Textos de Amizade- Marilyn Monroe

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voce sempre achou,
que eu poderia ser quem eu nao sou
ditando regras tolas e doidas
acreditando em coisas
me dizendo poucas e boas
mas vocce em mim nada mudou

meu passos cairam
e voce nao nem me deu a mao.
foi ai que eu aprendi sozinho
que solidao e pra quem sabe ser, sozinho
foi ai que eu aprendi
que solidao e meu maior castigo


mas meu mundo nao vai parar
vocce pode ir andando
caminhando so, ou com seu milhares de amigos, ao seu redor
eu nem vou nem ligar
eu vou trilhando meus passos
antes assim do que pior.
lembrar vocce agora nao vai ser melhor.


a vida e longa mas e curta
nao vou ficar aqui parado esperando o final
eu nao vou nem ligar.
meu amor e grande nao compensa chorar
outros cabelos pretos ha, nessa minas gerais, um dia outra vai me amar/
e eu vou me sentir como deveria esta.
ai sim eu vou ser quem eu mesmo sou.
ou quem eu achar.

Inserida por misaeldeandrade85

Quanto eu esperei, ansioso queria te ver,
E te falar o que há em mim, já não podia me conter,
Me decidi senhor, hoje quero rasgar meu viver e te
mostrar meu
Coração,
Tudo o que tenho e sou,
E por mais que me falem não vou desistir,
Eu sei que nada sou por isso estou aqui,
Mas eu sei que o amor que o senhor tem por mim,
É muito mais que o meu, sou gota derramada no mar
Quanto tempo também o senhor me esperou,
Nas tardes encontrou saudade em meu lugar,
Mas ao me ver na estrada ao longe voltar,
Num salto se alegrou e foi correndo me encontrar,
E não me perguntou nem por onde eu andei,
Os bens que eu gastei mais nada me restou,
Mas olhando em meus olhos somente me amou,
E ao me beijar, me acolheu num abraço de pai,
E por mais que me falem não vou desistir,
Eu sei que nada sou por isso estou aqui,
Mas eu sei que o amor que o senhor tem por mim,
É muito mais que o meu, sou gota derramada no mar
Quanto tempo também o senhor me esperou,
Nas tardes encontrou saudade em meu lugar,
Mas ao me ver na estrada ao longe voltar,
Num salto se alegrou e foi correndo me encontrar,
E não me perguntou nem por onde eu andei,
Os bens que eu gastei mais nada me restou,
Mas olhando em meus olhos somente me amou,
E ao me beijar, me acolheu num abraço de pai
Quanto eu esperei, ansioso queria te ver...

Inserida por CleKa

As pessoas que por nossas vidas passaram
deixaram marcas que jamais se apagarão.
Ficam guardadas na memória num
cantinho especial bem no fundo do coração.
Muitos sei que já se foram .
Mas sei também que muitos hão de viR.
A amizade é assim sempre está se iniciando
Mas é triste se um dia chega ao fim.
Eu quero uma amizade que
supere todas as barreiras através
da união, que demostre simpatia,
sorriso, alegria, afeto e atenção
O amigo de verdade compreende
e sabe o que o outro necessita e sempre
está disposto a ajudar
" Você vai conseguir" ,
"Vamos não desista"
"Estou aqui"
A amizade verdadeira dura até a
eternidade é um dom que vem de DEUS
É um presente em minha vida todos os amigos meus...

Inserida por Renata2104

Apaixone-se pela vida e o que ela tem a oferecer! Não deixe de sonhar. Corra atrás de seus objetivos. Conquiste suas metas profissionais. Viaje! Divirta-se! Apaixone-se!

Tentar é arriscar-se a falhar.
Mas... é preciso correr o risco.

Então, quando sua vida estiver próxima do fim, momentos felizes serão lembrados.

E você terá certeza de que VIVER é o melhor presente que poderíamos nos ter dado! (Cristiano de Moraes)

Inserida por hieissj

Do Alto Da Pedra

Encontro e sinto
Você é tudo o que sonhei
Não posso me conter
E mais que tudo eu quero ir
Uma vez que faz-me sentir alguém
É pra todo sempre
Não quero minha vida igual a tudo que se vê...

