Texto sobre Música

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Cantando Com Música...

Queria a leveza de Gene Kelly em "Singing in the Rain"...

Para expressar o amor em forma de dança...

Queria a perfeição de Gonzaguinha em "Começaria tudo outra vez"...

Para expressar meus sentimentos em forma de música...

Queria o ritmo de Smokey Robinson em "Cruising Together"...

Para embalar meus dias em forma de ritmo...

Queria a maluquice de Cazuza em "Exagerado"...

Para fazer serenatas à Lua...

Queria a perfeição de Vinicius...

Para escrever meus versos...

Queria a inteligência de Shakespeare...

Para declamar o amor...

Hoje!!!

Sigo em meu caminho cantando com música...

Ao fundo ouço o canto da lua...

Um canto, que seduz pela doçura e leveza das melodias...


Mas como pode isso!!!


A lua tão guerreira, cantar tão docemente???


Mistérios do criador!!!


Por isso sigo acima de meu pangaré Banguelo...

Cantando com música...

É o que me resta!!!

Cantar!!!!

Cantar!!!

Até o silêncio chegar...

O silêncio esta a cada dia mais próximo...

Escuto Edith Piaf com amor.
Sua vida foi transmitida pra música nos tornando próximas.
Ela como nenhuma outra sabia o que o amor significava,e soube transformá-lo em palavras.
Uma artista maravilhosa ,que na voz colocava todo o seu sentimento e no rosto todas as expressões!
Amo suas canções.

Não há uma combinação de palavras que eu poderia por no verso de um cartão postal
E nenhuma música que eu poderia cantar, mas eu posso tentar pelo seu coração
E nossos sonhos, e eles são feitos de coisas reais
Como uma caixa de sapatos com adoráveis fotos em sépia
O amor é a resposta ao menos para maioria das perguntas no meu coração
Como por que estamos aqui? E aonde nós vamos? E por que é tão difícil?
Nem sempre é fácil e às vezes a vida pode ser decepcionante.
Vou te dizer uma coisa, é sempre melhor quando estamos juntos.
Mas não há tempo o suficiente
E não há nenhuma música que eu poderia cantar
E não há uma combinação de palavras que eu poderia dizer
Mas eu ainda vou te falar uma coisa
Somos melhores juntos.

Era uma vez, um garoto apaixonado por um ex amor. Ele acordava todo dia cedo, colocava uma música que o fazia lembrar de tal garota, ele olhava de frente para uma janela presenciando um amanhecer esplendoroso, abaixava tua cabeça, e com uma angústia no coração tentava se lembrar do primeiro e único beijo que tivera recebido da garota cuja a face dominava teus pensamentos. O gosto do glorioso beijo invadia tua boca, o desespero cercava teu coração com uma vontade de te-la novamente!
Mas não podia, pois ela era tua melhor amiga!

Como diz na musica, eu sou o cara pra você....

O cara pra você conversar todos os dias, animar, brincar, dar risada, chorar, tudo que você possa imaginar, eu quero ser pra você.....
O que sinto quando estou com você, não tem como explicar, nem desenhar, muito menos expressar a metade do que você é pra mim....
Meu coração ainda não tem um nome, mais se tivesse, seria você......pois é a única que me faz tão bem, como nunca imaginei que me faria.
Mesmo se você calcular o numero de estrelas no céu, pelo numero de gotas do oceano, ainda não é capaz de mostrar o que sinto de verdade por você.....

O que a música te faz sentir?

-Eu vejo assim...é uma sensação como se você estivésse rompendo barreiras,como se você estivesse quebrando tabús,enfim...é uma sensação de liberdade,sabe?!
Uma coisa que faz você pensar que você está fazendo aquilo que você realmente deveria fazer! É uma sensação extraordinária.eu simplesmente gosto de tudo isso.Valeu!?

