Textos de Loucura
Eu engoli as palavras
Na minha barriga fez um nó
Se eu não nasci para isso, não sei quem foi
Olha, eu vejo bem esses olhos
Sei que estão chegando ao fim
Olha eu não sou daqui, também não sei de onde vim
Consegui uma casa, um trabalho, um amor
E posso me orgulhar
Mas minha alma, mesmo grata, as noites quer voar
Eu amo você, não teria para onde de ir
Além de onde a mente pode me levar
E a loucura que é viver a vida
Como um do sonho
Por um sonho
Eu vi em cada poro a gota de suor
Eu senti nas curvas do seu rosto cada milagre
Mas não há nada que se possa provar
Como eu não vou enlouquecer?
Como eu não vou enlouquecer?
Me dê forças ao menos para parecer normal
Pois já demoli os muros do que pode ser real
Não tenho mais nada que se possa provar
Eu não sou nada que se possa provar
Nem mesmo minha fé, nem mesmo eu
Eu nem sei o que sou
Ou se existo
Nem sei o gosto do meu lábio
Eu só sei que vou seguir em frente
Custe o que custar
E camuflar minha loucura
Que me consome
Que me mata e me dá vida
Enquanto eu respirar.
►Quarta-feira Imprevista
Eu não estava preparado para quarta-feira
De manhã eu perdi a confiança para com um amigo
E a tarde, junto a uma garota, fiz besteiras
Logo cedo eu fui agressivamente traído
Ao entardecer, eu tive um momento íntimo
É difícil explicar, tanto que fiquei deslocado
Ao nascer do sol fui atacado, à tarde, provocado
A história por si só é impossível, inacreditável
Mas irei tentar desenhar tal cenário inimaginável.
As sete da manhã eu estava ocupado
O tal "melhor amigo" conversa comigo
E, lavando o carro, estávamos batendo papo
Melhor do que lavá-lo sozinho
Claro, nada havia sido planejado
Em um certo momento, fui apunhalado
Melhor dizendo, agarrado, enforcado
Brincadeiras à parte, eu fiquei extremamente chocado
Chateado, desconfiado... acabado.
Entristecido e aos prantos, eu saí, descontrolado
Os óculos que deveriam me proteger contra o sol,
Escondia os meus olhos avermelhados
Eu estava desmotivado, cansado
Queria apenas dormir, deitar tudo no passado
Isso para evitar o terrível fato,
Que, sem dúvida, me assombrará.
Depois de algumas horas, voltei para casa
Deprimido, resolvi deitar e tentar apaziguar minha alma
Pensei até em chorar sobre o travesseiro, mas dei um jeito
E, assim que fechei meus olhos, acalmei meus nervos
Meu medo foi passando, um passo por vez
A verdade era que eu queria dormir até as seis da tarde
Mas tinha que ir à praça, encontrar um compadre.
Ao chegar lá, vi ele e uma possível amiga
Conversámos, e depois de uma caminhada tranquila,
Resolvi voltar para a minha casa, ele foi também, com ela
E, em um momento imperceptível, eu e ela ficámos atraídos
Quando me dei conta, a vergonha estava fixada sobre o rosto do amigo.
Tudo o que estava acontecendo estava me assustando
Como não estava previsto, fiquei sem qualquer plano
Mas, o que posso assegurar é que,
O fim daquele dia foi especial, agradável
Por conta disso, dito isso, agradeço ao amigo, Otávio
Obrigado, jovem, muito obrigado
Não há palavra que descreva melhor
Obrigado, usando apenas uma palavra, e logo após
Estarei te agradecendo pessoalmente
Obrigado novamente, por me ajudar em um momento extremo
Momento que imaginei que enfrentaria sozinho
Perdi a confiança, mas garanto ter aprendido
Por tanto, obrigado, aqui sou eu que vos fala
Jamais esqueça dessas minhas palavras.
Só uma menina
Sou apenas uma menina
Fingindo ser adulta no meio de adultos desvairados
Permitindo a si mesmos ser o que ninguém deveria ser
Cada um corre pra alcançar o vento
Vivem como se ser adulto fosse deixar a vida passar
E eu, em silêncio só observo
E os anos passam
Pelos olhos dos outros já completei a maior idade
Mas pra mim, ainda sou aquela menina descobrindo o universo
Grande parte gélido e sombrio, que vida adulta desinteressante têm
Outra parte quente, efervescente, a parte adulta que quero bem
Fujo de infantilidades que me cercam
Mas no fim, sei que em direção a elas eu corro bem depressa
Porque quero fugir do que a vida adulta reserva
Olho no espelho e vejo uma menina ficando velha
E que estranha é essa sensação!