Em Você eu sei, me sinto forte
Com Você não temo a minha sorte
E eu sei que isso veio de Você

Do alto da pedra
Eu busco impulso pra saltar
Mais alto que antes
Bem mais que tudo eu quero ir
Uma vez que faz-me sentir alguém
É pra todo sempre, não quero minha vida
Igual a tudo que se vê...

Inserida por gilzelaine

Lutar sempre irei, ganhar talvez, mais desistir jamais irei

- Posso não ser a perfeita, mais concerteza as minha imperfeições me tornam única

- Se você me perguntar se eu prefiro: Uma lágrima um sorriso ou um abraço eu irei escolher a lágrima, pois o sorriso pode ser falso, o abraço é passageiro e a lágrima por mais triste que seja é verdadeira.

- Papai me ensinou que eu não posso chorar, mamãe me ensinou que se eu amar eu irei chora.

- Dizem que eu sou louca mais, louca eu não sou só não tenho medo de falar a verdade.

- Você pode me odiar mais o que importa é que eu te amo.

- Eu aprendir que na vida a gente cai, e tem que levantar senão passam por cima, mais se eu parasse para pensar quantos tompos eu já levei e estou viva, valeria até apena deixar passarem por cima de mim.

- Eu aprendi que oque eu demorei anos para construir eu posso, destruir em apenas alguns minutos.

- Eu aprendi que não importa oque eu diga mais se uma pessoa pensar diferente de mim eu nunca poderei mudar isso.

- Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.

Inserida por Arianedesouza

Soneto da perdição

Ando entre aqueles
que desdenham a luz do dia
O som de meus passos
ecoa ao longo de lúgrebes becos .
Ao fundo ouve-se
o grunhido de almas amarguradas
as quais pouco importa o que lhes reserva o destino
e pouco menos o outrora.
Forçam um bucólico sorriso
Ao repousar sua carcaça num canto qualquer
Ao lado de minúsculo poço de ilusão
E entre perdas e desleixos
Ando a procura de um canto
Para tentar te esquecer...

Inserida por Zecak6

Arrumo melhor a mala com os olhos de pensar em arrumar
Que com arrumação das mãos factícias (e creio que digo bem)
Acendo o cigarro para adiar a viagem,
Para adiar todas as viagens.
Para adiar o universo inteiro.

Volta amanhã, realidade!
Basta por hoje, gentes!
Adia-te, presente absoluto!
Mais vale não ser que ser assim.

Comprem chocolates à criança a quem sucedi por erro,
E tirem a tabuleta porque amanhã é infinito.

Mas tenho que arrumar mala,
Tenho por força que arrumar a mala,
A mala.

Não posso levar as camisas na hipótese e a mala na razão.
Sim, toda a vida tenho tido que arrumar a mala.
Mas também, toda a vida, tenho ficado sentado sobre o canto das camisas empilhadas,
A ruminar, como um boi que não chegou a Ápis, destino.

Tenho que arrumar a mala de ser.
Tenho que existir a arrumar malas.
A cinza do cigarro cai sobre a camisa de cima do monte.
Olho para o lado, verifico que estou a dormir.
Sei só que tenho que arrumar a mala,
E que os desertos são grandes e tudo é deserto,
E qualquer parábola a respeito disto, mas dessa é que já me esqueci.

Ergo-me de repente todos os Césares.
Vou definitivamente arrumar a mala.
Arre, hei de arrumá-la e fechá-la;
Hei de vê-la levar de aqui,
Hei de existir independentemente dela.

Grandes são os desertos e tudo é deserto,
Salvo erro, naturalmente.
Pobre da alma humana com oásis só no deserto ao lado!

Mais vale arrumar a mala.
Fim.

Inserida por usuario91037

CÓRREGOS DE EPIFANIA



Sinto Frida Khalo
Passear pela pradaria dos meus pensamentos:
Na tela de mim,
Ela pinta uma mulher sem rosto
Que faz verter sangue
Das tetas cor de rubro.


E do fluido vividamente vermelho
Assoma e fulgura
Um cavalo radiosamente negro
A trotar airosamente ligeiro.


