Textos de Saudades de Amigos

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Saudades do meu pai e dos amigos que morreram
Mas o que o velho me ensinou eu jamais me esqueço
Seja lá como for, na vida tudo tem seu preço
No mundo, o falso e o verdadeiro se confundem
Mas os que sabem jamais se iludem
Não é fácil encontrar o caminho
Mas é bom olhar pro lado e ver que não estou sozinho

Chorão

Nota: Trecho da música Be Myself.

Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...

Desconhecido

Nota: Embora a autoria seja normalmente atribuída a Clarice Lispector, na verdade o texto se trata de um híbrido, que combina elementos e excertos de Antônio Carlos Affonso dos Santos com outros, escritos por um autor desconhecido.

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Nirvana

Viver assim: sem ciúmes, sem saudades,
Sem amor, sem anseios, sem carinhos,
Livre de angústias e felicidades,
Deixando pelo chão rosas e espinhos;

Poder viver em todas as idades;
Poder andar por todos os caminhos;
Indiferente ao bem e às falsidades,
Confundindo chacais e passarinhos;

Passear pela terra, e achar tristonho
Tudo que em torno se vê, nela espalhado;
A vida olhar como através de um sonho;

Chegar onde eu cheguei, subir à altura
Onde agora me encontro - é ter chegado
Aos extremos da Paz e da Ventura!

Saudades

Saudades! Sim... Talvez... e porque não?... Se o nosso sonho foi tão alto e forte. Que bem pensara vê-lo até à morte. Deslumbrar-me de luz o coração! Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão! Que tudo isso, Amor, nos não importe. Se ele deixou beleza que conforte. Deve-nos ser sagrado como o pão! Quantas vezes, Amor, já te esqueci, Para mais doidamente me lembrar, Mais doidamente me lembrar de ti! E quem dera que fosse sempre assim: Quanto menos quisesse recordar. Mais a saudade andasse presa a mim!

De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.

Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inatuais esperanças.

De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.

Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...

NÃO: JÁ NÃO FALO DE TI

Não: já não falo de ti, já não sei de saudades.
Feche-se o coração como um livro, cheio de imagens,
de palavras adormecidas, em altas prateleiras,
até que o pó desfaça o pobre desespero sem força,
que um dia, pode ser, parece tão terrível.

A aranha dorme em sua teia, lá fora, entre a roseira e o muro.
Resplandecem os azulejos- e tudo quanto posso ver.
O resto é imaginado, e não coincide, e é temerário
cismar. Talvez se as pálpebras pudessem
inventar outros sonhos, não de vida...

Ah! rompem-se na noite ardentes violas,
pelo ar e pelo frio subitamente roçadas.
Por onde pascerão, nestes céus invioláveis,
nossas perguntas com suas crinas de séculos arrastando-se...
Não só de amor a noite transborda mas de terríveis
crueldades, loucuras, de homicídios mais verdadeiros.

Os homens de sangue estão nas esquinas resfolegando,
e os homens da lei sonolentos movem letras
sobre imensos papéis que eles mesmos não entendem...
Ah! que rosto amaríamos ver inclinar-se na aérea varanda?
Nem os santos podem mais nada. Talvez os anjos abstratos
da álgebra e da geometria.

Incompreensão dos Mistérios

Saudades de minha mãe.
Sua morte faz um ano, é um fato
Essa coisa fez
eu brigar pela primeira vez
com a natureza das coisas:
que desperdício, que descuido,
que burrice de Deus!
Não de ela perder a vida,
mas a vida de perdê-la.
Olho pra ela e seu retrato.
Nesse dia, Deus deu uma saidinha
e o vice era fraco.

Saudades... Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me pego pensando no passado, eu sinto saudades... Sinto saudades de amigos que nunca mais vi, de pessoas com quem não mais falei ou cruzei... Sinto saudade dos que se foram e de quem não me despedi direito, daqueles que não tiveram como eu dizer adeus... Sinto saudade das coisas que vivi e das quais deixei passar (...)
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que... não sei onde... para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Desconhecido

Nota: Embora a autoria seja normalmente atribuída a Clarice Lispector, na verdade o trecho se trata de um híbrido, que combina elementos e excertos de Antônio Carlos Affonso dos Santos com outros, escritos por um autor desconhecido.

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Mensagem de despedida aos amigos,

Até aqui, viajamos juntos. Passamos por vilas e cidades, cachoeiras e rios, bosques e florestas. Enfrentamos grandes obstáculos e superamos cercas que nos ajudaram a transpor abismos. As subidas e descidas foram uma constante, mas também percorremos retas, nos apoiamos nas curvas e descobrimos novas cidades.

Agora, é chegada a hora de cada um seguir sua jornada individual. Que as experiências compartilhadas até aqui sejam a força que nos leva à alegria de alcançar nossos objetivos. Sentiremos falta daqueles que partiram por diferentes caminhos, mas carregamos conosco a saudade e a esperança de reencontros futuros.