Sinto o peso do tempo, mas ainda estou próxima das meninices que não abri mão
A verdade é que acho ser estranha por não poder explicar
Mas no meio dessa complicação na minha mente
Basta a mim ser uma criança diferente, uma adulta infantil até demais!
O amor chega sem avisar...
É um desejo ardente...
Que não se admite...
Não se faz por esperar...
É uma magia...
Que abre a concha da vida...
Faz a vida ser mais sentida...
Toma conta de nosso coração...
E repousa em nossa alma...
De forma que não se imagina...
Em insistência permanece....
E nos joga em redemoinho...
Faz de cada nascer do dia...
Caleidoscópio de sedução...
Um convite a viver...
Loucura, alegria...
— em Conservatória Pousada Chic Chic Casa do
Hoje amanheci assim
Eu queria hoje habitar na avenida principal, colocar uma pesa e dar expediente, falar do meu pranto profundo, ainda que não se importe o mundo, um café forte, acho que faltaria o pão, no intervalo um belo cochilo no tapete de papelão, ouviria ruídos e burburinhos e eu continuaria tentando ouvir os passarinhos, ou melhor o barulho dos carros e motos, de repente alguém tirando fotos, o coitado caiu na net, ato que se repete no meu Brasil, cheio de malucos febril, é que na verdade a covardia não deixa desprender, mas o alívio estaria nesse enredo, é um segredo, nas telas da internet, do meu lado a garrafa com água, aquela pet, bebida não mais, talvez embriagaria na bíblia pequenininha dos Gideões, contraditório essa esperança, me leva pra dança e quer resgatar, meu sonho vivo, que existe e tudo que sei, que muito errei e o julgamento é longo, porque o pensamento vive no escombro, eu tento, lamento e busco, mas o destino insiste com o não e não vejo a mudança, a transformação, ou sou eu cego então.
Giovane Silva Santos
Lealdade
Leão, juba, rugido. Madeira, ferpa, rangido da porta.
A árvore quando cai. O estrondo da queda.
Traição é loucura.
Batida na parede, um som reproduz.
O som é leal a batida; o rugido ao leão.
Desejar o contrário é loucura - palavras de Albert Einstein.
Ir contra a lealdade das coisas é loucura.
A traição é uma loucura.
Sou sobrinha-neta da Ilusão, tenho marcada em meu sangue a marca amarga da ferradura agalopada do solene marchar da carruagem de meus sonhos, ébrios de tentação. Sou a cria amarga do roubo esperançoso de minhas racionalidades fatais, que enganam, deturpam e profanam a doçura antes presente em meus sonhos. Sou o devaneio solto pelas ruas, a loucura a planar sobre os campos férteis da solidão, sou o resultado infame da mistura sórdida de meus antepassados de terra e vão.
Sou tantas e de tantos, sou tato e pranto, sou cólera e acalanto, não sou nada, nada, mas ainda assim, canto. Canto as lamúrias através de pena e cetim, debruço-me sobre meu viver torpe e vomito palavras pobres em versos e prosas em carmim.
Não domino a poesia, mas a poesia domina-me a mim, quebro meus pudores em mil pedaços de taco, ligo meus temores um a um em mil laços, reconstruo minhas convicções em mais mil espaços e ao final, sobrando-me apenas a dor e o cansaço, enfim me desfaço.
UM ARTISTA
Eu acho lindo a arte do diálogo, conseguir dialogar não é apenas uma habilidade, é um dom.
Aquele que tem o talento de persuadir através de palavras, é como um pizzaiolo, sabe sovar e manusear a massa da pizza para que ela não fique muito fina ou muito expressa.
Van Gogh só se tornou Van Gogh por que conseguiu colocar sua loucura em uma tela através de tintas.
Eu coloco minha loucura em poemas, o que não me distância de Van Gogh, a arte é relativa. Interpretamos a arte através de nossa percepção e julgamento, se eu colocar uma cadeira em um museu de arte, milhares de pessoas que olharem para essa cadeira terão uma interpretação diferente.
Ou seja, mesmo que pareça ser apenas uma cadeira, assim que alguém julga-lá, ela se tornará arte.
Minha luta é dura...
Olhos cansados por verem a terra que não muda...
Porque o melhor de meu mal está todo no cuidado...
Do que foi-me tomado...
E a noite que se avizinha...
Mostrando-me a face obscura...
Faz-me juras...
Mordendo o fruto das manhãs proibidas...
Um sossego como se nada existisse....
Assim o tempo escoa...
Me perco a pensar o que isto significa...
Que importa!
