Textos de Raio X
Livre-arbítrio
até certo ponto - confidenciam
os 'Mentores da Luz' - até o ponto em
que cada Ser possa já alcançar e oferecer aos
seus usuais talentos e relações como espírito
em prodigioso preparo... Porém, sem olvidar
das Leis Universais responsáveis por todo
manifesto e ordenamento da vida - sem
intentar corromper, como tantos
insistem, o determinismo e
magnitudedo nosso
Criador!
... um homem
pode equivocar-se sem que
tal atitude represente um gritante
fracasso; posto que,tudo é parte de
um jogo instigando seu aperfeiçoamento
como espírito - a menos que,
desgostoso, culpe o outro por seus
recorrentes deslizes - o que
resultará num vexatório
fracasso!
... sempre
considerei a frase:
"... o inferno são os outros!" de
Jean-Paul Sartre, como um argumento
carregado de singela ironia - uma vez
que, na imperiosa saga destinada ao aperfeiçoamento do espírito - não
serão permitidas acusações,
desleixos; sequer impunes
'saídas à francesa'!
... igualdades
sumárias,são abjetas,
pretenciosas; vezesopressivas -
posto que, o quenos unifica,assemelha, provém da energiamediadora do
equilíbrio que, buscará em cada Ser:
posturas e talentos que possa oferecer
a esse aglomeradohumano, do
qual, somos todos, porções
indispensáveis!
... de fato, muitos
ainda, aqueles quetratam a
eternidade do espírito como algo
improvável -embora, permitam-se a ver,
ouvir, tocar, provar, planejar - a intensamente
viver como se nadapudesse ter fim...
Seria essa uma contradiçãoou a feliz
constatação de um 'gene supremo' que
veladamente embutido em cada Ser
vivente, permite que a vida,tanto cá,
quanto lá, simplesmente aconteça:
aconteça o que
acontecer!
... no fundo,
somos tanto as vítimas
quanto os irascíveis algozes
dos nossos próprios infortúnios - e
conviver com tão factuais extremos
presosa nossa interioridade, nos permite
uma justa prospecção daquilo que nos
constrange e, quando libertos,
dos valores que nos
pacificam!
... acaso
sonhes reviver aquilo
que marcou teus tempos de
juventude, basta repetires tão
insólito entusiasmo - uma outra vez,
ressuscites toda embriaguez e ausência
de limites; as ruidosas invertidas de
ânimo - se bem que, por agora, sob
o respaldo de toda experiência e
requinte que anteriormente
frenético, imaturo,
repudiavas!
... esse
inconformismo
que a tantos paralisa,
sufoca, implica numa, digamos,
indispensável dose de adrenalina; um
primordial estímulo enredando corações
e mentes que ora libertos; destituídos
de todos recalques e desfaçatez
contaminando essa terra,
anseiam algo realizar,
transformar!
... diz
a filosofia do espírito
que um verdadeiro mestre não
seria aquele que sabe; e que, por
muito já saber, o manifesta em palavras
nem sempre, por outros, bem absorvidas;
porém, aqueleque convicto vive o que
sabe; e que, por muito já viver,
revela ser tudo visivelmente
compreensível e
possível!
... na expressão:
"os fins justificam os meios",
atribuída a Maquiavel, consideres
que tudo que envolva nossas vidas - seja
o mal que persiste, quanto o bem que
buscamos - são produtosinequívocos
de nossas escolhas, instigadas
pelaconveniênciaoudesejo
demelhora!
Vive em nós!!!
Eu me lembro perfeitamente daqueles dias quando eu de muletas e com muita dor pegava o metro, o trem ou o ônibus para ir e vir do hospital Santa Casa em São Paulo, SP. Dias duros, dificuldades a mil, mente sobrecarregada por ter que passar por tantos problemas no meu processo de retorno a normalidade ao lutar pela minha recuperação pós um acidente de moto gravíssimo.
É eu me lembro das dores no hospital, do sofrimento em cada cirurgia feita, sim foram momentos dolorosos para o corpo e de pura adrenalina mental e espiritual.
A volta precoce ao trabalho foi uma etapa muito pesada a ser vencida, com muito sacrifício consegui superar esse inicio difícil aguentando o sufoco inimaginável da saída da minha casa pelas manhãs até o meu retorno a noite, foram surras diárias de sobrevivência,
e mesmo aos prantos pelos cantos e choros pelo banheiro, alguma força grandiosa era sentida, sempre me senti protegido, sempre me senti vigiado, senti a força verdadeira e real nas orações feitas pelas pessoas do hospital, amigos e familiares, em cada passo dado , em cada lágrima caída, eu nunca me senti só.
Uma força maior caminha com agente não podemos vê-la mais podemos percebê-la se prestarmos mais atenção e nos concentrarmos naquilo que nos trás luz, coragem, alegria, esperança, poder e amor.