Expressamos nosso agradecimento a todos que estiveram ao nosso lado, mesmo à distância, nos momentos bons e difíceis. Esta conquista é também de vocês, que dividiram conosco cada passo. Lembrem-se, uma despedida é necessária antes de nos reencontrarmos. Que nossas despedidas se tornem eternos reencontros.

Tristeza

Eu perdi minha vida e o alento,
E os amigos, e a intrepidez,
E até mesmo aquela altivez
Que me fez crer no meu talento.

Vi na Verdade, certa vez,
A amiga do meu pensamento;
Mas, ao senti-la, num momento
O seu encanto se desfez.

Entretanto, ela é eterna, e aqueles
Que a desprezaram - pobres deles! -
Ignoraram tudo de talvez.

Por ela Deus se manifesta.
O único bem que ainda me resta
É ter chorado uma ou outra vez.

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes
Antologia Poética. Rio de Janeiro.1960

A amizade consegue ser tão complexa.
Deixa uns desanimados, outros bem felizes.
É a alimentação dos fracos
É o reino dos fortes.

Faz-nos cometer erros
Os fracos deixam se ir abaixo
Os fortes erguem sempre a cabeça
Os assim assumem-nos.

Sem pensar conquistamos
o mundo geral
e construímos o nosso pequeno lugar,
deixando brilhar cada estrelinha.

Estrelinhas.
Doces, sensíveis, frias, ternurentas.
Mas sempre presentes em qualquer parte.
Os donos da amizade.

Os Viajantes e o Urso

Um dia dois viajantes deram de cara com um urso. O primeiro se salvou escalando uma árvore, mas o outro, sabendo que não ia conseguir vencer sozinho o urso, se jogou no chão e fingiu-se de morto. O urso se aproximou dele e começou a cheirar sua orelha, mas, convencido de que estava morto, foi embora. O amigo começou a descer da árvore e perguntou:
– O que o urso estava cochichando em seu ouvido?
– Ora, ele só me disse para pensar duas vezes antes de sair por aí viajando com gente que abandona os amigos na hora do perigo.

Moral da história:
A desgraça põe à prova a sinceridade e a amizade.

Despedida de um amigo de trabalho

Se por um instante Deus esquecesse que somos marionetes de pano e nos presenteasse com mais um pouco de vida ao teu lado, possivelmente não diríamos tudo o que pensamos, mas definitivamente pensaríamos em tudo o que dissemos.

Portanto, refletindo sobre o que dissemos, fizemos e sentimos, percebemos que os momentos de história que compartilhamos foram mais grandiosos do que pequenos. Trabalhamos, mas também rimos muito, e podemos dizer que se Deus nos concedesse mais um pouco de vida ao seu lado, morreríamos de tanto rir.

Neste momento, as palavras perdem o sentido diante das lágrimas contidas na saudade que iremos sentir, mas o sorriso é o que te demonstraremos neste instante, por ser o motivo deste até logo, a celebração de mais uma vitória em sua vida.

Sempre há um amanhã, e a vida nos dá sempre mais uma oportunidade para fazermos as coisas bem. Temos que aproveitar cada oportunidade, por isso sabemos que você tem que ir, mas ficaremos aqui torcendo pelo seu sucesso, hoje e sempre. Que você crie mais histórias maravilhosas e intensas como a nossa.

Hoje é apenas a última vez que você verá as pessoas com as quais conviveu no trabalho, mas o início de uma vida de convivência com amigos eternos.

Talvez seja melhor tentarmos sozinhos
Foi tua esta decisão quando parti
Saímos cada um prum lado cheio de razão
Você chorou por mim e eu te perdi

Não sei o que se passou nessa minha ausência
Porém olhando seus traços vejo que restou
O mesmo se deu comigo não posso esconder
Você se perdeu e ninguém me encontrou

Será que ainda há tempo para o nosso amor?
Será que valeu a pena esse tempo esperar?
Depois do que passamos distante um do outro
Pensando bem não existem motivos pra gente voltar

Não sei o que se passou nessa minha ausência
Porém olhando seus traços vejo que restou
O mesmo se deu comigo não posso esconder
Você se perdeu e ninguém me encontrou.

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

João de Barro
Songbook Braguinha. São Paulo: Irmãos Vidale, 2009.

Nota: Versão brasileira da música "Smile", escrita por João de Barro (Braguinha) e gravada, entre outros, por Djavan. A melodia foi composta por Charles Chaplin em 1936, tendo John Turner e Geoffrey Parsons adicionado posteriormente a letra original.

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A DOR QUE DÓI MAIS

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Martha Medeiros
A dor que dói mais in Trem-Bala. L&PM Editores. 1999

PEDAÇOS DE MIM

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites maldormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir, para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

Martha Medeiros

Nota: Autoria não confirmada

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já.

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida.

Saudade é sentir que existe o que não existe mais.

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam.

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

Aguinaldo Silva

Nota: Trecho de fala de um personagem da novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva. Muitas vezes atribuído de forma errônea a Pablo Neruda.

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Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...

Vinicius de Moraes
Álbum "Como dizia o poeta"

Nota: Letra da música "Tomara", composta por Vinicius de Moraes.

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