Texto sobre eu Amo meu Irmao
Amazônia em chamas
Eu jurei que não queria
mais neste assunto tocar,
Mas eu me obrigo a falar
porque este é o meu lar,
Como não tenho o poder
de fazer por enquanto
só posso mesmo é falar.
Porque algo me diz que
primeiro nos ensinaram
odiar para depois incendiar,
E num passo adiante
quem sobreviver se
verá obrigado a mudar.
A cada dia fica mais
claro o curso da vida
nesta Pátria por causa
de gente que não
tem jeito e que ainda
não entendeu que
queimar florestas
é a mesma coisa
do que queimar dinheiro.
Uns dizem que desejam
ter os seus nomes
escritos com honra
na História da Humanidade,
Com a Amazônia em chamas
toda a honra se queima
com as matas mesmo
que muita gente não perceba.
Não tem como negar
que os nomes de muitos
estão se escrevendo
com as cinzas e a tinta
da infinita vergonha,
Depois não poderão
reclamar quando forem
lembrados da pior maneira
por não terem tomado
de fato uma real providência.
Passaram as alegres festas
de Santo Antônio, São João
e de São Pedro e São Paulo,
e eu sigo namorando contigo
na imaginação com o desejo
ardendo preso e livre como balão
voando no céu do meu coração.
Como se aguarda a fogueira
ser acesa na Festa de São João
e se aguarda por uma Lua Cheia,
ainda espero ser a festa para você.
É inverno com Pinhão no prato,
de Chimarrão para aquecer do frio
intenso que anda fazendo
por aqui e as festas julinas estão
por aí espalhando alegria trazendo entusiasmo para na vida prosseguir.
Das auroras matutina
e vespertina sou eu
a poetisa derradeira
do Ipê-branco-do-cerrado
e de todos os ipês
da minha Pátria Brasileira,
Com os Versos Intimistas
tenho escrito a rota
amorosa para que ninguém
se esqueça da nossa
herança de liberdade plena,
sublime, hemisférica e gloriosa.
Você não me diz nenhuma
palavra e eu também não,
é porque um anda embalando
o outro no ninho do coração.
Como o Pau-d'arco deseja
florescer um para o outro
assim sonhamos ser,
e nem o tempo há de deter.
Tudo entre nós tem parecido
uma orquestra afinada
que até anda fazendo música.
Não duvido do encaixe da gente,
e não preciso nem de cronologia:
somos poesia indelevelmente.
Como garoa mansa
a refrescar uma tarde
atípica sou eu devagar
penetrando no coração
Porque para o seu amor
tenho me feito santuário
para te receber como
o meu eterno namorado
Unidos no rito da floração
etérea dos Ipês-brancos
e na dança na Via Láctea
Fazendo o destino místico
ser cumprido como deve ser
com as auroras e o infinito.
A minha semente é tenaz
assim como a da Piuxinga,
podem fazer o quê quiser,
que eu hei brotar mais forte ainda
Por razões fortes confio
na dança dos astros e dia deuses
do Hemisfério Celestial Sul
que haverão de remover reveses
E sobretudo soprar as cinzas
que estão sobre nossas cabeças
para que nada detenha as poesias
No meu coração eu fiz um santuário
indestrutível em nome daquilo
que acredito e irá virar o jogo do destino.
Eu não preciso gostar
de você e nem você
precisa gostar de mim,
A única coisa que
precisamos mesmo
é nos respeitar
e amar as mesmas coisas
que nos ligam a nossa amada terra,
Você sabe muito bem que poeta
de Versos Intimistas eu sou,
Como o Pau-d'arco-rosa
em floração na Bahia
deixando a ventania
escrever com pétalas
no chão a mais linda poesia.
Não duvide de mim
quando estiver próximo
de chegar a primavera
eu estarei no prelúdio
de chegar unida com ela,
E não haverá eflorescência
maior do que a minha com
aroma de Flor de Laranjeira
e meus Versos Intimistas
cobrindo a nossa terra
para vir sempre um novo poeta.
Eu sei muito bem a diferença
entre fenômeno e desastre,
Fenômeno é ação ou reação
imprevisível ou não da Natureza
que o Homem nunca será capaz
de imitar com igual excelência
ou alcançar a completa potência,
O desastre sempre será
o resultado da onde o Homem
põe a mão sem consciência.
Não é preciso dizer uma
só palavra porque eu sei
que ocupo há muito tempo
a sua mente e o coração.
E eu te amo sem te ver
profundamente e quando
falo sobre você soa
sempre doce como canção.
Acreditamos firmes na força
da grande Pátria Austral
sob o Hemisfério Celestial Sul
com os olhos fechados.
Sem estar nos meus braços
sei que nos combinamos
desde de sempre e estamos
interiormente conectados.
Todos os seus mais pequenos
sinais mesmo aqueles que
os mantenho silenciados
ao coração ainda falam cadenciados.
Buganvília Laranja quase
avermelhada quero ver
o seu inspirador florescer
enquanto eu viver
e tiver sempre toda
a poesia do mundo
para o meu amor escrever,
Porque do jeito que o quero
desejo que ele também
queira vir a me escolher
além do tempo e das danças
das auroras matutina e vespertina.
A sombra de uma bela
árvore de Guanacaste,
Uma conexão ancestral
com a palavra e a terra.
Eu sou aquela do jeito
que você quer ter,
pode ser e do jeito
que você assim quiser.
A Primavera perpétua,
inevitável e poética
que vem te movendo
e me inteira querendo.
Com os olhos fechados
o oceânico sonho,
com os olhos abertos
desejos em festejos despertos.
O broto do Cedro-aguano
se ergue em busca
da aurora matutina,
e eu busco saber como
estão as nossas tribos,
Viver buscando é algo
que faço o tempo todo
mesmo sem ter condições
de nada fazer eu sigo continuando,
Levanto uma casa
por dia na poética agonia,
Pois já deveria ter acostumado
que nada muda de um dia para o outro.
Meus lábios de Rose Kayenn
eu pintei igual as mudas que
um dia desses com orgulho plantei
para lembrar que a paz faz a lei.
O meu coração também é feito
de Rose Kayenn porque vive
crendo que sempre terá jeito
e por si só sendo refeito.
Porque no final tudo vai passar,
como o Sol há de raiar e a Lua
há de encantar com beleza a noite
que iremos de vez nos aproximar.
Certa de que não saí da sua
cabeça e nem você da minha
daqui todos os dias têm sido poesia.
Daqui para frente não haverá
mais como adiar este amor
que não vai nunca mais se calar.
De Olímpia do afamado
Festival Nacional do Folclore,
Daqui de Rodeio eu tenho notícia,
Tenho nas minhas letras
algo de poesia romântica e folclorista,
Sim, desta minha terra muito bonita
que é a Capital Estadual dos Trentinos
que pertence aos caminhos turísticos
do nosso Valeu Europeu Catarinense.
Tempo.
Eu não quero te perder, não, eu não posso te perder.
Não posso te perder de novo, o tempo está me esmagando.
É como se as horas não passassem, cada minuto dura um século sem ti.
As flores nascem e morrem, a lua some e volta, até mesmo o grande mar se expande e evapora.
Eu vejo o tempo indo embora.
Será que ainda temos tempo? Será que pode me dar alguns minutos? Só mais uns minutos...
Não, não pode ser.
Não faça isso! Ainda temos tempo!
O monitor cardíaco se equilibra e vejo aquela maldita linha verde vagando calma pela tela.
Aonde está a lua? As flores?
O oceano...
Talvez eu o tenha transbordado pelos olhos...
Você perdeu seu tempo.
Adeus, minha flor.
A chuva ainda tem brilho?
O céu está caindo lá fora, nós estamos aqui dentro. Eu quero ser sua essa noite. Só essa noite.
Quero poder sentir você de perto.
Passar as mãos pela sua pele clara e quente, sentir seu coração batendo devagar, calmo.
Quero beijar você, te saciar, escorregar minhas mãos pelas suas costas, só por uma noite.
Quero ser sua.
Me ame como se pudéssemos fazer isso pra sempre, desenhe minhas curvas, me agarre, se prenda dentro de mim e esqueça que eu vou embora.
Eu sou sua, só hoje.
A luz dos raios que iluminam a janela deixam seus olhos lindos, amor. O frio se intercala com o calor dos nossos corpos.
Você é lindo.
Não me faça sangrar, por favor.
Irei sumir ao amanhecer.
Mas por essa noite, esqueça que somos só amigos.
A chuva ainda tem brilho.
Eu quero ganhar flores.
Não, eu quero que alguém se importe comigo ao ponto de querer me dar flores.
Sem eu ter que implorar, sofrer ou chorar por isso.
Eu quero flores, não por elas em si, mas pela atitude de quem as der.
Por lembrar que amar também é doar.
E por lembrar de mim.
Por se importar.
Eu espero um dia ganhar flores.
As vezes eu sinto como se estivesse me afogando nesse oceano de dor e agonia.
Meus pés, braços, minha garganta e meu estômago, todos enrolados por correntes, que me impedem de gritar por socorro.
É como se você fosse minha única salvação, mas na superfície você está, e eu estou aqui em baixo, contando meus últimos segundos de fôlego antes que parta.
Eu quero gritar por você, mas você não me vê, nem me escuta, em meio a imensidão do meu oceano, escuro e profundo.
Eu estou morrendo infinitamente e o sangue está se misturando com a água.
Espero que um dia eu possa ver a luz de novo.
Eu estou cansada destes poemas.
Cansada do politicamente correto.
Cansada da linguagem culta da língua portuguesa.
Cansada dos meus versos, linhas.
Cansada das tonicidades, rimas.
Eu preciso descansar e dizer o que há em minha cabeça.
Mas tudo agora soa incerto.
Eu não quero criar incertos sobre meus lemas, não.
Eu quero falar o que sinto e largar os poemas.
Pois quanto mais eu escrevo, mais coisas se vão.
Me faça chorar de novo, esquecer estes dilemas.
Faça eu esquecer que preciso ser perfeita,
E por fim, mostre a mim que humana sou.
E que chorar não é errado, quando se vem do coração.