Ele é um corcel
Que viaja sob o signo
Da velocidade da luz:
O colossal e galhardo quadrúpede
Traz impresso sobre o seu rutilante lombo
A imagem de uma velhaca águia gigante voando.


Ela, a águia,
Expele vórtices de fogo
E sorve o betúmico oceano caudaloso;
Ela, a águia,
Semeia espigas de ouro,
Colhendo para si o alcoólico dínamo suntuoso
E fomentando a fome para o infausto povo;
Ela, a águia,
E as outras magnas aves de rapina
Subjugam o mundo vivaz, pleno, maravilhoso
E deixam como legado
O caos, o crepúsculo, a dantesca mansão do vácuo para todos.





Ah, mas eu só pude sentir
A supernova do nosso milenar planetário
Quando a Frida Khalo
Fez da minha viagem
Á inefável esfera dos sonhos
Seu mais belo, eloquente e audacioso quadro novo.





JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Inserida por jessebarbosa1827

OUTRAS GALÁXIAS FORA DE MIM


Preciso prementemente
Fazer uma viagem para fora de mim:
Contemplar as paisagens exógenas sem fim,
Que bradam loucamente,
Ansiando acuidosamente
Por gente qual as leia, as fotografe, as narre,
As incorpore depois que as deguste
Com os dentes e a língua da mente.
Ah, a mente: o mágico lugar onde habita
A fonte da libertária vivacidade ardente, ígnea!


Não é que eu não saia;
Eu saio:
Tropego pelas execráveis alamedas
Do rolo-compressor, da perfídia,
Dos físicos e mentais desertos da reta irmanativa;
Caminho ebriamente
Pela estrada da vida bucólica
Como se o fauno fosse privado
De ser cultuado na Roma do Augusto Otávio;
Afinal, passeio pela avenida
Da estranha alegria estuprada e sofrida,
Mas sempre animosa, aguerrida da jocosa nação mestiça.


Ah, por que não proceder tal Sidarta Gautama
Que se tresmalhara das garras
Da inexpugnável fortaleza da patranha
Para esquadrinhar, conhecer a legítima face do mundo
Ao singrar as alamedas e ruelas da desesperança,
Que molda, cimenta, reveste, concreta
A antiga Índia sofisticadamente cibernética.







É, talvez eu devesse, como ele,
Abrenunciar á bem-querência
Que nutro ao egoísmo da matéria:
Pregar desprendimento, benevolência, humildade
E ficar concentrado por meses ou anos
Á sombra de uma árvore gigantesca,
A fim de que eu possa captar,
Me transformar na respiração
Da água, do fogo, do ar, da Argila-Terra-Planeta;
E, ao flutuar além das nuvens, da celeste abóboda da pureza,
Poder lograr o glorioso Nirvana:
A Extática Paz Imorredoura da Certeza!


Não, não tenho esta pujança:
Na verdade,
Sou fado malogrado,
Plenilúnio dos inválidos,
Criatura pusilânime
E o inexorável sol do vácuo
Continuamente amanhecendo radioso, soberano, impávido!


Finalmente,
Depois de horas a fio sob a sádica e sodômica luz da ilusão,
Sorumbático e desalentado,
Regresso ao cancerante conforto da minha egocêntrica mansão.




JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Inserida por jessebarbosa1827

POETA MINERAL
(ODE A JOÃO CABRAL DE MELO NETO)





Vicejara da sáfara, da pedra
Um girassol que se esconde
No túmulo do empedernido.


Odeia o transbordamento da cálida água:
Acha-a frívola;
Prefere a rasteira tapeçaria, o afagar
Da mão do cimento e a metálica alvenaria do parco gesto do engendro.


Pinta a grandeza da secura:
Exaltando a plasticidade que a molda;
O aquoso, mádido, translúcido e gélido fogo
Que flui na corrente sanguínea
Das estóicas coisas ou pessoas hialinas.


A poética da observação obsessiva,
Para ele,
É plena da mais sábia epifania:
Ela fica postada
No píncaro maior
Da visão cristalina, acuidosa, concisa, plástica, vítrea!














