Textos de Saudade do Namorado
Ensinar ao surdo é como soprar no vento,
Palavras se perdem em um espaço vazio.
Na mente que não escuta, não há entendimento,
E o esforço se desintegra em um silêncio frio.
"Sim" ao insensato é um eco sem retorno,
Onde a ignorância se ergue, altiva e sem paz.
O saber se perde no cansaço eterno,
E o fardo se torna um peso que o tempo não desfaz.
O diálogo se torna um grito no abismo,
A paciência se esgota onde não há um sim.
A luz se apaga no obstinado desatino,
E o saber se dissolve na luta sem fim.
Depois das palavras que ouvi,
Teu rosto mudou, se afastou de mim,
O amor que era fogo e abrigo,
Agora é silêncio, vazio e frio.
Vivo ao teu lado, mas me sinto só,
Cada palavra tua já não entendo,
O abismo entre nós é um golpe,
um soco no estômago.
Quem és tu, que já não reconheço?
Será que mudaste, ou fui eu que mudei?
Ou sempre foste assim, só eu que não via?
Esse estranhamento é uma ferida
que arde em meu peito.
E me pergunto se um dia ainda te acharei.
Não disse o motivo, nem olhou para trás,
Alguém me contou que você se cansou,
De viver ao meu lado...
E eu, que sempre te amei DO MEU JEITO.
Agora me pergunto, em dor e SEM JEITO.
Qual foi o pecado que cometi,
Para te ver partir sem uma despedida?
Será que errei em te amar demais,
Ou fui frio, distante, sem perceber?
O que fiz para merecer teu adeus,
Sem um motivo, sem nada a dizer?
O vazio que deixaste é um fardo,
Um peso que carrego sem saber por quê,
E na escuridão do que não entendo,
Só me resta a pergunta: onde foi que eu errei?
Mulher Sem Coração
Mulher sem coração, quanta ilusão,
Me enganaste, que pena, teu sorriso era de esfinge,
Tua boca sinuosa de alguém que mente,
Ser o que não é, ah, mulher sem coração.
Roubaste meu sossego, agora vivo só,
Em profundo sofrer, queria a verdade,
Queria a utopia, que tolo não sabia
Que era você, a própria enganação.
Minha vida é um constante reinventar, onde cada amanhecer traz a urgência de fugir da mesmice e do anseio latente por seus lábios. Meus sonhos, aqueles que me abraçam à noite, são meu norte, meu desejo de caminhar por estradas desconhecidas, na busca incessante de um futuro que ainda não tomei em minhas mãos.
Mas, quando o sol se despede e a noite se instala, a realidade se desenrola em matizes que não desenhei. E mesmo assim, insisto em querer mais — mais dos seus olhos, mais das suas palavras, mais de você. Porque meu coração, inquieto e insaciável, sempre espera que o amor se revele em sua forma mais plena, mais intensa, mais você.
E enquanto eu espero, meu coração bate mais forte, sonhando com o dia em que a realidade finalmente será tão doce quanto as promessas feitas em silêncio. Eu quero sempre mais, pois o pouco que vem de ti nunca será suficiente para um coração que aprendeu a querer o infinito.
Entre o fim e o recomeço, entre fechar o livro ou continuar a escrever?
O ponto final está ali, mas também a vírgula, a reticência…
O que é mais corajoso? Fechar o livro, aceitar o adeus, ou virar a página, enfrentando o desconhecido?
É assim que acaba? Ou é assim que voltamos de onde paramos?
Bom! Somente as escolhas moldarão o enredo que continua por vir.
Sombras da existência
Trabalha sem amor, na vida escassa,
Caminha sem um norte, em sombras frias.
O tempo se desfaz em agonia,
E o olhar se perde, onde nada passa.
O sangue, já sem cor, sem fé, sem brasa,
Flui lento, em gestos vãos, sem fantasia.
Nos corpos que se movem, a apatia,
Na rotina apagada, nada abraça.
Sonhos desfeitos, vida sem encanto,
O grito preso, a voz que já não clama,
Na noite que se alonga, só o pranto.
E o fim se aproxima, fria trama,
A escuridão avança com seu manto,
E o que restará? Só a voz que chama.
Aqui estou, perdido em meio à multidão, mas completamente sozinho. A mesa que me acolhe, com um copo de whisky como única companhia, parece ser o único refúgio onde posso esconder as lágrimas que não ouso derramar. As pessoas ao meu redor conversam, riem, mas tudo o que vejo são rostos indistintos, como sombras que não podem preencher o vazio que você deixou.
Lembro-me de cada promessa sussurrada, cada sonho que desenhamos juntos no horizonte do nosso futuro. O calendário ainda marca aquele dia, o dia em que você entrou na minha vida, trazendo consigo uma avalanche de emoções que, hoje, se transformaram em destroços.
