Texto sobre eu Amo meu Irmao
Cá estou eu, ascendo o
quarto cigarro consecutivo
e anseio pelas palavras
certas escrever, como se
isso fosse me fazer esquecer.
Não penso mais tanto naquilo
quanto antigamente, mas,
ainda é como aquele livro
na minha cabeceira que nunca
termino de ler, parece me olhar
com um tom de julgamento e
eu escolho ignorar e
deixar para outra hora.
Nesse momento a fumaça
preenche meu pulmão, bato
o cigarro no cinzeiro e lembro
de quando era teu meu coração.
Cadê o isqueiro? Não quero
me entorpecer de uma mera ilusão.
Talvez eu tenha passado por lá, na inocente vontade de querer te encontrar. Mesmo sabendo que já não está mais lá, mesmo sabendo que isso pode machucar.
Ver a recepção me faz pensar: será que essa não pode ser a minha nova memória favorita? Ao invés de só lamentar, sobrepujar uma memória na outra. Sorrir ao pensar em como subia as escadas do prédio só para ver teu olhar brilhar.
Talvez eu nunca mais suba aquelas escadas de novo e seja só algo em que vou me lembrar daqui a alguns anos.
Mesmo assim, é bom lembrar.
Talvez eu devesse procurar outras escadas, fazer novas memórias.
Talvez um dia eu esbarre em você em alguma escada da vida, alguma rua logo após sair do bar, igual a essa aqui.
Mais histórias para contar.
Eu poderia fazer uma lista gigante, contendo tudo o que posso e gostaria de fazer com você!?
Mas, eu prefiro manter sigilo, para não correr o risco de causar-lhe medo.
Um dos meus maiores prazeres é surpreender, fazer de um jeito que daqui a mil anos você não irá esquecer-me.
Não tenha dúvidas do que eu digo...
Quando as minhas mãos tocarem o teu corpo, a tua alma dará gritos.
Desde então ele sempre foi o que eu tive de mais secreto em mim. Aquela lágrima de saudade que ninguém nunca descobriu, aquele impulso pra ir em frente que ninguém nunca entendeu. E assim, mesmo de tão longe, ele sempre conseguiu estar tão aqui. Tão dentro de mim, tão nas entrelinhas do que eu vivi, tão nas noites que eu não dormia.
Eu sempre te amei tanto, sempre mantivemos a distância segura que nos separava e dava paz. Amo tanto, que me acostumei com a ideia de que estar longe e sofri sozinha com tanto amor espremendo meu peito contra uma realidade fria e sem graça, longe do teu calor e do teu sorriso.
Quando não sei pintar, eu escrevo; quando não sei escrever, eu pinto. E quando nenhuma dessas linguagens me basta, eu esculpo. Se não há nada para escrever, pintar ou esculpir, uso meu corpo como instrumento, expressando meu ativismo através da linguagem. Essa é a essência da minha arte: uma busca constante por comunicar o que palavras e formas não podem captar plenamente. É a tradução das profundezas do meu ser em atos criativos, sempre explorando as possibilidades infinitas da expressão.
Hoje como ontem penso em tí, abraço o teu sorriso e observo o seu rosto como se absorvida eu fosse pelo teu amor, e descubro que te amo muito mais do que pensava. Então me eternizo em tua lembrança e busco nos teus lábios a vontade de viver.
Nada te peço além de que me Ames, então me calo e choro, como as rosas que nào falam mais choram.
Caso fosse, apenas saudade e vontade eu superava!
A treta é quê?
O seu gosto não sai da minha boca.
Passo a língua nos meus lábios, sinto o teu sabor e o meu corpo inteiro treme.
Pelo andar da carruagem?
Você só pode ser viciante, isso que estou sentindo?
São os primeiros sintomas de abstinência.
Está aí uma dependência que eu estou amando ter.
Você...
Se existir um paraíso eu sei que estás lá, mas eu sinto a tua presença pai eu sei que estás cá seja lá onde isso for guarda-me um lugar mesmo que eu tarda a chegar pai aguarda-me ao chegar, meu maior medo não é a morte
Meu maior medo é morrer e não ir pra onde foste,
A velha disse que tu estás muito sozinho mas com o coração que tinhas Deus deve ser teu vizinho a alegria deve ser tua vizinha já agora, faz companhia a cota
Eu tenho sumido das redes, das ruas, dos bares.
Tenho buscado a mim mesma no lugar mais difícil de se visitar, o âmago, que por vezes é amargo, mas que assim como o café sem açúcar estou aprendendo a gostar.
Nada contra todos estes lugares, onde as pessoas tanto sorriem, se arrumam para estar em seu melhor, cabelos bem penteados, maquiagens construídas em camadas, perfumes que se misturam no ar; é até admirável a dedicação para ser ornamental.
Tenho apenas neste momento, apreciado mais a cara limpa, as sardas, os linhas de expressão, os cabelos menos alinhados, e os amigos que falam o que pensam sem rodear, que levantam uns aos outros nem que seja a base de chutes, que abraçam pra sufocar, que não medem o riso, o risco, a circunferência do corpo, ou histórico bancário, aqueles que estão dispostos a dividir do melhor ao pior, a ouvir no silêncio e a gritar juntos se precisar.