Sim, em todos os momentos dessa guerra pessoal eu senti a presença de Deus cuidando de mim com toda sua piedade e generosidade,
Deus vive em mim, Deus vive em nós, acreditem meus amados.
Jardim das Oliveiras
Tem raízes bem fincadas
ancestralidade matriarcal
de majestosa rainha
tem um jardim bem diversificado
colorindo risos altos e baixos
mistura o alemão, italiano
e português
onde canta belas canções de ninar
melodias ouvidas e ensinadas
no jardim das oliveiras
onde o vento sopra amor
no vale o rio peneira areia fina
a água reflete o campo florido
com todas as cores
azul, verde, castanho
cada uma com sua qualidade
dentro do seu ciclo de vida
onde o tempo não tem pressa
atrelada no seu compasso
desenha identidades
em um jardim muito florescente
passageiras de alma, às vezes incompreendida, de voos distantes
mágoas, amarguras doem corações
neste jardim grande, abraçar a todos,
às vezes torna-se um desafio
tirar o véu que cobre o silêncio
transcender nossa existência
com harmonia e amor
transformar reuniões em festas
papear, papear até amanhecer o sol
em risos grandes e calorosos
com vários voos
em várias direções
entender é difícil
mas dentro da roda
o giro é divertido
contagia os de fora
que riem sem nada entender.
Este é um jardim adoravel
liderado por mulheres
de corações enfeitiçados
@zeni.poeta
Não fiz o que queria,
porque nunca soube o que queria.
Não amei o que deveria,
porque nunca soube se deveria.
E, entre esse "dever" e esse "querer",
perdi-me.
Perdi-me entre o ser e o parecer,
onde se estendia um campo de batalha,
onde todas as minhas vontades desertavam
antes mesmo do primeiro tiro, deixando apenas as bandeiras plantadas
em território nenhum.
As pessoas vivem.
Eu assisto ao filme mudo da existência alheia,
da poltrona desconfortável da minha consciência —
esta cadeira de espinhos
que chamo de "eu".
Elas vivem de migalhas e festas,
de segundas-feiras sem graça,
de desejos medíocres,
de pecados sem culpa.
E eu tenho mais sonhos que noites,
mas nenhuma janela para voar.
Ah, se ao menos me dessem
um riso emprestado,
um amor qualquer,
uma vida sem importância —
eu a aceitaria como um mendigo
aceita a última moeda que não compra nada,
mas faz tilintar no bolso.
Mas não me deram.
E agora,
o que me resta
é escrever versos, poesia que ninguém lerá
num caderno que ninguém encontrará.
Talvez eu mesmo tenha sido
apenas um rascunho de homem, aquela primeira página arrancada
e amassada no cesto de papel,
onde Deus joga os projetos inacabados.
Há todo um universo que não me pertence,
todo um dolorido e quieto
não-viver.
As pessoas passam — não como rios, mas como garrafas vazias
rolando no asfalto.
Não tive paixões — tive asterismos.
Constelações de desejos que nunca se tocaram.
Quando a noite aperta o cerco como um credor implacável,
e os últimos faróis se apagam como velas num bolo de aniversário não comemorado,
eu desenterro meus mortos
e faço-lhes dançar ao som de um órgão de rua.
Tenho mais sonhos que o céu tem estrelas,
mas nenhum chão onde plantá-los.
Ter todos os apetites e nenhum dente,
todas as fomes e nenhuma boca.
Eu, notário do amor não consumado,
registrava em ata o que nunca aconteceu —
protocolos de beijos não dados,
autos de carícias não realizadas,
processos de encontros
que permaneceram eternamente
na sala de espera do destino.
Enquanto, lá fora, implacável como um metrô noturno,
a Realidade segue, indiferente,
passando sem parar pela minha estação.
A prometida
Nada é em vão, nenhum esforço pode ser motivo de gargalhadas, se o mundo é redondo, então, estamos andando na direção do mesmo ciclo.
Anos se passaram e ela continua sendo intocável a outros homens, na esperança do retorno do príncipe do cavalo branco e sorriso fácil ela se mantém firme no seu objetivo de reviver aquele amor de tempos atrás mesmo sem qualquer tipo de promessa ter sido feita.
Na base da fé essa bela mulher prometeu reservar o seu corpo e a sua alma ao seu grande amor que um dia a teve em seus braços, mas sem imaginar ter deixado um coração preso ao seu doce passado.
Dias se vão, dias se vêm, e depois de tanto o sol e a lua subirem e se esconderem por anos, uma lança fumegante atravessou o céu noturno sendo lançada ao solo caindo como um cometa na terra aonde a prometida o aguardava sem nunca duvidar desse momento mágico.
