Textos de Paixão
O cheiro da noite só me causa dor.
Me lembra teu perfume, relembro o seu ardor.
Era intensidade de alma, intensidade de corpo, intensidade de amor.
Eu sei o que sou.
Posso ser louco, demônio, sua divindade, herege, pecador.
Olho o céu, quando chuva, sou gris; quando Sol, sem cor.
O peito, que um dia fora só paixão, hoje parece-me, ser só rancor.
Lembro-me que cada toque, cada beijo, trazia à sua face, aquele belo rubor.
Ébrio de paixão, o meu ser era só furor.
És a mais bela das flores, mulher, hoje eu invejo cada beija-flor.
Fui escravo de um coração, o qual acreditei ser o senhor.
Nem do império, que fantasio contigo, posso ser o imperador.
Só me restaram as vazias palavras, acabou-se meu pundonor.
Das minhas falácias, eu mesmo sou o trovador.
Vislumbro o horizonte e vejo o Sol se pôr.
Ali eu sei que vai se iniciar o meu torpor.
Pois quando a noite vem, o cheiro dela só me causa dor…
Sou prisioneiro do que fora dito, escravo do que ficou por dizer.
Sonho com as palavras que ela não disse, meu pesadelo é sem ela viver.
Ser feliz sem ela, ilusão do meu ser.
O ardor que existia naquele olhar, hoje é um todo blasé.
Dor, sofrimento; à minha existência, já não existe mais prazer.
Ver para crer.
Crer para ver.
És a mais bela, és perfeição, és um coral de anjos, mas o que sou sem você?
Pra um amante da razão, graças à sua ausência, até a loucura estou tentando entender.
Em um quarto escuro, devaneio um futuro impossível e escrevo palavras que sei que ela não vai ler.
A cada dia, a cada hora, a todo minuto, eu luto pra aquela lágrima não escorrer.
Enxurrada de emoções, cacimba de desgosto, poço de dor, o que um dia fora o meu bem-querer.
De dentro da cela dessa paixão, fito a janela e não vejo um novo amanhecer.
Longe do fulgor do seu olhar, não me existe um alvorecer.
Para o meu desalento, os grilhões desse sentimento, sou incapaz de romper.
E por isso fiz-me prisioneiro do que fora dito, quiçá, escravo do que ficou por dizer…
Ela é vilã.
Ela é má.
Ela levou-me até a culpa.
Levou-me também a chance de me desculpar.
Levou com ela o meu perdão e também levou a chance d’eu a perdoar.
Cada face que olho, a cada toque em minha tez, a cada beijo recebido, ela está lá.
Mesmo que ela me deixasse a culpa, eu não saberia a quem culpar.
Ela é vilã.
Ela é má.
Pois ela se foi, mesmo sabendo que é meu Sol, minha luz, meu ar.
Hoje, a loucura tomou conta do meu eu, pois sou grato a essa dor, por fazer-me dela lembrar.
Embebido em devaneios, aquele abraço deu espaço à solidão, e é nela que hoje faço o meu lar.
Pecador que sou, tomei a liberdade de mais um dos capitais criar.
O oitavo e pior dos pecados do homem é amar.
E por pecar demais, do purgatório da sua ausência, não poderei escapar.
Na história que fantasio entre nós dois, estou sempre perdendo, mas não canso de lutar.
E nessas mesmas histórias, ela é a vilã.
Ela é má…
Diz ser ousada, mas não tem ousadia.
Não ousarias ser minha felicidade, minha alegria.
Não ousaria agora, como também não ousara aquele dia.
Não ousarias.
Não ousou um abraço mais forte, um beijo com ardor, aquecer minha alma fria.
Não ousou, não ousas, e sei; não ousarias.
Quem te usa, tu amas; quem te ama, tu usas, e é nesse ciclo que a dor se inicia.
A mente já não sabe o que é memória e o que é fantasia.
Parece-me, tenho as respostas na ponta da língua.
Memória, é seu abandono; fantasia, é contigo uma vida.
Tento roubar o coração de uma mulher com alma de menina.
Sua indiferença é mar; sua gratidão, cacimba.
Tentou ser feliz, mas não com sua felicidade, hoje compreendo sua covardia.
O fizestes porque diz ser ousada, mas em seu âmago sabes, não tem ousadia…
Tudo o que fizemos.
Tudo o que vivemos
Somos tudo, somos um, somos os livros que lemos.
Amnésia é livramento.
Tirar você do pensamento.
