Textos da Grandeza do Senhor

Cerca de 20541 frases e pensamentos: Textos da Grandeza do Senhor

choverando
canta gota do céu corrente
chuverando o chão ressequido
em sonatas vorazmente

canta para o sono embalar
nina com sua água vertente
banhando o cerrado a sonhar

canta a canção das águas
mata a sede inteiramente
e leva contigo as mágoas

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro

hoje

hoje uma quinta feira
no cerrado hora primeira

o vento soprando
a alma se calando

hoje, tem entardecer
o dia pra viver

um segundo de cada vez
e outro talvez
hoje!

num balé de paradigma
só pra hoje!

Amanhã outro enigma!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano

Poesia do amor

Deixe-me imaginar
Sorrisos no ouvido
Abraço em forma de laço
O calor da tua voz, murmurado
No meu olhar atento, no compasso
Do passo das batidas do coração
Do meu, do seu, onde cada pedaço
Nos faz um todo na emoção...
Deixe-me sonhar, num só traço
Que liga o meu eu a sua paixão.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 - Cerrado goiano

Fotografia e lembrança

Um dia o hoje será um instante
Perdido nas lembranças do ontem
Os sonhos pareceram distantes
E o passado aquém...

Restaram os perfumes das flores
Da mocidade perdida no tempo
Em confusas paletas de cores
De um fado em seu andamento

Um dia fará falta e vira a solidão
Lá da porta onde vimos a vida passar
Os lamentos nos ouvidos secarão
E a saudade vai nos abraçar...

Um dia seremos fotografia e recordação!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
fevereiro de 2016 – Cerrado goiano

poente no cerrado

encarnado
sob o mesmo valsar
o dia vai sendo arrancado
por seres alados que se põe a pintar
os sons das cores ali ilustrado
pros sensores apagarem, e vir o luar
num só tom, escrevo, todo arrepiado
neste silêncio que faz poetar
o poente no cerrado...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26/03/2016, 18'25" – Cerrado goiano

Abandono

Depois de teu olhar triste
Nada mais se alegrou sem você
A noite se fez dia, quando partiste
E o sol se disfarçou de lua em turnê
O relógio parou naquele momento
Cada segundo de dor era clichê
De saudade, de solidão, de tormento
A poesia ficou sem poeta, à mercê
As ruas sem calçadas, sem pavimento
E a vida, ah a vida ficou sem você
Depois que partiste, olhar triste.
E eu aqui no abandono do porquê.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/03/2016, 16'33" - Cerrado goiano

Elevação

Chega um tempo, que as prioridades são outras
O beijo na boca, a paixão desmedida, é bom, mas a vida metamorfoseia
Os sacolejos, quedas, subidas, descidas, trazem ouras
Aí o silêncio, a cama redolente, a pegada na areia

São os reais sentidos

E este tempo, traz horas, eternidade
Amenizando os minutos feridos
De desigualdade
Então, só se quer pensamentos perdidos
Um abraço, o ombro simplesmente para chorar
Dando a alma sentimentos sem conflitos

Quietude

Sem dizer nenhum termo
Só querendo solicitude
Tal qual necessita um enfermo
Ter uma presença amiga
Com sorriso, neste momento ermo

O tempo de alguém nos presentear com uma cantiga
Musicando o inesperado
E neste apoio a vida prossiga
Com esperança, e não o sentimento de estar abandonado

Um gesto apenas
Um olhar, que diga, você é amado
Acariciando suas melenas
Ao seu lado

Chega um tempo, que o que vale são as afeições do céu e pouco as terrenas...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05/04/2016, 05'30" – Cerrado goiano

SONETO SAUDOSO

Choro, ao pé do leito da saudade
Que invade o corpo sem descanso
Se fazendo de fiel cordeiro manso
E a agrura numa brutal velocidade

E vem me trazer recordações, afeto
Tão apetecida em tempos outrora
Agora na ausência, lerda é a hora
E cruel a minha emoção sem teto

Chorei, choro por esta separação
Neste fado dessa longa despedida
Que partiu a vida daquela posição

Se eu, tenho na sorte malferidos
Aqui sinceramente peço perdão
Movidos nos desfastios vividos

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06/04/2016, 21'00" – Cerrado goiano

O cerrado pede socorro

O cerrado é árido é dissonante numa certa harmonia
Te engole os olhos com a boca ávida de melancolia

O cerrado é plano por todo lado, torto e desencontrado
Neste desajeito pedregoso, espinhado, o êxtase é espetado

Cerrado ao longe provoca ilusão, maravilha o sol e escorre o calor
Tuas árvores e teu desencanto trás encanto e é sedutor

Cerrado de vasqueira água, fica deitado no lençol aquífero
Nestes poros transbordam renascimento e galhos frutíferos

Cerrado espesso, pele grossa e contradição
O homem e sua cruel mão, pinta na terra a tela da devastação

Destes campos velhorro
O cerrado pede socorro!