Ninguém sabe...
Dá-me um estranho ar de loucura...
Um vazio...
Inesgotável procura...
Mistério mais audaz da minha vida...
Em que todos os venenos estão contados...
Meu prêmio e meu castigo...
Anseio delirante...
De intensa saudade...
Que tanto sinto...
Ah...
Ilusão sombria...
Amor sem fruto...
Do pensar na vida...
Fuga perpétua...
Despedaçar...
Emendar...
A pressa contida...
Só para mim, que vou comigo...
Quero nesta noite...
E nas noites vizinhas...
Que enfim as estrelas...
Dêem-me suas graças infindas...
E assim...
Deixando de ser tão escura...
Já não me pesem...
O cansaço de meu olhar...
Sob juras...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos leves me trouxe até àquela manhã.
A brisa que batia me convidava para um passeio, não neguei seu chamado, fui impassivo e me rendi.
A coragem e loucura realmente andam lado a lado.
Que eu nunca deixe de ter coragem de ir atrás desse chamado, pois a loucura mesmo seria ter recusado!
É notório o ardor da tua essência,
pois a tua beleza é avassaladora,
tens um olhar impetuoso
que reflete o amor ardente
que aquece todo o teu corpo
e deixa o teu jeito
serbastente sedutor
com um pouco de doçura,
dessarte, uma mulher de muita vitalidade, uma dosagem excitante
de sanidade e loucura
capaz de tirar da monotonia da realidade
e fazer da vida, uma emocionante aventura.
Louca
Dizem que era louca
que caminhava descalça e falava sozinha,
que, por vezes, gritava e deixava de comer,
que se esquecia de si mesma...
Dizem que passou pela vida dividida
entre quem descobriu algo e esqueceu
e ficou presa na amargura das perdas,
com o coração em sobressalto no peito
pelas fragilidades da vida.
Louca, talvez! Mas o que será a normalidade?
Vivermos sem consciência de de que nada temos
a não ser a perceção de nós próprios,
lemo-nos no que nos rodeia, no outro,
e o que saberemos do que realmente somos?
Passamos pela vida como um grão de areia
que o vento transporta para a imensidão,
que ao sabor da maré oscila rumo ao indefinido
consigo próprio que é o único que pode realmente levar,
o resto são memórias, abraços, sorrisos,
Sentimentos dispersos
que agora correm nas veias daqueles que nos recordam
Dizem que era louca por sentir de mais
por amar toda a vida o mar num olhar,
por amar um beijo sincero e cintilante
por amar um primeiro sorriso e uma primeira palavra,
por amar o silêncio...
Dizem que era louca,
podia ser,
mas foi uma louca que
amou e que se deu,
uma louca que simplesmente
na sombra da vida
desapareceu...
DESCOBRI
Descobri que uma das coisas que mais gosto de fazer nesta vida é escrever. Mesmo que o que escrevo seja desordenado e desalinhado para uns, uma loucura ou uma idiotice para outros. Que as frases sejam sem nexo e sem uma direção certa. Não importa. Só sei que escrever me alimenta. Alimenta e relaxa meu coração poético.
Queria escrever algo banal, tranquilo que apenas me levasse a fugir deste corre-corre da vida. Não sei o que eu quero com isso. Talvez atingir o cume da montanha mais alta. Não sei.
Talvez me perguntem, por que a montanha? Talvez pudesse ser a mata, ou o deserto, ou o mar, quem sabe o céu. O que importa quando não sabemos se a direção é certa ou incerta como o tempo?
Escrever atinge o ilimitado. É como a vida, ilimitada, sem uma coordenação. Quero atingir todos os limites, o cume, o ápice, a adrenalina constante.
Estou ainda tentando escrever algo sereno, algo que deixasse um pouco de lado meu apogeu. Mas não encontro. Na verdade nem quero encontrar, quero continuar buscando cada vez mais.
A outra coisa que gosto de fazer é amar. Amar quer dizer algo? Amar nunca foi algo. Amar é tudo. Eu gosto de amar as pessoas, amar me deixa feliz. Saber que as pessoas estão felizes me deixa extremamente feliz.
Meu instinto de mulher quando amo fica tão estável que eu poderia descrever detalhes que talvez inundasse esta pagina com palavras de amor...mas o que importa isso tudo se ninguém se importa mais com o amor.
Amar é tão vasto que eu poderia me perder amando. Escrever e amar são uma junção que combinam. Em meus versos escrevo amando sem uma noção certa do que quero deixar na página, apenas amo escrevendo e escrevo amando.
UM PONTO
Tudo, aliás, é um ponto.
Um ponto incerto.