No final das contas, na multidão, nos pequenos grupos, na solidão e até nas mídias, estamos sempre buscando uma conexão real: conosco, com o nosso mundo, com o mundo do outro e essa colisão de existirmos todos na mesma época, mas ainda assim em nosso próprio espaço e tempo.
E quando for verdade o que não for verdade
eu levo dessa cidade o que não for cidade
eu levo o tempo que eu não tenho
pelo tempo que eu tenho perdido...
eu acredito tanto que a vida pode mudar,
se mudarmos um tanto nesse acreditar;
ah, podemos ser felizes sim
mesmo se só restar um olhar, um aceno, uma canção...
a vida é pródiga, a existência profícua...
temos a lua e o tobogã, a esperança e mente sã...
e o lago que eu imagino,
eu atravesso a nado como se fosse um menino,
mas, nada nada assim no nada...
o que não existe além do que eu imagino
se a estrada é o sonho e o caminho é caminhar,
ainda sou um menino de cinquenta anos,
tenho minhas fantasias, ainda faço planos
ainda me apaixono às vezes, às vezes sete vezes por dia...
dezessete vezes por dia eu acredito nesta rebeldia
de me acreditar menino, de me acreditar poeta.
Sinto tanto a sua falta que chega doer...
Mas eu entendo, não temos culpa, nem eu e nem você.
Na vida tem disso!?
Às vezes sentimos o gostinho da felicidade, a fé fortalecida no amor de verdade, só para não desistirmos de sorrir.
A fé permanece, a esperança não morre...
A nossa história ainda não acabou, ela apenas está pausada.
Quero que você saiba o quanto eu te admiro. Você é uma pessoa incrivelmente forte e enfrenta os desafios da vida com uma coragem que me inspira todos os dias. Vejo o quanto você é maravilhosa, sempre disposta a ajudar os outros e a espalhar amor e bondade onde quer que vá.
Sua força e determinação me enchem de orgulho, e sou muito grato por ter você como irmã. Continue sendo essa pessoa incrível que você é, e nunca se esqueça do quanto você é especial e amada por todos nós.
Eu não tenho amor
Pois o amor que sinto
É teu.
E se achas que sou triste
Não fiques assim
Sou feliz
Pois ao menos
Una parte miha é tua
E essa não podes recusar
Triste mesmo eu fico
Quando lembro
Que o amor que tens
Tu não queres
E o que era teu
Destes a outro.
A culpa não é minha!?
Ela é sua...
Eu não sei quais os feitiços que existem no teu corpo para deixar o meu corpo desse jeito?
Lembro-me dos teus beijos, do teu cheiro, meu corpo fica em desespero desejando o seu...
De um jeito que eu fico em êxtase querendo-te sentir encaixada em mim.
como amolecer as pedras?
como boiar no céu?
me perguntava incessante
eu queria era rir das regras, das normas, das morais
se até as palavras são cheias de soberania:
“inconsequente”, “irresponsável”, “feio”, “inadequado”
quem foi que disse isso? eu gritava
tudo o que foi dito e feito não me interessa tanto mais
há muito o que se inventar, diria fuganti
amanhã tem de novo sol, e ele me espera
preciso ir,
devo estar preparada para esse nosso encontro.
do livro 'Entre' de Bianca Rufino.
Eu me encontrava em um mar de calmaria e então você veio como uma maré de felicidade inundando meus dias.
Me afoguei em sentimentos adormecidos e os vi germinar, estava pronta para te transbordar… Mas você decidiu regressar e arrastar tudo de bom com você, me restando apenas recordar.
Te deixei entrar por portas e janelas e agora você deseja fechar todas elas. Mas não se preocupe meu bem, se tratando de você sempre haverá uma fresta.
10 ANOS EM OLINDA
Querida Jéssica,
Não se trata de quanto tempo eu estou em Pernambuco, mas sim de quanto tempo eu me neguei a me envolver com a política. Faço militância política há muitos anos. No período em que saí de São Paulo, devido às decepções políticas que tive na época, continuei me envolvendo, mas apenas nas políticas nacionais, relacionadas ao governo Lula e aos nossos ministérios. Ignorei completamente qualquer instância municipal e até estadual.
Quando cheguei a Pernambuco, há 10 anos, e agora em 2024 completo 10 anos aqui, continuei sem me envolver com a política local, até porque eu não conhecia a cidade e estava passando por um processo de adaptação. No entanto, a militância está no sangue da gente; é algo que fervilha dentro de nós.
Comecei a trabalhar como camelô na praia de Olinda, em uma área frequentada por pessoas de classe A, militares e até extremistas. Automaticamente, meu lado militante começou a despertar. Levava a bandeira do movimento negro, do arco-íris, do movimento LGBTQIA+, além de outras bandeiras, como a "Lula Livre". Foram tantas bandeiras que às vezes colocava três ou quatro no mesmo dia, incluindo a do MST.