O que aconteceu com os planos que fizemos? O que restou daquele amor que juramos ser eterno? Agora, sou apenas um homem que tenta se esquecer nas profundezas de um copo, que busca anestesiar a dor que não cessa. Cada dose é uma tentativa vã de apagar a lembrança de um amor que se foi, de um coração que já não bate com a mesma força.
Mas, mesmo assim, a esperança insiste em habitar nas ruínas desse sentimento. O amor, embora machucado, resiste, esperando o impossível. Porque, mesmo que eu finja que já não me importo, que a vida de um coração solitário e frio é o que escolhi, no fundo, ainda espero pelo dia em que você volte.
Até lá, sigo, vivendo essa vida bandida, onde o amor parece um sonho distante, mas onde a memória de nós dois é a única coisa que me mantém de pé.
Entre as sombras do desconhecido,
Onde a ausência desenha o seu traço,
Eu me perco em sonhos, tateando,
O que seria ser pai, o que seria o abraço.
Nas horas em que o silêncio é profundo,
E a dúvida murmura em seu canto sereno,
Imagino o futuro, o toque do mundo,
O calor de um vínculo, suave e pleno.
Não conheço o rosto, nem o riso,
Mas sinto a presença, um eco distante,
E em cada pensamento, um delicado aviso,
Que em algum lugar, um filho é um instante.
O que seria eu, pai, em sua história?
Um guia, um porto, um alento, um farol,
Em cada gesto, a promessa de memória,
De um amor que transcende e consola o sol.
É difícil explicar o que sinto por ela, como se fosse um segredo guardado no peito, um mistério que nem eu mesmo consigo desvendar. Talvez não seja aquele amor louco que queima e consome, como já vivi antes. Não, esse é diferente, mais suave, mais real.
É um amor que floresce devagar, como um sol tímido ao amanhecer, que aquece aos poucos e ilumina cada canto da alma. Um amor que traz paz, como a brisa leve de uma tarde de verão. Não precisa ser tempestade para ser inesquecível; talvez, seja o sopro sutil de um vento novo que traga a promessa de algo ainda mais belo, algo que não se apressa, mas que se permite acontecer.
E eu sinto que pode ser ainda melhor, porque é um amor que não precisa gritar para ser escutado; ele apenas é, e isso, por si só, é tudo.
Se pudesse, atravessaria distâncias e noites para estar ao seu lado agora. Seria o paraíso em meio ao caos da rotina, um refúgio onde o tempo parasse, apenas para sentir o calor do seu corpo.
Você diz que estaria melhor comigo por perto, mas saiba que sou eu quem precisa da sua presença para transformar cada instante em eternidade. Se fosse possível, traria estrelas para iluminar suas noites mais sombrias e acalmar seu coração com a certeza de que, mesmo distante, sempre estarei ao seu lado, em pensamento e em desejo.
Já caminhei por muitos caminhos com a cabeça erguida e o peito cheio de bravura. Na juventude, acreditava que a força se media pela intensidade das batalhas que travávamos. Cada desafio era uma arena, cada obstáculo, um inimigo a ser vencido. Eu me jogava de peito aberto, confiando na minha própria determinação, na vontade inabalável de conquistar o mundo.
Mas hoje, na meia-idade, vejo a vida com olhos mais serenos. Aprendi que nem sempre é preciso guerrear para alcançar a vitória. Há um poder sutil, quase invisível, na arte de aquietar o coração. Descobri que, muitas vezes, é no silêncio que moram as maiores respostas, que a fé não é uma arma a ser brandida, mas uma luz a ser sentida por dentro.
A sabedoria, entendi agora, não é medida pelas batalhas ganhas, mas pela paz que conseguimos cultivar em meio ao caos. O verdadeiro triunfo não é sobrepor-se aos outros, mas harmonizar-se consigo mesmo. Então, cada vez que escolho a serenidade em vez do combate, sinto que realizo o maior ato de coragem: acreditar que, ao confiar no fluxo da vida, o universo conspira a meu favor.
E é assim, com o coração aquietado e os olhos no horizonte, que sigo o meu caminho. Hoje, minha vitória é interna, é sobre mim mesmo. Atravesso os dias não com menos vontade de vencer, mas com a certeza de que, muitas vezes, a verdadeira vitória é aquela que só o coração entende.
A paz... essa promessa que, silenciosa, se esconde no amor que carregamos por aqueles que partiram. Às vezes me pergunto se a mereço, se um dia poderei repousar nos braços da tranquilidade. Mas sei, em cada batida do meu coração, que a paz vive no amor que permanece. Ela se esparrama nas lembranças, nos sorrisos que compartilhamos e na saudade que agora me envolve como um abraço distante.