Não,
Ele não é exangue oceania.
Não,
Ele não é apenas a pétrea açucena que rebenta altiva.
Não,
Ele não é tão-só o penedo, o ferino espelho, o Cerrado,
A Caatinga, o Sertão sem lua nem estrelas, a acrimoniosa SINFONIA.



Não mesmo, meus queridos amigos.
Na verdade,
Embora ele, quando vivo, veementemente refutasse,
O líquido poeta degusta sim o lirismo:
O lirismo presente na contemplação sóbria,
Onde os indistintos matizes do invisível se realçam;
O lirismo contido na profundidade que aflora
Da imagem da viril leveza do andaluzo toureiro
Ou da acre imponência da pernambucana e betúmica cabra;
O lirismo que se denota na narrativa da fluência de um rio
Ou que se ressuma na fluidez da serena revolta
Ora dum povo severino, ora duma gente maganês,
Que ama, apesar da dureza da navalha,
Deverasmente a sua lavra.


Ah, mais do que nunca eu acredito
Que o árido bardo, compositor da ode ao sol albino,
É, de fato,
Um radioso e magnífico
Poeta lírico!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Inserida por jessebarbosa1827

A PROSPECÇÃO DA PAISAGEM



Quando deixamos de ser etérea manhã,
Ainda no átrio da estrada,
Tornamo-nos presa
Da fome precoce do inexorável ocaso:


A latitude do céu,
Que pensávamos infinita,
Revela-se cria de um universo volátil.


Ah, e o nosso mar nos mostra
A sua lídima índole:
A ferocidade do vórtice do ódio
Aflora-lhe do bojo,
Domando progressiva
E plenamente
Todo o seu aqualino corpo.


A terra,
Que compõe a nossa pele,
Liquefaz-se em córregos do pus
Incarcomível:
A chaga se transforma
Em um novo tegumento,
Agora, irremovível!


Então o que reina
É uma paisagem de água:
Empedernida, rocha insoçobrável,
Mármore entalhado no oceano da passional sáfara.



JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Inserida por jessebarbosa1827

A ASSASSINADA ALAMEDA DA PAZ



Uma estreita faixa de terra
É a senha para uma insana
E sangrenta guerra.


Uma estreita faixa de terra
Apreende, fustiga, coagula
Dois infinitos Rios opulentos de cultura
Que o ódio segrega, fere, lancina, macula!



Uma estreita faixa de terra
Transmuda antigas presas
De dantescas, hediondas
E gasosas sepulturas
Em magos da fotossíntese da era medúsica.


Uma estreita faixa de terra
Operou uma metamorfose:
Comutou a telúrica pátria,
Vestida da indumentária da vangloria,
Em destinos errantes
Ou velada, curda, insone cercania,
Povo sem nenhuma alvenaria!


Uma estreita faixa de terra,
Ao criar diretrizes, dínamos, vetores para o caos,
Fez de desesperados e raivosos apátridas
Guerrilhas que veem, na religião
Ou na provocada morte,
A mais poderosa e oportuna locomotiva
Para o lucrativo bélico lob.




Uma estreita faixa de terra
Um lugar onde a flora do respeito não prospera
Uma seara em que há pretéritas eras morrera o trigo da razão
Uma plaga adorada, filha do Meso-Oriente Tapete-Sultão,
Onde o dogma do ódio soberanamente impera, é eterno furacão!

Inserida por jessebarbosa1827

PRECISAMOS É SEMEAR E COLHER
O PERPÉTUO JARDIM DA LIBERDADE



Que assome e refulja,
De novo e para sempre,
Sobre o nosso lúgubre
Firmamento deverasmente flagelado e doente,
O sol que nos recobre
A ametística lucidez perene:
Esta, confinada no calabouço
Da também presidiária mente,
Fica sofrendo inócua e impotente.


Ah, mas sequiosamente espero
Que ele consiga suplantar e aniquilar
As onipotentes, as gigantescas
Muralhas soníferas que o hibernam na caverna
Da moleza, do dissabor, da misantropia
Para poder trazer consigo
A preciosa chave da salvadora e onisciente epifania:
A consciência de que somos a metamorfose contínua,
A fluência e a ígnea força coletiva,
A fonte e o magno centro
Da gravitacional energia pensativa!