Um ponto sem nó.
Um ponto de interrogação.
Um nó atravessado.
Uma incerteza dentro da outra.
Uma exclamação.
A vida
A morte
Meu norte
Meu nada
Meu tudo
Verticalizado
Nas ruas desertas.
Assim, aliás, é o meu mundo,
Enigmatizado,
Energizado,
Sem uma pretensão,
Apenas uma razão
E uma loucura.
Desatino do amor
“O simples desatar da insanidade de amar”
Ela te percebe e mira,
Alcança-te e conhece,
Enrubesce-se.
Ela te vive e faz vivo,
A todo tempo contigo
Espreita o perigo.
E começa a suspeitar
Do arraigar de um veneno,
O veneno de amar.
Num desatento,
A sedenta doença
Traz o fim adentro
Neste amor sonolento.
Traz um fim violento,
Antes que o verdadeiro
Possa se despertar.
Monumento
Venha lentamente para que possa desfrutar mais
Beije-me bem devagar para que eu possa me apaixonar
Quero todo seu corpo e sua alma
Não no sentido de posse
Mas na liberdade de possui-la
Igual o toque de uma música romântica...
Você poderá ir e voltar quando quiser
Compensando me dizer até logo!
Nunca adeus!...
Seu corpo cheiro de canela
Gosto de chocolate
Exita-me!
Quero morder nos teus lábios
Venha beija-me bem devagar...
Quero seu corpo de sol!
Seus lábios com um brilho natural degusto chocolate...
Enfia a língua dentro de minha boca...
Todo seu ser está fotografado dentro de minha mente
Um filme real...
Seu umbigo
Minha taça para meu vinho preferido
Agora meu coração não existe deserto...
Seu umbigo meu oásis...
Quero continuar ardendo em brasas dentro de seu corpo...
Não posso dizer mais nada
Mineiro não fala tudo que faz...
beijos!
Até logo!
Loucura, monumento.
QUERO TE ENCONTRAR!
Tá difícil...
Eu sei!
Ando procurando feito louco,
um caminho, um norte, uma direção.
É difícil...quero te encontrar
para nos seus braços me jogar!
Nas noites escuras te procuro,
numa rua sossegada...próximo a sua casa
num cantinho do muro...Loucura?
Não sei...Só sei que quero te encontrar!
Nem louca, nem bipolar. Eu sou assim, faço o que quero, quando quero e se quiser, digo o que quero e o que penso quando quero e quando minha língua se soltar. Escrevo sobre quem quero, dou-me com quem quero, não falo com todos, não me dou com muitos, chamam-me louca sem conhecer a loucura, chamaram-me de louca quando falei da vida com amargura. Não sou isso, nem sou livre, não me entrego e não há quem de mim se livre.
Loucura, gente louca, é a de quem se prende pela boca.
Tenho fome.
Da dor desse teu louco amor.
Do sangue que já não escorre.
Do medo que me fazia gritar.
Dos gritos que dava sem falar.
Das palavras que agora me inundam.
Da água que me lavava por dentro.
Tenho fome.
De ti amor.
Da dor.
Do sabor.
Da bebida sem cor.
De sentir calor.
E ainda mais desse mundo de cor.
Que me abraçava e me rendia.
Agora vivo presa na fome da cobardia.
Eu não terminei
E ninguém pode
Com isso acabar
O que comecei
Não foi errado
Mas pode falar
Eu não terminei
Tenho começado
Mas não sou só
Eu responsável
Sou a causa
E resultado
Eu não terminei
A quem vim amar
Mas pode findar
Esse compromisso
Estou muito além disso
E não vou mesmo parar
Eu não terminei
E não vou esperar
Pode chegar com um grito
E dizer que vai acabar
Ou pode mesmo calar
Tentando antecipar
Eu não terminei
Eu não ouço
Eu grito
Eu sei
Estou louco
Esqueceu?
Sou tudo que fui
Tudo que não
Te aconteceu
Tudo que nisso
(R)estou não é
Mais eu
Mas quem sou
Deixou
Tudo que era
Pra ser
(S)eu
Eu não terminei
Então não venha
Dizer qual louco
Sou eu
Que eu te acuso
Doutora
De tentar curar
Quem você adoeceu
Pois não venha mesmo
Dizendo que está louca
E quer terminar
Eu te acuso
De tentar me matar
Só pra me salvar
Do que não te aconteceu
Eu não terminei
E não consigo
Voltar atrás
Eu já sou
Se você
Quer
Ser mais louca
Que eu
Faz.
!
Eu bem mais louco do que era capaz
Como um louco
Não como um morto
Eu não.
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