Textos de Luis de Camoes

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"Entre o querer e o sentir"


Queria lhe dizer que apenas lhe adoro,
mas, na verdade, eu te amo.


Gostaria de lhe esquecer,
mas penso em você a todo momento.


Queria olhar pra você com indiferença,
mas, quando te vejo, suspiro profundamente.


Gostaria de dizer que nunca vejo suas postagens nas redes,
mas, na verdade, fico ansioso só de notar que você nem sequer apareceu online.


Gostaria que, quando eu te encontrasse,
você fosse apenas mais uma pessoa comum...
Mas meus olhos paralisam quando te vejo,
e o tempo parece parar a cada passo seu.


Queria dizer que já superei,
mas, na verdade, qualquer lembrança sua ainda me desmonta por dentro.


Gostaria que o tempo apagasse o que sinto,
mas ele só parece reforçar o que tento esquecer.


Queria acreditar que o destino apenas brincou comigo,
mas, no fundo, acho que foi ele quem me apresentou a você — e depois se arrependeu.


Gostaria que o seu nome fosse apenas mais um entre tantos,
mas ele ecoa em tudo: nas músicas, nas ruas, até no silêncio.


Queria me enganar dizendo que a vida segue igual,
mas, desde que você se foi, tudo parece andar um pouco fora do compasso.


Queria entender por que alguns sentimentos insistem em permanecer,
mas talvez certas pessoas não venham pra ficar —
apenas pra despertar algo que a gente nem sabia que existia.


Gostaria de apagar seu nome das minhas lembranças,
mas hoje percebo que não preciso esquecer pra seguir.
Aprendi que há amores que não acabam,
eles apenas mudam de forma e aprendem a morar em silêncio.


Queria voltar no tempo, dizer tudo o que calei,
mas talvez o silêncio também tenha sido uma forma de amar.


Hoje, quando penso em você, já não dói tanto.
É uma saudade calma, que não pede volta —
apenas me lembra que um dia,
eu fui capaz de sentir algo bonito demais pra caber em mim.

Pela estrada


No banco do carona,
a térmica na mateira,
o cheiro da erva úmida
preenchendo a manhã inteira.


No rádio, uma canção
regional - quase lembrança -
e a serra se abre lenta,
como estrada da infância.


Nuvens passam sem destino,
vento sopra sem razão,
e eu sigo esse caminho
desenhado na palma da mão.


Sou viajante sem parada,
estrada traçada no terreno.
Entre Deus e o horizonte,
me descubro tão pequeno.


Acendo as luzes - já é noite,
os reflexos brilham no chão;
a estrada fala em silêncio,
como quem decora os tachões.


Peço ao anjo que me guie
no escuro da madrugada,
porque a vida nunca espera:
segue sempre, sem parada.


Entre o céu e o horizonte,
sigo frágil, mas sigo bem:
sou viajante sem descanso,
e a vida dirige por mim.


Sempre há um recomeço
quando o dia chega ao fim.

O desabafo
Não falo, tentei-me calar na vontade de simplismente olhar e Deixar as coisas andar
Andar de patas ao ar sem rumo
Nem um futuro a projetar
Ver o futuro de uma criança a estragar
Por falta de dinheiro para pagar em um colégio para se formar
Vejam seus sonhos como contos de fadas sem a esperança de um dia as concretizar que azar
Ver uma criança no lixos da cidade de Luanda a coletar um pouco de ferro para pesar
Um pouco de comida para se alimentar
E um papelão para se deitar
E cada dia a passar, ver mais uma gangue a se formar
Quem os vai ajudar?


Para onde quer que eu siga,
sem importar a direção do vento,
meus passos sempre me conduzem
até onde você esteja.

Às vezes me encontro em mar aberto,
à deriva no oceano da minha consciência.
Em outras, sou náufrago em ilha deserta,
rodeado apenas pela maré da saudade.

Mas em nenhuma dessas terras
eu repouso ao seu lado.
Como se o destino, em jogo cruel,
nos afastasse em planos diferentes.

E ainda que eu não creia em destino,
parece que jamais
o universo conspirará
para que sejamos um só horizonte.

Preso em monólogos, rótulos, vou pra rua
e a vida nos cobrando respostas sem dar as perguntas.verdades são nuas e cruas.

Rotina ofuscando a retina que ainda brilha,
mas o brilho também é resistência, conduta e disciplina

.
Medos batem no peito como tambores,
e a coragem nasce no compasso,

Moldando amores e dores.

Cada cicatriz eu transformo em poesia,

Verso que ecoa, ferida que nos guia.