Retesemos a idoneidade
De dizermos não á sujeição:
Tornemo-la incoercível!
Façamos a Revolução
Contra a capital sedução:
Sejamos do anel da vontade
Dignos!
Deponhamos as Metrópoles
Do sólio da tirania,
Depois, arruinemos a própria tirania
E os destruamos com o Cetro
Da Augusta, Indômita e Lídima Ventania!


Ostentemos o valor e o imensurável estadão
Da sofrida maioria:
Sejamos o Popular Poder Indestrutível!
Erijamos infinitas cordilheiras da inexorável honestidade
E de vácuo do ego insuflado
Que funcionem como a Andrômeda dos Exílios:
Remetamos para lá
A Asquerosa Banda Podre dos Políticos!
Não feneçamos mais no mental pelourinho eterno dos cativos:
Tomemos, Componhamos, Orquestremos, Rejamos
A Música que, Imperiosa, controla
As rédeas do nosso Pégaso-Destino.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Inserida por jessebarbosa1827

O Idiota Do Amor

Esse coração volátil e incoerente
carente, doente e desistente
Foi corrompido pelo amor
demônio de mil faces oblíquas

Fica besta de uma maneira mórbida
chega dar compaixão, doentio
Ele não sabe o que faz, coitado
Insalubre não sabe o que faz

Sabias tu, que se não existisse
faria muitos felizes?
Felicidade não depende de você
faz dos seres capachos da vida

Você é o parvo que mais me apovora!

Inserida por pitypintada

A EXPEDIÇÃO DA PALAVRA


O engendro engendra a pedra
A pedra pedra a escolha
A escolha escolhe a relva
A relva relva a aventura
A aventura aventura-se na caverna


A caverna caverna o quadraçal
O quadraçal quadraça o granito
O granito granita o alimento da História, o desconhecido
O desconhecido desconhece o ódio contra o desejo


O desejo deseja o idílio
O idílio idilia o clarão
O clarão clareia a vitória da irmanação
A irmanação irmana-se á celebração
A celebração celebra a desgraça
A desgraça desgraça a solitária
A solitária solitaria a miséria
A miséria miseria o esquife
O esquife esquifia a opressão
A opressão oprime a tranca
A tranca tranca a paixão
A paixão apaixona-se pelo tecer do cérebro
O cérebro cerebra o criatório da mente
O criatório cria a chama
A chama chama a mão
A mão manipula a caneta
A caneta caneta a mágica
A mágica chamada PALAVRA.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Inserida por jessebarbosa1827

A ESPORÁDICA MAJESTADE DO INCOMUM




Há dias que a retina não controla
A projeção de imagens.
Há dias que a urina infunde
Á leve menção do simples laivo da vontade.
Há dias que a doce e inócua brisa
Escalavra cruelmente a face.
Há dias que a noite
É contínua manhã incólume: a aderente Paisagem!
Há dias que a Escuridão é a alameda
Onde reside a foz de toda a universal verdade.
Há dias que o dia
Aparenta ser fluxos e refluxos de miragem.
Há dias que o Poema
É o mais etéreo plenilúnio da Vacuidade
Há dias que a latitude e a lembrança
São o mais edaz epicentro da saudade.
Há dias que o ser concreto
São os sortilégios de Mérlin, Iemanjá,
Baco, Amon-Rá e o Hades.
Há dias que o Poeta
É corpo sem Verve, a terra sem Verbo: A Vácua Viagem!
Há dias que a guerra
Sucumbe ao sopro do vento da Amizade.
Há dias que a Porta
Não é uma mera passagem.
Há dias que o sofrido povo
Não é miríade e sim, O Principal Personagem.
Há dias que a Poesia sonha
O sonho de ser o Graal da IGUALDADE!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Inserida por jessebarbosa1827

O tempo passa para aqueles que estão parados
O tempo é o remédio daqueles que estão em ação
O tempo é a certeza daqueles que vivem com amor
O tempo é a lembranção daquilo que passou
O tempo é a recordação dos momentos felizes
O tempo é aquele que a gente faz,
De alegrias ou de tristeza

Inserida por leninha6797

A NÉVOA DE PANDORA


Assentadas na colina pênsil sobre a selva de pedra,
Pessoas lançam seu olhar ao firmamento
E veem numa marcha frenética
Se aproximar delas a sádica névoa do tormento.


