Textos de Amizade- Marilyn Monroe

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BEIJA-FLOR

Beija-flor, meu pé de amor-rosa
Murchou, secou, morreu
E na funda e infértil cova
Um espinheiro nasceu.

Beija-flor perdi o cheiro
Das minhas pétalas orvalhadas
Fiquei só sem bom proveito
De sonhar nas madrugadas

Beija-flor estou em luto
E fechei meu coração
Não procuro e nem busco
Pra viver, uma razão.

Beija-flor vem me ensinar
A procurar novo jardim
Sem um amor-rosa pra cheirar
Minha dor não terá fim.

Inserida por elenimariana

Capital mais que INICIAL

Sou homem já feito
Do Brasil eleito
Cantador maior.
Mas já fui pequeno
Pelejei
Vaguei de porta em porta.
Hoje sou "palqueiro"
Mas já fui terreiro
Jogando gude
Peteca
Um guri sapeca
Levado da breca.
Já bati com a cara no muro
Do mercado exigente
Hoje os holofotes me iluminam
Sorridente
Com os dentes tratados
Mas já fui telhado
De vidro partido
Hoje sou fluído.
De luzes coloridas.
Onde eu vim parar
Cantando pro mundo eu venci o baixo astral
Já fui quase nada
Hoje sou um Grande Capital
Mais que Inicial.
Voo de classe primeira
Durmo na suite presidencial.
Porque de menino
Virei homem grande
Virei na verdade um grande capital
Mais que Inicial.

Inserida por elenimariana

Fogo Fátuo

Fogo Fátuo
Feito foto
Fotografa
Fere e foge
Olhos. Molhos
Brotos rotos
Brotos novos
Brotos outros
De amor.
Fogo Fátuo
Fere e foge.
Só não fere o meu amor.

Fogo Fátuo
Fulgurante
Feito fonte
Descerrante
Fogo Fátuo
Fulgurante
Não atinja
Meu amante.

Fogo Fátuo
Restos mortos
Te acenderam
Fogo Fátuo
Vivos medos
Me devoram
Me consomem
E me apagam

Fogo Fátuo
Festejante
Celebrante
Com esplendor
Fogo Fátuo
Delirante.
Ô, devolve
Meu amor.

Fogo Fátuo
Atrevido
Aparecido
Faz aparecer
Pra mim também
Um grande amor.

Inserida por elenimariana

O LADO BOM DA VIDA

O lado bom da minha vida?
Segredar-te-ei.
Salto; danço; canto e rio
O meu salto é triplo
No sentido exato da palavra.
Ele tem a altura, a largura e o comprimento
Da minha alma em delírio.
A minha dança é compassada
Ensaiada. Milimetricamente ritmada
Com as batidas do meu coração enamorado.
O meu canto é suave.
Tem a melodia da vida que escorre
E revolve as profundezas do meu ser.
E meu riso é um rio
Caudaloso
Não é temporário não senhores.
É perene.
E ressoa no infinito
Como um grito
De alegria.
E de liberdade
Do pensar
Do viajar nas asas
Dos sonhos
Sou a eterna viajante
Do Universo.
O meu verso
Eu o trouxe das estrelas.
Sou uma intrusa
Não sou daqui.
O lado bom da minha vida?
Ah! Ela é toda boa.

Inserida por elenimariana

Poemar

Sou um poema
Composição de um tema
Que o Universo teceu e esqueceu
De rimar, ou não o quis
Por pura delicadeza.
Por ser menos rígido
Tem mais leveza.
Com a liberdade de palavras
Que não se casam
Nasci livre como uma deusa
Meus pensamentos voam
E navegam sem serem interceptados
E o tempo tem sabor de eternidade
Minha vida, eu sei, irá se repetir
Indefinidamente
Copiando
O infinito.
Assim, sou no todo um único verbo
Da forma infinitiva
Construído só pra rimar,
Um neologismo:
Poemar

Inserida por elenimariana

Simbiose

Tem uma menina dentro dos meus olhos.
Metade rosa, metade beija-flor
Ou ora uma, ora o outro dança
A música da vida cheia de fervor.

A menina é risonha e devotada
É uma réstia de luz do pôr-do-sol
Enamorada pelo amor, extasiada.
Baila ao som da flauta em serenata.

É ave, é som, é luz, é flor.
Há muita vida dentro da menina
Que ri e ama em profusão.
No meu olhar vive uma menina
Metade cérebro, metade coração.

Dentro da menina há um sonho
A menina me pede pra sonhar com ela.
O sonho me pede pra viver por ele
A menina e o sonho
Entrelaçam-se e se abraçam
E seguem inseparáveis pela vida.