No abraço a imensidão do tempo foi esquecida, no beijo a lembrança do que havia vivido foi sentida e no caminhar de mãos dadas pelo vale a certeza de que o destino não falha aos olhos vibrantes daqueles que creem.
Poema - Nergal
.
Ruje, oriente!
Quem as sementes
frias de Nero
Sequer poupou! —
Quem vocifero
como as cabeças
dos próprios corpos
que separou! —
e eis o evangelho
Escrevendo ossos
pro meu Senhor:
São gloriosas
as pestes, rastos
de tua espera —
Quem contou do homem
que bebeu o rio
sedento que era?
Quem contou do homem
sangrando o outro homem
fazendo rios
Cheios de guerra?
Ele disse antes
Serem de sangue,
as mesmas águas,
O mesmo rio?
Sol de Meslam!
Quem sorriu
para as estrelas
que fulgiam
aos teus pés?
Quem contou do homem
como Meslam
Cruzando abismos,
Sem seu revés?
Quem conjurou
próprios demônios
que cercam Ela —
Ereshkigal?
Quem rugiu —
Leão abismal —
que até de Enlil
Cessou-se o sopro? —
Quem contou do homem
como Nergal? ( ... )
Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa
Poema - Asmodeu'
.
Em Sodoma
há um Rei —
Três coroas
de Gomorra
sobre o alado
de uma roupa
Ostentadas
pelo Rei!
Cospe fogo
de uma boca,
Seu dragão
entre as outras —
Assim é
o seu Rei:
Em Gomorra
há um Rei —
Dois calçados
de Sodoma
pés cobertos
com a escama
e as peles
de outro Rei! —
Ele corta
o inimigo
e as cabeças
de seus filhos
Só usando
da ciência
dos saberes
do destino
e a distância
dos mil Sóis:
Esse rei
é perverso
Com as artes
que corrói! —
Tem na palma
o universo
que ele forja
fúria e ferro
tanto o quanto
pesa em ouro!
Usa a lança
como escora
nadadeiras
Tem por fora
de onde contem
Seu tesouro —
e donde eu ouço
Feros feitos
que ele ensina
Como somem! —
das mulheres
tira o feto,
Come os restos
de seus homens! ( ... )
- Lemos de Sousa
@lemo.sdesousa
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?
Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!
(...) Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
O fim
Indo e vindo, desgastando e abandonando displicentemente mas sem querer abandonar por completo,
coração vadio, carente das sombras, mesmo sem ser notado na rotação certa buscava o consolo insignificante naquele amor vazio,
na história contada do irrelevante, o invisível é a estrela protagonista,
coração doente, soberba em exposição, correria da razão, fuga dos sentimentos,
morre mais um amor inocente.
Legenda dos Dias
(Raul de Leoni - Rio de Janeiro - 1895-1926)
O Homem desperta e sai cada alvorada
Para o acaso das cousas... e à saída,
Leva uma crença vaga, indefinida,
De achar o ideal nalguma encruzilhada...
As horas morrem sobre as horas... Nada!
E ao Poente, o Homem, com a sombra recolhida,
Volta pensando: "Se o Ideal da Vida
Não veio hoje, virá na outra jornada “...
Ontem, hoje, amanhã, depois, e, assim,
Mais ele avança, mais distante é o fim,
Mais se afasta o horizonte pela esfera...
E a Vida passa... efêmera e vazia;
Um adiamento eterno que se espera,
Numa eterna esperança que se adia...
Tão Longe...
Esta vez, este lugar
Maltratado, erros
Tempo demais, tão tarde
Quem era eu para te fazer esperar?
Apenas uma chance
Apenas uma respiração
Caso reste apenas um
Porque você sabe,
Você sabe, você sabe
Que eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu sinto sua falta
Estive longe por muito tempo
Eu fico sonhando que você estará comigo
E você nunca irá
Pararei de respirar se
Eu não a vir mais
De joelhos, eu pedirei
Última chance para uma última dança
Porque com você, eu confrontaria
Todo o inferno para segurar sua mão
Eu daria tudo
Eu daria por nós
Dou qualquer coisa, mas eu não desistirei
Porque você sabe
você sabe, você sabe
Que eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu sinto sua falta
Estive longe por muito tempo
Eu fico sonhando que você estará comigo
E você nunca irá
Parar de respirar se
Eu não a vir mais
Tão longe
Estive longe por muito tempo
Tão longe
Estive longe por muito tempo
Mas você sabe, você sabe, você sabe
Eu queria
Eu queria que você ficasse
Porque eu precisava
Eu preciso ouvir você dizer
Que "eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu te perdôo
Por estar longe por tanto tempo
Então continue respirando
Porque eu não irei embora
Segure-se em mim e
Nunca me solte"
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