Inimiga, saudade; aliado, o tempo.
Em cada beijo, em cada toque, eu te fazia um juramento.
Abdiquei das palavras, pois, de tão vazias, elas se foram com o vento.
Amor é ambíguo, prazer e dor, juntos; sofrimento.
Crer em nossa felicidade é o que me torna ingênuo.
A sua presença queimou-me a alma, e nem as lágrimas da sua ausência foram capazes de apagar o incêndio.
Rogo aos céus, imploro ao Deus, uma única chance de poder fazer tudo aquilo que nunca fizemos…
Infelizmente, ela confundiu calor com torpor.
Achou que era cacimba o que era só ofurô.
Talvez ela seja louca, pois confundira paixão com amor.
Confundiu desejo de carne com desejo de alma; realista com sonhador.
Confundira, também, prazer com dor.
Confundira quem lhe fora fiel com traidor.
Ela pensou que eu seria um todo gris, mas, em sua vida, eu fora a única cor.
Eu sou só lembranças, onde a amnésia se instaurou.
Confundiu comédia com horror.
Até mesmo para as suas feridas confundiu-me com doutor.
Médico da alma, de lágrimas, um curador.
Eu, mudo em meus devaneios, silencioso em minhas mazelas e pensamentos, confundiu-me com orador.
Escravo do que sinto por ela, gritou aos quatro ventos que eu era um tirano, rei daquele sentimento, sanguinário imperador.
Como Pôncio, lavei minhas mãos do sangue do julgo de meu inquisidor.
Não fui eu quem matara nosso amor.
Infelizmente, novamente ela confundira, que tristeza; não ouvira meu clamor.
Ela confundiu meu calor, com dela, o torpor…
Era uma vez um homem que um dia fora luz, mas hoje é um todo de trevas, por amar até a sombra de alguém.
Era uma vez um homem que sempre via aquela doce face no rosto de outrem.
Era uma vez um homem que por ela daria a própria alma, e se tivesse mais de uma, daria mais de cem.
Era uma vez um homem que amava, mas não sabia a quem.
Era uma vez um homem que não sabia como fechar as feridas que têm.
Era uma vez um homem que, por amar demais, já não distinguia o que lhe fazia mal ou bem.
Era uma vez um homem que descobriu que, para se ter felicidade no amor, é só amando ninguém...
Eu sinto o desejo em seu olhar, a excitação na sua voz.
Quando novamente me tocar, o que será de mim, o que será de nós?
Sou a água que lhe mata a sede; do seu rio, eu sou a foz.
Tornei-me presa na sua rede, mate em mim esse animal feroz.
O seu olhar é meu combustível, mas também é meu algoz.
Às vezes paro e penso: meu amor por ti, mulher, chega a ser algo atroz.
Queria construir-nos um palácio, algo mágico, como a cidade de Oz.
Ou talvez ser um homem de lata, sem coração, a vagar por terras áridas, em completa solidão, com meu albornoz.
Mas você sempre dificulta minha despedida, pois, ao se despedir, eu sempre sinto o desejo em seu olhar e a excitação na sua voz...
Permita-me, Deus, antes de morrer, a extrema unção do beijo dela.
Rogo-lhe, Pai, sobre os céus, o paraíso de uma vida com ela.
Conceda-me, Deus, apenas um único minuto de sua eternidade ao lado dela.
Entenda-me, Javé, toda eternidade pra mim é pouco quando ao lado dela.
Perdoe meus pecados, Deus, perdoe-me por não adorá-lo como mereces, mas só consigo adorar a ela.
Livrai-me, Pai, de cada lembrança, pois o que era liberdade hoje tornou-se cela.
Somente tu, meu Deus, sabe que a cada dia longe daquela alma a minha morte torna-se certa.
Sabendo disso, rogo-lhe, Pai, para quando o meu eu, em morte, viva um pouco com ela.
Logos, lhe imploro; Cristo, faça-me dela.
Rogo-lhe, meu Deus, antes de morrer, apenas permita-me a extrema unção do beijo dela...
Ela se estremecia a cada toque.
Lembro-me do ébano da pele, que a cada beijo parecia dar choque.
A boca, que bosquejava meu corpo, parecia-me que ao deslizar pelo meu eu, fazia-me mais forte.
Sou Deus, demônio; sou pecado, sou bênção; do seu amor, escravo; da solidão, consorte.
Azar meu amar você, queria odiar-lhe, mas não tenho sorte.