Inserida por elenimariana

Anciã adolescente


Amo porque já me não basta não amar.
Não me encontro na idade do tanto faz.
Tanto que corro, corro nada, voo pra alcançar
Algumas sobras que o tempo, à vezes, traz
Plantei gerânios no meu jardim outonal
Pra garantir uma nova primavera e lá vem ela
Carregar de esperanças o meu mundo plural
E difundir a minha arte numa tela em aquarela.
Misturo todas as cores num abusado devaneio
Sem medo do ridículo, sem receio.
E me pego fazendo estripulia, quem diria?
Eu fosse perder a compostura depois da formosura.
E virar uma idosa ateia e inconsequente.
Uma mulher meio anciã, meio adolescente.
E brincar de namorar o menino sol-poente.
Numa ciranda de “ensina-me a viver”.
Flertar com o garoto que trata da outra
Idosa. Quer saber?
Vai cuidar de mim também um dia.
Hei de encontrá-lo ainda assim meigo e
Eu, serena
Pra ouvir meu coração no descompasso batendo
Aflito de amor.
Seja como for.
Irá sorrir pra mim, mesmo que por pena.

Inserida por elenimariana

A Cotovia

Minha alma se assemelha à cotovia
Que canta prenunciando a esperança
Em tal efeito se derrama em primazia
Do saber ser um Ser cheio de bonança.

De boas novas, anunciadora para todos
Quem tem ouvidos afinados para ouvi-la.
Entretanto está só e em doces modos
Reparte primavera sem sequer usufruí-la

Prossegue seu voo solitário "despareada"
Seu canto inebriante, no entanto, entoa
Derramando sua alegria tão preparada
Pro banquete festivo da vida que povoa

Pradarias repletas de seivas que florescem
Debaixo dos seus olhos. E neles não refletem
Outro servil e companheiro, pois fenecem
Seus amores todos, que nunca se repetem.

Pobre cotovia que cantando implora
Um ser semelhante pra lhe acompanhar.
Irá morrer só a qualquer hora
Sem jamais ter tido um par.

Inserida por elenimariana

A Loba da Estepe

Sabem aquela loba solitária da estepe
Que uiva para a lua em agonia?
Fugiu-lhe o companheiro e recrudesce
A dor. Eis no chão, já morta, sua cria.

Está sozinha na noite densa e tenebrosa.
O vento sopra seu lamento à freguesia.
Que não se importa com aquela desditosa
Por não serem pares, lhes negam companhia.

A loba, leitores, sou eu.
A noite, é a vida, longa e sombria.
O companheiro era meu sonho
Que me abandonou no meio às tempestades
Daí, fiquei vazia.
A esperança jaz morta, era tudo que eu tinha.
Minha irmã, minha mãe, minha filha,
Era a cria.

Inserida por elenimariana

Muito de Mim

Assim não menino.
Tão perto de mim com esse cheiro de amor
Provocador que arrebata
Minha alma e vôo
Para um paraíso onde tenho pouca idade
E a beleza de uma deusa
Por que fizeste isso?
Passar da linha de segurança para ti.
Atrevi-me em cheirar os teus cabelos
Mais não pude.
Seria queimada viva na fogueira
Acesa por minha própria consciência.
Por ser tão despudorada.
Retira, pois, de mim, esse olhar que inflama a minha dor.
Senão, eu vou por ti, morrer de amor.
O tempo dilatou o meu juízo
E cabem nele tantas travessuras
Que tenho receio de que sobre para ti
Muito de mim.

Inserida por elenimariana

Eternamente Amor

Meu amor primeiro partiu
Examinei meu coração pra ver
O tamanho da ferida.
Enorme. Maior que eu podia considerar
Tantos anos depois da nossa separação.
Tenros anos aqueles. Inocência genuína.
Dormíamos, quando ia pra sua casa
Em quartos contíguos
Parede de tábuas
Um buraquinho na madeira
Dedinho colocado ali como se fora
Aquela passagem feita só para isso
Receber o carinho da minha mão
Alisando-o.
Sua irmã, minha amiga era nossa
Cúmplice.
Virava de costas para mim sorrindo
Amadrinhando a nossa relação
Eu no canto da cama. Vira-me para a parede
E ficávamos até adormecer roçando um dedo no
Outro.
Às vezes me atrevia e abarcava aquele
Médio com a minha mão inteira.
Quente. Apaixonada.
Seu pai me apresentava pra todo mundo
Como nora sua.
Fizera ele próprio aquele furinho para seu filho?
Jamais saberei.
De qualquer forma, agora dói demais aceitar.
Que a vida tenha separado
Um amor que poderia ter rompido
E vencido o tempo como agora
Vence a morte.

