mais sinceros já se foram e a paixão do começo? Pois é, chegou ao fim.
Com amor, seu ex-amor.⁠

Falar o que agora..
Sobre nada ou sobre nós, no caso, quase a mesma coisa, já que não tenho nada a dizer, nem de mim nem de você.
Eu e você não existe, pois não chegou a ser.
Ser é o que não foi, não é ou é o que é, o que sei é que nada é.
E falando em nada, nada é falar em você, pois você não é o que era e nada tenho a dizer, nunca acontece nada, nada há de acontecer, vou só parafraseando pra você entender.
E mesmo que eu tente muito, ainda que pague pra ver, nada nunca acontece ou pode até acontecer, mas na verdade não chega a ser.
Cansada de ver tudo partir, exausta de esperar pra ver, to morrendo por não fazer nada e nada de novo acontecer. Entendo que nada e ninguém é, na verdade tudo está, até quando não der em nada e nada voltar a ser.
Não é amargura ou rancor o que sinto, não é tristeza ou lamento, não é dor, não é vaidade, na verdade o nome do que sinto é nada.

Dizem que há coisas que não voltam mais
e eu acredito muito nisso!
O tempo nós apenas recordamos
pois, não mais o recuperaremos.
Já a palavra pronunciada, pode causar
destruição em questão de segundos.
como escreveu a poeta
(a palavra é pássaro, voou, não volta mais)
É preciso cuidar bem dela.
Por outro lado, a VIDA é única
e há nela coisas que muito podem ferir:
O orgulho que cega
A raiva que destrói os sentimentos mais puros.
A tristeza que infelicita a alma.
A bebida que destrói lares, e ceifa vidas.
A maldade que não tem limites em machucar...
Das coisas que me fazem viver
A fé, a esperança, o amor e a amizade.

Mais que um fardo, completamente defeituoso, querer ser como sou, ou ser aceito por todos, querer quebrar estigmas que tem sido tão assombrosos, não querer mudar, e ser aceito por todos. Sou um fardo, coberto de olhares julgosos, observando as estrelas, querendo ir-de a seu encontro, esquecendo o passado, querendo viver um futuro na qual não estarei em meio a escombros, deixar de existir na terra, e virar poeira no cosmos, tem dias que me sinto bem, e dias que sinto ódio. Ódio, tristeza, desânimo e muita angustia, faz tempo que não vivo, tempos que não encontro uma luz. Tudo poderia ser diferente, com poucas palavras que tranco a mil chaves em minha mente, atos simples que me deixariam menos contentes, apenas para ver a felicidade dos meus entes, entes quase queridos, quem sabe se fossem mais, se meu futuro eu quem tivesse escolhido, ou talvez tomado minhas próprias decisões, seres de mente fechada, querendo decidir por mim, sinto minha mente sendo arrombada.
e onde estão minhas escolhas?
com argumentos não plausiveis, fazem me tomar decisões a força, sem pensar nas consequências, por causa de uma simples dependências, por deles é que eu dependo, mas mal sabem eles que por fora eu estou vivo e vivendo, mas por dentro estou morto e cada vez mais, morrendo.

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