Fiz o que podia, o que posso e você, fazer algo por nós, nunca pode.
Eu até tentei esquecê-la, mas ao aceirar minha labuta, recordo-me que ela se estremecia a cada beijo, a cada palavra, a cada toque...
Às vezes, o nosso melhor sonho é a nossa pior cela.
Amada minha, eu já abri mão do crucifixo e das preces na capela.
Abri mão da esperança, sei que a vida é só mazela.
Tentei enjaular meu coração, que às vezes é a própria besta; outras, fera.
Meus sentimentos, pensamentos, madrugadas, são dela.
Solitária vida, fria cela.
Amada minha, eu já abri mão dos orixás e da oferenda.
A razão e a emoção travam uma batalha e é minh'alma que se fere na contenda.
Você é meu destino, meu desejo; de outras vidas, minha senda.
Ela não sabe o que é amor, não sabe o que é amar, e meu eu, parvo, quer que ela entenda.
Rebusquei os rincões do coração e percebi que amor e ódio não tem diferença.
O problema é todo dela.
O problema todo é ela.
O problema são os olhos, o sorriso, que parecem terem sido pintados por Deus, como em tela.
Talvez tenha sido meus pecados que me afastaram dela.
Perdão, Pai, mas só consigo adorar a ela.
Amada minha, a única coisa que me fizera mais crente naquele crucifixo fora a esperança da grinalda e da chuva de arroz, enquanto tu desfilavas de branco, ao sair da capela.
Por isso hoje o meu melhor sonho é a minha pior cela...
A LETRA ALIVIA MINHA DOR
Tenho certo fascínio pela flor da planta Dente-de-leão, pois entre meus mais secretos desejos está a ver minha letra ser distribuída por almas
sensíveis, assim como o vento distribui as sementes desta linda flor, para que faça aos outros o bem que me faz, porque tudo que escrevo é antes de tudo um lenitivo para minha própria dor.
VEMOS DEUS A NOSSA IMAGEM E SEMELHANÇA
A concepção de Deus é algo totalmente individual, pois não é unânime, isto é: a ideia quefazemos de Deus é um retrato daquilo que somos, ou seja, uma pessoa má, vê em Deus um ser mau e vingador, uma pessoa boa vê em Deus um ser bom e justo, isso acontece porque costumamos medir as pessoas e o sagrado com a mesma régua que medimos a nós mesmos.
Eu odeio tudo em você. Odeio seus beijos que sempre me fazem querer mais e mais. Odeio seus abraços que me fazem ir ao céu e voltar. Odeio seu sorriso bobo que ao mesmo tempo me faz sorrir também. Odeio seu modo de ser que sempre me faz rir.
Odeio suas palhaçadas que sempre me fazem gargalhar. Odeio quando você tira um sorriso involuntário meu. Odeio quando você diz que me ama. Odeio receber todo esse carinho de você. Mas sabe? Tudo isso que eu disse é a mais pura verdade, só que totalmente ao contrário.
Anseio Celeste
Nas asas do tempo, meu coração se perde,
Em busca daquela estrela radiante no céu.
Um anseio celeste, uma paixão que arde,
Sem tua presença, sinto-me incompleto, meu eu.
Cada suspiro é uma saudade sem fim,
O vazio em minha alma não pode ser medido.
Oh, como anseio teu sorriso em mim,
Em teus braços, encontrar meu abrigo.
Conto os dias, conto as horas a esperar,
Teu retorno é minha luz no horizonte.
Não há tempo que possa me acalmar,
Pois sem ti, sou um barco à deriva, sem norte.
Quebre a solidão que me consome,
Resgate-me das sombras do desamparo.
Teu amor é o farol que ilumina meu nome,
O bálsamo que cura meu ser tão raro.
Erros são páginas que o vento carrega,
O que importa é o presente que se desvela.
Em teus olhos, meu mundo se entrega,
E toda a tristeza desvanece naquela tela.
Anseio celeste, poema escrito nas estrelas,
Um sentimento que transcende o tempo.
Em cada verso, ecoa a paixão mais bela,
E a certeza de que te amar é meu único alento.
Assim, seguimos nessa dança cósmica,
Onde nossas almas se encontram em sintonia.
Unidos pelo destino, pela força magnética,
No amor que nos envolve, na melodia.
Anseio celeste, sentimento em voo,
Versos que ecoam a paixão, melodias sutis.
Em nossa dança cósmica, conexão que construo,
Nossas almas unidas, num encontro sem par, fluem em matiz.