Inserida por elenimariana

DESVALIDAS MENINAS DE CHIBOK

Infelizes
Mulheres de Chibok
Que caíram nas mãos do grupo Boko Haram e
Foram
Extorquidas da sua liberdade
De escolha.
Musas de Borno,
Destituídas do direito de ir e vir.
E sonhar com o olhar que cativa e chama
Pra ser feliz
Meninas nigerianas expostas
Como pedaços de carne e viram
Depósitos
De espermas de seus senhores.
Moças que serão transformadas em servis meretrizes
Talvez esposas, mas sem a chama da conquista.
Perdem o desejo e vão caminhar com o coração carregado
De mágoas. Nunca mais o noivo
Esperado e sonhando nas noites molhadas
De sereno.
Vão se tornar nas mãos de algozes vis
Garotas de programas.
Anagramas mal decifrados.
Esfarelados
Seus ideais de mães.
Extremadas.
Despojadas das vestes e ventres
Belos que ansiavam ser
Devorados por querer em cios afoitos.
Desejosas de serem possuídas e possuir
Não celebrarão nunca mais.
O sabor do existir.
No belo formato de princesas.
Extinto
O fogo que se ascende somente no jogo
Das levezas
Jorradas nas fontes de ternuras
E branduras de úteros e ou almas femininas.
E nunca mais serão as mesmas alegres meninas
Triste sina
Agora, apenas serão
Pobres e desvalidas meninas.

Inserida por elenimariana

Pássaro Migratório

Meu coração é um pássaro migratório

Que quebrou as asas e o bando o abandonou

No meio de um denso e sombrio pantanal

Cá debaixo olhando o festival

De revoadas, chora a solidão num ofertório

Das penas traiçoeiras que castrou

Seu voo. Sua busca de um lugar revigorante

Pro acasalamento de corpos e de almas

Já não basta.

Chorar. A dor é tão pungente

Que se alastra

E ele, se enrodilha e de repente.

Prostrado se despede da vida.

E agradece a tristeza tal qual cobra

Que o devora vivo e o socorre

Do tédio de ser só

A aguda agonia despedaça e o dobra

Ai, ai, e é com prazer que ele expira e enfim, morre.

Inserida por elenimariana

A Minha Espera

Caminho solitária porque minha estrada tem

Bordas de sonhos

Que penetram nelas apenas quem escuta

A minha voz que não solto

Em palavras.

Elas se espalham com o vento

Na leveza das plumas alvas

Da minha alma

E se alguém ouvi-las

É porque entendeu que a minha escada

Espiralada

Tem degraus construídos de emoções

Todas nascidas de uma vontade

Suprema de estar só

Pra esperar o que ainda não decifrei

Não reconheci de meu

E espero fazê-lo

Num único olhar

Que irá tragar o meu eu e

Entranhada nas entranhas desse amor

Não causar estranhezas para o Meu Amado

Inserida por elenimariana

MEU CORAÇÃO
Olhar com os olhos do coração é permitir que o meu coração seja personificado, ele tem mãos que apertam, tem olhos que acalentam, firmes, mas que acalentam. Existem corações que abraçam a gente com o os olhos. Sentimos seu calor. Certa vez pediu-se para trocar um coração novo por um velho. Ao que tinha o coração novo se gloriava de tê-lo sem marcas, lisinho, vermelho viçoso. O outro coração, com marcas profundas, cicatrizes bem aparentes e que este perdeu até a forma de "coração". Mas qual o melhor? O mais belo coração? O lisinho e viçoso não pode ser este, porque não viveu o bastante, não carrega marcas da vida que o fez fortalecer, ressurgir, que o fez coração de novo. Marcas de um amor que não veio. Marcas de um amor que se foi e que não volta mais. Marcas de um pedaço que foi levado e que ainda sangra. Marcas de um coração que insiste em bater porque dá o prazer e satisfação de trabalhar que embora o amor lhe tenha sido tirado, ele ainda ama seu dono, o dono que sofreu junto com ele, que massageou o peito onde ele vive e que disse muitas palavras de consolo e acalentadora para o acalmar. Esse coração que ainda persiste é o mais belo, por sua lealdade, uma generosidade que poucos vinheram conhecer e que outros não terão essa chance. Um coração que tenta demonstrar um amor desmedido, mas que suas marcas não o permitem, porque dói sofrer e ele não aceita mais entristecer seu dono e não quer que ele leve suas mãos para massagear seu amado peito. Acredito nele, cheio de marcas e cicatrizes que o torna um leal vencedor.
Antonio Marcos De Souza