Caminhando sozinho por dentro dos meus pensamentos,
às vezes lento, mas sempre em movimento,

observo o tempo sempre correndo.
Acelerado, paro e conto até três, me acalmo,
mesmo no caos, busco a paz que torna alvo.

Buscando sempre a paz que me livra dos alarmes falsos.



Respiro fundo, guardo a brisa fria no peito,
mesmo em campo pequeno, chuto a bola meu jeito.

A cada batida, minhas rimas são espadas estilo esgrima,
a cada corte machuca, porém, também ensina.
Não desistir, persistir,
se seu sonho é grande você também precisa evoluir.

No ringue da vida não existe plateia,
suor no rosto é chama que clareia.
Cada queda ensina, cada dor constrói,
quem luta de verdade jamais se corrói.

Minha voz ergue muros, derruba mentiras vazias,
bloqueando sombras que iludem almas frias.
Cá entre nós, nunca estamos a sós,
quem ontem me ignorou, hoje implora minha voz.

Olho nos olhos, não fujo da briga,
verdade é flecha, mentira fadiga.
Quem hoje aponta, amanhã admira,
quem fecha a porta, um dia suplica a saída.

Eu não paro, eu insisto,
cada rima é fogo, cada verso é grito.
Do silêncio eu faço poesia,
das feridas sangram minha energia.

Metáfora da Aprendizagem


Cada aluno tem o seu tempo para romper a casca.
Alguns aprendem rápido; outros amadurecem em silêncio.
O importante não é chegar primeiro, mas nunca desistir de chegar.
Todo ovo, um dia, transforma-se em voo.


Por isso, no fundo, é tudo uma questão de perspetivas.


© 11 nov.2025 | Luís Filipe Ribães Monteiro

Voltei a lugares que não me cabiam mais
Por não compreender que não deveria ter nunca os abandonado.

Percorri grande parte do caminho de minha vida por atalhos curtos
Que me levaram a tantos lugares errados,
Por achar que seguir o caminho mais longo e seguro
Era muito fácil e monótono.

Deixei de visitar pessoas por não querer companhia
Até descobrir que ficar sozinho por escolha
Nunca será solidão de verdade.

Aprendi, aos poucos, que o tempo não bloqueia nenhuma porta — apenas muda a chave.
E que às vezes sou eu quem precisa crescer
E parar de tentar forçar as fechaduras.

Entrei em conversas que evitava por medo de me expor,
Através de minhas verdades,
E vi que a honestidade, mesmo desconfortável,
Afasta de nós aqueles que não sabem lidar
Com suas próprias mentiras.

Recordei de pequenos rituais que haviam ficado no meu passado:
Escrever sem temas específicos,
Caminhar sem destino,
Ouvir músicas antigas.
Esses gestos me levaram a reencontrar
Um eu esquecido pela correria do meu presente.

Hoje percebo que perder-se teve uma função:
Ensinar-me a valorizar o tempo —
Nos segundos que voam ou nas horas que demoram.
E que voltar não é regressar ao mesmo lugar —
É trazer experiências e companhias novas,
E preencher de cores e beleza
Tudo o que antes foi apenas uma simples paisagem.

A projeção que virou espelho


Achei que te via,
mas o reflexo era meu.


Tuas palavras vinham de fora,
mas quem as moldava por dentro
era o que eu queria ouvir.


Todas as vezes que olhava o pôr do sol no horizonte,
na verdade, era uma projeção de nós dois
iluminando meu inconsciente.


Uma foto sua e se abria um álbum em minha frente,
histórias criadas e até roteiros feitos...


Projetei um enredo,
acreditei no roteiro que escrevi sozinho,
e, quando o silêncio chegou,
percebi que o eco não era ausência tua —
era excesso meu.


Criado por um, mas pertencente em silêncio a dois.
Nesse excesso, criei um mundo todo só nosso —
mas apenas eu tinha acesso.


Hoje olho com carinho todo esse sentimento.
Não acabou, na verdade, é apenas o primeiro dia
fora do nosso mundo encantado.


O que doeu não foi perder alguém,
foi perder o personagem que inventei.


Descobrir que o amor idealizado
tem o brilho exato do pôr do sol:
belo, mas breve,
e feito de despedida.


Observando tudo que criei e senti ao longo desse tempo,
me vejo como um belo arquiteto,
porém, um péssimo projetista —
criei estruturas lindas, dignas de um conto de fadas.


Hoje vejo de fora o “nosso mundo perfeito”,
sem saber o que você acharia dele de verdade.


Hoje entendo:
a decepção é só a luz acendendo no cinema,
mostrando que o filme era projeção.