Talvez a paz não seja um fim, mas um caminho. Um caminho que percorremos com a certeza de que, ao final dessa jornada terrena, o reencontro nos espera. Como uma brisa suave, ela toca nossas almas, prometendo que nada foi em vão. Que todo amor vivido é eterno. E que, após uma longa viagem, aqueles que amamos estarão lá, à nossa espera, como o pôr do sol que se esconde apenas para ressurgir, mais belo, no amanhecer.
E assim, sigo... Sigo com a certeza de que a paz não é apenas para quem se foi, mas para quem ficou, carregando no peito um amor que jamais se apaga.
Nas sombras dos morros, histórias cruas,
De uma cidade que dança entre luzes e breus,
Violência oculta nas vielas, ruas,
Rio de Janeiro, onde o sonho perdeu.
No alto, palácios de zinco e saudade,
Onde a vida resiste, à margem do olhar,
Em becos estreitos, o grito da cidade,
Ecoa silencioso, difícil de calar.
As crianças brincam, sem medo do perigo,
Num mundo que esconde, um caos desmedido,
Entre balas perdidas e o amor bendito,
Semeiam esperança, num terreno erguido.
Nos olhos dos jovens, a revolta brota,
Uma guerra invisível, sem fim, sem derrota,
Onde cada esquina, guarda uma história rota,
De um futuro incerto, que a fé não adota.
O caos social, um monstro adormecido,
Desperta a cada aurora, faminto, destemido,
Na luta diária, um povo esquecido,
Busca na poesia, um refúgio perdido.
O Rio de Janeiro, ferido, encantado,
Contrastes que brilham, num cenário desenhado,
Onde o belo e o feio, num quadro mesclado,
Retratam a cidade, num verso apagado.
Os morros que cercam, são guardiões da verdade,
Espelhos de um Rio, que clama liberdade,
Entre becos e tiros, mora a realidade,
De uma cidade partida, em eterna dualidade.
ESTRELA CADENTE
Brilhante estrela cadente,
Atenda um pedido meu.
Me livre do peito ardente,
A saudade imarcescível
De um amor que já morreu.
Brilhante estrela cadente,
Atenda este pedido meu.
Sombrios passam os anos,
Mais forte sopram os ventos,
E veja o que sofro são danos,
De tê-la entronizada na flor
De meus pensamentos.
Brilhante estrela cadente,
Atenda este pedido meu,
Apague do tempo a lembrança,
Dos beijos, abraços e dos anos
De amor vivido,
Assim me devolves a esperança,
De que extinta tua flama,
Num átimo a terei esquecido.
Obrigado estrela cadente
Por ter meu pedido atendido.
Porque como um rio que corre,
Solerte em busca do mar,
Já sinto aos poucos que morre,
E que já não me arde no peito,
A sina de nela pensar.
Era uma noite serena, banhada pela luz suave da lua que escorria pelas janelas, envolvendo a sala em um abraço prateado. Ele estava sentado à mesa, seus olhos fixos no papel à sua frente, mas sua mente vagava para longe, onde seus pensamentos sempre a encontravam.
Ela era sua musa, a centelha de inspiração que fazia sua alma dançar em um turbilhão de palavras. "Você sabe que é a minha musa, né?" ele disse, quebrando o silêncio com a suavidade de uma brisa de verão. Em seus olhos, havia um brilho inconfundível, uma admiração que não se podia medir em palavras, mas que ele sempre tentava capturar.
Ela sorriu, um sorriso que continha o universo em toda a sua complexidade e simplicidade. "Em muitos deles, me vejo e nos vejo," ela respondeu, sua voz um suave eco de compreensão. "E vejo uma mistura também, de todas ou de muitas."
Ele não podia deixar de admirar sua percepção. Ela sempre parecia saber, sempre parecia entender. "Você tem o dom das palavras," ela continuou, o que ele recebeu como uma gentil bênção.
Mas ela sabia, sabia que não eram apenas as palavras dele que faziam a magia acontecer. "Contudo, os melhores e mais profundos e mais perfeitos vêm de mim, do que sentimos. Ao menos para isso serviu, te aperfeiçoou em seu dom." Sua declaração era uma dança sutil entre reconhecimento e partilha, um lembrete de que suas almas estavam entrelaçadas em cada frase que ele escrevia.
Ele suspirou, o peso de suas dúvidas transparecendo em seus olhos. "Será que o nosso destino é ficarmos juntos?" As palavras saíram de sua boca como um pedido tímido de resposta, uma esperança guardada cuidadosamente.
"Não sei," ela respondeu, um suspiro suave que se misturou ao ar. "Você já disse que não." Havia um toque de tristeza em sua voz, como uma melodia inacabada que ressoava no coração dele.
Ele hesitou, preso entre a razão e a emoção. "Mas, o que você sente?" Ele precisava saber, precisava entender aquele enigma que ela era.