A vida é movimento e som, é dança e música. “Educar é viver”, “viver é conviver”, “viver é aprender”.
Aprender a aprender. Aprender por meio de tudo que dá prazer, acreditando que é possível uma educação mais humana, mais sensível, que olha para o outro e o compreenda como uma pessoa realmente dotada de amor, emoção, sensibilidade, som e movimento.
É... Não é fácil ser professor, mas alguém disse que era? Não importa, o que importa é não perder mesmo quando bate o cansaço, o prazer, o sorriso, as lágrimas, a vontade de brincar, cantar, dançar, fazer poesia, de despertar o imaginário, a criatividade, aprender a amar, a sonhar, a construir os próprios caminhos, a descobrir novas formas de ver, ouvir, sentir e refletir, aceitando os desafios da vida, da profissão, dos caminhos no mundo.
Viver dessa maneira, só mesmo sendo PROFESSOR!
PARABÉNS PELO SEU DIA!

A música e seus múltiplos efeitos:
Acalenta, alvoroça
Alegra, entristece
Acalma, provoca
Faz sorrir e chorar!
Faz dormir e acordar!
A música é ausência e presença
Saudades , memórias , recordações
A música é atemporal
Acrônica
Ela não é sujeito do tempo
Ela é o próprio tempo na sua essência.

Eu Aprendi Com A Vida
[Música] eu aprendi com a [Música] vida eu aprendi com a vida que as pessoas querem te ver bem mas nunca melhor que elas eu aprendi com a vida que é preciso coragem forças para mostrar que elas estão erradas eu aprendi com a vida fazer tudo sozinho e seguir em frente é reconhecer nossos erros mas há muita decepções no meu caminho eu sei que existirão mais eu aprendi com a vida nunca desiste dos meus sonhos mesmo com tantas dificuldades na minha frente aprendi com a vida ter as armadura da minha e a fé em Jesus Cristo aprendi tua vida a pedir a Senhor Jesus Cristo renova as minhas forças e aprendi com a vida protegendo-me dos meus inimigos mas nunca dorme com os olhos fechados eu não olho para trás mas sigo em frente se para alcançar a vitória aprendi com a vida acredite sempre e se disserem que você não é capaz use todas suas forças para mostrar que eles estão errados tenha sempre a sua fede e a tudo tem seu tempo realizar o que Deus quiser eu aprendi com a vida que as pessoas querem te ver bem mas nunca melhor que elas eu aprendi com a vida que é preciso coragem forças para mostrar que elas estão erradas eu aprendi com a vida a fazer tudo sozinho e seguir em frente a reconhecer nossos erros mas há muita decepções no meu caminho eu sei que existirão mas eu não olho para trás mas sigo em frente dos meus sonhos mesmo com tantas dificuldades na minha frente aprendi com a vida ter essa armadura da minha e a fé em Jesus Cristo aprendi com a vida a pedia senhor Jesus Cristo renova as minhas forças a ele aprendi com a vida a proteger-me do meus inimigos mas nunca dorme com os olhos fechados eu não olho para trás mas sigo em frente essencial para alcançar a vitória aprende com a vida acredite sempre e se disserem que você não é capaz use todas as suas forças para mostrar que eles estão errados tenha sempre a sua vez tudo tem seu tempo realizar Deus quiser

**Música: “De longe a meu lado”**


(1)
Foram dias, foram meses,
Sentindo falta do teu olhar,
Caminhos longos, estradas frias,
Mas o destino quis nos juntar.


(Pré-refrão)
E agora que eu te tenho aqui,
Não deixo mais você partir.


(Refrão)
De longe a meu lado, enfim você chegou,
Fechou a distância que a vida nos separou.
O amor que a gente guardou,
Venceu o tempo e a dor,
Agora é pra sempre, você e eu, meu amor.


(2)
No silêncio da noite eu sonhei,
Com o dia de te abraçar,
E quando a porta se abriu,
Foi o céu que veio me encontrar.


(Pré-refrão)
Nada mais vai nos separar,
Nosso amor veio pra ficar.


(Refrão)
De longe a meu lado, enfim você chegou,
Fechou a distância que a vida nos separou.
O amor que a gente guardou,
Venceu o tempo e a dor,
Agora é pra sempre, você e eu, meu amor.


(Ponte)
Não importa o que passou,
O que vale é o que chegou,
Nosso sonho realizado,
Dois corações lado a lado.


(Refrão)
De longe a meu lado, enfim você chegou,
Fechou a distância que a vida nos separou.
O amor que a gente guardou,
Venceu o tempo e a dor,
Agora é pra sempre, você e eu, meu amor.


Daniel Vinicius de Moraes

SOMOS CARROÇAS VAZIAS?