Cerrado não é cidade
É patrimônio da humanidade.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/042016 – Cerrado goiano

Gostar

Ao falarmos de coração
Vem o amor na fila
À frente, logo ali, a paixão
E todos sem apostila

E nesta expectativa, o par
Ah! Quanto desencontro
Desafios e bailes a bailar
E muito, vários contro

Sonhos? Todavia

Sem meias medidas, intenso
Perder ou ganhar, romaria
Num diverso bem denso

E nesse avesso, o implexo
Onde está o nosso existir
E a ceva do nosso plexo

Dos prelúdios
Lúdicos

Do sonhar
Do apaixonar
Do amar

Entornados pelo ar...
Assim se vive, assim é gostar.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 de abril, 2016 – Cerrado goiano

termo

meus poemas são meus olhos
falam com o juízo do coração
na alma destrancam ferrolhos
enferrujados pela corrosão
dos desprezos e embrulhos
dos enganos da emoção
e mesmo assim,
entre rimas de dor
que escrevo sem fim
teimo nas estórias de amor

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Abril, 2016 – Rio de Janeiro, RJ

Desfolhos

Do outono no cerrado e seus desfolhos
Minha saudade caia ao chão fragoso
Do meus ásperos e mirrado tristes olhos
Em tal lira de verso aflito e rancoroso

Nos ventos secos e enrugados chiavam
Os gritos da noite numa solitária canção
Onde lembranças aos astros clamavam
Esmolando do silêncio alguma atenção

Só um olhar neste brado de compaixão
Um olhar, um eco, uma mão...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/04/2016, 18'00" – cerrado goiano

Abjurar

Desejo não mais desejar
Como se fosse corredio
De fácil sentença, aceitar
Só de imaginar dá arrepio
Faz a alma regurgitar
Assombro, melancolia
Na especiaria do amar
Desejar independe do desejo
É cobiça, sede, é frescor
Nunca abjurar o almejo
Pois no desejo se tem amor

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23'08", 10 de agosto, 2012 – cerrado goiano

Eu, a poesia e o cerrado

Com os cascalhos do cerrado
e as saudades em entrelinhas
eu alicercei o meu versado
em sulcadas poesias minhas

e no horizonte além
deixei os meus sonhos
junto ao entardecer, porém,
não foram olhares tristonhos

nem sei bem se eram fados
ou lamentos do árido viver
só sei que eram suspiros calados

mas nas trovas tinha o querer
tinha poemas alados
tinha eu, tinha zelo, tinha o crer...

(também, tinha
o poeta mineiro do cerrado
em versos apaixonados.)

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio, 2016 – Cerrado goiano

oposição

agora,
que a distância virou saudade
os amigos viraram outrora
e o cerrado extremidade
das bandas do meu poetar
a solidão tornou-se traição
na enzima
na inspiração
da trova, sem estima
de uma rima menor...
Em opor,
pude encontrar na poesia
iguaria, suor, rubor
e companhia...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
maio, 2016 – Cerrado goiano

Certa vez me perguntaram ; o que falta em nossos Cultos ?
na verdade, disse eu ; somente uma única coisa falta; A presença de Deus!
Se Deus estivesse em nossos cultos eles seriam totalmente diferentes de como eles tem sido, os milagres aconteceriam, os nossos cultos só são fracos porque Deus não está em muitos deles, você já foi em um culto onde Deus realmente está ?
As pessoas saiam chorando pedindo perdão a Deus pois elas estão caminhando para o inferno a passos largos, elas sairiam tristes pois elas descobririam a sua real situação, elas não iriam para o restaurante ou lanchonete comer alguma coisa, elas iriam correndo para casa e dobrariam seus joelhos e chorariam.”

Inserida por MaxSalgado

BOM MALANDRO

Rabiscando seu cavaco
Chegou no samba miudinho
Com sorriso no rosto
Vem chegando de mansinho
É um boêmio da vida
Seus acordes tem magia
Criador de nobres samba
Que são pura poesia

Amigo, meu irmão, meu camarada
Quando eu digo que tem samba
Aí a roda ta formada
Firma a bandeira do samba
Com respeito a raiz
Cativando a velha guarda
De qual somos aprendiz

Hoje e sempre exaltar
Respeitar números baixo
Que chegou pra ensinar

Inserida por Negro_Vatto

DE BRAÇOS ABERTOS

Meu bem
É você minha felicidade
Madrugada, deitar com você
Ontem sonho, hoje realidade

Me ver
Em teus olhos, poder te beijar
Corpo a corpo, arrepio e calor
Seu sorriso querendo me amar

No alvorecer
Acordar com plena certeza de que sou feliz
Que sou sua metade e que a sua faz parte de mim
Esse amor que chegou na semente e hoje criou raiz

Te escolhi
E hoje quero atar nosso laço, aliança e papel
Se esse amor me matar eu te juro não vou desistir
Vou ficar te esperando de braços abertos no céu

Inserida por Negro_Vatto

Eu descobri um problema meu, é que o meu coração ele é todo seu;
E se você não souber cuidar, esse amor vai acabar comigo;
Eu quero ser tua paixão muito mais que teu amigo.
Te abraçar é o que eu espero, te beijar é o que eu mais quero;
Por favor não me deixe assim, vem cuidar um pouco de mim.
Amor toda noite sonho com você, amor eu invento mil desculpas pra te ver;
Amor não aguento mais a solidão, amor vem salvar o meu pobre coração.

Inserida por rafael_selva

Encarando a face do passado não dá pra apagar eu sei, pois eu já tentei, começo a me sentir sozinho, vou sentir falta de tudo eu sei, pois eu já tentei.
Tanto tempo está passando e eu tenho que te dizer...
Se olhar atrás, se por os pés no chão, tenho certeza você vai voltar pra mim, quando estiver só, basta olhar pra trás, eu estarei lá, é onde você pode me encontrar.

Inserida por rafael_selva

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