E no escuro que fica depois,
a vida me convida a assistir de novo —
dessa vez, com os olhos abertos.


Das cenas que eu mais gosto são os créditos.
Pois mesmo sendo o único colaborador físico dessa criação,
todas as cores e formas são méritos seus.


Lhe agradeço por fazer tanto por mim.


Nunca haverá mágoas em um mundo onde nunca existiram
dois corações batendo acelerados
por compartilharem o mesmo sentimento.

Carta de despedida: Nosso mundo encantado


Querida,
Hoje, ao ver uma foto sua,
um álbum inteiro se abriu diante de mim —
não de imagens, mas de memórias inventadas,
histórias que criei e roteiros que escrevi
acreditando que seriam nossos.
Projetei um enredo,
acreditei no roteiro que escrevi sozinho.
E quando o silêncio chegou,
percebi que o eco não era ausência tua —
era excesso meu.
Nesse excesso, construí um mundo só nosso,
mas apenas eu tinha acesso.
Olho com carinho para tudo que senti.
Não acabou.
É apenas o primeiro dia fora do nosso mundo encantado.
Um mundo criado por mim,
mas que, em essência, pertencia a nós dois.
O que doeu não foi perder alguém —
foi perder o personagem que inventei,
aquele que você talvez nunca tenha conhecido.
Descobri que o amor idealizado
tem o brilho exato do pôr do sol:
belo, mas breve, e feito de despedida.
Me vejo como um belo arquiteto,
mas um péssimo projetista.
Criei estruturas lindas,
dignas de um conto de fadas.
E hoje, de fora,
observo o “nosso mundo perfeito”,
sem saber se você o acharia perfeito também.
Entendi que a decepção
é só a luz acendendo no cinema,
revelando que o filme era projeção.
E no escuro que fica depois,
a vida me convida a assistir de novo —
dessa vez, com os olhos abertos.
Das cenas que mais gosto são os créditos.
Porque, mesmo sendo o único colaborador físico dessa criação,
todas as cores e formas vieram de você.
Lhe agradeço por ter sido inspiração,
mesmo sem saber.
Nunca haverá mágoas
em um mundo onde só um coração pulsava.
E mesmo que esse mundo tenha sido só meu,
ele foi feito com amor —
e por isso, ele sempre será bonito.
Com carinho,
Luis

Os ditadores ensinam por contraste, exibem o custo da concentração de poder e a necessidade de limites que os travem. São homens secos; os que lhes dão voz, também. A resposta é memória, instituições firmes e cidadania que não terceiriza a consciência.

© 08 set.2004 | Luís Filipe Ribães Monteiro

No meu Rio Grande tudo é tri legal,
Alegria maior é vencer no Grenal;
Se perder… deu pra ti,
Mas o orgulho segue aqui.

Bolo é torta, mexerica é bergamota,
O frio, bah! de renguear até cusco na grota.
Pão francês? Aqui é cacetinho,
E no CTG o patrão recebe com carinho.

“Barbaridade!” é mais que expressão,
É jeito de viver, é voz do coração.
Antes mesmo do batismo decoramos o hino,
Pois ser gaúcho é tradição e destino.

Chimarrão de manhã, doce melodia,
Churrasco no almoço, festa garantida;
E quando a noite cai, acalanta as canções,
Entrevero e abraços aquecem corações.

Onde está o seu brilho?


Onde está o seu brilho?
Há tempos já não lhe vejo sorrindo,
Você está sempre aflito, preso entre pesadelos e medos.
Dois bandidos: essa tal da depressão e seu cúmplice, a ansiedade.
Levam seus sonhos e trazem várias tempestades.
Não descansamos um segundo,
Perdemos nossa identidade, sujeitamos-nos ao submundo.
Invisível, em nossos pensamentos, tristeza e abandono de si mesmo.
Não sei mais quem você é, já não lhe reconheço.
Onde está o seu brilho?
Mas ainda ouço, lá no fundo,
Um sussurro pedindo socorro,
Pedindo perdão por sentir demais, sem explicação —
Indício de que ainda existe um coração,
Que anseia o dia em que o sol traga o verão,
A um lugar frio, adormecido, sem cor.
A alma se esconde, cansada da dor,
Sem dormir, com medo de outro amanhecer.
O corpo é abrigo de um grito contido,
Eco perdido, jamais esquecido.
Um alguém que clama, refém da esperança,
E mesmo que a noite pareça infinita,
Há sempre um sopro que ainda acredita
Que um dia a dor se cansará de ficar.
Sussurros e desejos, a alma no escuro,
Absorve medos, abraça o impuro.
No silêncio das esquinas, eu ainda te vejo,
Entre lágrimas e pensamentos em vão,
A mente trava, mas luta o coração,
Que insiste em crer na salvação.
Pois entre um pedido de socorro,
Habita o amor — e o perdão.