Fui conhecendo pessoas, mas ainda assim, não me envolvia com a política local. Até que veio a campanha de Teresa Leitão.
O comitê de Teresa Leitão ficava no centro de Olinda. Eu já a conhecia de algumas ocasiões em que ela esteve acompanhada da então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, em visitas à cidade. Por isso, decidi ir até o comitê para falar com Teresa, já que a conhecia de São Paulo, onde ela havia estado com Luiza Erundina.
Eu não via Teresa Leitão há muitos anos e não tínhamos uma amizade próxima. Observava a aproximação dela com a então prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, e o tempo foi passando. Foi nesse contexto que conheci Dona Ana. Eu disse a ela: "Não quero saber de política, não quero saber de política. Vou segurar a bandeira aqui, como todo mundo está segurando bandeira, e está todo mundo ganhando um troquinho, ganhando R$ 100 por semana dos partidos de direita, né?" Mas eu não ganhava um centavo. Segurava a bandeira porque queria participar da campanha de alguma forma.
Estando ali das 7:00 da manhã às 7:00 da noite, eram 12 horas diárias, de domingo a domingo. Aquele ponto acabou se tornando um espaço de encontro para o pessoal do PT. Começou a aparecer gente do PT, e fizemos algumas atividades, uma delas foi um aniversário simbólico para Lula, que reuniu em torno de 150 a 200 pessoas. Foi uma coisa belíssima; até hoje tenho lembranças muito boas daquele dia.
Ali, comecei a me envolver um pouco mais, mas, mesmo assim, ainda resistia. Dona Ana estava sempre lá na barraca, até que, aos poucos, fui me aproximando mais, conversando com Teresa Leitão, e comecei a me envolver de novo na campanha. Era a campanha coletiva de Olinda, com Dona Ana, Paulo, Breno Almeida, e uma moça cujo nome não me recordo. Foi assim que conheci Vinícius e outras pessoas.
Apesar disso, eu ainda era muito preso ao meu trabalho, com 12 horas diárias, das 7:00 da manhã às 7:00 da noite, com pouco acesso à internet e à informação. Vivendo naquela bolha da praia, meio que diariamente, você acaba sabendo que existe um mundo político acontecendo. Eu continuava acompanhando as questões do governo federal, mas não me ligava muito na política local. Além disso, em termos de mídia e propaganda local, somos péssimos. Basicamente, só recebemos notícias do que acontece em São Paulo, Rio de Janeiro, e no Sul; aqui no Nordeste, a cobertura da mídia progressista de esquerda é muito ruim.
Enfim, acabei me envolvendo, e agora estou de volta, já envolvido de tal forma que não tem mais volta. Vamos à luta, porque voltei para ficar. É claro que sou uma pessoa limitada, por conta dos meus problemas de saúde, o que me impede de participar de determinadas coisas para que não aconteça algo fora do meu controle. Por isso, meu conhecimento é extremamente limitado, e na maioria das vezes prefiro me calar e ouvir, para aprender com vocês e adquirir maior conhecimento sobre política local, estadual, e sobre a história do Nordeste. É mais ou menos isso.
Fernando Kabral
Hoje eu não me reconheço
As coisas costumavam ser certas no começo
Mas então tudo mudou e te incomodou
O fato de eu estar perto fisicamente mas tão distante mentalmente
Isso te afetava mas você ainda me amava
Eu não queria te machucar
Mas eu não conseguia te amar
Te entreguei um adeus para sempre
E chorei silenciosamente
Na infância a alegria de brincar me contagiava.
Eu ria ,caía ,corria e chorava
Eu brincava com tudo que achava
O sorriso saia e a felicidade brotava
Com os pés descalços, na terra pisava
Brincava de pega pega e ninguém me pegava
Com os brinquedos brincava
Bagunças fazia e depois apanhava
A noite chegava e logo eu dormia
Ansioso ficava para a chegada de um novo dia.
Agora eu não sei o que me aconteceu, me tornei frio, infeliz.
O que me aconteceu?
Minhas incertezas e confusões tem machucado pessoas importantes na minha vida. Além de afastá-las e deixá-las com dúvida de o por que eu ser e agir assim.
Eu não quero mais magoar ninguém, quero ser alguém que espalha alegria, que contagia, provindo atitudes positivas de coração.
Uma coisa eu tenho certeza, é que sou um menino sonhador que quer ser o reflexo de muita gente, espalhando a boa magia da infância.
Quero ser alto astral e espalhar gargalhadas de felicidade.
Provençal
Cheia de modernidades, um dia eu disse:
vamos à cozinha que vou fazer xarope
era uma tosse que não passava
e ele não conseguia dormir
Cortei tudo: o limão em quatro, o gengibre picadinho,
o dente de alho. O açúcar pus pra derreter
sem nenhum medo de queimar
- talvez pela primeira vez
Quando estava quase pronto, um mel de favo
lá da Chapada arrematou
Mas ele foi beber e estava quente
queimou os lábios. Pacientemente
peguei outra xícara e esfriei,
(ah, nessa hora nem sei quem fui)
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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