Existe uma música chamada “The First Cut Is the Deepest” (algo como “o primeiro corte é o mais profundo”). Assim também são as primeiras chuvas depois da estiagem: a eletrostática, a poluição e as diferenças gritantes de temperatura fazem com que essas primeiras águas sejam, na maioria das vezes, assustadoras.

Ventos fortes, raios, às vezes granizo — dependendo da região em que vivemos. Não faz muito tempo, tempestades eram situações raras. Embora sempre tenhamos sido palco de descargas elétricas, já há bastante tempo somos o país mais atingido por raios no mundo.

O clima perdeu o controle. A princípio, eu não acreditava em mudanças climáticas. Achava que era apenas mais uma forma de alguém enriquecer espalhando pânico entre a população. Aliás, espalhar medo parece já fazer parte da rotina humana.

As notícias hoje são instantâneas, viajam na velocidade da luz. Cai um avião no Japão e, em questão de segundos, os noticiários do mundo inteiro já exibem imagens do acidente: as últimas palavras do piloto, vídeos dos passageiros... É o preço que pagamos por vivermos conectados.

Mas, falando nisso: até onde somos realmente independentes? Gostamos de estufar o peito e afirmar “não dependo de ninguém”. Até onde isso é verdade? Alguém fabricou este caderno, esta caneta, esta mesa, esta cadeira. Dependo dessas coisas para me sentar, escrever, dormir, escovar os dentes — e em tantas outras situações banais e repetidas da vida cotidiana.

O que seria de nós sem os lixeiros ou sem os coveiros? Claro, poderíamos voltar à moda antiga: cada um cuidando do seu morto, abrindo sua própria cova. E o lixo acumulado? Como descartaríamos? Cada um se viraria com o seu? Uso exemplos extremos apenas para mostrar que somos todos dependentes, mesmo propagando aos quatro ventos que somos livres e independentes.

O livre-arbítrio volta e meia vira assunto de mesa de bar, onde todos sabem quase nada e acham que o pouco que sabem basta para sustentar uma tese acadêmica. Falam bobagens sem parar, misturam assuntos, distorcem impressões e acreditam que, no fim, o bolo — mesmo bizarro — é apetitoso.

Santo Agostinho frequentemente aparece nessas conversas. Para ele, o mal não foi criado por Deus, mas é consequência do mau uso do livre-arbítrio: um dom que pode levar à busca de bens inferiores e ao afastamento da verdade e da salvação divinas. Mas até onde somos realmente livres para escolher?

Ou melhor: até onde nossas escolhas não nos criam problemas?

Acreditamos que podemos fazer o que quisermos, mas poucas verdades existem nessa máxima. Somos todos atrelados uns aos outros. Tudo o que fazemos gera uma reação em algo ou alguém. Vestimo-nos em função da relação com os outros — mesmo quando nossas roupas são um protesto. Tudo o que falamos busca uma reação, seja em momentos bons ou ruins.

Dizem que o silêncio é a melhor forma de protesto. Faz sentido: uma provocação sem resposta se perde, fica sem conclusão.
Então, por que, quando provocados, não conseguimos permanecer em silêncio?

Arrogância: orgulho desmedido, atitude excessiva, senso inflado de importância, sentimento de superioridade, desprezo pelos outros, falta de humildade e visão distorcida das próprias competências. Nunca pensei que encontraria tão facilmente uma definição tão completa do comportamento humano.

Por sermos arrogantes, sentimos que precisamos nos impor, mostrar que somos mais sábios ou mais importantes que aqueles que nos ofendem. Mas o silêncio, em certos casos, pode parecer submissão. Lembro-me de uma discussão com alguém tão teimoso quanto eu (ou até mais, o que é raro, mas existe). Nela, concluí com a frase:
— Vou ficar em silêncio. Isso não significa que concordo com você, apenas que qualquer palavra dita só prolongará um assunto que não me interessa.

Duro? Seco? Mal-educado? Talvez. Mas a ocasião exigia firmeza: a discussão já se estendia, os ânimos estavam exaltados, e nenhum dos dois tinha argumentos consistentes para prosseguir.

Existem assuntos — geralmente os mais debatidos — que talvez nem devessem ser abordados. Somos como técnicos de natação que mal sabem nadar “cachorrinho”, mas querem competir nas Olimpíadas sem aceitar que jamais chegarão ao pódio.