— Luís Takatsu

A felicidade cresce quando se reparte; vínculos seguros, propósito claro e pequenos hábitos estabilizam o humor.


Desta forma, amplia-se por contágio prosocial; vínculos estáveis geram confiança, a confiança favorece a cooperação, e a cooperação sustenta a saúde mental e o bem-estar duradouro.




© 01 nov.2007 | Luís Filipe Ribães Monteiro

Numa aula de gestão disse:


Os dados tornam-se informação quando contextualizados; a informação torna-se conhecimento quando sustentada por modelos; e o conhecimento torna-se inovação quando testado no mundo com experimentação.


É assim que a informação funda a gestão: medir, modelar, decidir, experimentar e aprender em ciclos curtos.



©21 out.2023 | Luís Filipe Ribães Monteiro

A dor é informação, um sinal nociceptivo que, sem contexto, vira lesão; compreendida, converte sofrimento em adaptação.


A dor, também, não é nossa inimiga; é a sombra do que nos importa. Quando lhe damos nome e lugar, deixa-nos partir e começa a ensinar.



© 01 nov.2025 | Luís Filipe Ribães Monteiro

Carta Aberta: Chovendo Arrependimento


Se nesse momento eu morresse… será que eu me arrependeria?
Creio que sim.
Das coisas que deixei de fazer.
Das coisas que fiz — poucas delas eu realmente me arrependo.
Mas das coisas que não fiz… de muitas eu gostaria de ter feito.
E por que não fiz?
Por medo, vergonha ou timidez.
Acho que por todas essas emoções juntas.


O tempo em que eu fiquei trancado mexeu um pouco com o meu coração.
Eu sei que estou errado nesse momento futuro.
Deixei a única pessoa que realmente gostou de mim ir embora.
Me perdi.
Perdi a minha personalidade para fazer os outros pararem de chorar lá fora e começarem a rir no agora.


Eu não me considero um herói.
Me considero um covarde.
Porque em vez de manter minha personalidade, eu escolhi fugir dela para ser aceito.
Mas adiantou o quê?
Falsas amizades que eu fiz.
Pessoas que me traíram.
Para todos eu desejo o bem… e todos, nem aí, me desejaram o mal.


Tudo o que eu contei, tudo o que eu planejei… eu mesmo destruí.
Mas por que eu não reparei?
Só vai… é o que eu sou.


Eu estava com saudade do teu calor, da tua risada, do teu cheiro, do teu abraço.
Agora, longe, está a chuva lá fora.
Cada gota que pinga se mistura com sonho e saudade.
E a saudade… a saudade não some.
Ela volta.


Volta para mim.
Eu só queria, com você, ter um final feliz.
Talvez agora você não goste mais de mim, pois eu me perdi.
Eu não sou mais o mesmo rapaz.
Gostaria de ser.


Será que ainda tenho tempo?
Será que você não se desfez de vez?
Onde está aquele jovem que uma garota como você um dia quis?

A Matemática dos Fins


Não sei ao certo quando comecei a não gostar dos fins de ano. Talvez tenha sido no dia em que percebi que o nome já carrega uma despedida embutida: fim.
Ou talvez tenha sido quando o tempo passou a correr mais rápido do que eu.


Cada pessoa lê o próprio calendário de um jeito. Há quem veja dezembro como festa, luz e promessa. Eu vejo como uma espécie de espelho — daqueles que não mentem, mesmo quando a gente gostaria que mentissem um pouquinho.


Aos 41, faço as contas da vida. E, mesmo com conquistas que um dia imaginei inalcançáveis, ainda me visita essa sensação de que está faltando algo. Não é falta de teto, de trabalho ou de sonhos… é outra falta. Uma lacuna que nenhuma realização profissional consegue preencher.


Casa própria, por exemplo. Para muita gente, é o fim do jogo, a prova de que deu tudo certo. Para mim, é só um quebra-cabeça incompleto, como se eu tivesse montado todas as bordas, mas o centro — a parte mais bonita — ainda estivesse espalhado por aí, perdido em algum canto do tempo.


E aí chega dezembro, com seu peso e seu brilho, lembrando que mais um ano passou. Não sei explicar direito, mas enquanto o mundo comemora o que vem, eu penso no que vai.
Na matemática que inventei pra mim mesmo, o ano que chega não soma — ele diminui.


