Texto sobre Felicidade
NAS NUVENS [PRAÇAS]
Um dia ficara adulto e percebeu não ser criança.
Semelhante aos demais,
a vida lúgubre.
Passou a andar rude nas praças.
A olhar para o céu,
'bestiado' porque as nuvens nunca caem...
Talvez elas declinem nas suas formas várias - pensara!
Exuberantes e tão tempestuosas.
Nuvens de poeira e algodão doce ficadas para trás.
Como a vida metaforizada,
nuvens levadas ao ermo...
A praça estar vazia.
Nos céus,
nuvens de orações e tecnologias.
Sem perceber,
as praças caíra no esquecimento,
surrupiadas e expostas nos ventos,
sem ar...
Tudo perde a graça ao olhar para o céu sem granizos.
E todo o tempo as nuvens sempre caem em chuviscos.
Das praças mirando ao alto,
as nuvens já são tão repetitivas.
Menos as células abaixo,
enferrujadas envelhecendo sorrisos...
As pessoas só veem aqui [praça] por algum tempo,
quando tem a liberdade de fitar os olhos nas suas tempestades.
Após,
se aprisionam em outros espaços caóticos,
nuvens de areia impactando-se...
Na praça há multidões,
chuvas ácidas.
Nas nuvens,
simplórios corações dualistas.
Seres matando expectativas sem antes abraçá-las...
Sempre se olha para as nuvens asfixiando conquistas.
E as praças em preto e branco,
já não tão mais otimista,
lembra saudade e solidão...
'O ÚLTIMO SUSPIRO'
Serei perfume
Ardentes fragrâncias
O tudo bagunçando esperanças
O último suspiro...
A vida no leito
Tantas dores cíclicas
E eu só quisera abraçar desconhecidos
Remisso nos sonhos...
Olhares ao redor
Substantivando o vil futuro
Tudo prematuro!
deleite acabado...
'CONVICÇÃO'
Ele tem fé em dias melhores
Mosteiro e solidão
Virou elo falando de amor
Forte tal qual as correntes entrelaçadas
Não se precisa de templo para cultivar o que de melhor temos
Tampouco de falácias erguidos pelos homens
O amor está na alma serena
E ninguém tira-lhe essa imensidão para o mar...
Anda descalços e de mãos dadas
Sem importar-se com castelos de areia
Finca trilhas a cada amanhecer
E não se deixar levar tão fácil como as folhas soltas de verão
Areia molhada nos pés [é essa a sensação]
Desvenda caminhos com uma única razão:
A vida e os seus sinos!
Badaladas nas horas vãs [outras certas]...
Já não basta as convicções sem o frio cervical
A criança ainda chora adulta
E as estradas
jangadas para um novo mundo
Trás crenças
Mitos
Sorrisos
Procuras...
'FALTA...'
"José era infeliz porque não tinha um amor. Depois que conheceu Ana, seu único amor, José continuava infeliz."
Tempo frio. Lembrei da frase acima e estive me questionando: - para onde as pessoas caminham desenfreadas, e o que elas tanto procuram? Lembrei de um amigo professor que chegara ao topo da profissão, desabafando que 'estava meio perdido sem saber mais o que fazer!' E que 'faltava-lhe alguma coisa para preencher o vazio.'...
As pessoas, ou quase todas sentem algum tipo de falta. E nesse contexto, lembrei de uma frase de Marcel Proust que fala 'só se ama [aquilo] que não se possui completamente.' Em meias palavras, depois que se chega ao topo, os 'sentidos se perdem', seria isso? Aqueles cinco anos suado e o carro não faz mais sentido: a tinta esbranqueceu, arranhaduras tornaram-se perceptíveis..
José sentia falta de um amor. E quando falamos de falta, isso nos remete a certos sentimentos/sofrimentos. Ana não foi o suficiente? Sim! Talvez sim. Talvez não. A verdade é que ela preencheu um dos vazios, existem outras centenas a serem preenchidas. O lóbulo é temporal...
José continua a andar desesperado nas suas buscas. Depois de tanto tempo, percebera que outras brechas fora aparecendo. Ele não desiste! 'Sentir falta' faz dele 'José.' A infelicidade é só um ponto de vista e as faltas que tanto lhe corrói, faz parte do paradigma humano....
'A infelicidade caminha ao lado do homem. Isso faz dele brilhante, gigante, diamante, fértil e generoso..."
'REESCREVER'
Lápis à mão caído
Folhas supérfluas penduradas
Roteiro no ar
Suspiros de incógnitas...
Mãos entrelaçadas
Alma apertada sob a escrivaninha
Desesperada à procura
Pauta desvairada...
Linhas tortas gritam desespero
Reescreve-se erros
Versos nada explícito,
gritam calados...
Como as canções caídas
Navegando janelas
Percorrendo ruas desertas
Ausentes de sentidos...
Deserto está o coração
reescrevendo destinos
Sem saber para onde os caminhos se vão
Poemas reescritos ao chão...
'BEIJOS ESPERANÇOSOS'
Já estamos cansados
E olhando um para o outro
Ainda tento segurar suas mãos como antes...
Sentindo sua respiração
Lembro dos tempos tenros de outrora
A juventude ainda vive aqui dentro...
Vencemos tantas barreiras
Sempre tentando ver a vida e os dias com bons olhos
Decerto - tudo ficou mais violento...
Ruas sem ponteiros
Relógio e tormento
Tudo passa: coisas boas e ruins...
Mas seus olhos ainda são os mesmos
A mesma luminosidade
Cabelos e sorriso esbanjador...
Quando nos vimos
Não havia dor
Quando ninguém mais acreditava...
Molhávamos os olhos em ascensão
E dávamos a cada dia mais risadas
Risos no tempo ficados para trás...
A história nunca morre
Quando mantemos viva a esperança
Quando voltamos a ser criança...
Precisamos apagar as luzes
E dormir para enfrentar mais um dia
Um ao lado do outro...
Beijos esperançosos
Como antes
Vividos no hoje...
'SÍNTESE'
És síntese
Amor maior
Resumo e explicação...
Sorriso coerente
Parte que faltava ao coração
Brilho nos olhos...
Etimologia e paixão
Lógica e efeitos
Defeitos compreensíveis...
És perceptível
Imortalidade arraigada ao sol
Sonho de almas...
Latitude e esperança
Bonança nas tempestades
Apego e decisão...
Com suas alegrias e tristezas
É proeza suspirando mundos
Sibilante na alma...
Inclinação perfurante e calmaria
Doravante pequenino
Filho pródigo...
És esbelto
Franzino e afeto
Filho meu...
'EU SÓ QUERO VIVER...'
Eu só quero viver. Esquecer a solidão que enche à alma de esperanças vãs. Aprender a chutar as amaldiçoadas sequelas da vida. Amanhecer e não ver as feridas nessas paisagens. Nem passagens medonhas cristalizando a alma a cada dia. O rio calmo definhando o coração espera-nos silenciosamente...
Eis de pôr as mãos nesse solo sagrado devastador. Deitar ao lado da escuridão e agradecer pela dores da vida. Por mais que sobrevivamos, quero agradecer os despenhadeiros trilhados, clãs vagando dolorosamente. Que a dormência acabe com os pesadelos periódicos, paradisíacos...
Quero abrir olhos e avassalar vaga-lumes alumiando os vernáculos. Adentrar a casa de palha que tanto sonha-se. Voltar a ser criança por um fio. Deixar o frio da madrugada percorrer a espinha nas horas incertas. Lembrar do filme que passa em segundos afugentando a trilha percorrida...
Vou respirar ares refutados. Esquecer as tristezas inesperadas que afagam o coração em formigamentos. Ter como sentimento a liberdade para ir e vir. Sonhar ao ver os olhos da esperança balançando bonança...
Só se quer alguns passos para abraçar pai e mãe infinitamente. Ver filhos brincando fazendo jardinagens. Olhar para a sinceridade cercando os dias felizes. Já tem-se outras vidas plantadas ao lado esbanjando Jovialidade. Pegar a imortalidade que aflige hábitos e costumes, fazer deles perfumes dos mais elaborados. Eu só quero a liberdade, de lado, suspirando outra vida...
'AMNÉSIA'
Recentemente, encontrei uma das minhas irmãs e dei-lhe um forte e longo abraço. Desses que nunca mais esquecemos. Eu não sabia onde morava. Tinha esquecido quem eu era. Para onde ia. Estava andando ao léu, talvez perdido como sempre. De repente, emocionado, falei-lhe:
- Sabia que eu sinto falta de todos vocês?
Naquele exato momento, o coração jorrava uma saudade repentina de tudo e de todos. Talvez do tempo perdido. Das conversas jogadas que nunca tivemos. Nós choramos por algum tempo abraçados...
Sua casa estava bem diferente da última lembrança. Tinha uma área bem simples na frente. Atrás, um lago enorme, onde dava para ver meninos pescando o almoço. Alguns peixes em fieiras estavam à mostra, ditando abundâncias. - O que você faz aqui?
- Estou meio perdido - Falei!
Os olhos dela estavam abatidos, mas por trás da retina consegui ver o brilho que tinha quando éramos crianças. Tomando banho na chuva. Fazendo traquinas. Vendo o pôr-do-sol em outra perspectiva...
Eu tinha uma lembrança e ela estava ali à minha frente, viva, pouco sorridente. Falando das coisas diárias e banais, outras surreais. de repente perguntei-lhe: - quem eu sou, onde moro?
- Você não lembra? Sua casa fica algumas quadras daqui. Vá direto e vire à esquerda, na terceira quadra.
- Quem você é? É uma pergunta difícil de responder. Você é o que é! E ninguém vai tirar isso de você! É um homem bom, com seus erros e acertos. Logo após, despedi-me e fui embora. A memória meio confusa, expressando a saudade de uma vida toda...
'RODADA'
Desesperançados pelas madrugadas
O olhar veemente [de todos] pede rodadas de Ilusão nas veias
Sem ceias de profusão à mostra
Sem respostas imediatas
Algumas pitadas de desilusão nos fins de semana
Vai deixando a vida menos ´monótona...
Fardos de subterfúgios nas costas replicando visões decaídas
É disso que todos precisam: viver menos!
Mais uma rodada de ilusão por favor!
- Sem pedaços de percepção
Precisamos cair no chão como sempre
Pois foi de lá [sem querer] que todos viemos...
Rodeados de amigos nas horas incertas
As rodadas sempre acabam uma após uma
Os camaradas também [se vão]
Espalhando confusão para quem assiste ao lado de fora
Talvez alguns não voltem
- Quem se importa?...
Tentamos aniquilar a vida tediosa
Pouco importa a aparência de zumbi
Somos guaranis nas selvas esquecidas
Homicidas nas rodadas diárias que nos mantêm vivos
Intrusivos
Tal qual espécies isoladas
Sinônimos de extinção...
'A ´ÁRVORE'
À minha frente uma árvore
Frágil
Porém
Jorrando vida e ar fresco
Caule submerso sob o pequeno rio
Sugando seus nutrientes para a vida...
Ressentida com alguns galhos quebrados
Ela nunca será mais a mesma
Os ventos vindos dos quatros cantos não são amigos
Porém
Ela resiste por um tempo...
Ainda está no começo
Pequenina em meio à tantas
Sufocada
Sua pequena sombra irá fazer falta nos dias de sol
Faltará seus dias trazendo felicidades pelas manhãs...
Seu caule precisa vencer a sujeira das águas
Sugar apenas o que é bom
Seus galhos secos caem um a um
A árvore está morrendo
Não há nada a fazer...
Apenas esperar o improvável
Frutos que nunca virão
Outras árvores suspiram a infelicidade da pequena
Já sem vida
Cair no esquecimento...
'TRAJETO II...'
O trajeto sempre oblíquo, faz da caminhada aceitação, mistérios. Para que esperanças nos sonhos? As pedras sempre afundam quando jogadas nas águas. Para quê admiração/espanto? Que diferença isso faz?...
Ele joga suas pedras demonstrando confiança. Mas o inóspito acerta-lhe o coração. Contratempos triviais e pontiagudos atingi-lhe diariamente e as pedras afundam: uma a uma. Lágrimas têm poucos significados nessas horas...
Ele viaja nos vagões. Sem passado ou futuro. Tudo sem sentido. Dicotômico e áspero. Percorrendo muros como sempre. Abrindo a geladeira pelas manhãs. Jogando petecas. Fingindo liberdade...
A viagem não é nada acolhedora. Algumas pedras flutuam fazendo mero acaso, como se o tempo fosse gentil. As cortinas são as mesmas. Início e fim são os mesmos. O trajeto continua, até que a esperança aconteça. Demarcando um novo ciclo...
'SONHOS II...'
Abstratos como o infinito, os sonhos tornam-se insípidos, contornando lembranças de uma criança pintando o vazio de uma jornada. Despovoados, sorrisos praticam ideias irônicas, sem pinceladas num quadro já exausto. Nas telas, inversões de um humano dubitável...
Já não temos mais sonhos daqueles de quando éramos filosofias. Já não vemos mais voos. Chutamos pedras, dores no estômago, esperanças, alegrias. Músicas vitais vomitam contusões infindas. No escuro, sentimos lembranças do velho tempo na superfície, homicida nexo...
Os sonhos estão impregnados na palma da mão. Jogados aos ventos. Subindo montanha, descendo despenhadeiros, perdidos nos túmulos daqueles esperançosos. Sonhos são flagelos de uma essência ácida, mórbida. Alegrando os dias sobrenaturais...
'REMANECER...'
Te encontrei e presenciei tanto pão à mesa e tu na penúria evocando amor, crenças. Contemplei os restantes dos dias futuros embrulhando teu estômago, e teu olhar parecia o de uma criança, sorridente. O por do sol, desencanto no entardecer, repetidamente, congestionou tuas esperanças. Sei, és sobras, a quem importa se no fundo, o mundo é egocêntrico. As águas sempre correm lavando tuas mãos e todos sabem, somos animais insensatos...
O teu oceano secou. Poucas torrentes ainda sobrevivem e há tantos animais sedentos! Egocêntricos precisando da ingenuidade das crianças para transformar o mundo a sua volta. Remanescer é ter uma alma profunda para nascermos diariamente e esbanjarmos devoções ao próximo. Precisamos de canções para aprendermos a ser útil, adultos com passos de rebentos outorgando compaixão. Trucidastes as cicatrizes que me faz hipócrita...
Sei, não teve muitos acertos na vida. Olhando-te, as mãos estão distantes, sem garras para enfrentar o sofrimento. Precisas de contos e contornos para suspirar a alma simplista. Agora vejo o quanto nos tornamos pequenos, sereno sem florescências na alma. A vida é passageira, mas ainda restam os acasos. Que novas árvores cresçam pujante dentro do teu coração, suplicando a felicidade que precisas...
'BARCO'
Mundo sem continentes,
Fumaças de verbos.
O barco veleja sem linha de chegada.
Ventos sopram abrigos inexistentes,
Embriagando direções,
Satirizando lágrimas,
Velas chamuscadas...
Navegações sob escombros,
Tempo cerrado.
Razão devastada no entardecer.
À procura de tantos mares,
Terras submersas.
Sem tempo presente,
Sentidos microscópicos...
E o barco navega perpetuamente,
Sempre desvairado.
Levando os poucos homens solventes,
Sem almas,
Já cansados.
Á procura de abraços,
Uma ilha qualquer...
'SER PROFESSOR'
Ser professor,
é ser gigante.
Daqueles mirantes que veem o por do sol no infinito.
Força descomunal nos mares escaldantes.
Ensaios vários nos quadrângulos.
Investigador da essência dos homens.
Transformador de mundos...
Ser professor,
é ser explorador de mananciais a serem moldados.
Indagador das naturezas.
Na dor,
é um excepcional 'super humano'.
Com suas dormências,
melancolias...
Ser professor é ter passos largos,
talvez limitados.
Mas sempre em movimentos.
Poço de boas ações rigorosas e flamejantes.
Sorriso no rosto,
trabalho árduo,
Plantando vidas futuras...
'PAIXÃO'
Quando noites viram alvoradas,
e os dias crepúsculos.
Trilhas encontram-se sem planos,
corações colidem acelerados.
A harmonia da felicidade escorre pela face.
Reciprocidade no primeiro encontro,
nada forçado...
Quando os olhos discursam uma língua a dois.
E a vontade do abraço denota alimento.
Suspiros transformam-se delirantemente.
São paixões criando novos casulos,
sementes.
É a tortura dos enamorados à flor da pele,
sedentos na ausência do outro,
inseguros nos passos...
A paixão cria hifens,
ansiedades.
Terras inexploradas.
Mãos amparadas,
incessantes por juras de amor.
É a imaginação flutuando nos corações até então desconhecidos,
criando trama de futuros já traçados.
Quem sabe vidas,
novos escritos...
'CASAMENTO'
Era magro como os arbustos secos.
Olhos turvos.
Sorriso deformado no caule.
Pele escura queimada ao sol.
Desprezível na altura.
Camisa de botões aberta acima até embaixo,
surrada.
Na parte de baixo,
vestira algo como um bermudão maior do que lhe coubera,
amarrado com uns cipós enfraquecidos.
Facão enferrujado,
andar distorcido...
Morava nas matas,
sentia-se dono.
Receoso de diálogos.
Mãos calejadas e aspecto casando.
José plantava moisaicos,
cozia na lenha molhada.
Asfixiava peixes com as mãos.
Engolia banho de rios.
Pouco insinuava na terra seca que morava.
Colhia o que lhe davam,
tinha poucos afetos...
Intacto na linha do tempo,
José não tera casamentos,
conjugou-se com as quimeras,
chapéus de palhas.
Vivera a vida acaçapado,
perdidos entre matas.
Cantando entre pássaros,
criando melodias de uma 'vista perdida'.
Lá no fundo,
não afirma ser feliz ou se a vida é um tédio.
Sabe-se que tem nome forte,
e uma ostentação no respiro,
nada cotidiano visto por fora...
'ESTRANGULA-TE'
Molha teus pés nas praias desertas.
Elas te esperam medonhas,
curvando calor,
chuva,
vazão.
Pede morada nas pequenas cabanas,
enche-as de relíquias,
adormece.
Estrangula-te enquanto há tempo....
Cobri-te de vaga-lumes,
corre de encontro aos rebentos,
paredes de afagos.
Submerge a cabeça nas águas passageiras.
Suspira-as.
Engole o que te inflama olhando teu reflexo extraordinário,
repentino...
Donde vai tão mesquinho?
Sufoca-te e vê as neblinas até onde te sustentam.
Devora as flores que te contornam sentindo os contratempos nas hemácias!.
Celebra a vida com jeito de criança e a credulidade de quem dorme,
rescendendo montanhas,
terras molhadas...
'MADRUGADA FRIA'
A vontade era ser livre,
prosseguir com paladares,
coisas estranhas.
Livretos.
Histórias...
Advento,
a madrugada trouxe brusca trajetória,
destruíra pontes.
Não vira mais o rio que respira,
tudo outrora...
Esvaiu-se o tempo para compilar resumos,
resenhas.
Ficara tudo a fazer,
construir,
planejar...
Dilúvio!
Porquê permanece frio adentrando embaraços?
Sem avisar!
Meu sorriso esparramar!
As poucas horas findar!
Crivou-me às entranhas.
Plantou espaços,
saudades.
Abraçou-me e recusei.
Contou-me a última história e não tive interesse...
Aprisionou-me cativo.
No final a escurecer,
sem trilhos/avisos.
Tantas folhas perecer,
não haverá outra estação?
Saí de mim causadora leveza!
Leva teus faróis degradantes que planejou-me às escuras,
sem brilhos,
saídas.
Despir-me aquém essa misura?
Olhares no cômodo quadrângulo me despem,
mui reflexivos que eu.
Aguçados no coma que persegue.
Tristonhos,
silentes...
Aflições ou outros dilemas,
a ferida sempre finda.
Mera calada!
Pobre nos temas.
Geralmente na arquitetura não desejada...
Chegara o ápice dos velhos minutos,
já respiro águas brandas ,
metais desconhecidos.
Serei divindade em outras chegadas?
Mendigo?
Liberto estou das amarras,
o espírito não abandonei!
Eis o maior sarcasmo da vida:
trilhar novos caminhos/novos rumos,
não sei!!!
+++
Homenagem a mais um 'grande amigo'...
Que se foi (Jack)...