Os olhos transidos,
Como a injetar um ânimo febril no cérebro,
Esquadrinham particularíssimas congostas
Onde sabem que afloram escaninhos seguramente sombrios.


Alheia a tal ardil,
A névoa desprende de si
Diminutos cilindros de chumbo que descerram
Escarlates cataratas sem calma ou fecundam
Sementes, flores, florestas, floras do crepúsculo.


Quão, quantos
Cristais, Pérolas, Seivas potencialmente producentes
Que não serão
Carmelas, fulgurantes Auroras, Auréolas,
Diamantes de lume pungente, A Ébana Florescência mais Bela...!


No entanto, em vez disso,
Ela evoca tétricas noites diurnas
Que transformam airosas rosas betúmicas
E açucênicas aquarelas européia-iorubânicas
Em cálidas sepulturas.


Finalmente,
É assim a jacarandânica câmara de gás contemporânea...
É assim a aura da vil-metálica chama...
É assim que caminha a extrordinária e magnânima civilização humana!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Inserida por jessebarbosa1827

E ONTEM EU QUIS UM POEMA QUE NÃO PUDE CONCEBER
(ODE TOSCA A IBERÊ CAMARGO)


Ontem a paisagem
Do aroma da noite
Fecundou em mim
Um tênue fluxo dum poema.


Este fluxo carregava nas casamatas do ventre
A estrada para uma humilde hossana
A Iberê Camargo:
O mestre máximo do pincel
Que reinterpreta visceralmente
A visual realidade
Que, á primeira análise,
Se mostra vivente, a inconteste claridade incólume do sempre!


Ah, ontem á noite,
O meu ser de remendo
Quis enaltecê-lo,
Reverenciar-lhe o apurado e peculiar olhar
De transcendente acuidade,
Lançado sobre o aparente cenário em equilíbrio:
Para o geral ver,
Cegado pela síndrome de Narciso,
Completamente equacionado
Pela Matemática do humano tempo conciso.














Ah, como idolatro este olhar
Congênere da Ametista
Pois dirime a embriaguez:
Embriaguez que a insidiosa superfície
Do mundo externo impõe á vista
De um modo que bloqueia
Tão sutil e plenamente
O livre perceber que brota das mentes hominídeas,
Porque estas ancoram,
Embora inconscientemente,
Seu alado veleiro
No indestrutível porto da sageza
Do ecumênico solar desejo!



Então ele fita claramente
O incessante novelo de conflitos
Progredindo-se por debaixo da derme
Do onipresente embuste eloqüente, corrosivo!
E depois que se alimenta deste drama,
Um universo em contínuo colapso,
Vivenda em chamas,
Devolve-o íntegro, desprovido de sofismas:
Rebento do incorruptível imaginário antropofágico!
Sim, a AMETISTA EXPRESSIONISTA
Faz com que o rosto da verdadeira humana estética
Seja revelado:
Sem o adorno da airosa flor do eufemismo
E sem a indulgência que emana
Da mão estendida pela cênica sensatez residida
No alegre tremular da bandeira da trégua
Entusiasticamente anunciada, bramida!











Ah, entretanto,
O poder de captação de Iberê
É muito mais ancho:
É capaz de nos expor
Toda a densidade da latitude
Contida na pungência da tristeza,
Escondida na álacre corpulência
Do rosto de uma pessoa-oceano.


Não, eu não pude compor o tão sonhado poema:
Melancolicamente,
Naufraguei-me no mar da cara empresa.



Ah, tenho raiva, tenho pena
de não ter podido seguir a sua feérica estrela:
Não erigi versos brancos
Nem versos que sorvessem
Da fonte onde deitam
A rima pobre e a opulenta.


JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Inserida por jessebarbosa1827