Faço contas que talvez ninguém devesse fazer. Tiro fatalidades, subtraio doenças, divido esperança por realidade. Se eu tiver sorte, digo para mim mesmo, talvez eu tenha mais uns vinte anos vivendo bem, com saúde, com lucidez. E então eu me pego imaginando algo que aperta o peito de um jeito difícil de dizer em voz alta.


Se minha filha viesse ao mundo no próximo ano, quando eu tivesse sessenta, ela teria dezenove.
Dezenove.
E eu talvez não estivesse aqui para ver a formatura dela, para ouvir o primeiro “pai, deu certo”, para fingir que não chorei quando ela desse o primeiro passo fora de casa.


É uma conta simples… mas que me destrói como se fosse impossível.


Talvez seja isso que eu não gosto nos fins de ano: eles me obrigam a olhar para dentro, para esse vazio que não se preenche com compras, viagens ou promessas. O vazio de quem sabe que o tempo não volta, e que cada desejo adiado custa mais do que parece.


Ainda assim, aqui estou, atravessando mais um dezembro.
E, no fundo, torcendo para que a vida me surpreenda — quem sabe com peças novas para esse quebra-cabeça, quem sabe com alguém que transforme essa matemática dura numa conta que finalmente faça sentido.

O que há de errado com o tempo?


Talvez o erro seja o intento
de não aprendermos, enquanto vivemos,
a contá-lo no convívio, no movimento.
Enquanto ele ecoa, convivemos, às vezes,
sós entre nós mesmos.
E não percebemos que o tempo pode afastar
ou atrair sentimentos.
Bons ou ruins, eles vão e vêm
sem que percebamos.
Ele nos leva por caminhos
e cria atalhos inteiros.
Ele vai passando como quem escorre
entre nossos dedos,
sem aviso às vezes rápido,
às vezes lento, mas sempre indeciso.
Vivemos tudo o que nos permitimos:
com a família, sozinhos ou entre amigos.
Ele corre quando queremos presença,
nos arrasta quando a dor pede licença.
Ele voa quando estamos atrasados,
e para, sem que percebamos,
no sorriso de quem somos apaixonados.
Vinte e quatro horas nos são dadas,
todos os dias, sempre depositadas.
Caem em nossa conta sem permissão,
sem pedido, sem merecimento ou explicação.
Prometemos a nós mesmos
não deixar o tempo passar em vão.
Quando crianças, o tempo era mágico,
e não tentávamos controlá-lo com um celular nas mãos.
Estávamos ocupados colecionando momentos,
dádivas nos dadas pelo próprio tempo,
para que, quando estivermos perdidos,
possamos lembrar… e voltar ilesos.
Há dias em que queremos doar,
nem que seja um fragmento do que nos resta guardar,
quando percebemos que o outro já não terá
o tempo que a vida prometeu entregar.
Então entendemos o inevitável:
o tempo, sim, ele é temporário.
Nascemos, crescemos e morremos
um roteiro que segue fiel itinerário.
Mas como se espera? pergunta o coração.
O tempo do último olhar, da despedida em vão?
Ou o tempo que passa sem quem amamos,
tentando ser inteiros… quando já nos faltamos?

Um dia acordei e vi que não havia nada de interessante ao meu redor....
Fui até o meu computador abrir meu face e vi que tinha um convite de uma bela moça..
e por ela me encantei pois ela tinha um belo olhar e um lindo sorriso *--*

Lembraria dela todos os dia mesmo se por algum motivo ela esquecesse de mim...
Do meu olhar...
Do meu sorriso...
Da seriedade e pela grande fascinação que tive por ela...
Eu jamais esqueceria do olhar e do sorriso que me conquistou.
Voce sempre estará gravada em meu coração e na minha mente.
Eis que um dia irei conquista-la para sempre.
para voce somente ser minha o tempo suficiente para se tornar inesquecivel...
Para todo sempre...
Nao se preocupe, se o pra sempre não existir...
AGENTE INVENTA!

Inserida por mygoten

Eu vou
O sol se vai
Mas uma vez sem objectivos
O dia passa, a noite chega onde o vento me levar levarei comigo o meu coração
Pretendo seguir, mesmo com dificuldades. Eu vou seguir o meu caminho, pondo em mente
Que as derrotas, os falsos mostraram-me o caminho da verdade
Com persistência e esperança de ser e de quem pensa ser, eu vou a busca do meu futuro
Eu vou.
Eu vou fazer a minha vida, conquista-la com amor e trabalho sem magoar ninguém respeitar e ser um acolhedor e bom ouvinte
Eu vou.

Inserida por souomilitao