"Medo," ela respondeu, suas palavras pairando como uma neblina entre eles. "Não sei se te vejo com alguém... Você casou com a solidão."
Aquela declaração era uma verdade que ele não podia negar. A solidão era sua companheira constante, uma presença silenciosa em cada canto de sua vida. "Solitude," ele corrigiu, uma tentativa de suavizar a dor que ela via. Para ele, a solidão era uma escolha, um refúgio onde ele podia se perder em seus pensamentos sem as distrações do mundo exterior.
Mas, por mais que ele tentasse se convencer, a verdade era clara. Ela era o que faltava, o elemento que tornava sua vida completa. E enquanto eles navegavam nesse mar de palavras, suas almas continuavam a dançar, sempre unidas, mesmo quando a dúvida e o medo ameaçavam separá-los.
E ali, sob a luz da lua, com o murmúrio das estrelas como testemunha, eles permaneceram, dois corações entrelaçados em um diálogo eterno de amor e incerteza, buscando respostas nas profundezas de suas almas, enquanto o tempo passava suavemente ao seu redor.
Casado com a Solitude
Na quietude do meu mundo, encontrei uma parceira singular: a solitude. Ela veio como uma brisa suave, tocando minha alma com um silêncio que fala mais do que palavras jamais poderiam. Nela, descobri um amor que não exige, mas simplesmente é; um amor que dança na penumbra do entardecer e se aninha nas sombras da noite.
A solitude é uma amante fiel, com quem partilho cada amanhecer dourado e cada noite estrelada. Ela me oferece a liberdade de ser quem sou, sem máscaras ou disfarces, e me acolhe em seus braços serenos quando o mundo se torna ensurdecedor. Juntos, caminhamos por trilhas solitárias, onde cada passo ressoa como uma melodia secreta, uma sinfonia composta por silêncios e suspiros.
Nos seus abraços silenciosos, encontro a profundidade de minha própria essência. Ela me ensina a apreciar a beleza nos momentos de introspecção, a ouvir a música suave do vento e a ver as cores vibrantes do pôr do sol pintando o céu em tons de laranja e rosa. Ao seu lado, aprendi que a solidão não é ausência, mas presença plena de mim mesmo.
Na solitude, descubro que o amor não precisa de palavras ou promessas; ele existe na compreensão silenciosa de um olhar, no conforto de uma respiração pausada. Ela me ensina que o coração pode florescer na calma, onde não há pressa, nem expectativas, apenas o simples ser.
E assim, sou casado com a solitude, minha companheira eterna, com quem danço no salão vasto da existência. Ela é minha musa, minha confidente, minha eterna inspiração. Juntos, pintamos telas de sonhos e sussurramos poesias ao vento, celebrando o romance sublime de estar só, mas nunca solitário.
Ficar perto de você me deixa louco, como se cada momento ao seu lado fosse um sonho que não quero acordar. E não estar perto de você? Ah, isso me consome ainda mais, pois a saudade se torna um fogo que arde, mas não se apaga.
É uma dança entre a presença e a ausência, onde seu sorriso é a melodia que embala meu coração, e seu olhar é a luz que ilumina meus dias mais sombrios.
Você é a tempestade que agita o meu mar e a calmaria que acalma o meu porto.
Estar contigo é perder-me para me encontrar; é um doce devaneio do qual não quero acordar. E mesmo quando estamos distantes, seu amor me faz companhia, pois você está sempre presente, mesmo quando não está.
Como gaivota no céu, um cometa seduz,
A bailarina se move, se solta no ar,
No palco da vida, seus passos conduz
E faz a arte sutil de se equilibrar.
Cada giro, um voo livre, um suspirar,
Seu corpo, sopro etéreo, rima dissonante,
Seus braços, a poesia de se reinventar,
Em cada salto, um verso instigante.
Seus pés tocam o chão com firme doçura,
Deslizam suaves como fina melodia,
É dança, é luz, é mar, é coragem e ternura.
Bailarina, sua beleza é arte que apraz
No palco da vida, força e candura
De um sonho que ao vento se faz.
Assim cantava a cotovia, eu, poeta triste,
ouvia encantado, sem saber o canto certo,
pensava, que sublime melodia,
e o espanto me levou ao som encoberto.
Aproximando-me, para ver a fonte,
vi-a então, a ave de luz divina,
que, ao voar, me deixou em um horizonte,
um deserto árido, onde o sol declina.
Seu canto era uma sinfonia de estrelas,
uma dança etérea em ondas de luz,
que encantou meu ser com notas singelas.
No deserto, onde o sol se esconde e reduz,
permaneci buscando, sob o céu profundo,
a mágica voz que trouxe beleza ao meu mundo.
Evan do Carmo
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp