Textos de Chico Chavier sobre o Amor
“Lucia disse que amava Pedro. 3 meses depois percebeu que era só atração. Mariana declarou amor á Lucas e disse “foi Deus quem me deu você”. 6 meses depois o namoro acabou e ela disse que foi “livramento de Deus”. Rafael mandou flores á Vanessa e prometeu ama-la pra sempre. 8 meses depois sentiu que o sentimento se esvaiu pois Vanessa não correspondia á todas as suas expectativas. Jonas, casado há 5 anos com Marta, que havia declarado o famoso “até que a morte nos separe”, pediu divórcio pois não aguentava mais o jeito da mulher. Não é triste o fim do amor? Não. O amor só termina quando nunca começou.”
Depois de perder meu irmão, tive um tempo difícil. Então tomei uma decisão. Disse a mim mesmo que viveria uma vida na qual eu não teria que perder ninguém. Não viveria uma vida divertida. Viveria uma vida na qual eu não sonharia com o futuro. Desde então, nunca tive uma noite de sono confortável. Nunca fiz piada, nunca toquei piano e nunca amei ninguém. Até você pousar no meu mundo um dia. Era assim que eu vivia.
"Tinha suspirado
Tinha beijado o papel devotamente
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas
sentimentalidades
E o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que
saía
delas
Como um corpo ressequido que se estira num banho
lépido
Sentia um acréscimo de estima por si mesma
E parecia-lhe que entrava enfim uma existência
superiormente interessante
Onde cada hora tinha o seu intuito diferente
Cada passo conduzia um êxtase
E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações."
ESCOLHI VOCÊ PRA AMAR
Sonhei, Deus como sonhei viver um amor, fiel, verdadeiro, cúmplice.
Sonhei como sonhei ter esse amor horas e noites de mil maneiras.
Sonhei, há como quis tê-lo.
Sonhei, perdi noites de sonos sonhando com esse amor.
Sonhos que em pouco tempo o pesadelo da infidelidade,
da mentira, da falta de confiança me tragou.
Tragou meus sonhos de um amor tão sonhado.
Mas como tudo na vida tem seu propósito.
Ou melhor, Deus conhece o propósito de tudo.
Restou-me viver esse amor de forma homérica e quem sabe platônica.
Assim escolhi vivê-lo.
Tive meses, dias, horas, minutos e segundos que jamais algo ou alguém o tocará.
Há não ser Deus.
Pois Esse sim me conhece.
E sabe o significado de cada suspiro que dou.
Hoje sei que esse amor é pra ser vivido assim.
Sem toque, sem caricias, sem sussurros, sem voz.
Sendo alimentado apenas por lembranças.
Lembranças essas que sem dúvida acalentaram minha alma.
Alma doída, mas ao mesmo tempo feliz.
Feliz em saber que o homem amado busca viver amores sem fronteiras.
E por amor o deixei ir.
Percebi que não podia prendê-lo na gaiola dos meus desejos.
Por amor ouse voar, vá onde o vento te levar.
Ame, ame, tenha amores, amores sem fronteiras.
Dê o melhor que você tem a quem deseja sonhar.
Acaricie mente e corpos com volúpia.
Peço-ti não pense como você me deixou.
Pense como estou. Feliz em saber que tuas asas.
Ti levarão ao céu dos teus desejos.
Escolhi você pra amar.
Amar de longe.
Ter-te sem ti tocar.
Quem disse que pra amar precisar estar perto?
Escolhi você pra amar.
Amar com a alma.
Amar como nos meus sonhos.
Amar, amar.
Escolhi você pra amar.
Sou feliz em ti amar sem ti tocar.
Autora: Profª - MARIA DE FATIMA B. DE OLIVEIRA
Eu poderia ser qualquer coisa, eu poderia ser cientista, poderia ser como Chico Xavier, eu poderia ser como Madre Tereza de Calcutá, Eu poderia ser uma salvadora de doentes e sofredores. Mas eu, não quero!. Querendo eu seria! Querer é poder, e poder é o amor em manifestação. Querendo, eu não estaria aqui nesse planeta de expiaçao.
A verdade, é que precisarei de milhares de corpos, milhares de existências, morrerei milhões de vêzes, viverei zilhões de séculos.
Serví muito pouco. A verdade, é que sou apegada demais ao mundo, a matéria, e a tudo aquilo que cultivo.
Minha condição, eu conheço bem, por mais que eu saiba que tudo é ilusório, que é passageiro, entrarei nessa de corpo e alma!
Paz e luz...
☆Haredita Angel
se fosse música, o chico tocaria na vitrola
se fosse uma letra, olhos no olhos na nossa cama
se fosse uma receita, felicidade plena
se fosse comida, sushi e sashimi
se fosse dia claro, o céu mais azul
se fosse noite, o luar ofuscaria nossos olhos
se fosse um gosto, melancia
se fosse perfume, intrigante
uma palavra, nojeira
uma frase, tá de reina
se tivesse uma só cor, verde
mas como todas fazem parte, arcoíris
e como nosso sentimento maior, incondicional
tanto o amor
tanto o respeito
...
e se fecho os olhos e sorrio
e se mordo, puxo os cabelos
se me transbordo
se me entrego
me possues!
...
GERAÇÕES
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Minha geração cresceu ouvindo Chico, Bethânia, Tony Tornado, Roberto, "Joões", Caetano, Gil, Jorge Ben, Clara Nunes... lendo Cecília, Bandeira, Ferreira, Drummond, Vinícius, Aghata, Cora, "Veríssimos"...
Minha geração cresceu combatendo, cada um ao seu modo, as ditaduras política, social, familiar... também cresceu aprendendo ofícios desde os dez anos. Assumindo responsabilidades aos quatorze. Quem queria estudar, precisava querer muito, e quando conseguia, tinha o respeito e as oportunidades que os formados de hoje não têm. Naqueles tempos, ter o "científico", análogo ao contemporâneo ensino médio, valia muito mais, tanto em conhecimento quanto em valia, do que ter o atual e defasado curso superior.
Minha geração cresceu sabendo que seria mantida pelos pais até o início de sua juventude, quando os pais é que passariam a ser mantidos por ela. Cresceu sem a proteção do termo adolescência, da lei contra o bullyng, cujo termo também não existia, e das leis contra os preconceitos e pelos direitos humanos.
Minha geração cresceu sob o peso dos erros da geração anterior... dos extremos que a fizeram sofrer muito, suar e se auto exigir, para sobreviver... mas acho que foi por isso que minha geração cresceu... porque não tinha como não crescer... era crescer ou morrer, oprimida por um sistema que não dava outra saída.
Mas a minha geração, pelas lembranças de nosso tempo, comete outros erros com a geração atual... outros extremos, como dar liberdade além do sensato, não exigir nenhuma responsabilidade, criar na barra-da-saia, oferecer o máximo sem exigir o mínimo... mimar, dizer todos os sins e ceder às chantagens emocionais de uma geração preguiçosa para fazer o certo e pensar nas gerações futuras, que pelo visto, serão ainda mais propensas a não crescer. Com todos os erros de uma geração que pelo menos teve o desejo de acertar, minha geração cresceu... cresceu crescendo... cresceu enquanto crescia.
Hoje amanheci meio Chico Buarque
Quando eu era menina eu tinha a certeza que
Chico Buarque era feito pra Marieta Severo,
Que Tony Ramos era marido ideal( eu encontrei um marido assim,uau),
Que Tarcísio não viveria sem Glória,
Que a melhor música era "Carolina",
Ela era assim:
"Lá fora, amor, uma rosa nasceu, todo mundo sambou, uma estrela caiu..."
Mais tarde me apaixonei pela música "Iolanda"...
Assim cantada:
"Esta canção não é mais que mais uma canção
Quem dera fosse uma declaração de amor."
Nossa, eu pensava que beijar engravidava...
Que namorar era só de mãos dadas...
Eu hoje acordei muito nostálgica
Só agora me dei conta de que eu não sou
mais uma menina,eureca!
Eu tenho até duas garotinhas.
elas são para mim duas bonecas!
Eternamente, Iolanda...
"Se é pra morrer quero morrer contigo!"
Joelma Siqueira
O maior artista brasileiro, Chico Anysio, está travando uma luta contra o maior vilão da sua vida; o enfisema pulmonar!
Vinte anos após deixar de fumar, Chico Anysio sofre com a dificuldade de respirar e os freqüentes problemas de saúde, provenientes de uma vida como fumante.
Hoje, sendo o rei do humor e da alegria dos brasileiros, afirma que a única coisa da qual se arrepende haver feito, durante seus 79 anos de vida, é ter sido um fumante.
Uma super lição para quem é fumante e não se importa com as conseqüências futuras.
PARE DE FUMAR e tenha uma 3ª idade saudável e prolongada.
O Cio da Terra
Composição: Chico Buarque / Milton Nascimento
Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão
Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel
Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão
MULHER
Chico Buarque, em suas canções
Se esforçou bastante
Para descrever a alma feminina.
Freud postulou com mais eloquência
Que a mulher não pode ser resumida
Não em tese ou poema.
Talvez cada homem tem lá sua maneira
De achar que sabe algo sobre esse tema
Prefiro a síntese do poeta
Que diz: A mulher é de fato um teorema.
Chico Xavier
Desta imensidão infindável de vida e luz,
deste armazém que não se mede largura,nem altura por não poder ser dimensionado ,
basta-nos um único grão dele para que nos
alimente por toda nossa estada aqui na
terra ;abençoado aquele que o plantar em
seu coração, o coração de Chico Xavier.
A menina e o Chico
Menina bonita vestida.
De roupa de caçuá.
Mirando o rio que desce,
Chegando onde deve chega.
O tempo já não falta.
A pressa já se acaba.
E; deixa no velho Chico,
a lagrima que ficou.
De retorno as naturezas,
As águas se fazem iguais.
De tanto chorar o Sertão,
agora elas molham bem mais.
Marcos fereS
Chico
Barulho de corrente que azucrina.
Tapas fortes.
Chicotes.
Essa e a cina.
De quem nasceu com forte cor.
Suor na testa.
Nenhuma fresta.
De amor.
O ódio queima o coração branco.
Sem trégua, com ardor.
Impaciente.
Guerreiro que nada teme.
Surge no meio do mar.
Forte, guerreiro, sábio.
Tomou as rédeas da situação.
Lutou pra proteger seus irmão.
Fez por onde os libertar.
Enfrentou todos e tudo.
Se mostrou forte e guerreiro.
“Não há força bruta nesse mundo, que faça reabrir o porto negreiro”
Donos de terra.
Obrigados a libertar seus escravos.
Meu Deus que coragem.
Foi perdendo o que conquistou.
Mas o guerreiro não desistiu.
Persistiu.
Os escravos libertar.
Com bravura com vontade.
Parou os portos do Ceará.
Com beleza e sem vaidade.
Esse jovem de verdade.
Era um dragão do mar.
SAUDADES DE CHICO ANYSIO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Dia destes, adormeci assistindo à novela Império, da Rede Globo. Despertei em plena Zorra Total, programa que abomino pelo mau gosto e a falta de criatividade, além do bullyng constante contra pobres, desdentados, negros, gays e obesos. Imediatamente veio à memória o Chico Anysio. Tive saudades de todas as versões do seu humor elegante, respeitoso, criativo e de gosto apurado, que valorizava os antigos bons horários da emissora para os bons programas.
É uma pena que o Brasil tenha decaído a tal ponto neste quesito. Não há mais um programa humorístico, realmente humorístico, relevante. O que mais se vê na televisão brasileira são esses programas que tentam arrancar o riso com tons de voz e gestos excessivos e a ridicularização das massas. Da maioria do povo brasileiro, composta por essa gente já muito ridicularizada no dia a dia. Não precisava ser também por esses humoristas forjados que se acotovelam nas emissoras, sabedores de que logo serão substituídos, pois não são duradouros. No mais, restam os seriados simpáticos; as comédias românticas capituladas, razoáveis até, mas na cola dos seriados norte-americanos, que por serem originais, são bem melhores. Mesmo assim, os horários são impraticáveis para quem trabalha.
No tempo de Chico Anysio, também do Jô Sares humorista, mas hoje falo do Chico, as emissoras eram mais independentes. Não precisavam puxar tanto o saco do poder público, e por isso, as boas piadas às custas dos políticos, que são de fato merecedores disto, rendiam risadas generosas e ainda faziam refletir. Não era necessário apelar para os bordões, na tentativa de grudá-los em nossos ouvidos e dar a impressão de um sucesso que só é mesmo dos bordões; não dos programas, exatamente. E para o povo, essa era a única e boa vingança saudável contra a classe política, pelos sofrimentos impostos ao país, entra século sai século. Rir dos políticos, graças ao Chico Anysio, era nosso programa predileto.
Hoje, com o medo que as emissoras têm do poder público, seu maior patrocinador, o povo está sendo obrigado a rir de si mesmo. Além de ser simplesmente obrigado a rir, com as piadas exageradas, preconceituosas, desinteligentes e de mau gosto empurradas olhos e ouvidos adentro. Mais uma vez recordo o Chico Anysio, que quando encarnava personagens populares, essas personagens eram caricaturas simpáticas, respeitosas, e sempre soavam como homenagens. Ele homenageava; não praticava bulliyng contra o povo brasileiro simples e sofredor...
...Chico Anysio foi foi o grande humor de nossa vida.
CHICO XAVIER
Eu tenho a honra de ter convivido
e muito aprendido
na mesma época, e não a toa
com um homem cuja voz ainda em mim ecoa!
Fenômeno de materializada luz
que ainda meus passo conduz!
Chico Xavier...que nos fala de amor e salvação
e ouve, quem quer buscar a própria redenção!
Anjo, que à Terra veio para ensinar
como na estrada do bem caminhar,
nos livrando dos grilhões da morte,
e quem a ele conheceu, teve a sorte
de acreditar na eternidade da vida
e não mais por medo, busca guarida
no bem ao próximo, pois sabe,
e em qualquer mente esse conhecimento cabe,
que o outro, por mais ignorante que seja,
para buscar a felicidade que se almeja,
é o divino portal, a sagrada passagem
para alcançarmos as celestiais paisagens...
odair flores
Pessoalmente, se é que isso vale algo, acho Chico Buarque um compositor brilhante, um cantor medíocre e politicamente o considero imberbe. Na época da Banda ele ainda não tinha se exilado no desconforto da Île Saint Louis. Essa pequena paródia é apenas uma carona sem-vergonha na magistral A Banda e uma reflexão da pátria subtraída, na expressão do bardo. Menções a mensalões e outros “ões” ficam a critério da coloração política do leitor.
O bando
Estava bem indeciso
Duda Mendonça chamou
Para votar no PeTê
Lulinha paz e amor.
E tanta gente sofrida
Pensou livrar-se da dor
E foi votar no PeTê
Lulinha paz e amor.
O pobre diabo que não tinha dinheiro votou
O palanqueiro que contava vantagem contou
E quem sonhava com o Fome Zero
Votou para ver essa nova miragem
A marolinha que virou um tsunami cresceu
O Manteguinha os cordões da bolsa abriu
E a tigrada toda se assanhou
Votou na Dilminha
E então deu no que deu
O aposentado se esqueceu do cansaço e pensou
Que tinha vindo a bonança ... por isso dançou
A dona Dilma fechou as janelas
Pra não ouvir mais
O som das panelas
A coisa piorou mas o Guido insistiu
O rombo que estava escondido surgiu
A Economia toda enfeou
E foi a debacle que o governo causou
E pra total desencanto
O que era doce acabou
Agora vem o ajuste
Depois que o bando roubou.
Adeus as belas vitrines
Sem Minha casa melhor
Depois que o bando passou
Vejam o que sobrou.
Conversando Obséquios com Chico César.
"A fruta em seus lábios,
A alma saindo pela boca.
Os lábios de sua fruta calma,
Derramando em calda,
A polpa." - ( da canção Caracajus de Chico César)
Me poupa de tanto sofrimento,
Minh'alma acalma no vermelho
de teus cajus lábios.
Essência minha derramada rainha.
Pequena 'Princípa' no principado
do meu reino falho.
Loucas louças quebrando em estalos,
do nosso sorriso saudade,
em que me olho agora frente a um espelho,
sendo minha maior vontade verdade,
saciar-me mais uma vez em teus frutos lábios.
escorrido no idioma bossa nova de saudade.
Vinicius Rocha-Brasil
Breve comparação
Mulheres são como as musicas de Chico, onde um simples objeto tem vários significados, que só o criador pode dizer com certeza o que ele significa já os homens são como as musicas de Mamonas Assassinas, simples e explícitos, todo que tem a mostrar esta ali diante de seus ouvidos, de longe parece ser apenas zuada uma confusão de palavras, mas é necessário apenas um momento de sua atenção para ver que aquela zuada faz sentido e tem profundidade.
Segredos e lendas do coveiro Chico Moura
Recordo com muita facilidade de todos os dias de finados da minha infância e juventude ! Dois ou três dias antes do dia 2 de novembro , começavam os preparativos ! Os Cemitérios ganhavam vida , isso mesmo , vida ! Ficavam floridos , jazigos eram lavados , pintados outros reformados , tudo ficava belo ! Eu morava no interior e na minha cidade há dois cemitérios , um no centro da cidade , e outro , um pouco mais afastado ! Eu visitava os dois ! Aproveitava pra vender velas e flores ! Por lá encontrava os amigos e familiares visitando os entes queridos , cada túmulo , um papo com alguém que por ali estava levando flores ou cuidando dos jazigos ! O clima era diferente , atmosfera leve , as conversas com tom sublime , o respeito era notável , nos olhos das pessoas havia um brilho diferente , as vezes eu queria perguntar o porquê da intensidade do brilho em seus olhos , mas não tinha coragem de perguntar ficava tímido , pois podia ser segredo delas ! As recordações acabam por vir , lembranças de historias , lendas e causos , alguns tristes outros engraçados , é recordado também a importância e a falta que a pessoa falecida nos faz ! Eu notava que a palavra que eu mais ouvia era “ Saudade “ acho que é por isso que há tempos acho essa , a palavra mais linda da língua portuguesa , foneticamente é maravilhosa ! Então eu aprendia muito nessas visitas aos cemitérios no dia de Finados ! Aprendi que devemos valorizar e muito nossos amigos , parentes , filhos , pai , mãe, avós , tios , enfim , todos do nosso convívio ! Pois um dia estaremos com uma rosa na mão e sentindo uma imensa Saudade ! Lamúrias , choro , em alguns momentos arrependimentos e claro saudade , era o que eu notava por lá ! O dia de finados serve também pra entendermos nossa história , pra sabermos que a morte é algo natural , e que começamos a morrer no momento em que nascemos ! Hoje sei o quanto é bom viver com intensidade , sem queixas , sem lamentos , mas sim , com muita vida , e que não devemos colocar idade na vida da gente e sim colocarmos vida em nossa idade ! Nesse dia de finados quero visitar os cemitérios , visitar meus entes queridos e também um jazigo de um homem que se chamava Chico Moura ! Não poderia deixar de citar um texto que li quando eu era Coroinha na Igreja , nessa época eu havia completado 12 anos de idade ! Quero compartilhar com vocês ! Autor : Padre Juca !
Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.
Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.
E a lembrança de nossos mortos, despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.
Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
Sentimos, quando mergulhados em oração, o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...
E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!
Bom , depois de recordar o texto do Padre Juca , vou contar um segredo aqui , segredo que guardo há muitos anos : Eu visitava os cemitérios , mas sabia que antes das dez horas da manhã as almas dos mortos não estavam por lá ! Então quem visita o cemitério antes das dez da manhã na verdade não visita ninguém , pois todas ás almas daquele cemitério estão na missa em homenagem á elas , nenhuma alma falta , todas participam , a missa sempre começa ás nove horas da manhã , do dia dois de Novembro , na Capela Nossa Senhor Aparecida ! Portanto eu só chegava ás dez e trinta , antes disso , não colocava os pés dentro daquele cemitério , sabia que não havia uma alma se quer por lá ! Lenda ? Talvez sim , mas , pelo sim pelo não , prefiro não arriscar ! Quem me contou essa história foi o coveiro que por mais de 30 anos trabalhou e morou naquele cemitério , ele morava com a esposa , não tinha filhos , sua casa ficava bem no encontro dos muros do cemitério , ao lado de um pé de manga Sabina , mangueira que até hoje ainda está por lá ! Ele me disse certa vez , que no dia de finados , ás 8 horas da manhã em ponto , na última das 8 badaladas do sino da igreja , tudo fica quieto , o silencio predomina , os pássaros param de cantar , os cachorros se escondem e um vento chega , esse vento começa brando quase imperceptível , aos poucos vai ganhando força , faz um redemoinho gigantesco e vai embora , isso tudo bem rápido , em minutos ! Esse redemoinho , são as almas se juntando para irem a missa , dizia ele ! Ele também me disse , que todos os túmulos que não era visitados por parentes ou que não recebia flores , ele pegava flores nos túmulos que recebiam muitos vasos , e colocava nos túmulos onde não tinha , fazendo isso , acabava com a desigualdade que infelizmente existe até após a morte ! Hoje , quando visito o cemitério visito o tumulo do seu Chico Moura , claro , levo flores , e coloco em cima do seu jazigo , ele morreu há dez anos , não há noticias de sua esposa , mas , o pé de manga ainda está por lá testemunhando muitas lendas e guardando todos os segredos daquele cemitério ! Se essa Historia é verdadeira ou não , o coveiro Chico Moura , levou esse segredo para o túmulo ...!
A cultura de dedicar um dia para homenagear os mortos varia muito de localização ou religião, mas segue os princípios do catolicismo, pois a partir do século XI, os Papas Silvestre II , João XVII e Leão IX passaram a exigir tal celebração !
André Junior - Escritor Literário
Membro - União Brasileira De Escritores - UBE - Goiás
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