Inserida por AntonioMSouza

HOMEM

Autora: Ednaide Gomes de Paiva

Um ser, um livro de poucas folhas, mas de muitas edições... Aos poucos sua singularidade se revela, de forma um tanto obscura, no entanto com uma intensidade espantosa. E como toda história carrega vários contextos, o Homem, o livro de várias edições é rico, seus argumentos são absolutos quando o assunto é seu antônimo, o Belo. A beleza que encanta seus olhos nem sempre é a mesma que o preenche, mas aquela que soma a dele é a essencial.

Esse ser, esse Homem, apresenta-se em palavras, surge como um mistério e fica como uma tatuagem, esse ser, esse homem parecia está em extinção, o mundo “moderno” engole, confunde, aprisiona sua verdadeira personalidade, é necessário um tempo, uma oportunidade para deixá-lo se mostrar verdadeiramente. Antes, visto como um caçador, aquele que busca o que almeja o caçador de sonhos, o caçador de desejos, o caçador do “belo”. Hoje, é pego de surpresa, não percebe a fortaleza de sua presa, aos poucos o que devorou, deglutiu, tornar-se-á parte e unicamente dele, não haverá caça nem caçador, mas o amor... Amanhã, como é incerto, o silêncio é a melhor resposta.

Inserida por EliasTorres

Amor no presente

Espargindo gratidão
Minha alma está neste momento
Para os todos os passantes
Que dantes
Disseram não para esta caminhante.
Não foi em vão
Que sozinha trilhei pela sombria estrada
Da vida.
Estive só não sem razão.
Estavas no futuro, que no momento
Se fez presente.
Não tinhas como ir buscar-me no passado.
Pois na sabedoria do infinito
Tudo é milimetricamente programado
E de repente,
O Universo responde ao meu apelo.
E toda a agonia agora transmutada em alegria.
Renasço como um fênix, em zelo
De toda a conspiração magnética
Dos astros,
Deparo-me no teu amor.
Dentro dele.
E inundada com essa verdade.
Celebro a minha deliciosa realidade.
Foi por ti que cheguei até aqui
Livre
Solta pra cingires meu corpo com teus braços
E no teu olhar pausar a minha história.
E reter-me neles pro resto das nossas vidas.

Inserida por elenimariana

Inocências Feridas

O meu olhar,

A minha voz

O meu grito mudo de dor.

O meu eu aflito

A minha inquietude

A minha prece

Vão hoje para as crianças.

Que padecem

Por conta do maltrato,

Dos adultos perversos.

Crianças vítimas das guerras

Das pestes

Da fome

Da exclusão social que extermina seus sonhos

Suas cirandas.

Suas esperanças

Filhas de uma sociedade egoísta

Que nem as migalhas da sua mesa é capaz de repartir.

Dos governos soberbos e tiranos

Desumanos

Que se autodenominam salvadores

Enquanto roubam e mentem,

E se enriquecem

Enquanto apodrecem

Nas ruas e nos lixões

Crianças indefesas.

Que salivam atrás de uma vitrine

E expelem vermes

Enquanto se espremem

Em cubículos ínfimos

Do tamanho das consciências dos governantes.

Nas favelas.

Expostas às dores

Maiores que suas almas.

Enormemente maiores que a nossa bondade.

Inserida por elenimariana

Amor Imenso

Assim que entrei no teu radar

Eu soube

Que nem precisaria te olhar

Pra descobrir a nossa comunhão

De almas.

No entanto, mirei teus olhos

E me surpreendi com a magnitude

Do teu amor.

Compreendi que eu poderia

Raspar minha cabeça

Arrancar todos os meus dentes.

Perder toda a carne de meu corpo

Apresentando-me em pele e osso.

Descalça com os pés rachados e encardidos.

Roupa rota

Dessa maneira eu ainda caberia dentro do teu

Propósito de amor.

Então celebrei

E meu coração não parou mais de dançar.

Inserida por elenimariana

Miligrama de verso V

Eu te fiz uma proposta:
O de sermos um romântico par na longa caminhada.
Refutaste sem nenhum pudor de me ferir.
Fizeste bem
Se seguíssemos meu ritmo
Ficarias entediado com o meu vagaroso e singelo caminhar.
Se seguíssemos o teu
Eu ficaria infeliz por não conseguir te alcançar.

Inserida por elenimariana