O que sinto por você
Estar a me sufocar
Só te quero por perto
Respirar o mesmo ar
Química perfeita
Melodia aos meus ouvidos
Toda vez que te vejo
Sem querer aflora todos os meus sentidos
É você só você que faz isso comigo
Esse teu jeitinho de pidão
Que sempre o que quer consegue
Tô apaixonado nesse meninão
E não há quem Negue
não tenho culpa do que sinto
Mas às vezes se torna doloroso pra mim
Não ter a certeza se é recíproco
Não quero atropelar você,
Não quero estragar o que já tenho
Mesmo sem ter
Estou me doando ao máximo
e dando o melhor de mim
pra não te perder🤍
Até que nada mais nos abale - Prosa
Posso até um dia não ser seu e, nem você ser minha também, mas sei que todo esse amor valeu.
Valeu apena, cada momento que passamos juntos.
Valeu, toda a dor que sinto hoje.
Valeu, cada beijo, cada abraço.
Cada despedida que fizemos, valeu a pena.
Nada do que foi dito, se perdeu.
As mesmas palavras de antes, são as mesmas de agora.
Cada olhar que trocamos, infinitos olhares inesquecíveis.
Nunca olhei alguém assim nos olhos, como eu te olhei.
Nunca antes, ninguém encarou dessa mesma forma, esse meu olhar de amor e ternura sereno.
Cada sorriso continua valendo a pena.
Cada expressão de tristeza e dor que transmitimos um para o outro, jamais será esquecida também.
Cada volta, cada recomeço, estarão para sempre adormecidos e, guardados em nossos corações, esperando apenas o momento certo da partida, chegar ao fim.
E, no momento certo, todo esse ciclo lindo e maravilhoso da paixão, nos juntará novamente e, novamente, até que nada mais, nos abale.
Tudo o que posso lhe dizer agora, é que se hoje eu choro, choro com muito orgulho.
Tenho orgulho de chorar por um sentimento simples e verdadeiro.
Por mais que eu sinta dor por não ter o seu amor, sinto-me orgulhoso de ter o seu coração tocado, de uma forma diferente.
Nem todas as lágrimas que eu derramar, serão capazes de levar embora todo esse desejo que sinto por seu amor.
Minha flor, meu amor.
Menina que tanto aprendi a amar e desejar.
É com lágrimas nos olhos que agora te escrevo todas essas palavras.
Talvez, de alguma forma, eu esteja prevendo que jamais ficaremos juntos, mas com toda a certeza do mundo, não te deixarei partir, sem que antes, vivamos cada momento que a vida nos permitir passarmos juntos.
Eu e você.
Meu amor, amor da minha adolescência que não vivi, sempre esperei por você e, agora chegou, meu amor.
Te desejo todos os dias.
Sei que é errado, mas estou disposto a pagar o preço que for, para tê-la ao meu lado, mesmo que momentaneamente.
E quando chorar lembrando de tudo o que vivemos, lembrarei também, que sempre estará a me esperar, assim como eu te espero todos os dias também.
Minha flor, meu amor, minha Paixão.
A todas as pessoas com quem você se encontrar, sejam conhecidas ou totalmente desconhecidas, tente fazer sorrir de alguma maneira.
O poder de sua felicidade apenas vai ser profundo, inestimável, inigualável, comovente, contagioso se você puder externá-la de maneira sincera, através dela virá o simples e profundo poder do amor.
Tenha amor, demonstre amor, pratique o amor.
O TEU CORAÇÃO
Eu divido o meu coração contigo.
Ocasionalmente tenho
que lembrá-lo que ele é meu,
que eu existo,
mas o teimoso insiste
que é só teu.
Ele quer ficar só contigo.
O que eu faço
com esse bandido degenerado
Que se entrega fácil.
Como se fosse roubado.
Deixou-me aqui assim de lado.
Irresistível
É o que tu és
Escuro, Branco,
Doce ou amargo
Quem derrete quem?
Você na minha boca
Ou Eu aos teus pés?
Basta pensar em te ver
Sentir teu cheiro enebriante
Alucino
A primeira mordida me leva a segunda, terceira, quarta, quinta...
Quero tudo
Quero todo
Todos os sabores são bem vindos
Te caem bem
Bem em mim
Quero mais,
Quero sim
Duro, fundido,
Quente, frio
Meu vício mais antigo
Será também o último suspiro,
Meu chocolate.