Conta-se que um pai e um filho caminhavam por uma estrada. O pai parou, encostou o ouvido no chão e disse:
— Vamos sair do caminho, está vindo uma carroça vazia.
O filho, curioso, perguntou:
— Como o senhor sabe que está vazia?
E o pai respondeu:
— Carroça vazia faz muito barulho.

Será que nós também somos carroças vazias?

A penumbra acende o contorno da pele,
um sopro de música desliza lento,
teu corpo é marulhar de desejo noturno,
minha boca naufraga na tua maré.

O silêncio pulsa entre notas e beijos,
um ritmo secreto se escreve no ar.
No balanço suave da noite sem pressa,
somos dança, vertigem, incêndio e luar.

Tudo se torna música pra quem olha através da sua própria visão, além do que sua vista permite enxergar.

Não estou falando de enxergar, mas muito mais que isso... de sentir!

Tudo que é bom não é visto, é sentido.

Uma vez ouvi que a vida não é feliz, ela somente tem momentos felizes dos quais guardamos por uma vida inteira!

Sinta até que não possa sentir mais... viva!

No cinema, o filme Sonic a rodar🌀
teu riso é música que me faz sonhar.
Na noite serena, só quero passear,
de mãos dadas contigo, sem pressa de chegar.
Teu carinho aquece o frio do luar,
cada gesto teu me faz flutuar.
Depois, num abraço, deixo-me dormir,
pois no teu colo encontro o meu lugar.

Através da música, dizemos até o que a nossa mente proíbe. Nossos peitos ganham voz na melodia cantada em palavras sinceras. O artista carrega em si o peso de sentir muito, mas é o único capaz de entender os mistérios que sondam a verdade invisível, para muitos, imperceptível, e explicar seu próprio mundo sem medo. Vai do mergulho no abismo, ao renascimento enquanto fênix. Da dor absoluta, ao breve momento de euforia ou paz.
E assim, de mãos dadas as sombras, perde o medo, se joga do penhasco sem mais temor. Olha pro passado, se permite cair, para levantar outra vez. O verdadeiro artista, aquele de alma, já conheceu o inferno, e entendeu o que é a vida, o amor, e até o próprio fim. Não teme a morte, compreende o vazio sem sentido da existência, em todas as suas faces. Caminha na floresta escura, sendo e buscando a própria luz, mesmo sabendo que, a qualquer momento, pode ser devorado.
- Marcela Lobato

"Como Tudo Deve Ser" – Charlie Brown Jr.
Antes, essa era a minha música favorita . Eu ouvia e me sentia forte, confiante, com aquela sensação de que tudo ia se ajeitar, de que eu podia ser quem eu sou, sem medo. Era uma música que me fazia bem.
Mas aí… ela começou a me lembrar de você.
Cada verso, cada batida, começou a carregar o teu nome, teu jeito, nossas histórias, nossas conversas. De repente, ela deixou de ser só uma música pra mim. Virou lembrança. Virou saudade. Virou você.
Hoje eu escuto e não sei se sorrio ou se fico com o coração apertado. Porque ela me lembra de tudo… do começo, dos detalhes, da forma como você me fazia sentir. Me lembra o que a gente teve, o que ficou e até o que não deu certo.
Talvez ainda seja minha música favorita, mas agora por um motivo diferente. Porque, de alguma forma, você ficou gravado nela. E toda vez que ela toca, é como se você ainda estivesse aqui.

Um domingo de calmaria, cuidei das minhas plantas, limpei a piscina e enchi meu ser de música, música boa.

Uma delas “A voz” por Vander Lee, um mestre da música popular brasileira, um poeta que nos deixou em 1996, mas, que nos presenteou com um legado eterno.

(…) Saiam luas, desçam rios
Virem páginas dos pensamentos
Lanço estrelas do meu canto
Sobre as camas dos apartamentos
Virem mares todos os sertões
Que choram pedras aqui
Dentro

Pra esse fogo que queima tão lento
Vento, vento, vento
Aos cantores nos televisores
Flores, flores, flores
Para o povo la em bocaiúva
Chuva, chuva, chuva, chuva,chuva
Bate tambor de crioula
Sangra o dedo no tambor
Que as crianças ainda cantam
Numa orquestra de cavacos
E os velhos ainda choram seus bordões
Que palavras sejam gestos
Gestos sejam pensamentos
Da voz que move nossos corações.

Sobre Música e Sonhos


A música é a única salvação para o que resta da minha alma, quando o que se tem, não basta, ou o que há de mais importante, é inalcansável. Só ela nos ajuda a jogar para fora o que queima, arde, cura ou fere.
Cante suas histórias, conte tuas memórias. Que cantemos a verdade com paixão, pois se não há outro caminho, é necessária uma solução. Faça o que faz por amor, e não por dinheiro, pois ele é só um bônus do esforço e trabalho bem feito. Do que adianta toda riqueza, vivendo uma vida de mentira, sem desejo, vontade ou um amar verdadeiro?
Busque teus sonhos, viva o teu destino. Jamais deixe alguém dizer que não pode qualquer coisa que queira. Viva para realizar seus sonhos, e não os de pessoas alheias, que jamais devolverão o tempo perdido, ou o momento onde ainda podia alcançar teus objetivos mais concretos, e vontades mais sinceras.
— Marcela Lobato

Música em notas timbres viciosos, notas mescladas aos céus, borrifadas de estrelas dos sonhares.
E, na manhã, cavalgando nas notas musicais como arco-íris entre nuvens e sóis dourados.
Ela, de olhos solares na escada,
como se se alimentasse do sol da manhã…
Te vejo nela… a dor do fim de ano.
Em outros olhos vejo os teus,
como nas noites da virada, como fazem falta…
Lembro-me dos reflexos dos fogos de artifício
dançando nos teus olhos na virada do ano.
As sombras da tarde vão se arrastando pelas calçadas,
e eu, imóvel, esperando você voltar…
Outra noite se aproxima, lenta sufocante... a canção já ressoa como punhal entre cordas, o silêncio se quebra como meu coração.
O violoncelo todos distorcendo minha alma agora... que vibra frágil, se contorce, se destorce na envergadura da noite.
E sigo, tropeçando em melodias quebradas, em ritmos que sabem teu nome, em harmonias que te procuram nos espaços vazios para soprar com voz aguda agulhas...
Há uma partitura rasgada no chão cada linha é um caminho que não percorremos, cada pausa é um suspiro que te chama
O vento sopra acordes menores, sussurrando teus gestos, teus ecos, tuas sombras.
E eu componho no escuro, tentando decifrar o que sobra de mim
depois que tua ausência se torna a afinação da madrugada.
As estrelas afinam o céu num tom quase sem esperança,
mas a música insiste, teimosa, ferida, viva repete teu nome nas teclas, nas palhetadas trêmulas, nas notas que sobem e caem
como a saudade caindo no meu peito.
E quando a noite enfim se instala tudo vira concerto de melancolia
a rua, o céu, o vento, o relógio, tudo canta em mim a tua falta.
A melodia me atravessa como lâmina, mas ainda assim a toco…
porque essa música, mesmo torta, triste e eterna poesia é o último lugar onde neste espaço ainda posso te encontrar?

A música é a minha vida, o emo é a minha essência e o rock é o meu sangue.
Por mais dor física que cantar e tocar possam me trazer, sem isso não teria como viver nem até os próximos segundos. Claro que eu respeito o meu corpo, e sei quando não é possível continuar, quando preciso descansar, passar uns dias deitada, ou mais uma semana, porém enquanto houver ar nos meus pulmões, estarei cantando, compondo, escrevendo, e fazendo tudo isso acontecer. No dia que não puder mais compor, gravar, divulgar as minhas músicas, que não puder mais tocar e cantar, nesse dia a minha vida acaba. Tenho poucos anos e centenas de músicas no violão ou em versões alternativas para colocar os arranjos que imaginei ao cria-las. Espero conseguir deixar o meu legado, ou ao menos a maior parte dele. E que essas músicas alcancem aqueles que precisam ouvi-las para que saibam que não estão sozinhos, como eu quando ouvia a Fresno e outros ídolos em tantos momentos em que o meu mundo acabou. Tive que morrer milhões de vezes, e renascer em algumas delas, para me reencontrar e ressuscitar a única e pequena parte viva em mim através da arte.
- Marcela Lobato